Entrevista do Haddad na época e a realidade paulistana

Olá Nassif e pessoal todo, quando li essa entrevista da época, fiquei preocupado.

Não sei se por culpa dos jornalistas, que adotaram uma linha de questionamento superficial, voltada aos aspectos históricos da militância e da formação do candidato, que aceitou e embarcou nessa, ou pelas respostas como a que foi dada sobre a iluminação (!?), mas o resultado está aquém da realidade e das necessidades de muitos eleitores da cidade de São Paulo.

Para uma primeira entrevista como candidato numa revista assinada e lida por (e)leitores, digamos, avessos a grandes reflexões e temas, achei-a muita fraca e até constrangedora.

Ofereço a íntegra da entrevista e dois textos que revelam a cidade de São Paulo.

Será preciso ousar mais, Fernando Haddad, caso queira ser eleito.

E aí, PT, será preciso educar o ex-ministro da educação.

Não brinquem com esta cidade.

Gustavo Cherubine.

http://blogdofavre.ig.com.br/2012/02/fernando-haddad-eu-sou-um-socialista/

Fernando Haddad: “Eu sou um socialista”

TEORIA E PRÁTICA Fernando Haddad na ala de autoridades do aeroporto de Congonhas, logo após desembarcar para se dedicar à eleição. O PT quer repetir a fórmula que elegeu Dilma (Foto: Julia Rodrigues/ÉPOCA)

O candidato do PT à prefeitura de São Paulo critica stalinistas, trotskistas, neoliberais e também alguns petistas – por terem atacado Kassab na campanha de 2008

ANGELA PINHO E RICARDO MENDONÇA – ÉPOCA

TEORIA E PRÁTICA
Fernando Haddad na ala de autoridades do aeroporto de Congonhas, logo após desembarcar para se dedicar à eleição. O PT quer repetir a fórmula que elegeu Dilma (Foto: Julia Rodrigues/ÉPOCA)

Quando o ex-presidente Lula deu os primeiros sinais a favor da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência, muita gente desconfiou da viabilidade daquela operação política. Dilma nunca disputara eleição, era desconhecida do grande público e não parecia ter aquela desenvoltura típica dos políticos tradicionais. Agora, os petistas acham que podem repetir o feito com o acadêmico Fernando Haddad, pré-candidato a prefeito de São Paulo, neófito em disputas eleitorais. Depois de morar oito anos em Brasília, ele deixou o Ministério da Educação há dez dias para se dedicar exclusivamente à eleição. Feita em dois encontros, esta foi a primeira entrevista de Haddad após ele desembarcar definitivamente na cidade que quer governar.

ÉPOCA – Lula e Dilma estão dando conselhos ao senhor?
Fernando Haddad – Conversamos frequentemente.

ÉPOCA – Que conselhos eles dão?
Haddad – São observações, preocupações, antecipações…

ÉPOCA – Dê um exemplo concreto.
Haddad – O tipo de ataque que vai ser feito. A presidenta sofreu muitos ataques pessoais, difamação, injúria. Ela fala sobre como lidar com esse tipo de provocação. A vida pública é difícil por esse lado… Você quer fazer um debate de nível, e aí de repente sai alguém com comentários que você nem compreende a intenção. Olha, o maior drama que a presidenta Dilma sofreu foi essa coisa de rebaixar o debate, de usar a crença e a fé das pessoas, estimular a intolerância, criminalizar comportamentos, não se solidarizar com dramas pessoais. A campanha é um momento precioso: a sociedade se reúne em torno da discussão pública. Mas às vezes involui. Ela me dá diversas sugestões de como resistir a eventuais ataques desse tipo.

ÉPOCA – Na última eleição municipal, a campanha do PT perguntou se o prefeito Gilberto Kassab era casado e tinha filhos.
Haddad – Foi um equívoco. O partido reconheceu. E veja a diferença: a campanha admitiu o erro, assumiu o erro e se retratou. É diferente de uma prática que foi usada sistematicamente e da qual não se fez autocrítica até hoje.

ÉPOCA – Por falar em autocrítica, o senhor vai passar a campanha toda respondendo sobre as falhas do Enem.
Haddad – O Enem é um trunfo importantíssimo. Uma de nossas maiores realizações foi inscrever 5 milhões de brasileiros para concorrer a 450 mil vagas na universidade. Acabou com 95 vestibulares. As pesquisas dão conta de um número recorde de aprovação. O Enem americano tem 85 anos e enfrenta problemas até hoje. Não sou estrategista, mas é um tiro na água que vão dar se quiserem acertar no Enem.

