Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados. 

Luis Nassif

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  1. O DNA da velha política

    “Não há nada de novo debaixo do sol.”
     

    Finge que o erro não foi dela…

    Os marineiros estão choramingando pelos cantos. Exigem que o Tribunal Superior Eleitoral considere como válidas assinaturas rejeitadas pelos cartórios eleitorais. Caso contrário a dama do mogno não poderá concorrer às eleições no ano que vem como dona da Rede Sustentabilidade. Como alguém que não consegue cumprir em prazo hábil as exigências para organizar um partido político pretende governar o Brasil? Embora nada impeça que encontre outro que abrigue a sua candidatura.

    Marina Silva até hoje foi um desastre público e notório. Como senadora não não teve nenhum projeto transformado em lei que fosse benéfico ao Brasil e aos brasileiros. No Ministério do Meio Ambiente foi uma agente das ONGs e não servidora pública. Durante todo o período no qual esteve a frente da pasta manteve defesa intransigente dos interesses contrários à soberania nacional. Novas usinas de energia, aberturas de rodovias, instalação de ferrovias e portos, tudo foi postergado ou vetado por ela e seus indicados. Nada que revertesse em aumento da produção era visto com bons olhos. As licenças ambientais, até mesmo para obras públicas, não eram liberadas. Atrasou ou impediu tudo que o pôde. Fez tão bem o serviço que se transformou numa heroína dos estrangeiros, como o WWF, o Greenpeace e a família real britânica.

    Há três anos não se ocupa de outra coisa que não seja a sua nova candidatura para a presidência da república. Após décadas no PT transferiu-se para o Partido Verde a tempo de disputar em 2010. Depois da derrota, mesmo novata no PV, tentou um golpe para assumir o controle da legenda, como não foi bem sucedida o abandonou em julho de 2011.

    Depois da sua saída vagou por mais de um ano e meio até a fundação da Rede Sustentabilidade, o que ocorreu em fevereiro deste ano. Vinte meses para organizar o novo. Diferente de tudo que já tínhamos visto antes na política brasileira. Um partido acima dos demais. Uma ética diferenciada. Uma lufada de ar fresco no embolorado quadro partidário brasileiro. Sem os vícios e defeitos dos seus adversários. Etéreo como a sua líder.

    Após esta verdadeira gestação de elefante, enfim veio à luz a Rede. Porém para se registrar um novo partido são necessárias 492.000 assinaturas de apoio de eleitores cadastrados. Exigência que aparentemente seria cumprida com folga. Mera formalidade, tendo em vista que a Marina no mundo virtual é uma das campeãs nacionais com milhões de simpatizantes e apoiadores. Porém a nova política marineira tropeçou onde deveria mostrar a que veio.

    A desorganizada Marina e os seus partidários encaminharam 660.000 assinaturas para conferência em 10 de agosto, menos de 60 dias do encerramento do prazo para que um novo partido estivesse apto para as próximas eleições. Como mais de duzentas mil foram rejeitadas, muitas por duplicidade ou falsificação, o número mínimo não foi atingido. Impossibilitando legalmente que esse novo partido seja criado. Passaram-se apenas 36 dias úteis desde a entrega e faltam quatro para expirar a data limite, impedindo a correção das irregularidades. Essa “nova forma” de fazer política não teve capacidade para prever que problemas poderiam ocorrer e agora não admite que errou. Temos aqui no mínimo absoluta falta de competência, para não dizer má-fé. Pretende repassar a responsabilidade por suas próprias falhas para o tribunal. Exige que o TSE efetue o registro. Que a lei eleitoral seja rasgada, que as exigências não sejam cumpridas e assim Marina Silva possa disputar pela Rede a presidência da república.

    No DNA da nova política está a pior característica da velha: moldar as leis aos interesses pessoais dos políticos. Nada de novo sob o sol…

  2. Desemprego em baixa

    Desemprego tem a menor taxa desde dezembro de 2012

    Desemprego tem a menor taxa desde dezembro de 2012 / Foto: Divulgação

    Desemprego tem a menor taxa desde dezembro de 2012 / Foto: Divulgação

    A taxa de desemprego caiu para 5,3% em agosto deste ano, depois de ficar em 5,6% em julho. Em relação a agosto de 2012, no entanto, a taxa manteve-se estável. O dado foi divulgado hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua Pesquisa Mensal de Emprego (PME). É a menor taxa desde dezembro, que havia sido 4,6%.

    Segundo o IBGE, a população desocupada caiu 6% em relação a julho, alcançando 1,3 milhão de pessoas nas seis regiões metropolitanas pesquisadas. Já a população ocupada manteve-se estável em 23,2 milhões de pessoas, o que mostra que não houve aumento na geração de postos de trabalho entre os dois meses. Em relação a agosto de 2012, no entanto, foram criados 273 mil empregos.

    O número de trabalhadores com carteira assinada ficou em 11,7 milhões, o mesmo de julho, e 3,1% maior do que agosto do ano passado.

    Com informações da Agência Brasil

     

     

     

     

     

  3. EUA rechaçam espionagem econômica chienesa

    China é acusada de espionar para melhorar seus drones

     

      

    EDWARD WONG
    DO “NEW YORK TIMES”, EM PEQUIM

    Ouvir o texto

    The New York TimesDurante quase dois anos, hackers de Xangai atacaram sucessivas firmas estrangeiras de defesa, ao menos 20 no total. Seu alvo, segundo uma empresa americana de segurança cibernética, era a tecnologia por trás da clara liderança dos Estados Unidos no campo dos drones militares.

    “Acredito que esta seja a maior campanha que já vimos a ser focada na tecnologia dos drones”, disse Darien Kindlund, gerente de ameaças à inteligência nessa empresa, a FireEye, com sede na Califórnia. “Isso parece se alinhar bastante com o foco do governo chinês em ampliar suas próprias capacidades relativas à tecnologia com drones.”

    A operação de invasão cibernética, conduzida por um grupo chamado Comment Crew, foi um dos mais recentes sinais das ambições do programa chinês de aeronaves teleguiadas. O governo e os militares estão empenhados em colocar a China na linha de frente da fabricação de drones, para seu uso e para exportação.

    Funcionários da chancelaria dizem que a China não aprova a ação de hackers, e que o próprio governo chinês é vítima, mas outra companhia americana de segurança cibernética já localizou membros do Comment Crew em um prédio do Exército Popular de Libertação nos arredores de Xangai.

    Recentemente, autoridades chinesas enviaram um drone para perto de ilhas administradas pelo Japão, mas disputadas entre os dois países. Os chineses também já debateram o uso de um drone armado, no ano passado, para matar um suposto criminoso em Mianmar, e venderam aparelhos “caseiros”, semelhantes ao modelo americano Predator, para outros países, por menos de US$ 1 milhão cada.

