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  1. O avanço do atraso e a possibilidade da resistência democrática

    14/jul/2016, 6p9min

    O avanço do atraso e a possibilidade da resistência democrática (por Benedito Tadeu César)

    cunha gilmarVivemos um momento de refluxo das forças democráticas e de esquerda em todo o mundo e também no Brasil. É hora de resistência e de se acumular forças para reagir.

    No plano internacional, o panorama é de avanço da direita. Na Argentina, a centro-esquerda foi derrotada com a vitória eleitoral de Magri. Na Bolívia, Evo Morales perdeu o plebiscito e não conseguiu autorização popular para se candidatar a um novo mandato presidencial. Na Venezuela, a desestabilização do governo Maduro é cada dia mais intensa. No Chile, Bachelet enfrenta problemas sérios e acusações de corrupção. No Peru, a esquerda sequer conseguiu chegar ao segundo turno das eleições presidenciais.

    Nos EUA, Donald Trump, representando a ala mais à direita do Partido Republicano, será o candidato daquele partido à Presidência da República. Na Espanha, o Partido Popular (conservador) foi o mais votado nas últimas eleições, contrariando as expectativas de vitória da coligação Unidos Podemos. No Reino Unido, o Brexit venceu o plebiscito determinando que o país saia da Comunidade Europeia. Na Áustria, o Partido da Liberdade, de extrema direita, anti-imigração e eurocêntrico, conseguiu anular as eleições, que serão repetidas em outubro.

    No plano nacional, o panorama é semelhante, senão pior, do que o internacional. O golpe jurídico-midiático-parlamentar tem tudo para se “naturalizar”, com a destituição definitiva de Dilma pelo Senado no mês de agosto e a aceitação popular do desfecho autoritário. Dilma não conseguiu virar o jogo. O PT parece estar conformado com o resultado, preferindo investir forças nas eleições municipais de outubro próximo.

    Nem Dilma nem o PT apresentaram uma proposta capaz de sensibilizar as grandes massas e os setores avançados da sociedade, seus movimentos sociais, partidos de esquerda e setores liberal democráticos. Não conseguiram, por outro lado, negociar com os setores menos retrógrados do empresariado e dos senadores a ponto de conseguir reverter os votos necessários para barrar o impeachment.

    Impasse e paralisia

    No plano político mais geral, há um impasse estabelecido, provocando a paralisação institucional, política e econômica do país. É um impasse tão profundo, que os principais agentes políticos do país encontram-se paralisados. Há um aparente empate estabelecido entre esses agentes. Nem Dilma e nem Temer têm condições de governar. Nem Dilma e nem Temer têm propostas capazes de aglutinar forças e ganhar a opinião pública e os setores de poder (empresários e movimentos sociais).

    Dilma não vira o jogo e Temer não se estabiliza no governo. Cunha, mesmo afastado, continua controlando o governo interino e acuando Temer. PMDB, PSDB, PT e a imensa maioria dos políticos estão desmoralizados e sem legitimidade. Apoiadores sinceros e/ou ingênuos do golpe estão silenciosos, se não envergonhados, e a grande mídia desmoralizada para boa parte da população e exposta ao ridículo espaço internacional.

    Os novos movimentos sociais de esquerda e de centro-esquerda tomam as ruas, deixadas vazias pelos que pretendiam tirar Dilma, mas vêm lentamente suas forças se esvaírem sem conseguir intervir efetivamente no jogo político e abortar o impeachment.

    Aécio e Marina se recolheram, tão logo as denúncias de corrupção que os atingiam foram finalmente publicizadas pela grande mídia. Aécio perde prestígio e talvez não se recupere, pois sua presença não interessa nem mesmo aos tucanos. Marina se preserva para reaparecer no momento oportuno como uma possível alternativa de governo, mas, por ora, a cada vez que se manifesta mais explicita o interesse principal de autopromoção.

    Não obstante a paralisia institucional e dos principais agentes políticos do país, caminham céleres as iniciativas neoliberais, antipopulares e antinacionais promovendo o desmonte do arremedo de Estado de bem-estar social montado durante os governos Lula e Dilma e também.

