Eleição do Conselho Municipal de Mulheres de São Paulo acontece neste domingo

Representantes escolhidos irão atuar no controle social de políticas públicas e serviços voltados às mulheres

Imagem: Reprodução/TRE-TO

Jornal GGN –  O processo eleitoral para ocupação dos cargos do Conselho Municipal de Política para as Mulheres (CMPM) da cidade de São Paulo acontece no próximo domingo, 27 de outubro. Frente ao cenário nacional caótico que envolve as políticas públicas voltadas ao feminino, na capital paulista serão eleitos 25 representantes, 15 de movimentos sociais e entidades civis e 10 representantes das regiões da cidade para os trabalhos entre 2020 e 2021. 

O CMPM irá atuar no controle social de políticas públicas e serviços voltados às mulheres, como à  promoção da igualdade de gênero e o estímulo à participação das mulheres na política e no serviço público. 

Vários pontos da cidade irão funcionar como local de votação, das 9h às 15h. A eleição é para mulheres e somente elas devem participar da votação, levando até algum desses lugares documento de identidade com foto, título de eleitor e comprovante de residência atualizado e de sua titularidade. O voto de mulheres transexuais será assegurado por meio de auto declaração de gênero, que deve ser apresentada junto com documentos exigidos no ponto de votação. 

Durante a eleição, a participante deverá votar em três representantes. O primeiro voto é destinado à candidata relacionada a movimentos e entidades de caráter específico feminista; o segundo voto escolhe o representante de movimentos e entidades de caráter misto que tenha atuação em gênero;  e o terceiro voto é dado à candidata que representa a uma das cinco regiões (norte, sul, leste, oeste e centro) de residência da eleitora.

Cenário 

A eleição do CMPM acontece em um momento de retrocesso da pauta pública, com o Brasil ocupando o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio. O cenário é ainda mais alarmante, com o aumento do número de “feminicídios”, que no primeiro semestre deste ano registrou 44% mais vítimas comparado ao mesmo período de 2018, de acordo com levantamento do G1 e GloboNews. 

Ainda, 40% das mulheres assassinadas em casa são mortas por armas de fogo e 83,5% dos responsáveis por estes crimes são seus próprios familiares e companheiros, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH).

Para vereadora Juliana Cardoso (PT), esta eleição deve exigir da população a mesma mobilização que houve com a eleição do Conselho Tutelar na cidade de São Paulo, uma vez que “a direita está de olho em todos os espaços de participação e controle social”.

 “O conselho de políticas para as mulheres é uma conquista do movimento e um legado da nossa gestão/gestão do Haddad, portanto nós mulheres e homens petistas temos responsabilidade na eleição de mulheres de luta e comprometidas com o feminismo”, destacou a vereadora.

Já Denise Motta Dau, secretária municipal de Mulheres na prefeitura Haddad, alerta que mesmo a gestão Dória/Bruno Covas não valorizando as questão das políticas públicas para as mulheres é necessário “ os movimentos sociais se candidatarem, votarem e apoiarem as entidades mistas e de caráter feminista para o fortalecimento do controle social e da fiscalização do trabalho da CMPM”. 

“O controle social tem que ser uma política de estado e não de governo. Participação social também é resistência democrática”, pontuou Denise Dau. 

Veja informações sobre locais de votação aqui.

Mais informações aqui.

Redação

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