Empresa de Maggi nega relação com avião interceptado com cocaína

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Foto: Polícia Militar de Goiás
 
Jornal GGN – Por meio de nota, o grupo Amaggi, do senador licenciado e ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), negou qualquer relação com a aeronave interceptada pela Força Aérea Brasileira (FAB) neste domingo com mais de 500 quilos de cocaína. 
 
O avião teria decolado de uma pista na fazenda Itamarati, arrendada pela empresa. A Amaggi afirmou que a Aeronáutica ainda investigará o local da decolagem, afirmando que a localização foi “apenas declarada pelo piloto durante abordagem do policiamento aéreo”.
 
A empresa negou qualquer relação com a aeronave e diz que não emitiu autorização de pouso ou decolagem, confirmando que a Fazenda Itamarati possui 11 pistas autorizadas para pouso eventual, “localizadas em pontos esparsos de 54,3 mil hectares de extensão”. 

 
O grupo do senador licenciado também diz que a região da fazenda tem sido “vulnerável à ação de grupos do tráfico internacional de drogas”, já que fica próxima da fronteira com a Bolívia. A empresa diz que prestou apoio à Polícia Federal (PF) em operação realizada em abril deste ano. 
 
Através das redes sociais, Maggi repetiu os argumentos da nota de sua empresa, dizendo que as informações sobre o local de decolagem serão fornecidas pelo piloto do avião, que não foi localizado.
 
Também disse que o estado do Mato Grosso é “continental” e “vulnerável à ação do tráfico internacional”. 
 
Leia a íntegra da nota do grupo Amaggi:
 
A respeito das informações divulgadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) no último domingo (25) dando conta da interceptação de uma aeronave carregada de entorpecentes que teria decolado de uma pista localizada na fazenda Itamarati, arrendada pela AMAGGI, a companhia vem a público informar que:
 
a) Após a divulgação inicial de informações sobre o incidente, a própria FAB publicou nota na tarde desta segunda-feira (26) esclarecendo que o local exato da decolgaem da aeronave interceptada ainda será objeto da devida investigação, uma vez que a procedência divulgada até então foi apenas declarada pelo piloto durante abordagem do policiamento aéreo;
 
b) A empresa tomou conhecimento do caso por meio da imprensa e aguarda o desenrolar das investigações sobre a propriedadeda aeronave e as circunstâncias exatas em que ela – conforme afirmou a FAB preliminarmente – teria pousado na Fazenda Itamarati e decolado a partir de uma de suas pistas:
 
c) A empresa não tem qualquer ligação com a aeronave descrita pela FAB e não emitiu autorização para pouso/decolagem da mesma em qualquer uma de suas pistas;
 
d) Localizada em Campo Novo do Parecis, a parte arrendada pela AMAGGI na Fazenda Itamarati conta com 11 pistas autorizadas para pouso eventual (apropriadas para a operação de aviões agrícolas, o que não demanda vigilância permanente) localizadas em pontos esparsos de 54,3 mil hectares de extensão;
 
e) A região de Campo Novo do Parecis tem sido vulnerável à ação de grupos do tráfico internacional de drogas, dada a sua proximidade com a fronteira do Estado de Mato Grosso com a Bolívia;
 
f) Tal vulnerabilidade acomete também as fazendas localizadas na região. Em abril deste ano a AMAGGI chegou a prestar apoio a uma operação da Polícia Federal (PF), quando a mesma foi informada de que uma aeronave clandestina pousaria com cerca de 400 kg de entorpecentes (conforme noticiado à época) em uma das pistas auxiliares da fazenda. Na ocasião, a PF realizou ação de interceptação com total apoio da AMAGGI, a qual resultou bem-sucedida.
 
A AMAGGI se coloca à disposição das autoridades para prestar todo apoio possível às investigações do caso.
 
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Redação

17 Comentários

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  1. empresa….

    A PF intercepta a aeronave mas não sabe, nem prende quem comprou a droga? Ou a PF também está fazendo um jogo dúbio? Tem ficado muito mal explicado, como a apreensão do helicópetro do Senador com meia tonelada de cocaína. Pergunta: quem tem este dinheiro todo para comprar meia tonelada de drogas? Senador e Ministro tem. Mas o principal que revela a hipocrisia deste país. Depois não adianta dar tiro nas favelas, matar bandidos miseráveis enquanto assassina pobres, crianças e moradores, dizendo combater o trafico. O Brasil é de muito fácil explicação.  