    Considerando-se os agentes políticos e as instituições da República, só quem avança são os procuradores, a PF e a força tarefa da lava-jato, Moro e o STF, fazendo com que o jogo penda em favor dos golpistas quando prendem apenas petistas e não os peessedebistas e peemedebistas também acusados de corrupção.

    Imbuídos de uma missão salvacionista, eles são os novos atores que dominam a cena, sem que se possa afirmar efetivamente quais são os seus objetivos reais. São apenas “limpar o país”, livrá-lo da corrupção e iniciar a construção de uma novíssima República? Que República seria esta e quem a construiria? De onde advém a força que demonstram? Terão suporte internacional? Por que se dedicam a desmontar as únicas empresas nacionais em condições de competir no mercado internacional e desenvolver tecnologia de ponta – a Petrobras e as grandes empreiteiras? Para onde conduzem o país e a quem o entregarão?

    Uma disputa secular

    Há uma disputa instalada no mundo e também no Brasil desde, pelo menos, o século XIX, sobre como desenvolver o sistema capitalista na economia e na política. De um lado, as propostas globalizantes, liderada pelo grande capital internacionalizado e, de outro, os projetos nacionais. De um lado a crença no livre mercado e na sua autoregulação e, de outro, a defesa da ação do Estado como indutor do crescimento da economia nacional, como proteção das indústrias nascentes, investimentos estratégicos para criar competitividade e conquistar mercados.

    Ao longo do século XX, em meio a conflitos e guerras, cresceram as tentativas de projetos nacionais de desenvolvimento com forte presença do Estado e com inclusão social, como por exemplo, no Japão e na Alemanha, e o desenvolvimento dos chamados Estados de Bem Estar Social, no pós-segunda guerra mundial.

    Com a crise do bloco socialista e das alternativas nacionais de desenvolvimento nos países do terceiro mundo, avançaram novamente as posições ultraliberais de defesa do livre mercado internacional, a globalização e a financeirização da economia sem se submeter a qualquer controle público.

    Nesse processo, criaram-se os blocos econômicos ao mesmo tempo em que cresceu o individualismo, a xenofobia e entraram em crise os partidos políticos tradicionais firmados na antiga dicotomia capital-trabalho e favoráveis a projetos nacionais de desenvolvimento, de um lado, ou de integração ao capital internacional, de outro.

    No Brasil, esta disputa se manifestou a partir do fim do Império, com a abolição da escravatura e a proclamação da República sem povo – os bestializados, na definição de José Murilo de Carvalho. As revoltas dos tenentes, na década de 1920, a Revolução de 1930, os conflitos e as instabilidades políticas de 1945, 1954, 1956/9, 1961 e 1964, bem como o processo de instabilização política em curso, são expressões desta disputa que se arrasta no tempo.

    De um lado, aascensão de Getúlio Vargas e a criação do Estado Nacional Moderno no Brasil, marcaram a vitória parcial e temporária dos que, nos anos de 1960, se tornaram conhecidos como “nacional-desenvolvimentistas”. Neste time, além de Getúlio, incluem-se também, com diferentes intensidades, Juscelino Kubitschek, João Goulart, (Castelo Branco, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo – durante a ditadura civil militar de 1964/1985), Itamar Franco, Lula da Silva e Dilma Rousseff.

    De outro lado, a destituição de Vargas e a eleição de Dutra, em 1945, e o seu suicídio, em 1954, marcaram momentos de vitórias parciais e temporárias dos globalizantes que, nos anos de 1970/80, ficaram conhecidos como adeptos da teoria do “desenvolvimento associado e dependente”, formulada inicialmente e de modo crítico por Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto em 1965/67. Integram-se neste time, Eurico Gaspar Dutra, Jânio Quadros, (Costa e Silva – durante a ditadura), José Sarney, Collor de Mello, FHC e Michel Temer.

