Folha comprova a eficiência da nova Lei de Direito de Resposta

Os Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que irão analisar a ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a Lei de Direito de Resposta terão pela frente uma evidência claríssima: a melhoria exponencial da qualidade das informações após a aprovação da lei.

Ao aceitar o direito de resposta de pessoas atingidas, os jornais permitem que seus leitores tenham acesso a fatos verdadeiros. Mais que isso: serão mais exigentes com seus repórteres e editores, para não expor o veículo a mais direitos de resposta.

Esse filtro de qualidade é chamado de “autocensura” por Mirian Leitão. É a mesma “autocensura” praticada pelos melhores jornais do mundo.

Mais que isso, mesmo antes do primeiro Direito de Resposta ser concedido por via legal, os próprios jornais estão ajudando a criar uma nova jurisprudência, que será relevante quando começarem os julgamentos.

Ao conceder direito de resposta ao presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) o jornal Folha de São Paulo presta dois favores ao jornalismo:

1.     Permite a seus leitores acesso a uma informação fidedigna, o artigo de Coutinho.

2.     Reconhece que a manipulação das manchetes e do lide é uma forma de manipulação da notícia.

De fato, analisando o histórico do factoide constata-se que a primeira reportagem com a falsa denúncia continha as explicações do banco no pé da matéria. Mesmo sendo explicações definitivas mantiveram a manchete e o lide com a notícia falsa.

Este caso, mais o da juíza Ana Amaro – que ganhou ação contra a Globo no caso das adoções – mostra um grau de subjetivismo importante na hora de analisar os prejuízos com as notícias: não basta abrir espaço para o “outro lado” no pé da reportagem; importa analisar o efeito final da matéria sobre a opinião pública. Se a reportagem dá a versão do outro lado, mas encampa a versão falsa, a reportagem é falsa. Portanto, o julgamento tem que levar em conta o resultado final da reportagem.

Vamos analisar o caso Folha.

A história de uma barriga

O “furo” da Folha saiu no dia 1o, de novembro de 2015, em matéria assinada pelos repórteres Mário César Carvalho e Felipe Bachtold.

Segundo a reportagem, o BNDES driblou regra interna – que o proíbe de conceder empréstimos a empresa cuja falência tenha sido requeria na Justiça – e concedeu R$ 101,5 milhões de financiamento a José Carlos Bumlai, “amigo do ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva”.

O empréstimo foi para a empresa São Fernando Energia 1, para gerar eletricidade a partir do bagaço de cana.

Enfatiza a reportagem que “após a autorização do BNDES, os R$ 101,5 milhões foram repassados à empresa de Bumlai pelo BB e pelo BTG, “que atuaram na operação como agentes intermediários”.

O BNDES alegou que a simples existência do pedido de falência não é suficiente para impedir financiamentos.

No mais relevante, a explicação do banco foi definitiva:

“No caso da São Fernando Energia, no entanto, a instituição de fomento sustenta que, por se tratar de uma operação indireta, nas quais outros bancos fizeram o repasse e assumiram o risco do crédito, caberia ao Banco do Brasil e ao BTG “proceder a análise cadastral e exame das certidões das beneficiárias finais, conforme as regras do BNDES”.

Ou seja, era uma operação indireta. Portanto, a responsabilidade pela análise do crédito era dos bancos repassadores.

A reportagem ouviu o Banco do Brasil, que tinha uma explicação clara para a operação. Foi uma operação de renovação de um antigo financiamento, na qual a empresa agregou novas garantias ao Banco do Brasil. O mesmo aconteceu com o BTG.

Tratava-se, portanto, de uma operação bancária legítima que desmentia o título e o lide da matéria. Os repórteres deram corretamente o outro lado. Mas a edição e o título definiram o teor da reportagem, a impressão que ficou com a opiniõa pública.