ÉPOCA – Ficou a imagem de um exame com problemas de gestão.
Haddad – Uma imagem artificialmente construída. Em 2009, realmente houve um problema grave. Mas depois foram questões muito pontuais. Em 2010, 0,1% das pessoas refizeram a prova à custa da gráfica que errou num lote de impressão. Em 2011, foi um colégio afetado pela questão do pré-teste. Um.

ÉPOCA – O senhor escreveu um livro chamado Em defesa do socialismo. O que é ser socialista?
Haddad – Eu sou um socialista. O socialismo, em minha opinião, tem dois compromissos importantes. O primeiro é a recusa de toda experiência autoritária em nome da igualdade. Entrei no movimento estudantil numa quadra histórica em que ainda havia forte presença de stalinistas e trotskistas. E nunca militei nessas organizações, justamente em virtude do viés autoritário. Então, sou de linhagem mais frankfurtiana, por assim dizer.

ÉPOCA – E o segundo compromisso?
Haddad – É o apreço pela agenda da igualdade, a ampliação de oportunidades, a emancipação dos indivíduos. Pela intolerância em relação à desigualdade e tolerância em relação à diversidade. Até fico impressionado com a quantidade de neoliberais ex-comunistas. É notável. A pessoa é neoliberal, mas foi comunista na juventude, o que revela certa coerência na forma, mas incoerência no conteúdo. Eram autoritários de esquerda, viraram autoritários de direita. E não prestaram contas dessa trajetória. Defendiam o Estado absoluto, defendem agora o mercado absoluto. Então essa recusa ao autoritarismo – estatal ou de mercado – é o apreço pela diversidade e a busca por equalização de oportunidades e combate à desigualdade.

ÉPOCA – A presidente Dilma acabou de ir a Cuba, o que chamou a atenção para a temática dos direitos humanos. É um país que, em sua opinião, preza por essa recusa ao autoritarismo?
Haddad – Direitos humanos é um tema que foi alargado ao longo dos séculos. Nos primórdios, os direitos sociais não eram considerados. Então, até compreendo quando alguém faz referência aos direitos sociais em Cuba, sobretudo no que diz respeito à saúde e à educação. Mas penso que isso não pode servir de pretexto para que outros direitos sejam sonegados. Direitos humanos, na ótica do socialismo moderno, tem de abranger os direitos civis, políticos e os sociais.

ÉPOCA – Então o senhor diria que, em Cuba, os direitos políticos são sonegados?
Haddad – Eles não são tratados de uma maneira tão atenciosa como os direitos sociais.

ÉPOCA – O senhor foi morar em Brasília em 2003, está voltando agora. Nesse intervalo, o que mais mudou em São Paulo?
Haddad – Sem dúvida, o trânsito. É notável como as coisas ficaram mais complexas. E não sei se as pessoas se dão conta, mas a cidade ficou mais escura. Pouca iluminação pública.

ÉPOCA – É impressão sua ou o senhor tem algum dado objetivo?
Haddad – Não, é uma percepção forte de que a cidade está menos iluminada à noite e, portanto, menos segura. Outro dia, falei com pessoas que têm a mesma percepção. Falaram que é o projeto Cidade Limpa, que retirou os outdoors. Aquilo iluminava muito mais do que se supunha.

ÉPOCA – Mas o senhor quer a volta dos outdoors?
Haddad – Não. Da iluminação. Temos de repensar a iluminação para reocupar a cidade à noite. Isso vai trazer segurança.

“O Kassab colocou, em primeiro lugar, uma aliança em torno da candidatura de José Serra. Depois, uma candidatura própria. E falou do PT como terceira alternativa”

ÉPOCA – No transporte, que medidas concretas pretende tomar?
Haddad – Não é questão de prometer. Havia um plano com ênfase forte em corredor de ônibus. Nossa gestão (2001-2004) fez um investimento importante, combinando corredores e bilhete único, mais integração com outros modais. Não houve continuidade. Estou convencido de que São Paulo deve privilegiar o transporte público. Podemos, em parceria com o governo federal, resgatar aquele projeto e atualizá-lo.

ÉPOCA – O PT paulistano sempre fez oposição à gestão do prefeito Kassab. Como agora ele pode ir para seu palanque?
Haddad – O prefeito hierarquizou as prioridades dele, colocando em primeiro lugar uma aliança em torno da candidatura José Serra. Depois, uma candidatura própria. E falou do PT como terceira alternativa. De nosso lado, estamos cumprindo o roteiro como havíamos anunciado, intensificando conversas com os partidos da base aliada do governo Dilma.

ÉPOCA – O senhor descarta uma aliança com o PSD de Kassab?
Haddad – Veja bem: estamos numa eleição complexa, que será decidida, provavelmente, em dois turnos. Nenhuma eleição em São Paulo foi resolvida num turno só. Temos de definir a estratégia com nossos parceiros. Às vezes você pode até descartar uma aliança, mas não pode descartar apoio. Você precisa de apoio para governar. Agora, o que não vou fazer é atropelar o PT. O PT é a força que minha candidatura tem.