    Analistas militares dizem que a China há anos tenta copiar os modelos dos drones estrangeiros. Ian Easton, analista militar do Instituto Projeto 2049, na Virgínia, disse que a espionagem cibernética é uma ferramenta em um amplo esforço chinês dos últimos anos para a aquisição ou desenvolvimento doméstico de drones usando toda a tecnologia disponível, nacional ou estrangeira.

    Autoridades e engenheiros da China já fizeram engenharia reversa, estudaram material de fonte aberta e interrogaram especialistas americanos em drones que participam de conferências e outras reuniões na China.

    Os militares chineses não divulgam estatísticas sobre o tamanho da sua frota de drones, mas um relatório do Ministério da Defesa de Taiwan disse que, em meados de 2011, a Força Aérea Chinesa tinha sozinha mais de 280 unidades. Analistas dizem que os outros ramos das Forças Armadas possuem milhares de drones, o que significa que a frota chinesa só é inferior à dos EUA, com cerca de 7.000 aparelhos.

    O aparato chinês de segurança doméstica também está interessado nos drones, o que motiva questões sobre o potencial uso deles para a vigilância e possivelmente até para ataques dentro da China, inclusive em áreas turbulentas, como Xinjiang e Tibete.

    Um momento sintomático no uso de drones pela China ocorreu em 9 de setembro, quando a Marinha enviou um drone de vigilância para perto das ilhas Diaoyu, que o Japão administra e chama de Senkaku. Jatos interceptadores japoneses foram às pressas para confrontá-lo. Essa foi a primeira vez que a China mobilizou um drone sobre o mar do Leste da China.

    Easton disse que a mobilização do drone perto de ilhas e águas disputadas “foi algo bastante inédito” por parte da China, apanhando as autoridades japonesas de guarda baixa.

    “Acho que isso é realmente apenas o começo de uma tendência muito mais ampla que vamos ver – que a China amplie sua capacidade de monitorar o mar do Leste da China e o oeste do Pacífico, para além das Filipinas, e aumente o envelope de operação das suas capacidades de ataque”, disse ele.

    Os militares chineses, com seu foco em uma potencial guerra contra Taiwan e de olho nas crescentes disputas territoriais chinesas, estão na vanguarda da preparação de drones para uso em situações marítimas.

    A empresa FireEye batizou a campanha de furto de drones como Operação Beebus, traçando sua localização até um nódulo de comando e controle no endereço bee.businessconsults.net. Especialistas em segurança cibernética dizem que o endereço geral e as ferramentas vinculadas a ele estão associados ao Comment Crew, unidade chinesa de hackers da qual a Mandiant, outra empresa de segurança cibernética, tratou em um relatório em fevereiro. A Mandiant disse que o grupo é parte da Unidade 61398 do Exército Popular de Libertação, com sede em Xangai.

    Embora as vítimas iniciais da Operação Beebus fossem grandes firmas de defesa, os hackers depois passaram a escolher empresas especializadas em tecnologia de drones, disse Kindlund, da FireEye. Aí eles se alternaram entre grandes empresas, fabricantes de uma ampla gama de tecnologias, e firmas “de butique”, focadas nos drones.

    Os drones chineses cada vez mais aparecem nos arsenais de outras nações. A versão chinesa do Predator, chamada Wing Loong, ou Pterodátilo, foi exportada pela primeira vez em 2011, segundo o “Diário do Povo”. Na Exposição Aérea de Paris, em junho, o presidente de uma companhia aeronáutica chinesa disse ao “Global Times” que o drone teria capacidade para transportar dois mísseis guiados a laser, e que seria igual ao Predator em termos de resistência e alcance de voo, só que bem mais barato.

       

  4. A cara de pau do alto escalão

    A cara de pau do alto escalão desse governo não tem limite. A última do ministro Guido Mantega foi colocar a culpa do azedume em relação ao Brasil na queda do grupo X, de Eike Batista. Disse o ministro:

    A situação da OGX já causou um problema para a imagem do país e para a Bolsa da Valores que já teve uma deterioração de 10% por conta dessas empresas.

    Ora, ministro, e quem foi que, para começo de conversa, ajudou a inflar a bolha X? O BNDES colocou mais de R$ 10 bilhões de recursos, subsidiados, nas empresas de Eike Batista.

    Está certo que muitos investidores e bancos privados também acreditaram no sonho vendido pelo empreendedor, mas lá estava a impressão digital do governo, na cena do crime, dando credibilidade para os demais com o peso dos bilhões do BNDES.

    Não dá para separar a ascensão e queda de Eike Batista desse modelo nacional-desenvolvimentista adotado pelo governo. São simbióticos. O capitalismo de estado do PT ajuda a criar filhotes como Eike Batista.

    A queda de seu império é mais um sintoma do que uma causa dos problemas brasileiros, ministro. No capitalismo de livre mercado, empresas vão à bancarrota o tempo todo, mas pelas forças do próprio mercado.

    O problema é quando tem a mão visível do governo escolhendo “campeões nacionais”, que se mostram, depois, retumbantes fracassos.

    Não, ministro. A imagem do Brasil lá fora (e aqui dentro também, para quem tem olhos para enxergar) não está péssima por culpa do Eike Batista. A revista The Economist não cita isso como um dos fatores do clima negativo para os investidores.

    Quer encontrar as origens dos problemas, do mau humor dos investidores? Então procure a ajuda de um espelho!

    R. Constantino

    http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/economia/mantega-diz-que-grupo-x-que-o-governo-ajudou-a-inflar-afetou-imagem-do-brasil/#comments

      1. O comentarista esqueceu um

        O comentarista esqueceu um PEQUENO detalhe, a existencia de tucanos de bico bem grande como Pedro Malan e Helen Gracie no conselho de administração das empresas do Eike Batista. Desmemoriado !

        1. Ora, ora Oskar, nessa vc

          Ora, ora Oskar, nessa vc forcou a barra hein meu caro? Po que os pobres coitados do ex-ministro Pedro Malan e a ex-ministra do STF que j’a estao fora do poder a muito tempo, por pertencerem ao CA do Grupo X,  diminuiriam a participacao do governo popular petista na derrocada do vendedor de vento enlatado Eike Batista.

          Teu chefe que andava de cima e pra baixo nos jatinhos do bilionario e’ que tem que responder pelos 10 bilhoes do BNDES, isso sim

  5. Dobradinha
    Dobradinha

    Gilmar Mendes:

    “Muitos ministros ficaram sob um ataque fortíssimo de blogs e de órgãos da mídia que são vinculados a determinados réus. E nem por isso ninguém tem reclamado.”