    Afarsa do impeachment sem base jurídica é a nova face da mesma e contínua disputa

    Durante os anos Lula/Dilma, auxiliados por uma conjuntura internacional de crise da economia norte-americana e europeia, mas de favorecimento da economia nacional em virtude da valorização das commodities brasileiras (minério e soja, principalmente) impulsionadas pelo crescimento acelerado da China, foi possível que seus governos, com forte compromisso popular, adotassem políticas de investimento em infraestrutura e geração de tecnologia nacional, valorização da educação e inclusão social.

    A chegada da crise à economia brasileira, em 2013/4, com a desaceleração do crescimento chinês e a retração do preço internacional das commodities, aliada à inabilidade política e aos erros de condução da economia por parte do governo Dilma, possibilitou que as insatisfações populares latentes crescessem exponencialmente e não fossem orientadas para a defesa do Estado de Bem Estar Social que sendo construído no país.

    As manifestações de 2013 e também os chamados “rolezinhos” são a eclosão desse fenômeno no âmbito das classes médias e populares recém inseridas ao mercado de consumo de massas. Insuflados pela grande mídia, os protestos que tinham como alvo inicial os reajustes das tarifas de transporte público voltaram-se contra o governo, pedindo a ampliação e melhoria dos serviços de saúde e de educação e o combate à corrupção. De roldão, foram incluídas todas as pautas, desde o combate à homofobia e à violência contra as mulheres até a liberalização do porte de armas e a proibição do aborto, por exemplo.

    A ausência de partidos políticos e lideranças aptas para canalizar e dar direção à insatisfação generalizada abriu espaço para o avanço de grupos oportunistas, desde o chamado Movimento Brasil Livre até os black-blocs, que direcionaram suas ações visando o enfraquecimento do governo e culminaram com a campanha do impeachment, a partir da reeleição da presidenta Dilma.

    A piora das expectativas econômicas, o aumento da inflação e do desemprego, mais a ação articulada entre os promotores, delegados e juízes da Operação Lava Jato e a imprensa, criaram o caldo de cultura que possibilitou o afastamento de Dilma e a entrega do governo ao grupo de Michel Temer, Eduardo Cunha, Eliseu Padilha, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá. Um grupo, cuja principal ideologia é o espólio do Estado nacional e que nunca elaborou um projeto de desenvolvimento para o país, fosse ele qual fosse – nacional ou associado/dependente dos grandes grupos da economia internacional.

    Um grupo que, além disso, não detém legitimidade popular e nem força política suficiente para se manter no poder. Eduardo Cunha, deputado federal afastado da presidência da Câmara por corrupção e na iminência de perder seu mandato parlamentar, controla o governo e seus principais agentes políticos, a começar pelo presidente interino – mantido sob rédeas curtas, por meio da imposição de ministros e lideranças – sabe-se lá pela utilização de quais meios e métodos.

    Na tentativa de conquistar o apoio dos setores empresariais e políticos comprometidos ideologicamente com as visões ultraliberais na economia e às concepções de desenvolvimento associado ao mercado e aos grandes centros hegemônicos do capital, o grupo atualmente no exercício da Presidência da República acelera a adoção de medidas de desmonte das políticas sociais e das estruturas do Estado voltadas para a promoção do desenvolvimento nacional de modo relativamente autônomo.

    Este é o motivo para a voracidade e a velocidade das ações empreendidas por Temer e seu grupo, com a adoção de ações que visam à desarticulação acelerada do Estado de Bem Estar Social que vinha sendo construído no Brasil durante os governos de Lula e de Dilma. Para criar um arremedo de revolução, promovem uma política de terra arrasada, a partir da qual tudo teria que ser reconstruído noutros termos.

    Citem-se, no plano social, por exemplo, a desobrigação de aplicação de percentuais do orçamento da União definidos constitucionalmente para as áreas de educação e saúde; a revisão das políticas de habitação popular; o não pagamento do reajuste do valor do Programa Bolsa Família; a aceleração da tramitação dos projetos de lei que visam a mudança na política previdenciária e de aposentadorias; a terceirização total das contratações de mão de obra com a consequente precarização do trabalho e o enfraquecimento das organizações sindicais, bem como a alteração de outros dispositivos da CLT que garantem conquistas dos trabalhadores.