O primeiro efeito da falsificação

No dia 5 de novembro de 2011, reportagem de Aguirre Talento, de Brasília tinha o título:

exto alternativo gerado por máquina:bra! CPI pede documentos sobre amigo de Lula,

O primeiro objetivo havia sido alcançado. Com base em uma notícia falsa, a CPI do BNDES aprovou requisição de documentos ao banvo sobre a operaç˜qao colocando mais lenha na fogueira política

A reportagem já toma como verdadeira a reportagem do dia 5, comprovando que as explicações do BNDES e do BB de nada adiantaram:

Reportagem da Folha do último dia 1º revelou que o BNDES contornou uma norma interna que o proíbe de conceder empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedeu crédito de R$ 101,5 milhões a Bumlai, amigo do ex-presidente Lula que se tornou um dos alvos da Operação Lava Jato

Com base na matéria falsa, foram apresentados à CPI cinco requerimentos de convocação de Bumlai.

No dia 17 de novembro de 2015, em uma reportagem de Dimmi Amora sobre o depoimento de Eike Baptista na CPI do BNDES, mais uma vez se veicula a notícia falsa, ainda que acompanhada das explicações do banco:

Folha revelou no início do mês que o BNDES contornou uma norma interna que o proíbe de conceder empréstimos a empresas cuja falência tenha sido requerida na Justiça e concedeu crédito de R$ 101,5 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai.

Era o próprio samba do crioulo doido. Apresentava-se a denúncia taxativamente e depois a explicação do BNDES mostrando taxativamente que a denúncia era falsa. Imagine-se a cabeça do leitor.

Com base na falsa denúncia, Polícia Federal e Ministério Público Federal – provavelmente as fontes da matéria inicial – entraram na parada. No dia 24 de novembro de 2015, reportagem de Estelita Hass Carazzai informava que e “intimaram a presidência (do BNDES) a entregar cópias dos contratos e seus processos de aprovação realizados entre 2005 e 2012”.

Antes de ter acesso aos documentos, o procurador Diogo Castor de Mattos já tinha conclusões: “As empresas ou estavam inativas ou não tinham nenhuma atividade operacional na época dos empr[estumos”.

No dia 5 de novembro de 2015, sem mencionar a Folha, o Estadão endossa a denúncia.

Reportagem de Daiene Cardoso dizia que:

A usina de Bumlai, em Dourados (MS), teria recebido do BNDES um empréstimo de R$ 101,5 milhões em 2012 após ter pedido falência à Justiça um ano antes. O requerimento aprovado não trata de quebra de sigilo das informações da operação e sim do acesso dos parlamentares aos contratos confidenciais. 

No dia 24 de novembro de 2015, o Estadão continuava repercutindo a notícia falsa.

Uma usina de Bumlai, em Dourados (MS), teria recebido do BNDES empréstimo de R$ 101,5 milhões em 2012 após ter pedido falência à Justiça um ano antes. Além de ouvir o pecuarista, deputados querem ter acesso aos contratos do empréstimo feito pelo empresário, amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Todas as matérias repetem o mesmo tratamento padronizado de apresentar Bumlai como amigo de Lula.

Todas as matérias basearam-se em uma informação intencionalmente falsa já que, desde o primeiro momento, o jornal tinha a versão correta sobre ela. Só consentiu em dirimir definitivamente o fato devido à ameaça da Lei de Direito de Resposta.

Nesse período, a notícia falsa aumentou a temperatura política, serviu de álibi para que a Polícia Federal e o Ministério Público invadissem o BNDES e lançou uma mancha falsa de suspeita sobre o banco.

O jornal retificou o erro sabendo que havia atingido seu objetivo.

Para quem analisa a cobertura diária sem os óculos da torcida política, esse episódio é apenas um em um oceano de manipulações alimentadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

Quem está trazendo o jornalismo de volta aos jornais é a Lei de Direito de Resposta. Sem ela, dificilmente sairia esse desmentido ou, como ocorreu hoje no Estadão, o repórter Fausto Macedo, porta voz da Polícia Federal, ter aberto espaço para a manifestação do advogado do filho de Lula.

Luis Nassif

53 Comentários

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  1. Como fica o caso Romario –

    Como fica o caso Romario – Veja com respeito à conta na Suíça?

    Romário negou e disse que nunca teve.

