Fachin não comenta mensagem de Dallagnol, e defende punir juiz com “agenda ideológica”

“Ninguém está acima da lei, nem mesmo o legislador, nem o julgador e muito menos o acusador”, disse o ministro do STF sem citar especificamente o caso Moro

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin tentou tangenciar a imprensa nesta segunda (8) e não quis comentar, quando questionado, as mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato que insinuam que o magistrado estava “fechado” com a operação. Em um dos diálogos, Deltan Dallagnol escreveu expressamente: “Aha Uhu o Fachin é nosso”, após encontro em Brasília com o ministro. Os relatos da fuga de Fachin são do jornal Valor Econômico.

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Fachin participou de um evento em Tribunal Regional Federal e, apesar de não comentar os vazamentos do Intercept e citar o caso de Sergio Moro especificamente, o ministro defendeu a punição de juízes que adotam agenda pessoal e “ideológica”, abandonando a legislação e a imparcialidade.

“O juiz não está acima da lei, juiz algum tem uma Constituição para chamar de sua, juiz algum tem o direito à prerrogativa de fazer de seu ofício uma agenda pessoal ou ideológica. Se o fizer, “dentro de qualquer instância do Poder Judiciário, há de submeter-se ao escrutínio da verificação”, afirmou.

“Ninguém está acima da lei, nem mesmo o legislador, nem o julgador e muito menos o acusador”, acrescentou Fachin.

Ainda segundo o Valor, o ministro admitiu que “injustiças podem ter sido cometidas” e que, neste caso, “devem ser reparadas”, pois a lei “se aplica a todos os atores dos poderes e das instituições”.

6 Comentários

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  1. Fachin só pode estar se referindo a si próprio.
    Conduziu todas as etapas do processo de forma contrária ao Lula. Não raras vezes, encaminhou, para o plenário, questões que poderiam ser julgadas na Segunda Turma.
    Depois que o Toffoli foi substituído pela Carminha Neves na Segunda Turma, passou a encaminhar as questões envolvendo Lula para a Segunda Turma.
    Por essas e outras que a torcida curitibana comemora: aha, uhu, o Fachin é nosso.
    Se tivesse um mínimo de brio, após as revelações do Intercept, deixaria a relatoria da Lava Jato.
    Esse juiz tem um lado. É torcida!

  2. O Supremo deu muita corda para acontecer os desvios de função do judiciário. Hoje, a justiça está nas cordas bambas, se espremendo para não ser atingida na base, que é a imparcialidade de quem julga.

  3. Nassif: minha santa vó dizia que quando a água bate na bunda o indivíduo tem que aprender a nadar. Não sei se o caso, mas o ministro “Uhaú, Úh”parece que se enquadra na moldura. É possível que tivesse com medo. Ou por um telhado de vidro, conseguido pelos VerdeSauvas e seus coadjuvantes (CIA, Mossad e M6). Ou até mesmo receoso, depois do “acidente” do Teori. Dizem que quem tem, tem medo. Mas a água tá subindo. Parece chegou quase um plamo acima do joelho. O TogaSuja já tá com o passaporte tinindo. O GogoboyAvivado, seguindo o exemplo, até disse pros caras do Congresso que não vai lá, amanhã. E se insistirem pede por Çupremu impedir. E aí desse ministro, se mijar fora do penico… Queiroz (e amigos) tá de olho nele.

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