    Vai na mesma direção, no plano das relações internacionais e da política econômica, a pressa com que o governo interino se lançou ao esforço para desmontar a política de integração Sul-Sul empreendida pelos governos Lula e Dilma e para reintegrar do Brasil ao sistema de comércio controlado pelos EUA; a tentativa em curso de alteração do regime de partilha para a exploração do petróleo na zona do Pré Sal e de extinção do fundo soberano e ainda a proposta de emenda constitucional que visa congelar os gastos públicos com custeio e manutenção da máquina estatal e dos investimentos nas áreas sociais, limitando seu crescimento à correção da inflação do ano anterior.

    Esta limitação, destaque-se, é a mesma que o governo Temer agora impõe como condição para a revisão da dívida dos estados subnacionais com a União. Se o novo contrato for aceito pelos estados não apenas os atuais governadores, mas também todos os futuros governadores durante os próximos 20 anos estarão impedidos de aumentar os gastos de investimento, de políticas públicas e de custeio. Considerando-se apenas o aumento vegetativo da população, em declínio mas ainda positivo, a consequência será não apenas o congelamento dos gastos dos governos, mas a diminuição dos mesmos.

    Com isto, piorarão ainda mais as políticas de segurança, de saúde e de educação, por exemplo, e o Estado estará impossibilitado de investir em obras públicas como estradas, transportes, energia, infraestrutura etc. Diversos serviços que hoje são prestados pelo Estado e obras que são executadas diretamente por agências e órgãos públicos passarão a ser prestados e realizados por empresas privadas. Além disso, os salários de todos os servidores e servidoras públicas serão congelados aos níveis atuais, pois só serão reajustados para repor a inflação do período anterior aos reajustes.

    O avanço do atraso e a necessidade da construção de uma frente ampla democrática

    O desmonte em curso, desde o plano internacional, passando pelo nacional e chegando as estaduais, tem aberto espaço para a manifestação de grupos xenófobos e obscurantistas, dispostos a estancar e a fazer retroceder os avanços das liberdades civis já conquistadas em boa parte do mundo. No Brasil, citando-se apenas um exemplo crucial, no plano da educação, avançam as propostas de alteração na LDO, da integração curricular que começava a ser implantada e, até, da imposição de legislação que proíbe o pensamento crítico nas escolas públicas, sob a alcunha de “escola sem ideologia”, mas que melhor seria denominar de escola com ideologia única.

    Tanto no plano nacional quanto no plano estadual, só há uma fórmula para o enfrentamento dessas forças reacionárias e antidemocráticas. A construção de grande frente popular em defesa da democracia e do estado democrático de direito, que congregue partidos políticos, sindicatos, centrais sindicais, comitês e movimentos em defesa da democracia e contra o impeachment e todos aqueles que, engajados ou não em partidos e movimentos, estejam dispostos a defender a democracia. Uma frente suficientemente ampla para agregar todos os democratas, sejam eles liberais, sejam socialistas e até os que não têm definição político-ideológica firmada, mas amam a democracia.

    A intransigência de alguns partidos de esquerda e de centro-esquerda, apoiada em avaliações equivocadas de que poderão firmar posições e preservar territórios, e o oportunismo de outros, acreditando que se apropriarão do espólio dos derrotados, só favorecerá o retrocesso e os avanços da direita golpista que hoje assalta o poder e as riquezas populares e nacionais. Visando o imediatismo das eleições municipais deste ano, cada partido lança candidaturas isoladas, justificando-se com a promessa de “união no segundo turno”, ao qual, possivelmente, nenhum deles chegará. Quando se derem conta do equívoco, a direita e o retrocesso já terão atropelado a todos.