    Mudou agora e disse que teve, mas deve ter se esquecido de fechar.

    A grande maioria dos escândalos que vemos hoje vieram de muitos anos atrás, vide Pasadena.

    O leitor tem o direito de ser informado mesmo se as notícias forem vagas e imprecisas.

     

    P.S. Nenhum post a respeito do calote anunciado nas contas públicas a partir de 01 de dezembro ou do défict primário recorde do mês passado?

    1. Mas, porém, todavia, contudo.

      A FSP já correu e fez uma pesquisa s/ as chances do Lula em 2018, logo após essas notícias “fidedígnas” s/ o amigo do Lula. Né não?

    2. Existem revistas “especializadas” em fofocas, talvez seja o caso
      “O leitor tem o direito de ser informado mesmo se as notícias forem vagas e imprecisas.”

      Ser “informado” com “notícias” vagas e imprecisas?

      Ou “me engana que eu gosto”.

      1. KKKK

        Esses zumbis da mírdia gostam de ser maipulados, de fazer papel de bobo, de bancar os otários. Alguns ainda fazem questão de contar pro mundo inteiro! 

  2. “Nesse período, a notícia

    “Nesse período, a notícia falsa aumentou a temperatura política, serviu de álibi para que a Polícia Federal e o Ministério Público invadissem o BNDES e lançou uma mancha falsa de suspeita sobre o banco”.  Dessa forma o direito de resposta não adiantou nada! E vai continuar assim, pois fica muito barato publicar um direito de resposta, que não vai para a manchete, comparado ao “benefício” proporcionado pela falsa notícia. Direito de resposta devia vir acompanhado de pesadas multas, pois é no bolso que dói mais.

  3. Não é verdade. O jornal do

    Não é verdade. O jornal do rato,diga-se de passagem,já tem farta tradição em ceder este espaço para respostas,principalmente trantando-se do presidente do BNDES que sempre manteve boas relações com o panfletinho.

    A lei,se fosse cumprida,colocaria esta resposta na primeira página e com o estardalhaço devido. O presidente do BNDES,infelizmente,optou pela saída de manter as boas relações com o panfletinho em detrimento de defender o Banco que não lhe pertence e sim ao povo brasileiro.

    Lamentável!

  4. Nassif, este post (sem a

    Nassif, este post (sem a íntegra do direito de resposta) ficou incompleto. Os leitores ficaram só com as versões falsas da Foha. Quem clicar na frase ” Ao conceder direito de resposta ao presidente do BNDES ” será levado ao site da Folha, mas aparece um aviso dizendo que só assinantes conseguem ler. Neste sentido (de que só assinantes conseguem ler), aí vai uma curiosidade da malandragem da mídia: nas “frases linkadas” das matérias manipuladas, eu consigo ler normalmente. Ou seja: quando a matéria interessa aos donos da mídia, ela fica aberta para quem quiser ler. Mas quando não interessa, só assinantes conseguem ler. Isto lembra as revistas (lacradas em plástico para evitar a “leitura gratuita”) que abarrotam os supermercados. A revista Veja, como folhetim político, nunca vem lacrada. 

    Se possível, ponha o direito de resposta ao final do post. 

    1. Malandragem

      É isso mesmo. Quer outro exemplo? A Folha só me manda newsletter, sem autorização, perto de eleições e desfavoráveis adivinha para qual espectro político? 

      1. Outro exemplo: há alguns

        Outro exemplo: há alguns anos, no site do Programa do Jô, os vídeos (entrevistas) antigos só estavam disponíveis para assinantes da Globo.com. Mas os vídeos com políticos e famosos metendo o pau em petistas estavam TODOS disponíveis.

      1. Sim, obrigado. Nassif deveria

        Sim, obrigado. Nassif deveria adicionar esta “errata” ao final do post. Nem todo mundo teve ou terá a chance de ler a “errata”.

  5. Cade a eficacia?

    Não vi eficiencia nenhuma, A Folha e seus reporteres claramente cometeram crimes, talvez ate a Pol. Federal e o MP. e tudo que temos são algumas linhas escondidas de resposta do caluniado.

