Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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EUA em Caracas e a perda do protagonismo brasileiro, por André Araújo

EUA em Caracas e a perda do protagonismo brasileiro

por André Araújo

SHANNON EM CARACAS – A inusitada aparição em Caracas do Subsecretário para Assuntos Políticos do Departamento de Estado, Thomas Shannon como mediador da situação e da oposição tira do Brasil qualquer papel preponderante na arbitragem de conflitos regionais no continente.

O maior país da região abdica de seu papel de ator em conflitos de política regional abrindo espaço para a volta dos EUA como agente de processos de política interna na América do Sul.

Essa perda de espaço e protagonismo do Brasil se deu por múltiplas razões. Nos anos do PT a diplomacia brasileira erroneamente se posicionou como avalista do chavismo de maneira um tanto amadora. Não é da tradição do Itamaraty tomar lado como o sub-Itamaraty da Assessoria Internacional do Palácio do Planalto tomou em relação ao bolivarianismo de 2002 a 2016.

Esse partidarismo na diplomacia custou ao Brasil a perde de referência como potência arbitral em conflitos internos, papel para o qual o Brasil deveria estar talhado por ser o maior Estado da América Latina.

Em situações de conflito é de maior eficiência diplomática ser mais discreto no apoio a regimes instáveis como sempre foi o chavismo. Registre-se que mesmo no grande conflito da Guerra Civil Espanhola, quando Itália e Alemanha apoiavam Franco com grande quantidade de material bélico, força aérea e tropas, no campo diplomático mantiveram-se discretos. A mesma coisa fez Stalin apoiando a República com enorme quantidade de armamento, mas sem discursos de apoio à República ou de crítica aos nacionalistas de Franco.

Já no novo regime pós-impeachment de 2016, o Itamaraty ‘sob nova direção’ está cometendo o mesmo erro no lado oposto, com declarações pessoais do Chanceler que, em um quadro de quase guerra civil, jamais deveriam ser proferidas. As Chancelarias devem operar por Notas Diplomáticas redigidas por profissionais onde o fraseado protege o País de riscos desnecessários.

A impressionante estultice do chanceler para a diplomacia o fez disparar declarações nada diplomáticas sobre a Venezuela, que inviabilizam qualquer papel do Brasil no conflito interno. E a ponto tal que Maduro recebeu com cortesia Tom Shannon e deu-lhe boas vindas como intermediário, ignorando completamente qualquer papel para o Brasil.

A entrada de Washington no cenário se dá, evidentemente, porque não há o grande maestro regional para agir na Venezuela, tornando-se quase inevitável que, na falta de outro, os EUA se apresentem como possível árbitro no conflito, apesar de Washington e Caracas não terem Embaixadores nos respectivos países desde 2010.

Esse apagamento do Itamaraty em uma situação nas nossas fronteiras é impressionante. O Brasil desapareceu da tela do radar regional, é uma não-potência, uma não-diplomacia, prefere esconder-se para não agir. E, além do mais, tem na chefia da chancelaria um personagem sem qualquer aptidão para o cargo, a ponto de declarar publicamente seu apoio repetido a um dos candidatos na eleição americana, pecado absurdo em um chanceler, seria como o Secretário de Estado John Kerry declarar apoio a um político brasileiro candidato a Presidente, esse chanceler não serve nem para cônsul.

Não sei se Shannon terá algum sucesso, mas sua chegada em Caracas é um sinal de reentrada geopolítica dos EUA na América do Sul, de onde estavam fora oficialmente desde o fim do ciclo dos governos militares.

Não poderia, para essa missão, haver diplomata melhor que Shannon, que conhece a região como a palma da mão. Fluente em espanhol e português, tem o cargo certo, número 3 do Departamento de Estado, vai a Caracas defender evidentemente os interesses residuais americanos na Venezuela. A Chevron é a principal operadora da maior reserva de petróleo do mundo, o Campo das Franjas do Orinoco e a Venezuela durante toda sua crise tem os EUA como seu maior parceiro comercial, embora o Brasil seja o único Pais que lhe deu crédito comercial nos últimos cinco anos.

Há um outro fato, a retirada de Cuba do campo antiamericano alinhado com o bolivarianismo após seu acordo com os EUA, Caracas perde o apoio moral de Cuba para manobras cada vez mais erráticas de Maduro. A simples recepção de Shannon é um sinal da retirada de Cuba do anel de proteção do regime chavista, nem devemos duvidar que Shannon viajou a Caracas após avisar Havana de sua missão, uma vez que não se viu uma nota de protesto de Cuba sobre essa viagem emblemática do Subsecretário de Estado à zona de conflito.

 

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

46 Comentários

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  1. Salvo engano, tá faltando o

    Salvo engano, tá faltando o mediador que, ao que parece, fez a diferença: O VATICANO. Pelo que li, o Thomas Shannon, veio depois dos enviados do Papa Francisco promoverem os encontros entre opositores e Maduro. Ou seja, pegou o bonde andando e saiu na foto, não?

    1. Exatamente, mas como o Papa

      Exatamente, mas como o Papa Francisco não enquadrou a Dilma e a Cristina Kirchner como a mídia carcomida tupiniquim queria, virou persona non grata, nada de bom que ele fizer terá destaque aqui na nossa merdiazona…

      1. Sei não, Paulo. Ao meu ver,

        Sei não, Paulo. Ao meu ver, esta é uma atuação do Vaticano distinta dos tempos da dobradinha João Paulo II/Casa Branca. Me pareceu uma tentativa (de boa fé) de conciliação, de solução do impasse. Uma vez encaminhada, Washington mandou o seu representante para marcar território, restabelecer o seu protagonismo e, APARENTAMENTE, dar aval à negociação.  Mas, diferente do articulista AA, não sou expert nesse tema. Daí,  é grande a chance de que eu tenha feito uma leitura equivocada.

    2. Nada a ver. A intermediação

      Nada a ver. A intermediação do Vaticano tem um carater simbolico mas carece de massa critica para empurrar  as partas para um acordo. Se tivesse funcionado Shannon não precisaria entrar nesse tiroteiro inglorio.

  2. lá vem

    Santo deus, lá vem essas conversas de disneylanldia e MBA sobre o PT, o PT, o PT… então os EEUU estão agora dando uma de “avalistas” do chavismo”, é?!

    Entendam, as crianças grandes: o chavismo ganhou eleições livres! A oposição boicotou e tumultuou o máximo que pôde! Partiu pra ignorância exatamente como a direita reacionaria daqui e do restante da AL! Partiu pro golpe de Estado com apoio escancarado dos EEUU! Queriam que o “sub Itamaraty” fizesse o quê?!

    Tá na cara quem é sub do sub.

    1.  
      Entenda você.
      Nas últimas

       

      Entenda você.

      Nas últimas eleições a oposição ganhou na proporção de 2/3.

      O governo Maduro só se apoia hoje em cima do exercito e do seu judiciário corrupto.

      Nem seguir a Constituição mais o Maduro segue porque lá, ao contrário daqui, existe na Constituição a previsão de se tirar um presidente que não esteja exercendo o poder a contendo pelo Referendo Revogatório. Nem se trata de julgamento pelo congresso. É o povo quem vai votar.

      1. Errado de novo.
        Se vocês

        Errado de novo.

        Se vocês reacionáios tivessem, desde o início, optado pela via democrática, muito provavemente já estariam bem antes de volta ao poder, sem que o país tivesse se tornado uma terra arrasada. A direita boçal partiu pro golpe, recusou-se a participar das eleiççoes e depois continuou a tumultuar porque não aceitou que os governos eleitos aprovaram Leis, lincluindo uma nova Constituição

        E você vem falar das “úlptimas eleições”, ora. Fale da Lei da gravidade. Porém pra outros; não desperdice meu tempo!

        Chega a ser piada falarem, agora, de referendo. Antes diziam – segundo algum maluco dicionário de “ciencia política” – que era coisa de “ditadura”.

        Mais uma vez: não desperdice meu tempo!

  3. Texto Cínico
    O discurso do

    Texto Cínico

    O discurso do atual chanceler Serra é expressão das “ideias” sempre defendidas por André Araújo em seus textos .