    Merval Pereira:
    “A assimetria do acesso aos meios de comunicação entre potenciais candidatos a presidente e a própria presidente tentando a reeleição tem sido salientada por Aécio Neves e outros, como o governador de Pernambuco Eduardo Campos, que atribuem a ela a dianteira que a presidente Dilma abre nas pesquisas de opinião.”

  6. ;;Lula faz campanha contra o câncer
    Lula fala sobre superação do câncer para campanha de conscientização 

    “Eu estou aqui, um ano e meio depois, falando mais do que eu falava antes e já não tenho mais nada na minha garganta”, disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em depoimento para a campanha “Voz sobre câncer” da Sociedade Europeia de Câncer de Cabeça e Pescoço.

    A iniciativa busca sensibilizar a população sobre a importância da prevenção da doença, reconhecimento dos sintomas e a realização de exames para o diagnóstico precoce. No vídeo, Lula conta sua experiência de como descobriu o câncer e do tratamento que passou para superar a doença.

    Lula lembra que ao levar sua esposa ao médico disse que não queria fazer exames pelo medo do diagnóstico. “Lembrei que meu irmão mais velho teve câncer na garganta”. Lula foi diagnosticado com câncer na laringe em 29 de outubro de 2011 e os médicos optaram por não realizar operação, já que corria o risco de perder a fala. “A única coisa que eu tenho de valor é a minha voz. Eu não sei o que um político faria sem voz”.

    “Pela minha experiência posso dizer que o paciente é muito importante no tratamento contra o câncer. Não tem nada de bom no tratamento, mas ele tem que seguir as orientações. Pois ele tem que saber que o resultado disso é ele viver”, contou Lula sobre sua disciplina com o tratamento. Ele também agradeceu a eficiência da equipe médica.

    O ex-presidente fala que se tornou uma pessoa mais sensível após o tratamento e superação do câncer. “Tudo que eu puder fazer para contribuir e para que as pessoas tenham um tratamento adequado, eu vou fazer, porque eu sei o que é o mundo do câncer”.

    (Instituto Lula)

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=6L5PSO_dU0U%5D

  7. Mantega prevê crescimento de 40% no PIB per capita na próxima dé

    Mantega prevê crescimento de 40% no PIB per capita na próxima década

    Fernanda Cruz
    Repórter da Agência Brasil

    O ministro da Fazenda, Guido Mantega, estimou hoje (30) um crescimento de 40% no Produto Interno Bruto (PIB) per capita entre 2013 e 2022, chegando ao valor de R$ 30 mil ao fim do período. Segundo o ministro, para isso seria necessária uma elevação de 4% no PIB, em média, e o investimento teria de crescer 7% ao ano, em média.

    Ele destacou que o crescimento registrado de 2003 a 2012 foi 28%, sendo que o PIB per capita no país era R$ 16,6 mil em 2003 e passou para R$ 21,3 mil em 2012. Nessa época, o PIB cresceu 3,6%, e o investimento teve alta de 5,7%.

    Mantega falou na capital paulista, na abertura do 10° Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), promovido em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O tema do encontro foi Estratégias para Dobrar a Renda Per Capita do Brasil em 15 Anos. “Para dobrar em 15 anos, precisa de muita estratégia. É uma meta ambiciosa, que poucos países conseguiram atingir nesse período de tempo”, disse o ministro.

    Ele traçou um panorama sobre o crescimento do PIB per capita nos últimos dez anos. De acordo com Mantega, na década, houve investimento em capital humano, não apenas em produção e infraestrutura.

    O novo ciclo de crescimento, destacou o ministro da Fazenda, será impulsionado, sobretudo, pelo investimento em infraestrutura. O governo foca no Programa de Concessões, que investe R$ 500 bilhões em setores como portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e energia. Ele lembrou que os leilões de energia e rodovias que estão em andamento têm como objetivo entregar a questão ao setor privado , que tem mais agilidade. “O investimento é um elevado multiplicador do PIB, é o que tem mais efeito multiplicador na economia”, declarou.

    Mantega lembrou ainda que para viabilizar investimentos, o país adotou medidas de redução de custo – o câmbio foi desvalorizado para favorecer o custo dos insumos, o país reduziu o custo da energia, minimizou o custo da elevação da mão de obra, por meio da desoneração da folha de pagamentos, e reduziu os custos financeiros (taxa de juros) e tributários (de impostos).

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-30/mantega-preve-crescimento-de-40-no-pib-capita-na-proxima-decada

  8. Chacinha de Unaí: Um julgamento que ninguém presta atenção

    E ningúem reclama e nem mesmo presta atenção neste julgamento, não é mesmo povão, também entendo, a velha mídia não fez uma campanha de massa pela prisão do réu sem direito a recurso, ah se esse prefeito fosse petista, veja que na manchete não aparece nem mesmo o nome do famoso réu, pq será:

    STF julga recurso de réu da Chacina de Unaí nesta terça

    Pedido de transferência do juri motivou suspensão do julgamento

    Marcelo Portela – Agência Estado

    Belo Horizonte – O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta terça-feira, 1, recurso do fazendeiro Norberto Mânica, acusado de ser um dos mandantes dos assassinatos de quatro servidores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em 2004, no crime que ficou conhecido como chacina de Unaí. A defesa quer transferir o julgamento de Belo Horizonte para o município do noroeste mineiro para o qual o irmão do réu, o produtor rural e também acusado do crime, Antério Mânica, foi eleito prefeito duas vezes, sendo a primeira ainda na cadeia por causa do crime.

    Veja também:
    link STF suspende júri para decidir sobre chacina de Unaí
    link Júri condena três por Chacina de Unaí

     

    O habeas corpus levou o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, a determinar, no último dia 16, a suspensão do julgamento por júri popular de outros acusados de envolvimento na chacina que começaria no dia seguinte. Na ocasião seriam julgados, além de Norberto, Hugo Alves Pimenta, Humberto dos Santos e José Alberto de Castro. Ainda não há data prevista para o julgamento do grupo e de Antério – cujo processo foi desmembrado quando ele obteve foro privilegiado – justamente porque é necessário aguardar a decisão do Supremo.

    Os réus são acusados dos assassinatos dos auditores fiscais Nelson José da Silva, Eratóstenes de Almeida Gonsalves e João Batista Soares Lage e do motorista Ailton Pereira de Oliveira. Os servidores foram mortos em 28 de janeiro de 2004 na zona rural de Unaí, no noroeste de Minas, durante fiscalização de trabalho escravo em fazendas da região. Em 31 de agosto, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rochja Rio e William Gomes de Miranda foram sentenciados a penas que, juntas, somam mais de 226 anos acusados de terem executado as vítimas.

    O Ministério Público Federal (MPF) é contrário à transferência dos julgamentos para a Vara Federal de Unaí por entender não ser possível a escolha de um júri isento no município. Antério e Norberto são dois dos maiores produtores de feijão do País. Na primeira vez que Antério foi eleito prefeito da cidade pelo PSDB ele estava na prisão por ordem da Justiça e teve mais de 72% dos votos válidos.