ÉPOCA – O senhor já disse que a USP não pode ser tratada como a Cracolândia nem a Cracolândia como a USP. Em relação à atuação da Polícia Militar, como deve ser tratada cada uma delas?
Haddad – A força militar no campus pode gerar estresse desnecessário. Acho que tem de reforçar a segurança nos campi. No MEC, fizemos muito investimento nisso, com empresas de segurança. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) estava com um problema crônico e melhorou muito sem a necessidade de força militar. Depois da prisão dos estudantes (da USP), houve o espancamento de um estudante negro por um policial, que chegou a apontar o revólver para os estudantes.

ÉPOCA – Mas tirar a Polícia Militar da USP não é tratar os alunos como privilegiados?
Haddad – É a questão da especificidade de um campus universitário. O risco é transformar repressão civil em repressão política. Esses limites, dentro de uma universidade, são tênues. A universidade é um lugar de um debate permanente, de contestação permanente. Ela tem a capacidade de formular projetos sobre sua própria segurança. Não é o caso da Cracolândia, onde você tem o tráfico e a presença de crianças.

ÉPOCA – O senhor acha que a ação da PM na USP foi repressão política?
Haddad – Em relação aos meninos indiciados, os três que estavam dentro do carro, de certa maneira foi. O tratamento que eles receberam ali não foi o que deve ser dado a eventuais usuários. Foi um tratamento de cidadão de segunda categoria.

ÉPOCA – E a Cracolândia?
Haddad – A questão da saúde pública ficou subalterna. O que as pessoas corretamente dizem é que, nessas operações, a saúde pública e a assistência têm de estar muito presentes.

ÉPOCA – O ex-presidente Fernando Henrique passou a defender a descriminalização da maconha. O que o senhor acha disso?
Haddad – É um tema que deve envolver especialistas de muitas áreas. Uma visão que está se consolidando é a ideia de que o usuário enfrenta um problema de saúde. A questão da descriminalização é federal. Na prefeitura, o papel é acolher quem precisa de atendimento. Fico um pouco preocupado com essa perspectiva (descriminalização) pelo seguinte: no caso do álcool, a droga é legal, mas a venda para menor de idade é ilegal. Não temos o controle de bebida alcoólica. Vamos mexer (na legislação) sem ter controle sobre uma droga lícita?

ÉPOCA – O descontrole não é maior justamente porque é ilícita?
Haddad – Meu temor é tornar o jovem ainda mais vulnerável. Mas o debate é rico, precisa ser feito.

>>Ricardo Mendonça, um dos autores desta entrevista, no Twitter: @RMendonca09
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/24153-estudo-escancara-desigualdade-paulistana.shtml

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Estudo escancara desigualdade paulistana

Em 45 distritos, morador não tem acesso a biblioteca; em 26 não há leito e em outros 56 não existe quadra de esporte

Observatório Cidadão da Rede Nossa São Paulo ordenou, pela primeira vez, dados que permitem mensurar desequilíbrio
REYNALDO TUROLLO JR.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Que São Paulo é desigual todo mundo sabe. Pela primeira vez, porém, o Observatório Cidadão da Rede Nossa São Paulo ordenou dados de órgãos públicos de forma a tornar visível e mensurável essa desigualdade.

Os resultados são estarrecedores. Sobretudo quando se leva em conta que cada um dos 96 distritos da capital tem, em média, mais de 110 mil habitantes -uma cidade.

“Qualquer distrito é maior que 95% das cidades brasileiras. Qualquer um que não tenha algum equipamento desses é gritante”, diz Oded Grajew, coordenador da rede.

Em 45 distritos, os moradores não têm acesso a bibliotecas perto de casa; 26 distritos não têm nenhum leito em hospital; e em outros 56 não existe nenhuma quadra ou espaço para praticar esportes.

As barras do gráfico abaixo ilustram as disparidades, que forçam os moradores de bairros no polo negativo do ranking a viajar entre essas “cidades” todos os dias.

“Isso piora o trânsito, a poluição, o estresse”, explica Grajew.

ONDE USAR OS RECURSOS

“Organizar um espaço urbano imenso e rico como São Paulo não é um problema de dinheiro, mas de alocação de recursos”, afirma o economista da PUC Ladislau Dowbor.

“[A ideia de comparar distritos] É gerar um nível de compreensão da cidade muito mais amplo. Quando a gente disponibiliza um conjunto de dados na internet, obriga a autoridade a fazer um plano de metas”, diz.

“É um instrumento de pressão política.”

