Eleições: partidos de esquerda constroem agenda comum

Para defender a soberania nacional e contra risco à democracia com julgamento acelerado de Lula, siglas se aproximam 
 
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Jornal GGN – A celeridade do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está impulsionando a organização de uma agenda comum dos principais partidos de esquerda do país que poderá gerar estratégia única nessas eleições. Segundo informações da Folha de S.Paulo, as siglas PT, PCdoB, PDT e PSB avançam na discussão de cenários para a disputa eleitoral com Lula no pário ou afastado caso os juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região mantenham a condenação do juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.
 
O PSOL também acompanha a discussão, mas apenas como observador. Para o vice-presidente do PT, ao passar o processo de Lula na frente de outros sete que estavam na fila do tribunal, o TRF-4 forneceu mais argumentos de que o julgamento do petista ocorre desviando-se da legalidade fazendo “um bem para esse campo. A unidade pode culminar numa ampla frente”.
 
O objetivo da agenda é defender a soberania nacional e propor políticas estruturais para reverter o desmonte iniciado na gestão Temer como o congelamento dos gastos primários da União por 20 anos, reforma trabalhista e venda de patrimônio público. Os partidos também discutem uma saída para as esquerdas com grande adesão entre os políticos das siglas ao manifesto “Eleição Sem Lula É Fraude”, lançado em dezembro e que conta com mais de 500 mil assinaturas dentre as de Pepe Mujica, Noam Chomsky, Ciro Gomes, Chico Buarque, Manuela D’Ávila e Guilherme Boulos.
 
Apesar da organização estar certa, não há decisão se o grupo irá apoiar uma candidatura única. Fora o PSB, todas as demais siglas anunciaram pré-candidatos: Guilherme Boulos pelo PSOL, Ciro Gomes pelo PDT e Manuela D’Ávila pelo PC do B. Lula também estaria defendendo o direito de cada partido propor o nome que entender que seja o mais viável para chegar ao Planalto.
 
Ainda, segundo a Folha, o PT estaria trabalhando com três hipóteses caso Lula seja impedido de realizar a candidatura da sua chapa até a data final, em agosto: manter a candidatura do ex-presidente; apoiar um outro candidato ou, menos provável, fazer uma campanha contra as eleições deste ano. 
 
Redação

4 Comentários

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  1. Campanha contra ou voto nulo nao
    Apenas os votos validos elegem. Melhor seria nao fazer coligações com os golpistas para ao votar em partidos da esquerda eleger esses crapulas por tabela. Nao basta um presidente sem o devido congresso nao fisiológico.

  2. Ciro Gomes não assinou.

    Até onde sei Ciro Gomes recusou-se a assinar o manifesto “Eleição sem Lula é fraude”.

    No primeiro parágrafo, onde está escrito “pário”, acho que o autor queria dizer PÁREO.

  3. Desrespeito

    Considero um desrespeito com Pepe Mujica, Noam Chomsky, Chico Buarque, Manuela D’Ávila e Guilherme Boulos colocá-los no mesmo patamar de um picareta de direita como Ciro Gomes:

     

     

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