    “Não há argumentos que justifiquem a transferência do julgamento para a Vara Federal de Unaí”, afirmou nesta segunda-feira, 30, por meio de nota, a presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosângela Rassy. “Um dos acusados, o réu Hugo Pimenta, já manifestou ser contrário a que o julgamento seja em Unaí. Ele teme pela própria vida e de sua família, e disse que o júri sofreria influências dos Mânica na cidade”, acrescenta o texto. Pimenta confessou o crime e, em depoimento à Justiça, acusou Norberto de ser o mandante. 

     

  9. Quem matou JK

    ‘Ofereceram mala para assumir culpa na morte de JK’

    Motorista de ônibus envolvido no acidente que matou ex-presidente diz que na época recebeu oferta em dinheiro; ele será ouvido hoje

    Ricardo Brandt – O Estado de S.Paulo

    CAMPINAS – O motorista Josias Nunes de Oliveira, de 69 anos, apontado durante o regime militar como responsável pelo acidente que provocou a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, em agosto de 1976, dirá hoje à Comissão Municipal da Verdade de São Paulo que dois homens ofereceram dinheiro para que ele assumisse a culpa no processo do qual foi réu.

     

    “Na minha casa, queriam que eu me declarasse culpado e disseram que, se eu não pegasse o dinheiro, batiam em mim”, disse Oliveira ao Estado. “Ofereceram uma mala cheia, mas eu não aceitei.”

    A história será contada aos membros da Comissão da Verdade Vladimir Herzog, na Câmara Municipal de São Paulo, em sessão marcada para o meio-dia. Oliveira dirigia o ônibus 1.348 da Viação Cometa que teria feito o motorista Geraldo Ribeiro perder o controle do Chevrolet Opala de JK em uma curva da Rodovia Presidente Dutra, em Resende (RJ), e colidir de frente com uma carreta.

    Os dois ocupantes do automóvel morreram. Juscelino tinha 73 anos. Dois anos antes do acidente, havia recuperado os direitos políticos cassados logo após o golpe militar de 1964 – ele era senador por Minas na época. A hipótese de atentado contra JK alega que o ex-presidente seria visto como “ameaça” por setores do regime e, por isso, teria sido “eliminado”.

    Ainda durante a ditadura, Oliveira foi processado como responsável pelo acidente. No julgamento, as conclusões foram de que ele era inocente. O motorista vive hoje em uma casa de repouso em Indaiatuba, no interior de São Paulo, e sente o peso da tragédia nas costas até hoje, quase quatro décadas depois.

    “Minha vida virou um inferno. Fui apontado como criminoso”, lamenta Oliveira. Na sessão de hoje, o motorista vai novamente se declarar inocente e lembrar do 22 de agosto de 1976, quando parou para socorrer JK e seu motorista. “Não deu socorro. Mas a última piscada que ele deu, abaixo de Deus, quem viu fui eu.”

    Depoimento. Para o presidente da comissão paulistana, vereador Gilberto Natalini (PV), o depoimento de Oliveira é “muito significativo”. “Além de esclarecer esse episódio do dinheiro oferecido a ele, vamos tentar resgatar esse homem, que teve a vida destruída pelo regime militar, que tentou impor a ele essa figura de responsável pela morte”, afirmou o parlamentar, que foi preso e torturado durante o regime militar.

    Em agosto, a Comissão da Verdade paulistana ouviu quatro depoimentos relacionados à morte de JK: Serafim Jardim, que foi secretário particular de Juscelino; Paulo Castelo Branco, que pediu a reabertura do caso em 1996; Paulo Oliver, um dos 33 passageiros do ônibus; e Gabriel Junqueira Villa Forte, filho do proprietário do hotel no qual o ex-presidente esteve antes do acidente.

    “Esse é um caso com muitas peças sem encaixe. Era época da Operação Condor, havia a informação de que Juscelino seria candidato a presidente”, afirmou Natalini, referindo-se à colaboração entre as ditaduras do Cone-Sul. O vereador diz acreditar na hipótese de atentado.

    Perícia. A Comissão da Verdade de São Paulo conseguiu até agora que o governo de Minas Gerais localize os resultados da perícia feita em 1996 no objeto metálico que teria sido encontrado na ossada do crânio do motorista de JK.

    Naquele ano, o secretário particular do ex-presidente conseguiu que o Estado mineiro reabrisse o caso e o corpo do motorista foi exumado. As conclusões foram as mesmas da primeira investigação. Um pedido judicial para autorização de uma nova perícia no crânio será feito agora pela comissão, segundo Gilberto Natalini.

     

     

  10. Agência Brasil
     
    Idosos vivem

    Agência Brasil

     

    Idosos vivem melhor dez anos depois de promulgação de estatuto

    01/10/2013 – 6p3

    Thais Leitão
    Repórter da Agência Brasil

    Brasília – A aposentada goiana Ilda Maria do Carmo é daquelas que acreditam que o avanço da idade não está necessariamente associado à diminuição da disposição, por exemplo, para atividades físicas e culturais. Aos 68 anos, ela aproveita o tempo livre para ir à academia, onde, três vezes por semana, caminha na esteira e faz musculação.

    Para manter o cérebro ativo, Ilda lê revistas semanais, livros de temas variados e costuma ir a feiras de artesanato, cinemas e espetáculos musicais. Para fazer todos esses gastos caberem no orçamento doméstico, ela usa alguns dos benefícios previstos no Estatuto do Idoso, que completa dez anos hoje (1º), como a meia-entrada em teatros, cinemas e eventos culturais. Para Ilda, a facilidade estimula essa parcela da população a ter uma vida mais prazerosa.

    “É bom porque a gente já tem que gastar tanto com remédios, que facilita um pouco para ter uma vida mais movimentada e até agradável. Em geral, eu fico sozinha em casa, porque minha filha sai para trabalhar, então tenho que encontrar atividades para ocupar o corpo e a mente”, contou. “Muita gente fica admirada, mas eu digo que é importante. Enquanto eu puder, vou me movimentar bastante”, acrescentou.

    Esse tipo de benefício previsto no Estatuto do Idoso, válido para pessoas com 60 anos ou mais, é um dos principais avanços da lei na avaliação da demógrafa Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ela cita ainda a criminalização da violência contra brasileiros nessa idade e a definição de sanções administrativas para o não cumprimento dos dispositivos legais, atribuindo ao Ministério Público a responsabilidade de agir para garanti-los.

    Por outro lado, a demógrafa critica o fato de o estatuto não ter estabelecido prioridades para a implementação nem fontes para o seu financiamento, como no caso da meia-entrada. Em sua avaliação, essa lacuna causa uma divisão mal planejada dos custos entre a sociedade.