    Estamos em um momento de refluxo das forças democráticas e de esquerda em todo o mundo e também no Brasil. É hora de resistência, de acumulação de forças e de preparação para a reação de médio e de longo prazos. Disputas e divergências cabem e são bem-vindas nos momentos de avanço e de conquistas, pois nesses momentos é preciso se definir rumos e explicitar os objetivos a serem alcançados. Nos momentos de refluxo, como o atual, é preciso saber buscar semelhanças e, com elas, construir os consensos possíveis.

    .oOo.

    Benedito Tadeu César é Cientista Político.

    http://www.sul21.com.br/jornal/o-avanco-do-atraso-e-a-possibilidade-da-resistencia-democratica-por-benedito-tadeu-cesar/

  2. Temos que levar mais a sério a ameaça de atentados nas Olimpíada

    O evento em Nice com a violência contra todos e contra tudo matando crianças, pessoas de diversos credos e diversas etnias, mostra que não há uma seletividade nas razões do terrorismo do DAESH.

    Não é por estarmos longe dos conflitos, não termos nenhum histórico de ocupação aos países árabes nem de intolerância religiosa contra muçulmanos que não possamos virar um alvo durante as Olimpíadas.

    Qual seria a razão disto, simplesmente porque o DAESH tem perdido terreno e força tanto na Síria como no Iraque, e por isto necessita de ações simbólicas para mostrar que ainda está vivo.

    Se a origem do DAESH foi incentivada pelas potências ocidentais como o próprio Estados Unidos, não importa fazermos discursos contra isto sem tomar medidas gerais da população contra estes psicopatas que pensam estar representando alguma religião.

    Na tentativa da ABIN em divulgar, talvez de forma equivocada o comportamento de um provável terrorista grande parte da população reagiu com humor e com brincadeiras na Internet, pensando a maioria que estamos imunes a um atentado.

    Na realidade um atentado durante as Olimpíadas não seria diretamente uma agressão ao povo brasileiro, mas certamente atingirão turistas e brasileiros, pois o objetivo central destes atos é uma estúpida demonstração de força.

    É chegado o momento da população brasileira e entidades como a Polícia Federal começarem a tomar cuidado com a realidade. Principalmente a Polícia Federal que tem brincado de Rambo para prender senhores barrigudos e que certamente não oporão resistência armada a uma prisão deveria estar utilizando parte deste enorme esforço de aparecer como salvador da pátria brasileira para controlar as nossas fronteiras e investigar possíveis terroristas.

    A esquerda brasileira que estava acostumada com as ações armadas de grupos laicos tem o hábito de julgar o terrorismo que ocorre nos dias atuais com o mesmo padrão, talvez para colocar um ânimo na ação da esquerda contra possíveis atentados, talvez possamos lembrar-nos dos atentados feitos por organizações de direita como no caso do atentado de Bologna em 1980 feita pela organização terrorista neofascista Nuclei Armati Rivoluzionari, ou o atentado anterior na Piazza Fontana em 1969 perpetuado pelos neofascista da Ordine Nuovo.

    Não podemos pensar que simplesmente desqualificando este ou outro órgão de segurança conseguiremos impedir que o fanatismo religioso ficasse satisfeito com isto e não procurem chamar atenção no maior evento esportivo do mundo, temos que chamar a responsabilidade dos órgãos de segurança que pare com a palhaçada de irem com fuzis semiautomáticos para ações contra acusados da lava jato, quando somente um ou dois policiais desarmados convidariam qualquer um de todos os que receberam alguma ordem de serem recolhidos a algum lugar.

    E a população deve lembrar-se de ter mais cuidado com alguém suspeito do que algum pivete de um metro e vinte que rouba uma corrente e sai na corrida, ou seja, devemos mudar a nossa atenção para quem merece.

    Também chamo a atenção que num calor de trinta ou mais graus realmente debaixo de uma camiseta é meio difícil esconder uma arma ou um artefato explosivo, porém lembro que nos estados mais ao sul durante os dias das Olimpíadas ainda fazem dias de frio, que obrigam as pessoas ainda utilizarem agasalhos, e não pensem que o único alvo poderá ser o Rio de Janeiro.

