Mês com maior liberação foi dezembro (R$ 3,24 bilhões, ou 30,1% do total) quando o governo se esforçava para encaminhar reforma da Previdência antes de acabar o ano
Jornal GGN – O uso de emendas parlamentares vem chamando atenção no governo Temer. O instrumento permite aos parlamentares do Congresso Nacional participarem da elaboração do orçamento anual da União e, desde 2015, é obrigatório. Um levantamento feito pelo Estadão apontou que o Planalto liberou em 2017 R$ 10,7 bilhões para as emendas, um volume 48% superior ao praticado em 2016 e 68% em relação a 2015.
Os parlamentares da base tiveram 72,8% do valor aprovados, com destaque para o MDB, o mais contemplado com um valor total de R$ 1,032 bilhão. Enquanto parlamentares do PT que possuem a segunda maior bancada na Câmara tiveram R$ 831 milhões em emendas atendidas.
Em entrevista ao Poder 360, divulgada na sexta-feira (05), o ministro da Saúde e articulador do governo no Congresso, Ricardo Barros (PP), admitiu que R$ 500 milhões liberados pela sua pasta para emendas de congressistas em 2017 podem ter sido utilizados para negociar acordos entre o Planalto e o Congresso Nacional. “Podem, são liberalidades do governo. Isso é inerente a quem governa”, argumentou.
O que chama atenção é o paralelo entre o crescimento de verbas para os parlamentares e as decisões favoráveis ao presidente da República em situação que poderiam ter derrubando seu mandato. Neste ano, por exemplo, o Legislativo livrou Temer das denúncias de lavagem de dinheiro e por corrupção encaminhadas pela Procuradoria Geral da República com provas materiais (as gravações dos executivos da JBS). Também este ano, o governo foi vitorioso na reforma trabalhista.
Ainda, segundo o Estadão, o mês em houve maior liberação mensal em empenhos foi dezembro, enquanto ainda tentava passar a reforma da Previdência com algo em torno de R$ 3,24 bilhões, ou 30,1% do total utilizado neste instrumento. Antes os meses com maior concessão de recursos do Planalto foram os da divulgação da delação premiada da J&F: R$ 2,02 bilhões em junho, e R$ 2,24 bilhões em julho.
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Eu nunca vi comprar
Eu nunca vi comprar parlamentares a luz do dia.
Só nesse governo e nesse congresso.
E com um detalhe:
Os congressistas articulam leis anti prisão.
Numa das minhas fantasias em ser um cara de revista de quadrinhos, seria o Homem Invisível.
Mataria todos com requintes de tortura.
Começaria com Sarney e família.