Flávio Rocha é a cara do neoliberalismo

Atualmente verificamos que o que é horroroso é falar em socialismo e o que é bonito é falar em capitalismo. O fato de o capital estar nas mãos de apenas alguns poucos passa por normal e o fato de lutar por uma sociedade em que tudo seja de todos é feio.

Da mesma forma que o capitalismo é aplaudido e o socialismo leva pedrada, hoje em dia, também é normal dizer, por exemplo, que o cristianismo é contra mulher, contra direitos da mulher, contra homossexual, contra travesti, contra muçulmano e etc., ou seja, o cristianismo é ódio.

A inversão de valores da nossa sociedade está tão enraizada na nossa cultura que não se fala mais de trabalho explorado, pelo contrário, a pessoa se torna digna quando tem um emprego, a empregabilidade já é um horizonte suficiente, ter um emprego já basta para ser feliz não importa por quantas migalhas temos que trocar as nossas forças de trabalho. Perdemos a consciência de classe.

Por ter perdido a consciência de classes que nós vemos nos dias de hoje o Flávio Rocha, presidente das lojas Riachuelo, pré-candidato à presidência da República, dizendo que os trabalhadores são vagabundos, que os trabalhadores não produzem nada. Essa é a cara do neoliberalismo, porque a bem da verdade quem não trabalha, não produz nada e vive do suor do trabalho dos outros é precisamente ele, o patrão. E a gente acha que o normal é essa sociedade capitalista, elitista, onde uma minoria explora a maioria.

Mas nem tudo é derrota, as 800 guerreiras que ocuparam a fábrica do grupo Guararapes em Extremoz mostram que o caminho é a resistência, que não vamos ficar calados e que fascistas, golpistas não passarão. Recuperar a consciência de classe e redesenhar os horizontes utópicos dos trabalhadores é o caminho para construir uma sociedade mais igualitária.

Até à vitória. Sempre.

*artigo original em:
http://brunoanastassakis.com/blog/sociedade/flavio-rocha-e-a-cara-do-neoliberalismo/

Redação

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