Jornal GGN – O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 1,4 ponto em novembro, chegando a 93,8 pontos, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Apesar do resultado negativo, o ICST em médias móveis trimestrais avançou pelo quinto mês consecutivo, de 91,5 pontos para 93,5 pontos.
A queda foi influenciada exclusivamente pela piora das perspectivas dos empresários para os próximos três e seis meses. O Índice de Expectativas (IE-CST) diminuiu 2,9 pontos, para 96,2 pontos, voltando a patamar inferior ao visto no período pré-pandemia (99 pontos, em fevereiro). Os indicadores de demanda prevista e tendência dos negócios recuaram 2,3 pontos e 3,5 pontos, para 96,8 pontos e 95,5 pontos respectivamente.
Entretanto, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) ficou estável em 91,5 pontos, devido a movimentos opostos dos indicadores que o compõem. Enquanto o indicador de carteira de contratos recuou 0,7 ponto, para 89,5 pontos, o indicador de situação atual dos negócios aumentou 0,7 ponto, para 93,6 pontos.
“Após seis meses de alta contínua, a confiança dos empresários da construção recuou, refletindo uma piora das expectativas em relação à demanda e ao ambiente de negócios nos próximos meses. O movimento deu-se nos três segmentos setoriais – Edificações, Infraestrutura e Serviços Especializado – indicando a insegurança com as incertezas elevadas do cenário geral. Por outro lado, a avaliação do cenário atual manteve-se estável, mostrando uma acomodação dos negócios em novembro. Ainda assim, a percepção dominante é de que o setor chega ao final do ano em posição mais favorável do que estava no final de 2019”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.
Assim como em 2019, a percepção dominante entre as empresas é de melhora do cenário setorial comparativamente à situação de 12 meses atrás. No entanto, a comparação ponto a ponto esconde os impactos expressivos da crise causada pela pandemia, mas o setor conseguiu retomar as atividades por ter sido considerada essencial – e a retomada da atividade se reflete na redução das assinalações na demanda insuficiente, mas aumentaram expressivamente as menções à falta de insumos e aos aumentos de preços.
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