    O Brasil perde protagonismo no cenário internacional na mesma medida em que ganha predomínio a retórica vira-lata defendida por Araújo e praticada pelo ministro Serra, que até na verborragia McCarthista coincinde com Araújo, ao promover a esgotização da discussão da política internacional ao definir os interesses brasileiros em oposição a uma suposta ameaça bolivariana, retomando a retórica falida do auge da guerra fria.

    Enfim, apesar de toda sua grosseria e falta de preparo, Serra ainda não chegou ao ponto de tecer comentários preconceituosos contra a origem étnica de mandatários estrangeiros, como já fez Araújo, diversas vezes, ao se referir, com termos extremamente chulos, depreciativamente à origem indígena do presidente boliviano.

    Vamos torcer para que o ministro não desça tão baixo quanto o comentarista do Nassif.

     

  4. Caro André .

     0 Brasil perder protagonismo na América Latina era tudo que se esperar com Serra como chanceler. Impossível liderar este continente com o belicoso quase decrépito . Nosso desgoverno eh caminho para lugar nenhum.

    1. Serra é um chancelar

      Serra é um chancelar completamente inadequado mas o Brasil já não liderava mais nada.

      A UNASUL, da qual o Brasil é o mais importante membro por população, territorio e PIB, NUNCA teve um executivo brasileiro em CARGO ALGUM e o website da Unasul tem versão em espanhol e ingles e NÃO TEM EM PORTUGUES, sendo o Brasil o socio principal. Onde está a liderança do Brasil no continente?

  5. O sucesso do acordo EUA-IRÃ iniciou com Brasil e Turquia

    A Grande midia e as oposições faziam gozação quando o Ministério das relações exteriores do Brasil fez tratativas com o Irã junto co a Turquia e com apoio dos Estados Unidos.

    Isso abriu caminho e distendeu o ambiente que cuminou com o  grande e surpreendente acordo

    Ter Serra como Ministro das Relações Exteriores é o mesmo que Bolsonaro na Secretaria de Direitos Humanos.

    1. Absolutamente nada a ver. A

      Absolutamente nada a ver. A demarche” Brasil Turquia foi um movimento sem qualquer relevancia e assim foi visto em Washington. As negociações que levaram ao acordo atual com o Irã foram conduzidas em Viena e levaram dois anos

      com bases completamente diferentes de uma “declaração” unilateral de Teerá sem clausula de fiscalização que Lula e Erdogan levaram a Washington depois de fazer um estardalhaço mundial, declaração sem nenhuma viabilidade pois não atendia nenhum das onze condições impostas pela AIEA em delegação do Conselho de Segurança;

      Uma tratativa diplomatica para se chegar ao nivel de um “acordo” se faz SECRETAMENTE e nada se divulga antes da assinatura final. Lula e Erdogan receberam uma “declaração” não negociada das mãos do chanceler iraniano e a divulgaram irresponsalvelmente pelo mundo antes de qualquer analise da parte contraria, um vexame.

      No dia em que essa declaração foi  divulgada no Brasil fiz um longo artigo aqui no blog dizendo que aquilo era uma farsa

      sem qualquer parametro diplomatico, levou 50 pedradas de comentaristas sem nenhum noção de relações internacionais.

       

  6. A parte que concordo é que o

    A parte que concordo é que o Brasil se jogou no mar, feito um martelo…

    Elite no brasil não é somente anti-nacionalista, é sobretudo BURRA!

  7. É isso

    De outra feita já havias comentado sobre o Brasil deixando de ser protagonista, triste foi constatar que demos o aval para dois populistas, soltamos grana (pouca, acredito) e ficamos a ver navios. Ao final, o que se lucrou com esta diplomacia? Acredito que diplomatas estão lá para, discretamente, defender nossos interesses em terrra estranha, não para abalizar regimes.

  8. “Em situações de conflito é

    “Em situações de conflito é de maior eficiência diplomática ser mais discreto no apoio a regimes instáveis como sempre foi o chavismo.”

    André, responda para nós: O governo petista era estável? Quem é mais instável, a Venezuela ou o Brasil?

    Repito: somos uma república de bananas da mais fuleira que se conhece. E o cacho tem no mínimo 56 milhões de bananas.