    “Esses dispositivos são importantes para promover a integração e a participação social da população idosa, mas com os avanços na cobertura dos benefícios da seguridade social, desde a Constituição Federal de 1988, houve uma dissociação entre envelhecimento e pobreza. Não se pode mais dizer que a população idosa é mais pobre do que a dos demais grupos etários”, disse. A pesquisadora sugere que os benefícios sejam concedidos por necessidade e não apenas em razão da idade.

    Em 1994, a esperança de vida da população brasileira era estimada em 68 anos. Em 2011, ela passou para 74 anos. A pesquisadora destacou que isso tem sido acompanhado por uma melhoria das condições de saúde física, cognitiva e mental dos idosos, bem como maior participação social.

    O aposentado pernambucano Eliseu Pereira, de 84 anos, também acredita que 60 anos é “cedo” para uma pessoa ser considerada idosa. Em sua opinião, graças às melhores condições gerais de vida, o evelhecimento nos dias atuais pode ser adiado, embora ressalte que esse processo ocorre em ritmo diferente para cada pessoa.

    “É verdade que hoje em dia é possível demorar mais para envelhecer. Temos acesso a muitos serviços que os velhinhos de antigamente não tinham. Meu pai, por exemplo, mal sabia o que era uma academia. Já eu frequento regularmente a minha, faço pilates e sou um velho muito mais enxuto”, brincou.

    “Mas o envelhecimento não ocorre da mesma forma para todo mundo. Aos 79 anos, fiz uma viagem para Israel e muitos jovens que faziam parte do meu grupo não tinham a mesma disposição que eu. Deixei para trás boa parte deles que, por exemplo, não conseguiram subir o Monte Sinai”, acrescentou Eliseu. Apesar disso, ele considera injusto elevar a idade mínima para que pessoas “que já contribuíram por tanto tempo para o desenvolvimento da sociedade” tenham acesso aos benefícios previstos no Estatuto do Idoso.

    Edição: Marcos Chagas

     

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-01/idosos-vivem-melhor-dez-anos-depois-de-promulgacao-de-estatuto

     

     

  11. Querem fazer a massa de otária!!!

    Querem fazer a massa de otária!!! Não vive sem a política, mas não a entende…

    Publicado em outubro 1, 2013 por Caio Hostilio

    palhaçoVejam o que a greve dos bancários está causando aos cidadãos brasileiros? Que falta de respeito com o povo, haja vista que é obrigatório manter ao menos 30% dos serviços a ser prestado. A massa desconhece tudo isso e os falsos sindicalistas não atendem essa obrigatoriedade, pois sabe que o fechamento por completo é o artifício para forçar os banqueiros a aceitar suas exigências (muitas mirabolantes). Qual sua arma principal? A massa, que vai se irritando e acha que tudo é culpa do governo, quando deveriam manter 30% em funcionamento e lutar por seus direitos.

    Aí eu vejo muito incauto querer tirar proveito de um acidente de avião com o neto do senador Sarney… Quanta baboseira!!!

    Passo a ver os atos mais esdrúxulos de manifestações pelo país afora. Em Recife, quebraram uma estação do metrô… Ora bolas!!! Que coisa arquitetada mais idiota essa para atingir o Eduardo Campos!!!

    No Rio de Janeiro a coisa não é diferente, pois utilizam a greve dos professores municipais, usando diversos baderneiros para fazer o quebra-quebra… A quem querem atingir? O PMDB carioca… Tudo pelo poder.

    Depois escuto o deputado Rubens Junior falar em falta de água em São Luís, porém não sugere porra nenhuma e sequer sabe que o Rio Itapecuru está assoreando e que jamais conseguirá abastecer uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes. Esse debate não é politiqueiro, mas sim voltado para salvar um rio que o próprio ser humano o destruiu…

    O que posso dizer sobre tudo isso? Sei lá… Mas tenho o seguinte pensamento:

    Não tem como imaginar isso… Por isso fico o imortal Machado de Assis: “Que é a política senão obra de homens?”

    O povo diz sempre que não se discute política, religião e futebol… Mas por onde ando vejo as pessoas debatendo exatamente sobre esses assuntos. Ele muda de acordo com a elevação dos ânimos. Seriamos masoquistas inveterados? Esses são os assuntos prediletos, seja em rodas de amigos, em páginas de relacionamentos na internet.

    Na verdade, o povo repugna a política, mas não vive sem ela, seja partidária, empresarial, dogma religioso, social e até numa simples pelada de futebol de final de semana. Então, é certo a firmar que os seres humanos são políticos por natureza?

    Mas é a política partidária que mais traduz um sentimento de repugnância quando lesado em seus direitos sociais… Esse mesmo povo abomina a política, mas é governado pelos que dela vivem; pouco entende desse sistema neoliberal, mas é a principal vítima dos desequilíbrios da economia.

    Tolhido em sua dignidade, tenta compreender o processo de condução do país e a genialidade de seus representantes no ato da manipulação e na defesa de seus interesses eleitoreiros.

    Será que foi o conceito de Aristoteles “Política é a arte ou a ciência do governo”, que levou o homem a se engalfanhar pelo poder? Eu acho que não!!! Isso é mais antigo… Segundo um pensador, a política é a arte que visa a ordem pública e o bem social das populações… Ele está certo? Meu pensamento termina com a impressão que política é a coisa mais banal que alguém possa imaginar. É que, ao fazer-se uma retrospectiva da nossa mais recente história política – desde o fim da didatura até o presente momento, observa-se que as tomadas de posição dos atuais políticos tem um lado doentio!!!

  12. Como Aécio e Campos detonaram o Rede de Maqrina

    O jogo do poder e a falsidade do discurso.

    Aparentemente a estratégia de Aécio e Eduardo Campos teve êxito contra Marina.

    Responsáveis pela  antecipação da corrida eleitoral como estratégia para conter Marina Silva, os presidenciáveis do PSDB e PSB, conseguiram muito mais do que almejavam, conseguiram impedir a criação do Rede.

    O que era um movimento que visava simplesmente minimizar possíveis perdas em suas estruturas partidárias, teve um êxito acima do esperado, que culminou com a inviabilização do partido de Marina para o próximo pleito presidencial.

    Pois bem.

    Atingido o objetivo, resta tratar dos despojos.

    O mais rutilante de todos, sem dúvida alguma, é a própria Marina, com seu potencial de candidata.

    E, todas as formas de aproveitamento são utilizadas.

    A primeira, por óbvio, tem dupla intenção (ou múltiplas intenções), busca ao mesmo tempo cooptar (trazer) Marina para seu bloco de apoio e colar seus nomes (mais fracos) a imagem dela.

    Isso, com um discurso que beira o cinismo, pois o fracasso desta na criação do Partido Rede tentará ser debitado a candidatura da atual presidente Dilma Roussef.

    Talvez o remédio tenha sido forte demais e tenha matado o doente, mas, para bons entendedores, todos sabemos quem exagerou na dose.

    Reporto-me a comentário feito neste blog em março deste ano para fins de contextualizar a análise:

    Pois bem, este é o quadro inicial…

    Marina e José Serra (estáticos)  queriam  apenas manter o status quo de pré- candidatos, não desejavam antecipar a disputa pela sucessão, e isso por um singelo motivo, são pessoas de projeção nacional, não precisavam de uma larga exposição na mídia para serem conhecidos, e assim viabilizarem,  ainda que minimamente, suas candidaturas, notadamente  em um período tão distante do pleito eleitoral

    Nesse contexto, tal circunstância não se aplica aos “candidatos” Aécio Neves e Eduardo Campos, desconhecidos em termos de Brasil, na qualidade de candidatos à Presidência da República.

    Este é o quadro inicial, estático.

    Uns querem a inércia, enquanto outros, tensionam a largada.

    Vamos aos componentes que precipitaram o inicio da sucessão.

    Nesse quadro, de plano pode-se ponderar que tal análise não é totalmente verdadeira em relação a Marina, visto que ela, nesse momento,  está “estruturando” um novo partido e, se isso não for antecipação de disputa, o que seria…

    Entretanto, neste ponto, o problema é que tal iniciativa, em tese, se amolda a necessidade primária no campo da política eleitoral, pois, Marina não tem base de apoio real, não tem estrutura partidária efetiva, em outros termos, sua movimentação era, e é, questão de sobrevivência política.  

    Anoto que, nesse caso, a disputa eleitoral antecipada é prejudicial para Marina, uma vez que tolhe a sua iniciativa, pois, em um momento em que ela está criando um novo partido, a última coisa que ela poderia querer é que se acirrasse a disputa pela presidência, ainda que tenha ela como possível candidata (fato irrelevante, frente a sua flagrante condição de virtual candidata).

    Por paradoxal que seja, em relação às pretensões de Marina, certamente essa iniciativa foi  um dos motivos que anteciparam a abertura da sucessão pelos demais candidatos, ou melhor, essa iniciativa talvez (com certeza) não tenha sido só dos candidatos, mas dos partidos (considerados em sua estrutura e grupos de interesses ) potencialmente ameaçados em sua base de poder e influência, os quais, de pronto, contaram com a adesão dos candidatos Aécio e Campos.

    É que, não há melhor forma de manter a coesão (ou mesmo agregar novos aliados) em um momento de reestruturações partidárias, que o lançamento de uma candidatura relativamente viável.

    Assim, uma ação aparentemente descolada da conjuntura política, quase um fato isolado, acarretou mudanças até então imprevistas em relação sua tempestividade.

    (íntegra do texto http://www.advivo.com.br/comentario/re-acompanhada-de-campos-dilma-anuncia-investimentos-para-o-ne-5)

    Prosseguindo.

    Os atuais movimentos partidários em relação aos presidenciáveis, Aécio e Campos, portanto, destinam-se primordialmente a manter seus candidatos na mídia, quaisquer que sejam os fatos que tenham o condão de viabilizar tal inserção.

    Assim, vemos diariamente o Aécio, sempre tentando colar seu nome a pessoas com maior expressão, nem mesmo Serra escapa disto.

    Campos, ao tentar utilizar a mesma estratégia, como já foi dito, esbarra em seu próprio ego, pois, quando sua exposição midiática se dá com alguém que tem sua imagem mais fortemente repercutida pelos meios de comunicação, sempre ficará em posição inferior.

    Neste caso,tal estratégia  não serve nem mesmo para que este se torne conhecido, uma vez que o prejuízo é maior, visto que acarreta a destruição da imagem política de um político forte (o que estaria em total contradição com a figura submissa atual).

    Entretanto, uma ultima questão.

    Frente ao campo político em que se situa, Campos, se alterar sua estratégia, é quem, na realidade tem o maior potencial para crescer a sombra do nati morto Rede.

    Nesse caso, novamente a estratégia de Aécio e do PSDB pode se revelar, mais tarde, no caso de Campos se referenciar como o adversário viável contra Dilma, como o maior equívoco da história deste partido, com conseqüências imprevisíveis.   

    Resta estar atento aos próximos movimentos, a partir deles se delineará o novo quadro.

  13. Como Aécio Neves e Campos detonaram o Rede de Marina

    O jogo do poder e a falsidade do discurso.

    Aparentemente a estratégia de Aécio e Eduardo Campos teve êxito contra Marina.

    Responsáveis pela  antecipação da corrida eleitoral como estratégia para conter Marina Silva, os presidenciáveis do PSDB e PSB, conseguiram muito mais do que almejavam, conseguiram impedir a criação do Rede.

    O que era um movimento que visava simplesmente minimizar possíveis perdas em suas estruturas partidárias, teve um êxito acima do esperado, que culminou com a inviabilização do partido de Marina para o próximo pleito presidencial.

    Pois bem.

    Atingido o objetivo, resta tratar dos despojos.

    O mais rutilante de todos, sem dúvida alguma, é a própria Marina, com seu potencial de candidata.

    E, todas as formas de aproveitamento são utilizadas.

    A primeira, por óbvio, tem dupla intenção (ou múltiplas intenções), busca ao mesmo tempo cooptar (trazer) Marina para seu bloco de apoio e colar seus nomes (mais fracos) a imagem dela.

    Isso, com um discurso que beira o cinismo, pois o fracasso desta na criação do Partido Rede tentará ser debitado a candidatura da atual presidente Dilma Roussef.

    Talvez o remédio tenha sido forte demais e tenha matado o doente, mas, para bons entendedores, todos sabemos quem exagerou na dose.

    Reporto-me a comentário feito neste blog em março deste ano para fins de contextualizar a análise:

    Pois bem, este é o quadro inicial…

    Marina e José Serra (estáticos)  queriam  apenas manter o status quo de pré- candidatos, não desejavam antecipar a disputa pela sucessão, e isso por um singelo motivo, são pessoas de projeção nacional, não precisavam de uma larga exposição na mídia para serem conhecidos, e assim viabilizarem,  ainda que minimamente, suas candidaturas, notadamente  em um período tão distante do pleito eleitoral

    Nesse contexto, tal circunstância não se aplica aos “candidatos” Aécio Neves e Eduardo Campos, desconhecidos em termos de Brasil, na qualidade de candidatos à Presidência da República.

    Este é o quadro inicial, estático.

    Uns querem a inércia, enquanto outros, tensionam a largada.

    Vamos aos componentes que precipitaram o inicio da sucessão.

    Nesse quadro, de plano pode-se ponderar que tal análise não é totalmente verdadeira em relação a Marina, visto que ela, nesse momento,  está “estruturando” um novo partido e, se isso não for antecipação de disputa, o que seria…

    Entretanto, neste ponto, o problema é que tal iniciativa, em tese, se amolda a necessidade primária no campo da política eleitoral, pois, Marina não tem base de apoio real, não tem estrutura partidária efetiva, em outros termos, sua movimentação era, e é, questão de sobrevivência política.  

    Anoto que, nesse caso, a disputa eleitoral antecipada é prejudicial para Marina, uma vez que tolhe a sua iniciativa, pois, em um momento em que ela está criando um novo partido, a última coisa que ela poderia querer é que se acirrasse a disputa pela presidência, ainda que tenha ela como possível candidata (fato irrelevante, frente a sua flagrante condição de virtual candidata).

    Por paradoxal que seja, em relação às pretensões de Marina, certamente essa iniciativa foi  um dos motivos que anteciparam a abertura da sucessão pelos demais candidatos, ou melhor, essa iniciativa talvez (com certeza) não tenha sido só dos candidatos, mas dos partidos (considerados em sua estrutura e grupos de interesses ) potencialmente ameaçados em sua base de poder e influência, os quais, de pronto, contaram com a adesão dos candidatos Aécio e Campos.

    É que, não há melhor forma de manter a coesão (ou mesmo agregar novos aliados) em um momento de reestruturações partidárias, que o lançamento de uma candidatura relativamente viável.

    Assim, uma ação aparentemente descolada da conjuntura política, quase um fato isolado, acarretou mudanças até então imprevistas em relação sua tempestividade.

    (íntegra do texto http://www.advivo.com.br/comentario/re-acompanhada-de-campos-dilma-anuncia-investimentos-para-o-ne-5)

    Prosseguindo.

    Os atuais movimentos partidários em relação aos presidenciáveis, Aécio e Campos, portanto, destinam-se primordialmente a manter seus candidatos na mídia, quaisquer que sejam os fatos que tenham o condão de viabilizar tal inserção.

    Assim, vemos diariamente o Aécio, sempre tentando colar seu nome a pessoas com maior expressão, nem mesmo Serra escapa disto.

    Campos, ao tentar utilizar a mesma estratégia, como já foi dito, esbarra em seu próprio ego, pois, quando sua exposição midiática se dá com alguém que tem sua imagem mais fortemente repercutida pelos meios de comunicação, sempre ficará em posição inferior.

    Neste caso,tal estratégia  não serve nem mesmo para que este se torne conhecido, uma vez que o prejuízo é maior, visto que acarreta a destruição da imagem política de um político forte (o que estaria em total contradição com a figura submissa atual).

    Entretanto, uma ultima questão.

    Frente ao campo político em que se situa, Campos, se alterar sua estratégia, é quem, na realidade tem o maior potencial para crescer a sombra do nati morto Rede.

    Nesse caso, novamente a estratégia de Aécio e do PSDB pode se revelar, mais tarde, no caso de Campos se referenciar como o adversário viável contra Dilma, como o maior equívoco da história deste partido, com conseqüências imprevisíveis.   

    Resta estar atento aos próximos movimentos, a partir deles se delineará o novo quadro.

  14.  
    BBC Brasil
     
    Direitos de

     

    BBC Brasil

     

    Direitos de índios podem ser aniquilados, diz chefe da Funai

    João Fellet

    Da BBC Brasil em Brasília

     

    Atualizado em  1 de outubro, 2013 – 05:08 (Brasília)Maria Augusta Assirati

    Assirati diz que Funai encontra obstáculos até dentro do governo

     

    Grande marco para o reconhecimento dos direitos de indígenas no Brasil, a Constituição de 1988 completa 25 anos nesta semana. Para a presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Maria Augusta Assirati, não há razões para celebrar.

    Nas últimas semanas, congressistas da bancada ruralista aumentaram a pressão para alterar um ponto da Carta que, segundo Assirati, trata de uma questão essencial para a sobrevivência desses povos. Eles querem transferir do Poder Executivo para o Legislativo a competência de demarcar terras indígenas.

    “Este é, de fato, o momento mais delicado desde a promulgação da Carta”, afirma Assirati, que assumiu a chefia do órgão oficial indigenista em junho.A ação, diz a presidente da Funai, pode retardar ou até impedir novas demarcações.

    Em entrevista à BBC Brasil, ela diz que mesmo dentro do governo a Funai enfrenta obstáculos para executar seu trabalho. Segundo Assirati, declarações públicas de órgãos oficiais criaram um ambiente “totalmente desfavorável” a novas demarcações, atrasando processos em quase todo o país.

    Afirma ainda que o governo não estava preparado para a complexidade da construção da usina de Belo Monte, no Pará. Em vez de mitigar os efeitos da obra entre indígenas, diz a presidente da Funai, as ações da construtora voltadas a esses povos causaram “impactos enormes, alguns deles irreversíveis”.

    Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista, concedida na sede da Funai na segunda-feira.

    BBC Brasil – Na semana em que Constituição de 1988 completa 25 anos, índios protestam em vários pontos do país e dizem enfrentar as maiores ameaças a seus direitos desde a promulgação da Carta. Concorda com a avaliação?

    Maria Augusta Assirati – Concordo. Em 1988, tivemos um conjunto de avanços, como a garantia territorial e a valorização de crenças e tradições, e passamos a implementar esses direitos. Houve algumas tentativas de reduzir e rediscutir esses direitos, mas essas tentativas nunca foram tão claras como agora.

    Está em curso um conjunto de proposições no Congresso para rever a própria Constituição. Este é, de fato, o momento mais delicado desde a promulgação da Carta.

    BBC Brasil – Quais propostas mais preocupam?

    Assirati – As que transferem parcela da atribuição no processo de demarcação ao Congresso. Além da inconstitucionalidade dessas propostas, porque ferem cláusula pétrea, da separação de Poderes, elas revertem um direito originário. Elas poderiam retardar ou impedir o avanço das demarcações no país.

    Também nos preocupam proposições para regulamentar o parágrafo da Constituição que define o que é de relevante interesse nacional e, portanto, estaria excluído da possibilidade de demarcações. Nesse contexto de busca de avanço territorial do agronegócio, isso poderia representar um impacto muito negativo.

    Há ainda propostas que podem colocar em risco inclusive demarcações já realizadas, o que causaria uma completa aniquilação de direitos já conquistados pelos indígenas.

    BBC Brasil – O governo está negociando essas propostas com os congressistas? No início do ano, numa aparente tentativa de acalmar os ânimos, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que o governo iria alterar o processo de demarcação.

    Assirati – Para nós (Funai), não há possibilidade de negociação. Muitas vezes, pessoas contrárias a demarcações entendem que há subjetividade grande e que poderia haver diálogo para que outros interesses fossem contemplados no processo.

