Ética, Política e Participação

Corrupção

Ética e Política são dois tipos de campos de investigação que nasceram na Grécia Antiga, existindo entre as duas uma inseparabilidade, é imprescindível considerarmos que a política precisa se desenvolver como um sistema normativo, fundados em valores e critérios que regulam um conjunto de ações envolvendo o coletivo, o que implica compreender que não estão isentas de deveres, e, naturalmente, devem respeitar os direitos.

Enquanto atividade coletiva a política pressupõe exigências éticas em seu desenvolvimento, embora haja confrontos de grupos antagônicos, o que potencializa o choque entre os conflitos ético-morais da formação dos indivíduos e leva claramente a um desvirtuamento do poder.

Constata-se que as alianças políticas não são construídas somente visando o bem comum à coletividade, pelo contrário, também levam em conta os interesse de particulares e a busca de satisfação deste ou daquele grupo político que deseja se manter com privilégios na esfera pública e camuflar suas reais intenções. É o que vemos atualmente, por parte de líderes políticos que assistem no Congresso Nacional, em Brasília.

Por incrível que pareça, a bandeira da ética é empunhada por todos e as posições se embaralham: uns com postura astuciosa, procurando sustentar o processo eleitoral; outros procurando tomar medidas mais incisivas contra a corrupção incrustada em várias instituições do Estado e nos Órgãos Executivos.

O que se observa no Brasil é uma degeneração político-moral e dentre muitos deslizes, destacam-se: os desmandos e prevaricações, improbidades administrativas, falcatruas, atos abusivos do poder, os quais representam as doenças do sistema político.

Vale ressaltar que sendo a política divulgada pelos meios de comunicação, acentuando-se os pontos precários; acaba sendo avaliada negativamente pelo comportamento de alguns; contudo, essa generalização é perigosa e desencadeia uma insatisfação com a própria classe política, surgindo uma forte tendência ao voto nulo.

Há uma necessidade de se mobilizar a sociedade brasileira para o extraordinário esforço de superar as dificuldades desse cenário político, reduzindo a fragilidade gerada pelo momento, transformando a situação do Brasil, para que o povo brasileiro se torne sujeito e não apenas objeto de sua própria História.

Enquanto isso, o projeto de governo (o que fazer) tem que ser contraposto com a governabilidade sobre o sistema (a dificuldade para fazer) e a competência de governo (a capacidade para fazer).

Devido a isso, costuma-se afirmar que a ética e a participação são as soluções para a crise política que se constitui em uma pré-condição de encaminhamento técnico das medidas de superação das crises econômicas das reformas institucionais.

O Brasil precisa de uma Gestão Pública Democrática que transcenda as intencionalidades, desse modo, a Ordem e o Progresso não serão temporâneos.

*Neemias dos Santos Almeida é Professor e Pedagogo. Colunista, Articulista, Membro da ONG Atuação Voluntária, Escritor, Voluntário junto ao órgão internacional PNUD/Brasil, e ávido leitor que vive a internet e suas excentricidades desde 2001.

Redação

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