  9. Tenho concordado com suas

    Tenho concordado com suas posições, caro AA. Mas nessa aqui, permito-me humildemente discordar. Sou um fervoroso defensor da política externa do grande Celso Amorim. Acho o contrário, o Brasil naquela época, credenciou-se a ser intermediário entre os EUA e os países “bolivarianos”, exatamente por sua postura equilibrada, recusando a retórica bravateira do Chavéz.

    E também acho que o fato do consul americano ter ido apertar a mão do Maduro, mostra que o chavismo é que é estável, ao contrário do que se pensava do Brasil, com o republcanismo pettista “apostando no fairplay”  dos adversários.

    Maduro, assim como Chavéz, encarou a direita como de fato ela sempre foi na AL. Golpista e truculenta. Tratou de defender-se se reforçando nas Forças Armadas, judiciário, MP, nas ruas e principalmente comfrontando o pig venezuelano.

    Os EUA ao perceber que o chavismo não cai assim tão fácil como caiu o petismo, prefiriu engolir uma convivência indesejada. Ainda mais que agora com Trump que ignora a AL (ainda bem) os EUA vai deixar nos otros “cucarachas” em paz com nossos mosquitos tropicais. É só não ir para lá tentar atravessar a fronteira

    1. Só discordo parcialmente da

      Só discordo parcialmente da avaliação do AA de que o governo brasileiro foi “bolivariano”  durante todo o período petista.  Acho que se isso aconteceu, foi mais no governo Dilma que nos 2 governos Lula. Acredito que apoiar, ao menos retoricamente o radicalismo de Maduro, tenha sido uma espécie de compensação pela guinada direitista nos demais setores do governo, com o aumento da importância, de figuras como Temer, jucá, Cunha, Renan etc

    2. Maduro é um ABSOLUTO

      Maduro é um ABSOLUTO incompetente em todos os setores da administração de um Pais, “”encarar a direita? “, qual o valor disso em um contexto onde quem encara está DETRUINDO  o Pais?

      Que tal um governo tão alucinado que ESTATIZA 2.300 firmas, até lojas de artigos para cães e coloca 5 empregados onde tinha 1 mas deixa as “estatizadas” quebrarem? Foram estatizadas empresas grandes, medias e pequenas em TODOS os setores da economia, fazendas, granjas, hortas, quitandas, supermecados, nada mais funciona, nem hortaliças se plantam mais, tudo ARREBENTADO na pouca industria que tinha, fechou até a fabrica de fraldas da Johnson, a de papel higienico da Kimberly Clark, FECOU TUDO, qualquer empresa é probida de despidir funcionario mesmo que ele fique dorimindo o dia inteiro, a PDVSA que antes de Chavez era uma empresa modelo com credito ilimitado é hoje uma RUINA, as tres refinarias modernas legadas da Shell, Esso e Texaco são hoje uma sucata, gasolina se importa dos EUA quando antes de 1998 a Venezuela refinava todas suas necessidades, como alguem pode apoiar o governo desses insanos?

  10. Enquanto isso, no Brasil

    Enquanto isso, no Brasil temos um Chanceless. Não há terra à vista, não há  fundamentos, não há chances  na nova falta de diplomacia nacional. Também com um Serra, esperar o quê?

  11. A política “errática” do PT

    Nem vou falar da importância em reconhecer um governo eleito legitimamente em diversas eleições. Isso hoje em dia virou papo metafísico. Se não gosto de um governo, ele é ditadura e ponto final. Se gosto de uma ditadura, ela é democracia e ponto final. Dispensou-se os critérios racionais de reconhecimento de pressupostos para a democracia, como eleições periódicas. 

    No campo econômico foi esse o resultado da política “bolivarianista” do PT. Era possível ser mais pragamático que isso?:

    1. A Venezuela passou a comprar

      A Venezuela passou a comprar mais do Brasil porque o BRASIL DAVA CREDITO à Venezuela através de linhas especiais de financiamento do Banco do Brasil e de financiamentos de maquinas e equipamentos pelo BNDES, num momento em que a Venezuela não tinha credito comercial entre seus fornecedores tradicionais.

      Hoje o Brasil deixou de exportar porque não recebe, o calote pendurado que chega a US$ 7 bilhões dificlmente será pago.