  6. Realmente vivemos numa

    Realmente vivemos numa sociedade obtusa, a excrecência não é ter direito de resposta garantido e sim não te-lo; assim como obtuso é um jornalista escrever que um processo eivado de ilegitimidades juridicas está deslegitimando o sistema politico corrupto enquanto protegem descaradamente determinados partido e seus integrantes, é o mesmo que dizer que estão combatendo o trafico prendendo os esfomeados que vendem nas ruas mas tapam os olhos para os helipópteros; esse pessoal acha que seus leitores não pensam, ou escrevem para a meia duzia raivosa.

  7. Direito de resposta

    Leio muita gente colocar em dúvida as noticias, matérias vinculadas na mídia em geral, principalmente aquelas que envolvem o PT, o Governo Federal e petistas, mas tendo o direita de respostas, seriam as respostas dignas de confiabilidade, seriam essas respostas verdadeiras, quem vai provar.

    Toda matéria tem que ser baseada em fatos e provas, caso ao contrário, os injuriados, difamados, podem e devem processar os responsáveis, e ai com o processo ganho e com provas ao contrário, sim, ter o direito de resposta, como no caso Romario e Veja. Ele diz que processou a revista, dizendo que nunca teve conta na Suiça, e agora, só o simples fato de dizer que não lembra basta?

     

  8. Ontem a Folha colocou

    Ontem a Folha colocou palavras na boca de Lula, que negou. Hoje, vi essas palavras reproduzidas na manchete de um jornal baiano. Para esses canalhas é preciso a Justiça

  9. Basta deixar prá lá esse

    Basta deixar prá lá esse jornal, não dar bola, o que não é difícil para quem não quer mais ser enganado.

    Claro que há quem prefira a mentira que confirme suas ideias prontas, seus preconceitos, há doentes de todo jeito. Mas parece que há cada vez menos doentes, é um gueto cada vez menor, até pela falta de espaço: na frente do Congresso não podem mais ficar acampados, por exemplo.

  10. Perseguição implacável. Esse

    Perseguição implacável. Esse seria o título correto de um eventual filme sobre o imprensalão=mídia  X Lula. Eles nem disfarçam mais.  Por outro lado, escondem que o banqueiro André Esteves, preso na Lava Jato, foi padrinho depç Aécio e pagou a sua lua de mel com ostentação, no exterior. Imaginem se fosse Lula, a manchete seria “Preso padrinho de Lula que bancou a sua lua de mel com din din público no exterior”.  Dou aqui um sonoro “Viva” aos papagaios de mídia do Brasil.

  11. Quem sofre é o Brasil

    Esqueçamos a mídia conservadora, o Delcídio impróprio para ocupar uma vaga no Senado, o Concgresso Nacional mais propenso a aceitar a opinião pública do que  assumir o papel que é, evidentemente, o dever de ser constitucionalistas. Ficou provado que não é.

    Olha, os senadores, a começar pelo Presidente do Senado, deu uma prova de subserviência tão grande ao Poder Juduciário, capaz de ser comparada apenas ao lamaçal de Mariana (MG). É como se o “Rio Doce” perdesse o nome e passase a se chamar Rio da Lama. Ajoelhar-se diante do judiciário, num prazo mal interpretado de, 24 horas, para decidir por uma manutenção da prisão de um Senador da Reública, é dar um tiro no pé, é enlamaçar a Constituição Federal, é obedecer ao casuísmo antes da Lei. Isso denuncia a falta de isenção para com sua própria integridade e poder. É colocar mais lama no que já não era mais doce.

  12. Quem sofre é o Brasil

    Esqueçamos a mídia conservadora, o Delcídio impróprio para ocupar uma vaga no Senado, o Congresso Nacional mais propenso a aceitar a opinião pública do que  assumir o papel que é, evidentemente, o dever de ser constitucionalista. Ficou provado que não é.

