EUA: o plano “bipartidário” para o caos no caso de vitória de Trump

Grupo têm simulado cenários “catastróficos” para as eleições, incluindo medidas “sem precedentes” a serem tomadas pela campanha de Biden

Com dificuldades internas relacionadas às eleições, Casa Branca reage a Israel enviando armas e acobertando ações desproporcionais. Foto: Reprodução/Wikipedia

Jornal GGN – Um grupo de integrantes do partido Democrata (dentre eles ex-funcionários das eras Clinton e Obama) e neoconservadores republicanos da linha “Never Trump” passaram os últimos meses realizando diversos cálculos e “jogos de guerra” projetando cenários de “fim do mundo” para as eleições presidenciais de 2020.

O site norte-americano Unlimited Hangout explica que esse grupo, denominado Projeto de Integridade de Transição (Transition Integrity Project (TIP), na sigla em inglês), justifica tais estratégias como uma preparação para um cenário em que o republicano Donald Trump perde as eleições e se recusa a deixar o cargo, gerando uma crise constitucional.

Contudo, mesmo as simulações envolvendo uma “vitória clara” de Trump nas próximas eleições geraram uma crise constitucional, pois previram que a campanha do democrata Joe Biden faria movimentos ousados para garantir a presidência independentemente do resultado das eleições.

Segundo a publicação, isso preocupa uma vez que o TIP possui ligações estreitas com o governo Obama (onde Biden foi vice-presidente), com vários grupos inflexivelmente pro-Biden e com a própria campanha democrata.

“O fato de um grupo de insiders abertamente pró-Biden em Washington e de ex-funcionários do governo terem elaborado cenários para possíveis resultados eleitorais e suas consequências, que terminaram com Biden presidente ou em uma crise constitucional, sugere que forças poderosas e influentes da campanha de Biden estão pressionando o ex-vice-presidente a se recusar a conceder a eleição, mesmo se perder”, diz a publicação, em texto assinado por Whitney Webb.

Esse plano compromete as alegações do TIP de garantir a “integridade” do processo de transição presidencial e, ao invés disso, sugere que o grupo planeja abertamente como garantir que Trump deixe o cargo independentemente do resultado, ou mesmo para fabricar a própria crise constitucional que eles afirmam estar prevenindo por meio de suas simulações.

 

 

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Redação

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