  12. Gráfico mais antigo e incoerência de AA

    Me surpreende o homem-enciclopédia AA desconsiderar o que ele mais gosta de falar, pragmatismo econômico. Redigiu uns 100 textos (muito bons por sinal) falando da bobagem do moralismo de fachada e o prejuízo econômico dai advindo e simplesmente desconsidera esse resultado abaixo:

     

    1. A Venezuela compra mas não

      A Venezuela compra mas não paga, os fornecedores brasileiros não estão mais vendendo à Venezuela por causa disso,

      o calote no Brasil pode chegar a US$7 bilhões.

      1. E o preço do Petróleo ?

        Não conta ,não ? Assim como a crise no Brasil foi, acentuada pelo preço ds commodities e tb do petróleo.

        Quem “manda nos preços” ? O presidente do Brasil ? da Venezuela ? da Russia ?

        Hoje vc não está inspirado. Será pela vitória do Trump ?

         

      2. Desde quando?

        De toda forma, esses dados desmentem sua tese de que houve algum período anterior em que a Venezuela era um “parceiraço” comercial do Brasil, devido à “grande” atuação do Itamaraty. 

        E Vc está me falando que o Brasil saiu de uma situação de negócios quase zero com a Venezuela para mega exportações durante mais de uma década e nossas empresas nunca receberam???

        Isso não faz nenhum sentido!

        Porque demoraram tanto para parar de vender à Venezuela??

        Provavelmente sua análise pega fatos mais recentes para de maneira preguiçosa fazer um resumo de períodos bem diferentes, quando o petróleo estava acima dos $ 100 o barril.

  13. Não vejo que o Brasil na era

    Não vejo que o Brasil na era de Lula e Dilma era avalista de Chavez.

    Tanto não que a própria oposição (Caprilles) dialogavam com o Governo Brasileiro e confiavam em uma possível mediação por parte de nosso país.

    Aliás, jamais houve qualquer declaração por parte de nossa diplomacia tomando partido de um dos lados da Venezuela.

    Quem começou com isso foi o PSDB e satélites: quem não se lembra da patacoada na qual se meteram Aécio Neves, Aloysio Nunes, Caiado e assemelhados no início de 2015 lá em Caracas?

    Hoje temos um José Serra chanceler (Meu Deus do céu!!!) que claramente toma partido da maneira mais rasa possível, pior ainda do que fez Macri naquele episódio lamentável da reunião da OEA na qual levou uma “invertida” da chanceler venezuelana.

    Nosso país não mais existe no mundo, nos tornamos párias.

    Até no mundo corporativo estamos em 3º plano, somos piada. Em uma multinacional sequer somos reconhecidos hoje, dá-se mais importância à Turquia que ao Brasil.

    Ninguém mais respeita essa região chamada Brasil.

    1. Já critiquei Serra neste

      Já critiquei Serra neste artigo. Quanto a avalisar Chacez e o chavismo basta a absurda manobra para fazer a Venezuela entrar a força no Mercosul se isso não é avalisar Chavez e seu legado, é o que?

  14. Andre Araujo, em geral,

    Andre Araujo, em geral, concordo com você, mas nesse texto, tendo a discordar.

    O que impede o Brasil de arbitrar conflitos no atual momento é que como o atual grupo assumiu o poder de forma, digamos, heterodoxa, ele não tem condição de arbitrar nada. Como que lgitimidade O Brasil poderia propor uma saída que passasse pela Saída de Maduro ??

    Sem esquecer da desastrada viagem do nosso atual governo na época oposição a Venezuela. Como um grupo que hostilizava Maduro mesmo quando na oposição no Brasil pode atuar como moderador no conflito ??

    Sinceramente, Acho que o Itamaraty de Lula seria mais confiável para a oposição Venezuelana do que o Itamary de Temer é para Maduro. 

    O Temer deveria evitar sair do Brasil até o fim do seu mandato. Só faz vergonha !!! Brasil fora, só em 2018, mesmo admitindo que o grupo que esta no poder faça o sucessor.

    1. Negativo. O Itamaraty sob o

      Negativo. O Itamaraty sob o PT não tinha nada a ver com a Venezuela, quem administrava as relações com Caracas era o Assessor Internacional Marco Aurelio Garcia, até os carregadores de mala do aeroporto Simon Bolivar sabiam disso.