  2. É tudo uma bizarra coincidência

    Aécio, Perrela e Maggi têm quatro características em comum:

    (1) todos são senadores

    (2) todos votaram pelo impeachment de Dilma

    (3) todos são aliados da quadrilha do Temer

  3. Comentário.

    Impressiona que se tenha um pacotão de droga (que tem origem, um dono), em um avião (que tem origem, um dono), que decolou de algum lugar (que tem origem, um dono), com alguém pilotando (que tem origem, e trabalha para alguém, se não for ele mesmo o dono)… e ninguém sabe de nada.

    Quando nunca se sabe, é aí que se descobre gente da alta.

  4. Quem está preso?

    Das quase meia tonelada de cocaina descobertas no avião dos Perrelas, quais dos envolvidos ainda estão presos?

    Por que é inconcebível que traficantes de quilos de maconha peguem anos de cadeia e quem desta operação está preso?

    1. Nóis num faz nada de errado, nóis só trafica drogas

      Perrella, flagrado em interceptação.

      Já pensou no teor de uma conversa interceptada do Maggi e algum comparsa?

      Tem como me fornecer pelo menos 200 gramas do ouro branco?

      Não fala, não, senão eu me cago.

  5. Se o avião partiu da fazenda

    Se o avião partiu da fazenda Itamarati é porque foi lá que recebeu a carga. Normalmente, esses veículos ficam no máximo meia hora em terra. O carregamento sempre é feito às pressas. A carga só pode ter chegado à fazenda por terra e dali sairia de avião. Sempre foi assim.

  6. Saudades do tempo em que o

    Saudades do tempo em que o “empresariado” não sei se, por medo, respeito ou vergonha, era mais criativo e traficava dentro de bucho congelado. Agora, nem disfarçam mais. Entopem aeronaves de farinha, inauguram aeroportos e, se vacilar ainda reclamam das péssimas condições de trabalho.

  7. Em 1987 o povo pobre do

    Em 1987 o povo pobre do litoral curtiu o verão da “maconha da lata”. Em 2017 a rica família Maggi curtirá o inverno da “cocaína da fazenda”?

  8. Esse avião é do Lula ou meu, que, sequer, nem uma bike tenho

    “Os verdadeiros narcotraficantes não são encontrados nas favelas, onde as pessoas são oprimidas e induzidas ao crime para conseguir o pão de cada dia. Os chefes do narcotráfico estão para serem encontrados nas grandes capitais.

    Muitas vezes a justiça não é feita. A justiça não faz o que manda a constituição, que diz que todos são iguais perante a lei. Muitas vezes, algumas pessoas são mais iguais que as outras. E isso é chamado de justiça de classe, uma justiça que favorece uma classea.

    A sociedade brasileira tem consciência de que hoje não estamos enfrentando mais o ladrão de galinha. Aquele cidadão que roubava uma galinha era preso e solto. E no dia seguinte, ele roubava outra galinha, o galo, e até os ovos. Mas não era uma figura tão violenta, tão bruta com a sociedade. Hoje não. Hoje nós enfrentamos uma indústria, que eu diria até multinacional, do crime organizado. Ele tem o seu braço na política, tem o seu braço na Polícia, tem o seu braço no poder Judiciário, tem o seu braço nos empresários, tem o seu braço internacional. Então é uma coisa muito poderosa, que de vez em quando nós vemos na televisão: “Polícia consegue apreender a maior quantidade de cocaína já vista no Brasil”. Aí o que apresenta a televisão? Cinco ou seis “bagrinhos”. Para onde ia e de onde veio, quem vendeu e quem comprou a droga, não aparece. Aparecem os “bagrinhos”, ou seja, é sempre a mesma história.

    E nós só vamos combater o crime organizado quando a gente resolver pegar quem compra e quem vende, e não apenas quem está no processo de intermediação, que muitas vezes são pobres coitados, induzidos, para ganhar o pão de cada dia. Às vezes a gente pega e ouve na televisão o seguinte discurso: “Tem violência? Tem. Vamos cercar a favela. Tem droga? Tem. Vamos ocupar a favela”.

    Possivelmente, no dia em que a inteligência da Polícia for mais ousada e mais forte do que a força bruta, a gente não precise invadir uma favela, mas, quem sabe, subir numa cobertura, numa das grandes capitais desse país, e pegar um verdadeiro culpado pelo narcotráfico”.

    Luís Inácio Lula da Silva, 2003.

  9. Menino moro do céu, os

    Menino moro do céu, os indicados do psdb pmdb evangélicos em geral, e apenas referendado pelo Grande Presidente Lulas são de responsabilidade do Lula?

    Vai condenar?

    Então tá!

    Quinhentos quilos da boa nos aeroportos de propriedade do Aécio dono e usuário e setecentos da mesma boa no do Maggi são motivo para…

    Menino moro e beatos da entourage bíblia no sovaco vocês bebem fumam tragam um dão?

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