  3. Moro e Janot não querem a delação de Cunha? Quá, quá, quá, quá!

    Justiça pode não aceitar delação de Eduardo Cunha, diz jornalista

    http://www.verdadegospel.com/justica-pode-nao-aceitar-delacao-de-eduardo-cunha-diz-jornalista/

    Imagem: DivulgaçãoUm dos grandes rumores e medo do meio político é a possibilidade de Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara, virar delator na Operação Lava Jato. O fato é comparado a delação de Marcelo Odebrecht, uma espécie de delação das delações.

    Leia também: Delação: ‘Cunha já mandou avisar que, se cair, não cai sozinho’, diz jornalista

    Porém, segundo nota do jornalista Lauro Jardim do ‘O Globo’, quem conhece a alma dos procuradores, avalia que são grandes as chances de uma delação de Cunha não ser aceita por dois motivos. O primeiro seria que a operação “precisaria de um troféu e livrar todo mundo da prisão, via delação, não seria didático. E Cunha não podia ser um troféu mais reluzente”, afirma o colunista.

    O segundo motivo seria a possibilidade reduzida de Cunha entregar “peixes grandes”. “De que adianta ele delatar 80 deputados do baixo clero?”, questiona Lauro Jardim.

    Saiba mais: Receita multa Cunha em R$ 100 mil e faz pente-fino em suas declarações

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    Fonte: O Globo

  4. Uma correção necessária,

    Uma correção necessária, mesmo que tardia.

     

    Edivaldo Dias de Oliveira

    O golpe não foi só sobre 54 milhões de eleitores, foi sobre 105.

    Até agora todos os analistas de todos os campos contrários ao golpe, tem afirmado que o mesmo se deu em cima de 54 milhões de eleitores, que são aqueles que deram o voto a candidata Dilma. Esse número sempre me pareceu suspeito desde o seu inicio, embora não conseguisse identificar onde se encontrava a base de minha suspeição. Era uma mera intuição, embora ela, a suspeição, se repetisse todas as vezes em que o número 54 milhões era inserido num artigo, entrevista ou discurso, e não foram pouc@as. 

    A primeira vista isto parece uma filigrana, um detalhe, em meio a luta renhida contra os golpistas, mas é só a primeira vista. Desfazer esse equivoco é de fundamental importância para agregar mais gente na luta em defesa da democracia e contra o golpe.

    Desconsiderar que os 51 milhões de votos dados aos candidatos adversários tanto no primeiro quanto no segundo turnos também foram vítimas de um confisco, de um golpe, é dar aos golpistas uma margem de votos que eles absolutamente não possuem. Aécio Neves, Marina e principalmente Michel Temer não são herdeiros desses votos, muito pelo contrário, pois quem neles votaram viram-se órfãos pelo golpe que os mesmos desferiram contra a democracia, que em ultima instancia foram votos dados em sua esmagadora maioria, quando não principalmente, para a democracia e só quem a respeita pode reivindicar a representação desses votos.

    Portanto temos forçosamente que considerar que a totalidade dos 51 milhões de eleitores que não votaram na Dilma, não aceitam as Regras do Jogo democrático e que, entre perder uma eleição democraticamente e ter seu candidato ou qualquer outro que não seu principal adversário, alçado ao poder de forma ilícita, é melhor do que manter a democracia. Acreditar em tal hipótese é perder por completo toda a esperança na prática política, essa é uma crença que todos os golpista querem a todo custo nos vender e nós até agora, relegamos ao lixo e aos golpistas esses votos que a eles foram dados.

    Também é admitir que se o golpe nos fosse favorável, então estaria tudo certo, pois que nesse caso o “o importante é levar vantagem em tudo, certo.” A famosa lei do Gerson para os cigarros Vila Rica, da década de oitenta, lembram? Bem sabemos que comportamentos como esses já não são bem vistos. Não é incomum em outros tipos de disputas como futebol ou desfile de escolas de samba, ouvirmos o torcedor do time ou escola vitoriosa afirmar que o seu time ou escola não mereceu a vitória, que o adversário se apresentou melhor, que o pênalti ou a falta que lhes permitiu vencer não existiu. Isso denota claramente uma mudança de cultura que bate de frente com o caráter dos oportunistas.

    Portanto, não podemos deixar de fazer esse elogio aos eleitores dos nossos adversários políticos, sob pena de também nos considerarmos golpistas.

    Isto posto, cabe agora a todos as pessoas que se dirigiram às urnas para depositar o voto em seu candidato, confiando na democracia, engrossar as fileiras, saia da zona de conforto e venha para a zona de confronto, não pelos olhos da DiIma ou pela estrela petista, mas em defesa da democracia, mesmo que para tanto – e seria mesmo recomendado – se organizem em outros movimentos e convoquem ações fora da agenda das esquerdas, demonstrando assim que os candidatos derrotados que apoiam o golpe não representam seus votos e pedindo respeito pelas regas do jogo e pelo cumprimento do mandato da presidenta eleita.Seria uma clara demonstração de que o novo esta surgindo para sepultar a velharia velhaca.

     

     

  5. LEX FRUMENTARIA – O BOLSA-FAMÍLIA ROMANO

    A Lex Frumentaria (lei dos cereais) foi estabelecida em 123 a.C. e permitia à plebe mais pobre comprar grãos a preços subsidiados pelo governo e, em alguns momentos de grande fome, recebê-los gratuitamente. Tratava-se de mais uma lei reformista (gramsciana, acusava o tribuno Olavus, o Astrólogo), instituída após o assassinato dos irmãos Graco (Tibério e Caio), que a conceberam e por ela lutaram. O intuito era evitar rebeliões da plebe, que por várias vezes sacudiram Roma.

    É claro que essas reformas não passaram sem resistência. Os plebeus em melhores condições diziam que isso levaria o povo ao ócio e bradavam pelas ruas:
    – “Gratuitum frumentaria recebevus, vagabundus est”. Ao que os defensores da lei respondiam:
    – “Coxinhori! Coxinhori!”, que significava “indivíduo beócio sem grandes conhecimentos da História”.
    Muitos coxinhorum, em desespero, pediam a todo general estacionado com suas tropas para além do Rubicão, que entrassem em Roma para acabar com o que denominavam “baderna petrálhica” (de petralhum – espécie de garfo para distribuir comida). Isso equivalia a um golpe militar, já que essa quantidade de tropas dentro da cidade daria poder completo ao general que as comandasse. Foi, aliás, o que fez Júlio César, em 59 a.C., sem, entretanto, revogar a Lex Frumentária.
    A elite conservadora romana e os coxinhorum odiavam os irmãos Graco e por diversas vezes tentou-se o “impichimeum” contra eles. Essa manobra era realizada surpreendendo o desafortunado sem sua escolta e esfaqueando-o. Caio Graco, que enfrentou a oposição dos Optimates, grupo conservador de senadores que prometeu preencher seu crânio com ouro a quem trouxesse sua cabeça, acabou morto em 154 a.C. Tibério Graco foi assassinado em 130 a.C. 
    (Outra luta constante dos Optimates era para impedir a concessão da cidadania romana aos povos do norte e nordeste do Império. É verdade!).
    Por fim, muitos seguidores dos Graco foram perseguidos e processados por Ioaquino Moros, o Africano. O magistrado usou contra eles a Theoria Dóminum Factorum, uma figura jurídica criada ad hoc, que jamais seria aplicada novamente. Ioaquino conseguiu as condenações, embora Plínio, o Velho, afirmasse que os réus foram condenados sem provas (ao contrário de nós, os romanos eram venais e podia-se obter qualquer coisa deles com dinheiro).
    Apesar de tudo, A Lex Frumentária sobreviveu e tornou-se gratuita e estendida a toda cidade pelo imperador Aureliano – tratava-se da denominada “annona cívica”.

  6. Ao ver o povo nas ruas a

    Ao ver o povo nas ruas a comemorar do dia da Queda da Bastilha, em Paris, na mesma hora pensei se não seria temerário o povo sair às ruas, enquanto me vinha à cabeça mais um atentado terrorista.