    Olha, os senadores, a começar pelo Presidente do Senado, deu uma prova de subserviência tão grande ao Poder Juduciário, capaz de ser comparada apenas ao lamaçal de Mariana (MG). É como se o “Rio Doce” perdesse o nome e passase a se chamar Rio da Lama. Ajoelhar-se diante do judiciário, num prazo mal interpretado de, 24 horas, para decidir por uma manutenção da prisão de um Senador da Reública, é dar um tiro no pé, é enlamaçar a Constituição Federal, é obedecer ao casuísmo, antes da Lei. Isso, denuncia a falta de isenção para com sua própria integridade e poder. É colocar mais lama no que já não era mais doce.

  13. se eu errar estou na rua

    Eu, como muitas outras pessoas, produzo informações utiilizadas pela diretoria para tomar decisões.

    Se eu errar vou ter que explicar o que ocorreu. A  cobrança vai ser dura se a falha for muito grave.

    Posso até ser  demitido.

     

    Esse deveria ser o criterio da imprensa. Muito me estranha que isso não seja o padrão. O que parece é que podem escrever o que quiserem que tudo bem…

     

    Porque que será!

  14. Se o folhetim confere…

    Se o folhetim confere direito de resposta em segundo plano (título, localização etc) e preserva a sua falsa notícia na forma bombástica original, o efeito disso é enfatizá-la e fixá-la na mente do seu leitor, que é o que lhe interessa, porque a primeira impressão é sempre a que fica.

    Essa gente nunca perde; ganha sempre, quer na alta ou na baixa.

  15. Disciplina ou censura???

    Querem transformar o Brasil na Venezuela? Já estamos quase lá. Agora nossa imprensa pode publicar tudo, desde que não vá contra os interesses da classe governante( a verdadeira e mal disfarçada elite deste país) e seus protegidos. Seguindo esta linha de raciocínio, nem mesmo este meu comentário virá à público. Fazer o que, não é mesmo? 

  16. O Direito de Resposta é algo

    O Direito de Resposta é algo tão democrático, que ao ver essa “grande imprensa” se rebelar contra esse direito, me dá a certeza que, na prática, ela só é a favor da democracia que a favorece, simples assim.

  17. SOCIEDADE ABSURDA

    A vida nos coloca diante de certas guerras, sem nos perguntar se deveriamos mesmo estar nelas..

    Algumas razões são tão naturais, banais, que trata-se de um absurdo nos tomarem tempo e energia para lutar por elas..

    O direito de resposta deveria ser algo tão natural, aceitavel numa sociedade civilizada, a ponto de nem ser discutido, colocado em questão.

    Ele é tão ou mais importante que o proprio direito de expressão.

    Mesmo assim, em pleno seculo XXI, ainda temos que batalhar por ele e para se tornar efetivo tem que ser exercido atraves de lei.

    Em algum futuro, quando os homens ja tiverem resolvido suas mazelas, sera impossivel uma pessoa afirmar algo publicamente sobre outra,sem ao mesmo tempo, escutar as suas razões.

    É um conceito civilizatorio basico.

    O estranho nesta conversa toda é encontrar muitas pessoas que defendem o indiscutivel direito de resposta, batalharem, ao mesmo tempo, pelo direito a bisbilhotagem da vida alheia, ou melhor, a favor das tais biografias não autorizadas.

    Não faz sentido.

    O injuriado por uma biografia não autorizada não tem direito de resposta, alias, nem poderia te-lo.

    Seria dificil e ineficaz a justiça determinar a publicação de uma segunda edição de um livro  contendo suas contestações.

    O que sobra é o direito, depois da “justiça” aceitar, a uma reparação financeira pelo “dano moral”.

    Trata-se do mesmo “direito” que existia antes da lei de resposta. Isto é, o sujeito tinha o direito de difamar o outro e o que lhe cabia era pagar uma quantia em dinheiro e tudo ficava por isso mesmo.

    Qualquer “biografo” bem intencionado sabe que para escrever corretamente sore a vida de alguem, sera sobretudo atraves da familia que encontrara as informações , arquivos e documentos principais.

    Se não a procura ja demonstra de inicio uma certa tendencia a lucrar com a difamação de alguem.

