Folha se diz responsável por envolver Odebrecht no julgamento de Lula

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

À época em que a Folha iniciou a apuração, ventilava-se que Léo Pinheiro (OAS) faria delação sobre o sítio

Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Com Lula condenado a 12 anos e 11 meses de prisão no caso do Sítio de Atibaia, a Folha de S. Paulo publicou nesta sexta (8) uma matéria contando os bastidores da reportagem que arrastou a Odebrecht para a investigação da Lava Jato, por reformas no espaço. De acordo com a publicação, a Lava Jato só instaurou inquérito para apurar a participação da empreiteira nas melhorias no sítio por causa da contribuição do jornal.

O repórter Flávio Ferreira afirma no relato que foi escalado em setembro de 2015 para fazer uma reportagem de “fôlego” e independente dos “vazamentos” de delações premiadas e outros dados que, segundo admitiu o jornal, vinham do Ministério Público, da Polícia Federal, do Juízo ou dos advogados.

À época em que a Folha decidiu “arriscar” numa matéria especial, a Veja havia publicado que, nos bastidores da Lava Jato, ventilava-se que Léo Pinheiro, ex-OAS, faria um acordo de delação premiada em que narraria a participação da empresa na reforma do sítio.

A Lava Jato já está em curso e ocupando as capas dos principais jornais há pelo menos 5 anos. Outros jornais já ajudaram a operação a condenar Lula, como O Globo, que fez as primeiras reportagens sobre o triplex no Guarujá.

Ainda de acordo com a Folha, foram 5 meses de apuração até que, com ajuda de moradores e comerciantes locais, o repórter conseguiu chegar no engenheiro vinculado à OAS que admitiu ter participado da obra no sítio. Leia mais aqui.

A defesa de Lula informou que vai recorrer da decisão.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. O sitio não é do Grande Presidente Lula, os mimos não foram pedidos etc.
    Recebi, quando empregado cestas de Natal caras, nunca as pedi, nunca as devolvi, nunca influenciaram as minhas decisões técnicas.
    A folha como sempre come moscas.

  2. “A defesa de Lula informou que vai recorrer da decisão.” Recorrer para quem? Para os Milicianos superiores? Se LULA fosse Cristo, teria sido pregado na cruz pela segunda vez.

  3. “Coloque-se um carro de Polícia atrás de alguem por 800 KM e vai-se aplicar uma multa!” Acho que foi o ex-diretor do FBI, Edgar Hoover, quem disse isso. No caso do presidente Lula só apareceram agrados de empreiteiros puxa-sacos, que presenteiam toda e qualquer autoridade neste país de empresários pegajosos (e, sabe-se agora, além de corruptos, delatores) e de juízes lambe-lasca de auxílio moradia. Fico imaginando por quantos quilômetros seria preciso um carro de Polícia andar atrás de um FHC, um Serra, um Sergio Moro, um Ciro Gomes,,um Gilmar Mendes, um Barrozo, uma Dodge, uma Carmem Lucia, um Dallagnoll, ou um jornalista de linguagem reverente da Folha de São Paulo para se aplicar uma multa… Talvez nem 10 quilômetros. Por falar em empresários corruptos, pegajosos e dedo-duros, qual será o sentimento das filhas de um Marcelo Odebrecht a respeito do carater de seu pai?

  4. A diferença entre uma afronta à ética e um crime é abismal.
    Se Lula eventualmente pediu(ou mesmo se não pediu, mas aceitou) essas alegadas reformas no sítio que não era dele e que só usava para lazer, houve infringência da ética, do pudor, considerando a sua posição de liderança política e de ex-presidente da República.
    Entretanto, onde está, ou estava o crime se estava fora do governo? Ademais, onde em termos concretos a contra partida?

  5. Será que ainda é necessário debater o indebatível. Enquanto juizes e desembargadores do sul do país, não se dão sequer ao trabalho de apresentar um auto condenatório, sem confissões de erros e violações legais, ficam ainda discutindo se houve ou se não houve crime. Não houve crime e ponto. O sitio não é de Lula e ponto. A tal reforma seria para abrigar temporariamente o acervo presidencial de Lula e ponto. Lula visitava o sítio de Fernando como visitasse o sitio do Filho e ponto. Não há uma prova sequer de crime de ofício, como diz a propria juiza seguindo fielmente os passos de Moro. Ninguém se perguntou quanto de fato custou a tal reforma, e o que foi reformado. Todos já viram as reformas do triplex. Todos se lembram do vinculo criado através da carissima cozinha da Kitchens. E todos vimos o fogão daco no triplex do Guaruja. E tudo isto resultou numa condenação com a dosimetria de uma assassinato, e com uma multa estratosférica de 85 milhões, que não possuem nenhuma justificativa. Se alegada for qualquer coisa com a Petrobrás, a propria diz nos autos que isto não foi provado. Portanto isto é chover no molhado, os que querem matar ou prisão perpetua para Lula, sabem muito bem que estão cometendo uma injustiça, mas se vangloriam disto. O resto é apenas a tristeza de ver este país tomando este rumo.

  6. Isso é nojento! E a Pista do Aeroporto nas terras do Aécio! Cristianizaram o Lula! Nunca o aceitaram e muito menos as reformas e ações de inclusão que ele fez!

    Nos deixamos pautar pelos empresários que apoiaram o Golpe de 1964, como se não fosse golpe agora!
    São os mesmos que atacavam o Bolsa família até surgir o grito “BOLSA ESMOLA!”!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador