Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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  1. Pimenta: Lula denunciado por renovar Medida Provisória de FHC é

    Do Viomundo

    Pimenta: Lula denunciado por renovar Medida Provisória de FHC é um escárnio; é o auge da perseguição sem limites contra o ex-presidente; veja vídeo

    11 de setembro de 2017 às 18p7

     

    [video:https://youtu.be/CtTJkKA19sE%5D

    Pimenta: “Lula denunciado por Medida Provisória de FHC mostra que perseguição ao ex-presidente não tem limites”

    da assessoria de imprensa do deputado Paulo Pimenta

    Vice-líder do PT na Câmara, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) denunciou, mais uma vez, a perseguição do sistema de justiça ao ex-presidente Lula, após a denúncia do Ministério Público Federal, apresentada nesta segunda-feira (11) contra Lula por uma Medida Provisória editada por Fernando Henrique Cardoso.

    Para o deputado, esse episódio é a comprovação da seletividade da Justiça e mais um exemplo de que não há limites, por parte de delegados, procuradores e juízes, em tentar criminalizar e destruir a figura de Lula, que lidera todas as pesquisas para as eleições de 2018.

    Segundo Pimenta, a Medida Provisória, editada em 1999, ainda pelo governo tucano de FHC, e alvo de investigação pela PF, possibilitou a descentralização da indústria automobilística no Brasil, com a ida da Fiat para o estado de Pernambuco, a Ford para a Bahia, e a Hyundai e a Mitsubishi para Goiás.

    Dez anos após, já em 2009, houve a renovação dessa MP pelo Congresso Nacional. Na Câmara, o relator dessa MP foi o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), no Senado, César Borges (ex-governador da Bahia e ex-DEM).

    Pimenta lembra que a aprovação por unanimidade da Medida Provisória, com manifestações entusiasmadas dos líderes do PSDB, PMDB e DEM, foi comemorada também pelos então governadores de Pernambuco e Goiás, Eduardo Campos (PSB) e Marconi Perillo (PSDB).

    “Após tudo isso, qual a conclusão do MPF? Que o ex-Presidente Lula foi beneficiado por ter renovado essa MP. É um escárnio, é o auge da perseguição contra o ex-Presidente”, denuncia o deputado Pimenta.

    Em março de 2016, durante a CPI do Carf, Pimenta esteve frente a frente com o delegado da PF Marlon Cajado, responsável pelo indiciamento de Lula pela MP editada por FHC.

    Ao ser questionado pelo deputado Pimenta, o delegado da PF não soube explicar por que havia indiciado Lula e afirmou nunca ter cogitado chamar FHC para depor por entender que a presença do tucano para esclarecimento dos fatos não era importante.

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/pimenta-lula-denunciado-por-renovar-medida-provisoria-de-fhc-e-um-escarnio-e-o-auge-da-perseguicao-sem-limites-contra-o-ex-presidente-veja-video.html

     

  2. Que “pacto de sangue” Palocci fez com Moro para salvar a Globo

    Do Viomundo

    Altamiro Borges: Que “pacto de sangue” Palocci fez com Moro para salvar a Globo e os abutres financeiros?

     

    10 de setembro de 2017 às 14p7

     

    Palocci fez acordo para salvar a Globo?

    por Altamiro Borges, em seu blog

    O onipresente Grupo Globo – com seus canais de televisão, rádio, jornais, revista e site – não para de difundir o depoimento do trânsfuga Antonio Palocci ao carrasco Sergio Moro. O alvo, como sempre, é o ex-presidente Lula e o bordão ‘pacto de sangue’ é martelado na cabeça dos ‘midiotas’.

    O mesmo império de comunicação que fez de tudo para abafar a histórica Caravana de Lula pelo Nordeste tenta criar um clima na sociedade para que o carismático líder petista seja preso ou impedido de disputar as eleições presidenciais de 2018 – se é que elas vão ocorrer.

    Antes do depoimento sem provas, porém, Antonio Palocci metia medo na famiglia Marinho e nos banqueiros. Será que houve algum acordo para salvar a Rede Globo e os abutres financeiros?

    No final de junho passado, a jornalista Mônica Bergamo publicou na Folha uma nota emblemática:

    “A força-tarefa da Operação Lava Jato está apreensiva com o impacto da delação de Antonio Palocci no sistema financeiro do país. Estuda uma forma de, ao contrário do que ocorreu com as empreiteiras, preservar as instituições e os empregos que geram… Uma das ideias que já circularam seria a de se promover uma complexa negociação com os bancos antes ainda da divulgação completa dos termos da delação de Palocci. Quando eles viessem a público, as instituições financeiras já teriam feito acordos de leniência com o Banco Central, pagando as multas e liquidando o assunto”.

    O tal “acordo” foi feito? Quais os seus termos?

    A mesma Folha também publicou outras duas notinhas bombásticas na coluna Painel.

    A primeira alertava que “o mercado entrou em polvorosa com a proximidade do fechamento da delação do ex-ministro Antonio Palocci, o principal interlocutor do PT com o empresariado”.

    A segunda dava mais detalhe sobre o pânico:

    “Palocci está disposto a colocar na mesa de negociação de sua delação uma cartada valiosa: informações que ajudariam a desvendar irregularidades investigadas pela Operação Zelotes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)… A Zelotes apura esquema de sonegação que envolvia grandes empresas, bancos inclusive, e membros do órgão ligado à Fazenda”.

    Uma das sonegadoras citadas foi a Rede Globo.

    Já em meados de julho, o Jornal do Brasil estampou no título. “Delação de Palocci avança com possibilidade de envolver mídia e mercado financeiro”.Segundo a nota,

    “a Procuradoria-Geral da República acelera os trabalhos para finalizar a negociação de pelo menos cinco acordos de delação premiada até a saída do chefe do órgão, Rodrigo Janot, em 17 de setembro. Uma das que ganham ‘fôlego’ é a do ex-ministro Antonio Palocci, que pode entregar as negociações que favoreceram grupos de mídia como a Globo e nomes do mercado financeiro… A proposta inicial de delação de Palocci não tinha animado os investigadores, supostamente por não apresentar nomes com foro e nem assumir a prática de crimes”.

    Quando a ameaça de revelar as podridões dos bancos e da mídia veio à tona, o justiceiro Sergio Moro – que tem fortes laços com a cloaca empresarial e é muito paparicado pela famiglia Marinho – fez de tudo para abortar a delação de Antonio Palocci.

    Chegou a dizer que não se submeteria “à chantagem” do ex-ministro.

    Agora, porém, convertido em um pulha desesperado, Antonio Palocci ganha todos os holofotes da TV Globo.

    O que será que rolou nas tratativas de Sergio Moro com o trânsfuga?

    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/altamiro-borges-que-pacto-de-sangue-palocci-fez-com-moro-para-salvar-a-globo-e-os-abutres-financeiros.html

    1. Webster, me considerava

      Webster, me considerava portadora de um vocabulário razoável que me permitia nomear e qualificar o cotidiano, as situações, eventualmente, as pessoas. Mas o affair Pallocci me jogou à cara uma sordidez que nunca imaginei possível… Numa brincadeira pelas redes alguém diz que em 2017 nunca dissemos tanto “Nunca imaginei …”.  É isso.  Mesmo neste espaço me espanto com o nível rasteiro de alguns comentários e mesmo de alguns artigos que, sob o pretexto de informar e analisar questões cotidianas, destilam fétida e indisfarçável arrogância e capciosidade. As atmosferas, todas, andam irrespiráveis. Algum “Círculo” foi, por certo, aberto e o sulfuroso ar torna pestilenta a atmosfera.

      Além de você, Nasssif, RR e outras duas ou três honrosas presenças neste GGN, onde está a fonte algum dia abundante de vida, esperança e combatividade.

      Andamos, muitos, “na lona” com essa atmosfera que se instalou e parece nunca mais dissipar…

      Boa semana!

      1. Adorei seu comentário, Anna Dutra!

        Adorei seu comentário, Anna Dutra! Realmente as atmosferas andam pesadas e irrespiráveis mas, navegar é preciso  e necessário combatê-las. Grande abraço e um ótimo final de semana!

  3. Prestadores de Serviços Sujos e Criminosos .

    Capo (* Prisioneiros que dispunham de privilégios (N. do E.)  … Do ponto de vista psicológico e caracteriológico, este tipo de pessoas deve ser encarado antes como os SS ou os guardas do campo de concentração. Os Capos tinham se assemelhado a estes, psicológica e sociologicamente, e com eles colaboravam. Muitas vezes eram mais rigorosos que a guarda do campo de concentração e eram os piores algozes do prisioneiro comum, chegando, por exemplo, a bater com mais violência que a própria SS. Afinal, de antemão somente eram escolhidos para Capos aqueles prisioneiros que se prestavam a este tipo de procedimento; e caso não fizessem jus ao que deles se esperava, eram imediatamente depostos.

    http://www.urantiagaia.org/mental/logoterapia/EmBuscaDeSentido-ViktorFrankl.pdf 

  4. O self service da internet e a opção pelo horror

    Curiosidade: como é o WhatsApp nos EUA e países europeus, alguém sabe informar? Também é esse show de horrores como aqui no Brasil?    

     

    Alexey Dodsworth

    9 de setembro às 19:43 ·  

    Se a internet tem o potencial de ser um instrumento magnífico de engrandecimento intelectual, permitindo o acesso a uma vastidão de conhecimentos, de nada adianta se o usuário tiver uma ameixa no lugar do cérebro.

    Temos à disposição um instrumento que nos permitiria aprender um idioma por ano. Fazer cursos online. Ler livros maravilhosos. Mas este instrumento é utilizado recorrentemente para propagar falsidades e/ou para engrandecer o nosso imbecil interior.

    O WhatsApp é o apogeu de tudo isso. Um canal de comunicação maravilhoso, usado como instrumento de passe-e-repasse de notícias falsas. Há quem acredite em qualquer coisa que chegue através dele, e a crença costuma atender ao desejo que a pessoa tem de que aquilo seja verdadeiro.

    Calúnia e difamação são crimes previstos por lei. Se você repassa ou posta algo falso sobre alguém, a responsabilidade criminal pode recair sobre você também. Porque você não é apenas o autor da mentira. Você é o propagador, o multiplicador dela.

    Antes de propagar ou validar qualquer coisa, uma pessoa com bom senso deveria cultivar um ceticismo mínimo, mesmo que a coisa seja favorável a quem ela gosta, ou desfavorável a quem ela não gosta. Não é apenas por uma questão de caráter, mas também de sobrevivência. Se a moda pega, você é o próximo a ter sua imagem vítima de calúnia e difamação.

    Não, nada aconteceu envolvendo meu nome. É que eu lamento muito ver como instrumentos úteis podem ser usados como forma de expandir a própria imbecilidade.

    E ainda bem que eu não faço parte de nenhum grupo de família, e sigo carreira solo que não me insere em grupos de trabalho. Se o que vejo individualmente já é um horror, fico a imaginar um monte de gente junta.

     

     

    1. As Coisas e as Pessoas

      As coisas são o uso que fazemos delas. Estão a nosso serviço e não o contrário. O aspecto deletério e escravizante reside no agente não na ferramenta. Há quem roube donativos entregues para a caridade, deixaremos de prestá-la? Entendo o teu ponto e me enoja – não somente no Whatsapp – quem não tem compostura e engana, difama, expõe e expõe-se.  Mas isso diz bem mais sobre o agente do que sobre o meio, ou sobre os alvos e vítimas. Afinal, estes que nada acrescentam e vivem a apontar dedos reais e virtuais e a espalhar dissídia e calúnia, usam de todo e qualquer expediente e veículo, desde que possam jogar foco sobre outros deixando à sombra sua pobreza, mediocridade e imensurável infelicidade.

      Concordo com a colocação, mas generalizar é um desserviço: para o bem e para o mal.  Seja qual for o veículo, a motivação, energia e teor que se coloca na mensagem é que realmente fará diferença para o receptor. O resto é pobreza de costumes e muito, muito vazio existencial.

        1. Poderia ser seu, Fernando!

          Continuo achando que um contraponto é sempre necessário para não demonizar e colocar todos no mesmo saco. De qualquer forma, obrigada por compartilhar.

          Inclusive o link!

          Uma visão pedagógica é importante desde que não exclua e discrimine. Me preocupa um pouco as campanhas: não use, não faça, não apoie sem argumentos realistas, sem fantasiar.

          Até!!

  5. Desigualdade, rebelião ou distopia

    Desigualdade econômica conduz à desigualdade social e, esta, conduz à perda de oportunidades. A concentração de riquezas cresce ininterruptamente há décadas. O mundo encontra-se frente a uma escolha, entre um modelo de sociedade inclusivo e distribuidor de oportunidades e um modelo que acentua as diferenças.  

    Quem tem consciência social e observa o mundo ao seu redor não pode ignorar o processo de aprofundamento da desigualdade em curso e sua amplitude mundial. Não são previsões, está acontecendo e seus efeitos se mostram, inclusive, nos países centrais.

    A preocupação dos economistas, sociólogos e antropólogos e dos estudiosos da sociedade humana com a desigualdade criada pela concentração de riqueza vem desde os anos 70 e adquiriu especial destaque mais recentemente.

    Inúmeros autores têm denunciado a desigualdade econômica e seus efeitos sociais e políticos. Dentre estes situam-se os notórios Joseph Stiglitz, Noam Chomsky e Naomi Klein. No Brasil, o Instituto de Economia da Unicamp tem produzido farto material sobre esse tema por meio de acadêmicos como Pedro Paulo Zahluth Bastos, Fernando Nogueira da Costa, Eduardo Fagnani e Luiz Gonzaga Belluzzo, apenas para citar alguns.

    Uma abordagem rápida de como a crise do capitalismo surge e se desenvolve, bem como, ao cenário que conduz, baseada nas resenhas de 3 livros sobre o tema pode ser vista em artigo da revista Foreign Affairs, Capitalismo em crise (BLYTH Mark. Capitalism in crisis – What went wrong and what comes next. Tampa (FL): Foreign Affairs; 2016 Jun. Disponível em: https://www.foreignaffairs.com/reviews/review-essay/2016-06-13/capitalism-crisis. Acessado em 19 de ago. 2017).

    Fato: o sistema capitalista está em crise. 

    Fato: a origem está no excessivo financismo, onde os fluxos monetários globais estão longe de qualquer controle das autoridades monetárias. 

    Fato: indiscutível que o dinheiro adquiriu “vida própria”, isto é, deixou de ter o destino original de retornar e se reincorporar como insumo financeiro ao ciclo real da economia, financiando investimentos nas estruturas produtivas de bens e serviços (oferta) e suportando o processo de geração de renda e de acumulação (consumo e poupança).

    Os excedentes financeiros não param de crescer ocasionando uma imensa bolha de liquidez. Segundo dados do MacKinsey Global Institute, BIS – Bank for International Settlements e Deutsche Bank, ao fim de 2015, os ativos financeiros globais montavam a US$ 294 trilhões, representando, 378% do PIB mundial. O mercado de derivativos, em dezembro de 2016, segundo relatório do BIS, movimentava contratos com um valor nominal total (notional amount) de US$ 483 trilhões com um valor bruto de mercado, o custo de resgatar todos os contratos a preços de mercado, que totalizava R$ 15 trilhões. A formação bruta de capital fixo, ou seja, o valor dos investimentos em bens de produção, em 2015, representava US$ 18 trilhões. Esses números dão uma medida da proporção dos ativos financeiros que ficam retidos no mercado especulativo, isto é, esterilizados como instrumentos de desenvolvimento e de fomento à atividade econômica.

