Jornal GGN – O presidente da Bolívia, Evo Morales, e seu vice-presidente, Álvaro García Linera, deixaram seus cargos neste domingo ao serem abandonados pelas Forças Armadas, pela polícia e por colaboradores mais próximos e se verem encurralados pelo levante popular contra o Governo.
“Depois de analisar a situação conflituosa interna, sugerimos que o presidente do Estado renuncie a seu mandato presidencial, permitindo a pacificação e a manutenção da estabilidade pelo bem de nossa Bolívia”, disse o comandante do Exército, Williams Kaliman, segundo o jornal El País.
“É minha obrigação como presidente indígena e de todos os bolivianos garantir a paz social”, disse o presidente boliviano no início de sua mensagem de renúncia. “Renuncio para que [Carlos] Mesa e [Luis Fernando] Camacho não continuem a maltratar os familiares de nossos companheiros, não continuem atacando ministros e deputados, para que parem de maltratar os mais humildes”, afirma Morales.
“A luta não termina aqui. Os humildes, os patriotas, vamos continuar lutando pela igualdade e a paz. Espero que tenha entendido minha mensagem, Mesa e Camacho, não prejudiquem os pobres, não causem danos ao povo. Queremos a volta da paz social. Grupos oligárquicos conspiraram contra a democracia. Foi um golpe de Estado cívico e policial. Dói muito o que se passou”, explicou Morales, atualmente escondido em uma zona de coca no centro do país.
Morales já havia anunciado novas eleições neste domingo, após ceder a 18 dias de protestos que pediam a anulação das eleições realizadas em 20 de outubro, nas quais foi reeleito. Tudo isso depois que a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou uma auditoria do processo eleitoral onde pontua que os procedimentos adequados não foram seguidos e houve “contundentes” irregularidades, motivo pelo qual exigia sua anulação.
Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados também renunciaram aos seus cargos, deixando o país com um vazio de poder.
A oposição, liderada pelo candidato e ex-presidente Carlos Mesa, queria que Morales e Linera, garantissem que não participariam das novas eleições, bem como um acordo plural para eleger um Tribunal Eleitoral credível. Já o líder do protesto, o líder dos comitês (e candidato inicialmente derrotado) Luis Fernando Camacho, pediu a formação de uma junta de Governo com o alto comando militar e policial.
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Renuncia? O pig chegou por aqui?
Foi golpe de estado, o mandato dele iria até 2020, foi apeado do poder pelo exercito, oiusaia ou sairiam com ele……
Cadê os cometários que estavam aqui?