    O terro não aconteceu em Paris, mas se deu na cidade de Nice. 

    É uma lástima que fatos como esses prosigam, porque surge de qualquer canto, por qualquer meio, sendo todos muito covardes e cruéis, sobretudo por atingir pessoas inocentes.

    As formas de terrorismo são imprevisíveis, daí a impossibilidade das maiores potências do mundo saberem aonde começa e como há de terminar. Geralmente os protagonistas do caos também morrem, mas eles estão preparados pra isso. Se duvidar, até preferem morrer, a serem presos,

    Escutei uma notícia, que não vingou, sobre um princípio de incêndio na Torre Heiffel. Pensei se esses bandidos seriam capazes de destruir esses monumentos, como fizeram em Alleppo. Aquilo foi uma destruição que bateu fundo no meu coração, afinal eram monumentos seculares, belíssimos, uma história viva. 

    Fico pensando que os Estados Unidos não tem moral para se insurgirem contra a dstruição de Allepo por essa corja, porque os Estados Unidos também se encarregaram de, a despeito de destruir Sadan, que não tinha as armas buscadas, primeiro destruíram inúmeros monumentos do Iraque. 

    Já se fala em um suspeito de terrorsimo aqui no Brasil, o que, pra mim, não tá fora de cogitação de que outros existam, e que nós não estamos livres de sofer algum atentado durante as Olimpíadas. Este é o meu receio.

  7. Herbalife pagará US$ 200 milhões em investigação sobre práticas

    Herbalife pagará US$ 200 milhões em investigação sobre práticas enganosas

     Lucy Nicholson/Reuters Herbalife pagará US$ 200 mi para fechar investigação em que é acusada de enganar consumidoresHerbalife pagará US$ 200 mi para fechar investigação em que é acusada de enganar consumidores

    DE SÃO PAULO

    15/07/2016  11p1 – Atualizado às 15p0Compartilhar10 mil Mais opçõesPUBLICIDADE 

    A Herbalife concordou em pagar US$ 200 milhões e em reestruturar totalmente suas operações nos Estados Unidos para encerrar uma investigação na qual era acusada de enganar os consumidores. A empresa, porém, conseguiu evitar uma acusação mais grave de que estaria operando um esquema de pirâmide financeira.

    Com o acordo, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos decidiu encerrar uma investigação envolvendo a companhia, que tem sede nas Ilhas Cayman.

    Segundo o acordo, a Herbalife vai ter que repensar seu sistema de gratificação de forma que as vendas no varejo sejam remuneradas. Ou seja, a partir de agora, a Herbalife deverá pagar aos colaboradores por vender produtos da empresa e eliminar incentivos que recompensam distribuidores por recrutar novos integrantes para vender os produtos.

    DIREITOS DO CONSUMIDORVeja notícias relacionadasEUA fazem recall de mais de 500 mil ‘hoverboards’ por fogo em bateriasConta de luz cai 7,3% para moradores de São Paulo e da região metropolitanaConsumidor vegetariano prefere marca artesanal às grandes empresasGoogle enfrenta nova acusação na UE por prática anticompetitiva

    Em 2014, a Herbalife revelou que estava sendo investigada pela comissão por possíveis “práticas enganosas”.

    A companhia informou nesta sexta-feira (15) que o acordo não mudará seu modelo de negócio como companhia de venda direta. A Herbalife também pagará US$ 3 milhões em um acordo separado para resolver uma investigação em Illinois.

    Um modelo de negócios que recompense participantes que atraiam outros membros para a empresa é basicamente a base de um esquema de pirâmide financeira.

    “Os acordos são um reconhecimento de que nosso modelo de negócio é sólido e aumenta a confiança em nossa habilidade de seguir em frente com sucesso, ou não teríamos concordado com os termos”, afirmou o presidente da Herbalife, Michael Johnson.

    A Comissão Federal de Comércio estipulou que ao menos 80% das vendas de produtos da Herbalife sejam provenientes de usuários finais legítimos. 

     

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