    Em resumo, dinheiro gerando dinheiro. E, o dinheiro gerado é extraído da base da pirâmide para o topo aumentado a concentração e a desigualdade. Segundo o conhecido Relatório da Riqueza Global, 2016, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Credit Suisse, enquanto 33 milhões de indivíduos, representando 0,7% da população adulta, detém 45,6% da riqueza global, à base da pirâmide, com 73,2% do restante, são destinados apenas 2,4% da riqueza, implicando em um valor médio de US$ 1,7 mil por indivíduo.

    Até então, a posição hegemônica do topo dessa pirâmide tem se mantido com o êxito de uma longa campanha de propaganda onde se convenceu as pessoas de que há mérito no enriquecimento.

    Ricos são os que souberam trabalhar duro, perseverar contra as vicissitudes, construir oportunidades e vencer por todos os seus méritos.  Enquanto a pobreza não é mais do que o resultado da menor capacidade intelectual, da falta de iniciativa e da ausência de ambição, ou seja, só é pobre quem quer ou é “inferior”.

    Sobre essa ideia central se assenta outra, complementar, mas essencial para a perpetuação do modelo. É quando outro mecanismo entra em funcionamento. A exploração e a espoliação correm em sentidos inversos. A exploração é exercida do topo da pirâmide sobre a base, enquanto a espoliação segue sentido contrário, com a riqueza se transferindo da base para o topo. Ocorre que esse fenômeno, visto como um grande movimento social entre classes distintas, tende a se replicar no microcosmo da interação de pequenos grupos sociais e entre indivíduos.

    Também no aspecto pessoal há sempre uma assimetria de informação e de poder entre os indivíduos ou grupos criando previlégios, onde, os em posição vantajosa, se apropriam dessa vantagem para explorar e espoliar. Isso ajuda a criar uma escala de valor, um ranking de meritocracia entre exploradores/espoliados, o que valida e justifica o sistema.

    É, por exemplo, o que explica, em parte, a razão da classe média – que perde poder aquisitivo e qualidade de vida progressivamente – aderir e apoiar o modelo de funcionamento de um sistema que, também, a oprime.

    Parece serem esses os mecanismos que mantém as pessoas presas ao sistema e conformadas com uma sociedade que exclui, subjuga, destrói e corrompe bilhões de seres humanos. De acordo com as estimativas do Credit Suisse metade de todos os adultos no mundo possuem em média menos do que US$ 2.222 e 20% menos do que US$ 248. 

    Encontrar uma forma de alterar o modelo é, talvez, o maior desafio com que a civilização humana já se deparou. Há uma enorme complexidade no equacionamento desse problema que envolve ainda uma crescente escassez de fatores como território, recursos naturais, alimentos, água potável e ar respirável, bem como, o acesso a serviços essenciais de habitação, saúde, educação e justiça.

    Não é necessário qualquer esforço especial para concluirmos que esse modelo é fadado ao desastre e que se encaminha à ruptura. A grande questão é saber como essa se dará e no que resultará.

    As possíveis hipóteses extremas são:

    a) uma revolução de base em que as pessoas, tomando consciência de sua situação e do fato de constituírem uma absoluta maioria, assumam o protagonismo e forcem a mudança do sistema e;

    b) o poder no topo assumir tal dimensão que se transforme em uma plutocracia institucionalizada, suportada em poderio bélico-policial e submetendo pela força o restante da humanidade; e

    c) no meio-termo, um rearranjo pragmático onde se abra algum espaço para maior mobilidade social e inclusão, mudando para manter.

    Qualquer solução entre a revolta e distopia, se é que há alguma viável, passaria necessariamente pela sensibilização, engajamento e união da sociedade na sua idealização e construção, o que, ante o cenário atual, parece ser algo improvável de ocorrer.

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