  18. Direito de Respostas

    Então não teremos mais capas de folha, veja e globo … teremos só direitos de respostas daqui pra frente !!! PIG falido, Rede Blobo sonegadora, revista cega da editora fechol, folha do tucanistão …

  19. MEU Caro Nassif: a imprensa

    MEU Caro Nassif: a imprensa esta fazendo álibi pro STF, vai alegar que não precisa da lei do direito de resposta, porque a imprensa já concede sem ser acionada.

  20. Chumbo trocado não dói

    É como diz o ditado: chumbo trocado não dói. Mentira vai, mentira vem. O fato é que o governo PT foi o que mais investigou, mais…, mais …, e mais ….. Por último, nunca na história desse país a vaca tussiu. Eta governo bom esse.

  21. A mídia, Merval à frente, não

    A mídia, Merval à frente, não percebeu, mas o Moro botou a caça a perder. O golpe morreu, e só quem entendeu foi a mídia inglesa, por enquanto. Aliás, é impressionante a intimimidade como a imprensa inglesa trata estes problemas do Brasil. Eles sabem de udo, e estão em sintonia com os americanos. O Moro acabou, depois da reportagem do Sunday. E só patetas provincianos ainda insistirão em sua glorificação. Todos acham que a prisão de Delcídio foi um golpe contra o Governo, mas ao contrário, foi uma pedra fundamenta para a vitória do Governo. Esperem e verão. Não há motivo algum para pensar que os próximos dias serão ruins, ao contrário. A vitória agora está visível. Ô louco!

  22. 101 milhões para gerar energia?

    101 milhões de reais para gerar energia de bagaço de cana? Oque será que diz um engenheiro entendido no assunto a respeito. É muito dinheiro, e quanto de energia já foi gerado? Renovação de Emprestimo do BNDES? Empréstimo do BNDS é para ser pago e não renovado. Se aprimorar a informação vai doer muito mais.

  23. As concepções da resposta

    As concepções da resposta devem ter pequenas dimensões para a própria mídia, e presidir exteriormente como qualquer coisa insignificante, tipo um perfeito descuido, num olhar atirado para longe. 

    Mesmo com o diretio de resposta, continua nas redações existindo um sentimento interno de indiferênça de que essa lei não pode defender o conceito ideal da liberdade de imprensa, pois esse assunto pertence à natureza vulgar; a qual nada de alheio lhes preocupa, porque estão contentes e felizes como os juízes do STF.

    Temos a imprensão que os jornalistas são senhores de um destino que sequer podemos adivinhar.

    Muito diferente se a lei lhes levasse a representação de alguém com um chicote, e constituisse um castigo apoiado nas exposições; para se expressarem com a alma mais elevada.

     

  24. Direito de Resposta

    Com a pressão que alguns  Ministros irão sofrer ( e, em certas situações, por terem o “rabo preso”), em breve seremos surpreendidos com a supressão de artigos que firam os interesses dos “donos da verdade”. Com um Supremo formado por personagens como Gilmar, os Mellos, Tofolli (traíra), Carmem Lúcia, e a sra. do “Escárnio que venceu o cinismo”, muitas supreesões serão feitas para agradar os senhores da verdade e do dinheiro.

  25. é a técnica da repetição da

    é a técnica da repetição da mentira…

    o mentirão começou assim…

    como a folha publicou(mentiu), etc;;;;

    aí fica nos arquivos e a coisa vira uma mesmice

    escandalosámente cínica e canalha….

    (haja adjetivos dessas infamias praticadas pela grande mídia!)

  26. Direito de querer

    A aprovação da Lei do Direito de Resposta é uma vitória da esquerda brasileira e do governo federal. O tão criticado veto de Dilma Rousseff constitui aspecto menor da medida e não prejudica a sua aplicação. Pode mesmo ter o efeito de viabilizá-la, por exemplo, em períodos eleitorais.

