Em defesa de José Eduardo Cardozo

Por Madison2

Posto como Madison2 porque me cadastrei no portal ontem e ainda estou aguardando a aprovação do cadasstro.

Nada como o debate civilizado.

De fato, segundo o e-mail publicado, o deputado Cardozo interagiu com o Humberto Braz. Não com um criminoso condenado por corrupção,  mas com um dirigente de uma grande empresa de telecomunicações, dado que o encontro se deu em 2004, e o crime e a condenação, a partir de 2008. Isso é fato.

Quanto ao interesse do deputado no processo, faço antes uma pergunta: você já denunciou algo, já encaminhou carta comentando matéria de revista ou jornal? Pois bem, é mais do que natural o acompanhamento da causa.  É preciso ver o desdobramento, a publicação do comentário, as reações de apoio ou repúdio. Assim são as pessoas. Nesse momento, eu que já li todos os comentários deste post estou fazendo a defesa do meu ponto de vista. Sem ser vidente, creio que você  vai adicionar mais um comentário. Por que? E se a pessoa realmente acreditar na causa, não como aqui, em que acredito neste comentário, que é parte do meu lazer, mas como algo importante para a sua vida profissional?

SobrSobre a atuação do advogado Kakay no processo, parece que esse processo era de interesse do Dantas (era mesmo?) , mas esse interesse coincidia também com os demais acionistas da Brasil Telecom. A razão é simples: se a empresa pagou pela CRT mais do que ela valia, no geral os acionistas da BRT foram prejudicados. Mas quem permitiu o negócio ganhou, senão o negócio não faria sentido.  Então, na  Brasil Telecom havia gente interessada na investigação e em descobrir o que houve, bem como gente interessada em deixar as coisas no esquecimento. Como é um ambiente corporativo e em tese estão todos do mesmo lado, então acho pouco provável que alguém fosse publicamente contrário à investigação, o que evidentemente não evitaria movimentos nos bastidores.

Observe-se que o advogado não atuou no processo. Logo, ele não foi contratado para atuar nesse processo nem foi essa a razão do pagamento (oito milhões? cinco mlhões?). Dito de outra forma, se os  papéis forem verdadeiros, o processo foi uma desculpa arranjada para dar uma grana ao advogado. Logo, é meio forçado associar o pagamento ao pedido do deputado. Como nem a BRT nem  o Dantas jogam dinheiro pela janela, é razoável imaginar que o advogado foi pago por algum serviço prestado. Mas qual serviço o deputado prestou? Eu não faço idéia, nem os documentos apresentados permitem imaginar. Ele beneficiou Dantas. é o que se diz. Por três  milhões deve ser algo importante. Onde? Quando? Como?

Quanto à reunião com o Dantas, muita gente estava presente e a reunião foi amplamente noticiada. Todo mundo foi comprado por Dantas?

A Folha e a Andrea Michael merecem toda essa credibilidade? Mas eles não são defensores do Daniel Dantas?

Essas não são notícias velhas?

Não estou dizendo que as denúncias não devem ser apuradas. Mas não há um só indício de que o deputado tenha beneficiado  o Dantas. Sinceramente, creio que o deputado não merece esse tratamento. Com esse nível de acusação, qualquer um pode ser acusado de qualquer coisa, a qualquer tempo.

Quanto ao surgimento de um novo caso Erenice, isso é tão certo quanto o nascer do sol. Mas não creio que será pelas mãos do deputado Cardozo. Posso estar redondamente enganado, mas acredito em uma atuação republicana do futuro ministro. Ele demonstrou esse modo de atuar ao longo de toda a sua carreira política. Do outro lado, tem-se uma denúncia com um encadeamento mais ou menos lógico, mas com partes faltantes. Como havia dito, entre a denúncia pobre e o histórico do deputado, fico com o histórico.

Luis Nassif

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador