Ex-assessor de Flávio Bolsonaro não compareceu a depoimento

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reprodução Redes Sociais
 
Jornal GGN – O ex-assessor do senador eleito e filho do futuro presidente, Flávio Bolsonaro (PSL), foi intimado a comparecer a depoimento no Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ), mas não foi. A audiência estava marcada para a tarde desta quarta-feira (19), mas Fabrício José Carlos Queiroz não compareceu.
 
O processo caminha a passos lentos. Enquanto o próprio investigado não comparece ao depoimento no qual foi intimado, os advogados de Fabrício, por outro lado, justificaram que “não tiveram tempo hábil para analisar os autos da investigação”, chegando a solicitar cópias dos documentos.
 
Ainda, explicaram que a ausência do ex-assessor e ex-motorista de Flávio Bolsonaro teve uma “inesperada crise de saúde”, o que teria motivado essa ausência. As informações foram dadas pelo procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem, à imprensa.
 
Fabrício é investigado por movimentação atípica identificada pelo Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) em suas contas. O relatório do Conselho havia apontado movimentações suspeitas de R$ 1,2 milhão, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, entre elas, tendo como um dos beneficiários do repasse a futura primeira-dama, além da filha de Fabrício José Carlos de Queiroz, que também foi assessora do próprio futuro mandatário, Jair Bolsonaro.
 
Nos documentos suspeitos, os pagamentos de salários de funcionários da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) coincidiam com os depósitos e saques em dinheiro vivo na conta de Queiroz. 
 
Uma das hipóteses para a movimentação classificada como “atípica” é que o ex-assessor e policial militar seria o responsável por recolher parte dos salários de assessores do gabinete do então deputado estadual e que atuará como senador a partir de 2019. A família Bolsonaro nega a acusação.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. #

    Não tiveram “tempo hábil” para inventar e combinar uma estorinha para encobrir, no mínimo, a contratação de vários funcionários fantasma no gabinete do coiso filho.

    No mínimo, pois o depósito de 24 mil na conta da esposa do coiso ficou muito estranho.

    Foi “explicado” como pagamento de um empréstimo feito por Boçalnaro ao assessor laranja do filho.

    Mas é difícil acreditar que um cara que movimentou 1 milhão e duzentos mil num ano, precisasse pedir emprestado valor tão irrisório, ao pai de seu patrão.

    Mas para o Moro, o Dallagnol e os coxinhas com cabresto psicológico, isso não vem ao caso.

     

  2. Acho que ainda não deu tempo para destruir
    Certamente ainda não deu tempo para destruir todas as provas do crime.
    Se o Fabricio Laranja fosse petista, teria sido conduzido coercitivamente. Mas como baba as botas dos proprietários da Casa Grande, vai destruir todas as provas antes de comparecer perante as otoridades
    Bananistão

  3. O PC Farias dos Bolsos pode estar com
    A boca cheia de formigas
    Se o PC Farias do Bozo não estiver com a boca cheia de formigas, ele ganhou um tempo extra para destruir as provas dos crimes.

  4. O Moro tá fazendo juízo de consistência
    Das maracutaias do futuro Ministro Ricardo Salles, que foi condenado juntamente com a Fiesp dos patos amarelos, por currupçon.
    Se as provas forem consistentes, a caneta bic não funcionará, pois basta o criminoso admitir o crime e se desculpar.
    Caso o criminoso não cumpra Lei Onyx, a caneta bic não funcionará da mesma forma, pois o que tem que ser combatida é a ideologia, não a currupçon.

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