Falta de autocrítica, desafinação e uma simpatia contagiante na despedida de Mandetta

A cena musical da despedida de Mandetta do Ministério, o samba cantado mostra uma simpatia autêntica. Vai ser difícil seus assessores se acostumarem com o ar sorumbático, tipo Familia Adams, do novo Ministro. Mas não precisava ser tão desafinado assim.

Tudo bem que discursos de despedidas são para enaltecer o próprio trabalho. Mas Luiz Henrique Mandetta não precisava ter exagerado tanto nos seus méritos. O Ministro que acabou com o Mais Médicos, enalteceu o programa fracasso que colocou no lugar, deixando milhares de localidades sem atendimento médico.

Anunciou que seu Ministério colocou as contas do SUS (Sistema Único de Saúde) em dia. Ao mesmo tempo em que admitia o apoio dado a Paulo Guedes, para que cortasse recursos da área social, especialmente do SUS.

Falou do abandono do SUS, mas não situou o período, justamente do governo Temer para cá. O governo Dilma Rousseff cometeu inúmeros erros na área econômica. Na área de saúde, não. Foi no seu governo que aconteceu o Mais Médicos e o Programa de Desenvolvimento Produtivo, destinado a dotar o Brasil de autossuficiência na produção de medicamentos e equipamentos essenciais.

O primeiro foi destruído pelo próprio Mandetta e a destruição do segundo veio do governo Temer.

Salve seu reconhecimento sobre a importância do SUS e do complexo industrial da saúde. Mas um pouco de autocrítica daria para credibilidade às suas palavras.

PS – A cena musical da despedida de Mandetta do Ministério, o samba cantado mostra uma simpatia autêntica. Vai ser difícil seus assessores se acostumarem com o ar sorumbático, tipo Familia Adams, do novo Ministro. Mas não precisava ser tão desafinado assim.

Luis Nassif

1 Comentário

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  1. E os mínions, em disparo alucinado, comentando que, estando sem máscara e dando abraços, distanciamento social é “só pra ele”!
    Outra meme diz que “Foi só Moro dizer que ia investigar mortes por coronavírus, qye elas “desabaram”
    Mas o que se relaciona ao post mesmo é que o nível deste desgoverno é tão ruim que Mandetta (também ruim, muito papo e pouca açaõ em providências) torna-se um “gigante”, comparado ao despresidente, aos desministros Weintraunb, Damares, Moro, Araújo, Weingarten, Lorenzoni, os filhotes zero à esquerda, o guru terraplanista, etc.
    Para ser ruim, salvo exceções (sempre pode haver), basta ser nomeado pelo adolinquente alucinado.
    E o mais bizarro é que quem determinou o isolamento social no braZil nem foi ele, mas os governadores e prefeitos. Ele só “deu razão”.
    Aí feriu o critério mestre de nomeação do ex-militar sindicalista de quartel e terrorista militar:
    A fidelidade e obediência, pessoal e ideológica. Competência é o “de menos”.
    O melhor de Mandetta foi desnudar Bozo mais um pouquinho para sua “galera”.
    O que já é um grande serviço!

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