DIFERENÇA SALARIAL

O Quadro da Desigualdade mostra ainda que salários no Butantã, Lapa e Pinheiros (zona oeste da cidade) são 2,6 vezes maiores que os de Itaquera, na zona leste da capital.

E que 1,3 milhão de paulistanos vivem em favelas -94% das casas da Vila Andrade (sul) ficam em favelas, enquanto no Jardim Paulista e em mais 11 distritos não há nenhuma.
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http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/17425

“Cidade desigual” – Folha de S.Paulo
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Publicado em: 30/01/2012 – 10:27
 

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Oded Grajew

Um estudo da Rede Nossa São Paulo divulgado recentemente apresenta o quadro da desigualdade em São Paulo. Os dados da cidade mais rica do Brasil são vergonhosos.

São Paulo é dividida em 31 subprefeituras e em 96 distritos. A população média de cada subprefeitura supera os 350 mil habitantes. Em cada distrito, há mais de 110 mil habitantes (eles são maiores do que 95% das cidades brasileiras).

Verificamos em vários distritos a ausência de equipamentos públicos. Alguns exemplos: em 44 distritos não há nem sequer uma biblioteca municipal, 56 distritos não mantém nenhum equipamento esportivo público e 59 não têm nenhum centro cultural.

Isso sem mencionar os 1,3 milhões de paulistanos que vivem em favelas e os milhões que, em função da sua baixa renda, têm enorme dificuldade de ter acesso à cultura, ao esporte e à moradia digna.

Em 26 distritos, não há nenhum leito hospitalar. Segundo pesquisa Irbem/Ibope, o tempo médio de marcação de consultas nos serviços de saúde públicos é de 52 dias. Entre a marcação e a realização de exames, gasta-se 65 dias. Entre a marcação e a realização de procedimentos mais complexos, como cirurgias, são necessários 146 dias.

Muita gente pobre, que depende do sistema público de saúde, certamente morre no meio do caminho.

As desigualdades são enormes. No item emprego, por exemplo, a diferença entre o melhor distrito (Itaim Bibi) e pior (Marsilac) é de 2218,6 vezes -cerca de 300 mil empregos no primeiro distrito, apenas 136 no segundo. Para ter acesso ao trabalho, quem ganha até um salário mínimo fica, em média, duas horas ao dia no transporte público.

Milhões de paulistanos precisam percorrer enormes distâncias para ter acesso ao trabalho, à saúde, à cultura e ao esportes, entupindo as vias de circulação. Assim, no item mortes no trânsito, a diferença entre o melhor (Barra Funda) e o pior distrito (Marsilac) é de 32,2 vezes.

No item mortalidade infantil, a diferença é de 13 vezes (Cambuci e Jaguara); em gravidez na adolescência, de 24 vezes (Moema e Marsilac); e em homicídios, de 28,5 vezes (Barra Funda e Pinheiros são os melhores, o Brás é o pior).

A diferença entre a melhor (Capela do Socorro) e pior subprefeitura (Itaim Paulista) no item área verde por habitante é de 176,3 vezes. Na porcentagem de domicílios sem ligação com o esgoto, a diferença é de 44 vezes (Sé e Cidade Ademar).

Por que aquilo que se atingiu nos melhores distritos não pode ser atingido em todos?

Mais de 174 mil crianças, basicamente de famílias pobres, estão sem creche. No item analfabetismo, a diferença entre a melhor e pior subprefeitura é de 2,4 vezes. O abandono e a distorção entre a idade e a série são, respectivamente, 52 e 42 vezes menores no ensino privado do que no ensino público.

Educação de qualidade, fundamental para o acesso à cidadania e ao trabalho mais bem remunerado, é, portanto, privilégio da população de maior renda.

Não é por acaso que todas as grandes lideranças religiosas, sociais e humanas sempre lutaram pela justiça social.

Do ponto de vista ético, moral, social e econômico, não há nada mais insustentável, danoso, antiético, vergonhoso e degradante em uma sociedade do que a desigualdade. Ela está na origem de todos os problemas que afetam a qualidade de vida da população.

O quadro da desigualdade completo, com 91 indicadores, está disponível no site www.nossasaopaulo.org.br. Queremos que ele seja útil aos cidadãos na cobrança dos seus direitos e que ele sensibilize os candidatos nas eleições de 2012.

É necessário que eles elejam a justiça social como a prioridade dos seus programas (mesmo sabendo que as pessoas de menor renda não financiam campanhas eleitorais).

Do próximo prefeito, esperamos que o plano de metas que, por força de lei, ele deve apresentar 90 dias após a posse, tenha como eixo principal a redução das desigualdades.

ODED GRAJEW, 67, empresário, é coordenador-geral da secretaria executiva da Rede Nossa São Paulo e presidente emérito do Instituto Ethos. É idealizador do Fórum Social Mundial e integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES)

Redação

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