      E jamais esse grupo do MAG seria aceitavel para a opisição, que tinha e tem cirticas profundas ao papel do Brasil durante o  governo do PT em relação ao chavismo com o discurso “”lá tem até excesso de democracia””.

  15. Nassif;
    Sugiro a você começar

    Nassif;

    Sugiro a você começar a fazer um filtro nas matérias dos articulistas do teu blog, não como censura, mas para não deixar passar matérias como esta que atentam o bom senso.

    Ei André Araujo, pense um pouco antes de escrever.

    Genaro 

    1. Vc conhece bem a Venezuela?

      Vc conhece bem a Venezuela? Conhece   profundamente, foi lá, tem amigos lá? Conhece o pessoal da PDVSA?

      Só uma pessoa completamente fora do contexto pode achar normal o governo Maduro e a situação da Venezuela.

      1. André;
        O argumento usado por

        André;

        O argumento usado por você está errado mais uma vez pois uma pessoa não precisa ter estado em um país ou ter conhecido que vive no país para entender o que se passa lá. 

        Usando o teu argumento, ninguém poderia ter uma opinião sobre a Palestina, sobre a Síria, sobre o Irã etc etc..

        Para embasar tua confusa e distorcida análise você pesou o contexto que há dácadas a Venezuela e o povo venezuelanos estão sendo submetidos?

        Dois golpes militares contra Chaves, a midia daquele país cegamente contra o regime, as oligarquias em estado permanente de guerra, os estados unidos permanentemente tentando desestabilizar um governo LEGITIMAMENTE eleito pelo povo.

        Você pode ter estado lá ou mesmo vivido lá, pode ter muitos conhecidos de lá, mas tenho a certeza de que você analisa sobre o ponto de vista dos golpistas.

        Outro ponto que não concordo de tua matéria é quando você diz:

        “Essa perda de espaço e protagonismo do Brasil se deu por múltiplas razões. Nos anos do PT a diplomacia brasileira erroneamente se posicionou como avalista do chavismo de maneira um tanto amadora”. 

        No contexto histórico em que a América Latina vive não deve haver espaço para neutralidade, visando proveito para o próprio país, no caso o Brasil, mas deve existir,  como existiu um alinhamento, uma posição solidária e firme, para vencer as forças retrógradas e escravizantes que nos são impostas há séculos.

        É isto André, por isto que em meu comentário solicitei a você pensar antes de escrever.

        abraços

        Genaro 

    2. O seu desejo é que o blog do
      O seu desejo é que o blog do Nassif se torne um Globo.2,  con tudo filtrado e censurado ? O importante é a discussão democrática, com opiniões divergentes, debater com argumentos bem fundamentados. Vcê poderia, por ex.,  refutar  toda a falta de senso do artigo ao invés de pedir sua censura.   

  16. “Nos anos do PT a diplomacia

    “Nos anos do PT a diplomacia brasileira erroneamente se posicionou como avalista do chavismo de maneira um tanto amadora.””

     Avalista do Cha-vis-mo? Tipo o Chaves foi lá tomou o poder e o Brasil apoiou? Ou o Brasil apoiou a legalidade?

    1. O chavismo  teve varias fases

      O chavismo  teve varias fases e foi se dregradando até chegar a um regime em completa desintegração, achar hoje che o chavismo representa a democracia significa operar com olhos exclusivamente ideologicos, eu faço analise de realidade,

      tanto que censuro a gestão Serra por suas declarações PESSOAIS incabiveis para qualquer Chabceler.

      Quando um Ministro do Exterior faz uma declaração essa dve representar o ponto de vista da instituição e não dele.

      1. Menos, AA

        André Araújo acerta ao descrever o desastre que é Serra como chanceler, mas até aí nenhuma novidade, isso é opinião geral, até as perucas do Canetinha, aqui de Maceió, estão carecas de saber que o Serra está à beira da senilidade.

        Duro é ver o AA, pessoa inteligente e interessante pelas informações sobre coisas das elites brasileiras – mas um lobista de interesses americanos no Brasil e quiçá alhures – acusando os outros de “operar com olhos exclusivamente ideológicos” e dizendo de si próprio que faz “análise da realidade”. Conta outra, AA.  

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