     As fragilidades do projeto independem dessas minúcias. Desde os trâmites iniciais venho alertando para o incômodo componente subjetivo do texto, quiçá inevitável, que termina condicionando sua eficácia ao escrutínio dos nobres magistrados. Quando tais limites ficarem claros, todos perceberão que o tal veto fazia pouca diferença.           Imaginemos a manchete de um diário qualquer: “Segundo revista, delator diz que Lula roubou”. Se ficar provado que o informante não acusou Lula, o espírito da lei obrigaria o jornal a exibir uma correção em título do mesmo tamanho e na mesma página do primeiro. Afinal, ainda que a manchete fosse aparentemente verdadeira (a revista disse), ela ajudou a divulgar uma mentira danosa à imagem da vítima. Mas dificilmente essa obviedade será reconhecida pelo Judiciário. Nas cortes partidarizadas, sob o peso do poder midiático, prevalecerá a tese de que o jornal apenas reportou um fato e não pode ser punido pelo erro alheio. Basta haver um panfleto fascista provendo os veículos de calúnias, e elas serão reproduzidas em seu nome. Apesar da evidente contribuição para o amadurecimento da democracia, o Direito de Resposta é importante pela simbologia que carrega. Tira o campo jornalístico da torre de marfim supra-institucional e mostra que, pelo menos em tese, as empresas de comunicação estão sujeitas a algum controle da sociedade. E, acima de tudo, coloca no centro das atenções os verdadeiros responsáveis pelaimpunidade da mídia criminosa.  http://www.guilhermescalzilli.blogspot.com.br/

  27. Em síntese,

    Em síntese, 

    A oposição está em pacto de mutuo domínio de todas as fases das organizações que se determinam pelo poder do Estado, mas que, pelo contrário, ela, oposição, tem a força que as cria e também dita como se dará sua vontade na expressão da lei.

    Essa expressão da lei, a serviço da oposição, é sempre recomendada sobre a supervisão econômica da mídia, a qual corrompe os reais propósitos do Estado.

    Daí, temos, automaticamente, o poder governamental repartido para altivos amos da constituição, contando que julguem a gestão de assuntos comuns aos avanços partidários do PT. De modo que o objetivo privado consegue substituir o grosseiro esboço da burocracia representativa pela traição jurídica ao governo – nela a constituição do STF, que é a lei, é constantemente remetida para fazer campanha negativa a um adversário na corrida presidencial de 2018.

  28. Desinformação

    1 – Jornal que publica notícias falsas está sujeito à processos judiciais, multas pesadas, retratações, e até perda de licença.

    2 – Jornal que publica notícias falsas perde credibilidade, e por consequência perde leitores.

    Os grandes veículos de mídia do país sabem disso, e por isso investem pesado na qualidade da notícia, seja opinativa ou não. A preocupação excessiva do Governo com a imprensa e a mídia mostra que, primeiro não acredita nas leis e Justiça do próprio país, ou segundo, duvida da capacidade de dicernimento da população. A campanha da última eleição mostrou bem como o Governo conta e muito com a ignorância e a desinformação do seu eleitorado. Faz todo sentido se preocupar com a mídia.

     

    1. Sr.Peixoto, vai crendo que os

      Sr.Peixoto, vai crendo que os grupos bilionários donos dos meios de comunicação estão mesmo se importando com a verdade ao invés dos próprios interesses… o título da sua mensagem não poderia ter sido melhor!!!

      1. Mas é claro que estão

        Mas é claro que estão preocupados com os próprios interesses, como todos nós, direta ou indiretamente. Os donos dos grandes meios de comunicação querem vender, e Jornal sem credibilidade não vende. Não duvido que as vezes utilizam seus veículos de forma a direcionar esse ou aquele assunto, mas faltar com a verdade é bem diferente.  Agora, tem aquela midia segmentada, que atua em um nicho, o nicho das pessoas que não aceitam o contraditório e preferem ser enganadas, iludidas. Vários blogs atuam nesse nicho, no qual o compromisso é muito mais agradar quem o lê do que realmente informar…

    2. De que planeta chegaste?

      De que planeta o amigo acabou de chegar?

      1. você acredita mesmo no que escreveu no item 1??? Em Saturno é assim???

      2. premissa falsa e infantil que supõe que os leitores já sabem o que é verdadeiro e estão em condições de avaliar a imprensa. você ignora que é a mídia/propaganda que faz a cabeça dos leitores???

      Você ignora que a Regulamentação da Mídia ocorre em países muito mais desenvolvidos culturalmente do que nós???

      Acha que o Brasil – um país levado a solavancos por golpes – tem uma mídia tão honesta que não precisa de Regulamentação???

      Ignora que a Regulamentação da Mídia é um preceito constitucional ainda não regulamentado???

      Ignora que existe um cartel (familiar) GAFE dos grande grupos de Mídia??? Que esse cartel, na palavra de uma de suas dirigentes disse abertamente , assumido a oposição política no país???

      De que planeta você chegou?  Tucanus???

       

       

       

      1. Quem falou que mídia não

        Quem falou que mídia não precisa de regulamentação? O setor de comunicação, como qualquer outro do mercado, não só deve ser regulamentado como já é. Te convido a pesquisar um pouco mais sobre o tema. O que vocês querem é mais controle sobre o conteúdo, pra não dizer censura, justo num momento negativo para o país. O que vocês querem é que as informações que apontam não só a falta de lisura, mas a incompetência do governo/partido (não dá pra separar) de vocês não chegue até a população de forma clara. Sinto muito mas aqui não é Venezuela, nem nunca será.

        Concordo, os grandes veículos de comunicação ainda estão concentrados em poucos players, mas o impacto dessa concentração tende a ser cada vez menor num período de massificação da internet, e de informação abundante ao alcance de todos. Esta bandeira de vocês está ficando ultrapassada. Bandeira essa que foi muito bem guardada durante os áureos anos do Governo Lula com a Globo descaradamente pró Governo neste período.

        É Sr. Ponderatus (é seu nome mesmo?), o povo não é mais tão manipulável quanto antes, ou quanto vocês gostariam que fosse. Prova disso é o índice de reprovação recorde da nossa digníssima “Presidenta”, que sofre agora as consequências por ganhar uma eleição enganando a população, um governo inerte, sem o mínimo de legitimidade, credibilidade e principalmente, capacidade pra tirar o país desse buraco que ele mesmo nos enfiou.

        O mundo tá aí virando do avesso, o cara ainda com essa ladainha de mídia golpista, e eu que sou de outro planeta…

  29. Este Bumlai é o que pagou a

    Este Bumlai é o que pagou a divida com semen de boi???????? ou o que ganhou 2 Milhoes em um jogo????

    Vai ter sorte assim lá na China.

     

    Etaaaa este blog sempre defendendo este tipo de gente……

    1. Bumlai é um pecuarista que

      Bumlai é um pecuarista que foi sócio do global Galvão Bueno, do dono da Band, João Carlos Saad, e do ex-prefeito de Santos Beto Mansur (PSDB, PP e PRB).

  30. Folha erra no detalhe mas acerta na denúncia.

    Este deveria ser o título da manchete: Folha erra no detalhe mas acerta na deúncia. Mesmo com os empréstimos do BNDES a empresa de Bumlai faliu. A família, por outro lado, enricou. Procedimento interno do BNDES pode ter sido seguido  mas a denúncia certamente abriu os olhos dos investigadores para a possibilidade de fraudes. R$ 102 milhões não podem ter sido emprestados pura e simplesmente com alguns papéis do BB e do BTG, que aliás também deveriam ser investigados. Deve ter havido anuência do BNDES.

    A Lei do Direito de Resposta não garante imprensa de qualidade. Não passa de um mecanismo formal que garante, sem necessidade de recorrer processualmente à Justiça, direito a expor um dos lados da estória. Em nada garante que a verdade será veiculada. É o mesmo tapa-buraco feito pelas organizações de Direitos Humanos, que servem para beneficiar apenas um conjunto específico (a propósito, o segundo mais podre) da população, e não para garantir que os inocentes sejam efetivamente blindados de ataques e condenações injustas.

    E que a CPI investigue os empréstimos bilionários dos governos petistas a países “abençoados” com engenharia de ponta da Odebrecht, Queiroz Galvão, IESA, etc., etc., etc.

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