EUA: Pesquisas colocam Biden na liderança de disputa presidencial

Favoritismo democrata ganhou força com manifestações antirracistas; recessão criada pela pandemia piorou cenário para Trump

Jornal GGN – Pesquisas eleitorais nos Estados Unidos colocam o democrata Joe Biden à frente de Donald Trump – antes favorecido pelos bons números da economia, o republicano foi diretamente afetado pela recessão decorrente da pandemia e pelos protestos antirracismo ao longo do país.

A 100 dias das eleições presidenciais, Trump tenta ganhar campo nos redutos republicanos, enquanto Biden lidera as pesquisas nos Estados-chave que vão decidir o embate.

A média das pesquisas eleitorais coloca Biden 8 pontos à frente do atual presidente dos Estados Unidos. Embora a maioria do voto popular não seja suficiente para garantir a vitória, os números nacionais se refletem na maioria dos Estados-chave.

Por exemplo: no chamado Cinturão da Ferrugem, Biden registra mais de 7 pontos acima de Trump nas pesquisas em Wisconsin, Michigan e Pensilvânia. Na Flórida, a vantagem do democrata é de 7,6 pontos. Em Carolina do Norte, Arizona e Ohio, também Estados-chave, Biden tem mais de 2 pontos de vantagem.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o ineditismo da pandemia e seu efeito político em termos sanitários, econômicos e sociais têm indicado que o mapa de Estados-chave pode mudar, assim como aconteceu em 2016, com Estados tradicionalmente republicanos tornando-se competitivos e os democratas apostam em vitórias, tanto na corrida presidencial quanto nas disputas ao Senado.

Trump tem sido pressionado pela perda de apoio e o avanço da covid-19 nos Estados Unidos, o que o levou a mudar de estratégia: além de encurtar as entrevistas coletivas na Casa Branca, o republicano passou a defender o uso das máscaras “como gesto patriótico” e afirmou que a situação deve piorar antes da melhora, além de cancelar um dos eventos da convenção republicana.

Além do coronavírus, os protestos antirracismo levaram Trump a adotar a mesma tática da eleição que venceu em 2016: explorar as divisões sociais para mexer com sua base de apoio. Porém, tal plano tem incomodado diversos republicanos.

 

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Redação

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