    Quando se fala de pequenos agricultores, de pessoas que usam terra para produção comunitária, como quilombolas e ribeirinhos, é evidente que o Estado deve buscar equilibrar esses direitos.

    Mas esses argumentos têm sido usados em defesa de um uso da terra para a produção econômica e para o crescimento econômico pura e simplesmente. Compatibilizar demarcações com essas intenções é difícil, porque você está tratando de um direito que conflita com um interesse, e não com outro direito.

    BBC Brasil – Quais serão as mudanças no processo de demarcação?

    Assirati – Poderemos dar mais transparência aos critérios que levam à identificação e delimitação de uma área de ocupação tradicional pela Funai.

    BBC Brasil – E quanto à inclusão de outros órgãos no processo, como a Embrapa, conforme a ministra Gleisi aventou?

    Assirati – Se o órgão tiver informação que possa contribuir com a demarcação, essa contribuição é bem-vinda. Mas somos contra a possibilidade de uma intervenção tendente a inviabilizar o processo.

    BBC Brasil – Quanto de terra ainda falta a demarcar no Brasil?

    Assirati – Do total que havia para ser demarcado em 1988, faltam cerca de 3%. Mas desde então houve surgimento de outras comunidades, dissidentes, e avaliamos que áreas para certos grupos são insuficientes. Então são um pouco mais do que aqueles 3%.

    BBC Brasil – O governo Dilma tem homologado menos terras indígenas que os anteriores, e há 21 processos de demarcação parados no Ministério da Justiça ou na Presidência sem qualquer contestação judicial. Por que o ritmo das demarcações diminuiu?

    Assirati – Logo que a Constituição foi promulgada, demarcaram-se áreas muito grandes, sobretudo na Amazônia. Ficaram para as etapas presentes áreas mais antropizadas, onde há maior dificuldade de trabalhar, no Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

    Mas, de fato, há processos que não tiveram andamento. Eles tramitaram, seguiram ao Ministério da Justiça, seguiram eventualmente até a Casa Civil, que é quem faz a pré-análise do processo de homologação para a presidente Dilma, mas não tiveram nenhuma conclusão.

    BBC Brasil – Por quê?

    Assirati – Essa pergunta que tem de ser feita aos outros órgãos (Ministério da Justiça, Casa Civil e Presidência). Muitos desses processos não caminharam por justificativa de que instaurariam conflitos na região, mas não temos elementos para afirmar que em todas essas áreas isso ocorreria.

    BBC Brasil – Chegou-se a um acordo para solucionar conflitos que envolvem indígenas no Mato Grosso do Sul?

     

    Assirati – Sim. Pensamos na seguinte solução: o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que anda com dificuldade para encontrar áreas para fazer reforma agrária, compraria terras do Estado do Mato Grosso do Sul para realizar esses assentamentos.

    E os recursos da venda das terras contribuiriam para que o Estado pagasse produtores rurais de áreas que estão em litígio judicial [devido a processos demarcatórios]. Assim, os produtores sairiam da área e poderiam comprar outras terras.

    Isso foi pensado para a situação da fazenda Buriti [onde em maio um índio terena morreu em ação de reintegração de posse; pouco depois, a então presidente da Funai, Marta Azevedo, deixou o posto], mas poderia ser ampliado para outras terras indígenas.

    BBC Brasil – Por que essa solução ainda não foi aplicada?

    Assirati – A solução tem apresentado dificuldades porque o Estado (MS) não indicou um banco de terras e tem colocado dificuldades em relação à avaliação dos valores de terras. Isso tira a credibilidade dos envolvidos nesse processo.

    BBC Brasil – No começo do ano, anunciou-se que a ministra da Casa Civil teria determinado a paralisação de demarcações no Sul. Isso de fato ocorreu?

    Assirati – Nunca fomos oficialmente notificados, mas tivemos notícia de que alguns governadores teriam solicitado à Casa Civil que adotasse essa medida, e a Casa Civil determinou que se paralisassem demarcações no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

    BBC Brasil – Então as demarcações continuam como sempre?

    Assirati – Mais ou menos. Esse cenário colocou um ritmo diferente para as demarcações, porque essas manifestações públicas e declarações oficiais de órgãos do governo deram muita força a produtores rurais e a agentes públicos contrários à demarcação.

    Em algumas situações, quando tentávamos avançar, tivemos impedimento. Não um impedimento explícito do governo federal, mas de agentes locais.

    Criou-se uma conjuntura totalmente desfavorável, em que aqueles contrários às demarcações buscavam instrumentos para paralisar ou retardar processos, seja via judicial, via articulação política ou pela intimidação de servidores da Funai. Isso trouxe um novo ritmo aos processos de demarcação em quase todo o Brasil.

    BBC Brasil – Como anda o cumprimento das compensações a indígenas pela construção da usina de Belo Monte?

    Assirati – Houve um atraso enorme e muitas condicionantes não foram cumpridas. Mesmo antes de o empreendedor começar a trabalhar, já havia mudança completa no modo de vida das pessoas da região.

    Houve um afluxo enorme de pessoas a Altamira, e algumas ações para diversas populações indígenas foram pensadas de forma emergencial. Essas ações não conseguiram preparar a intervenção do empreendedor na região.

    Isso causou impactos enormes, alguns deles irreversíveis.

    BBC Brasil – Que tipo de impactos?

    Assirati – Comunidades rachadas, comunidades aldeadas que passaram a viver quase 100% de seu tempo na cidade, e com isso deixaram de plantar. Passaram-se dois anos na região de Altamira sem que comunidades que tradicionalmente são agricultoras plantassem um pé de mandioca, porque ficavam o tempo inteiro indo a Altamira solicitar lista de compras para o empreendedor.

    Isso mudou hábitos alimentares, deixou indígenas que ficavam na cidade confinados numa Casa do Índio em condições extremamente precárias. Houve brigas e mortes de indígenas nessa situação de confinamento e enfrentamento étnico. As consequências foram muito graves.

    BBC Brasil – Os problemas estão sendo contornados?

    Assirati – Estamos conseguindo entrar no eixo. Estamos priorizando um programa para que indígenas pudessem ao menos voltar a se relacionar com seu modo de vida tradicional na aldeia. Agora há um número menor de indígenas frequentes em Altamira, mas estamos atrasados.

    BBC Brasil – Quem é responsável por essa situação?

    Assirati – Nenhum dos atores envolvidos estava preparado para a complexidade social, étnica e de relações públicas que foi Belo Monte. Não estavam preparados para chegar a uma cidade como Altamira, onde havia carência total do Estado.

    Parte da população passou a acreditar que o empreendimento seria a grande solução para todos dali.

    BBC Brasil – Quais foram as falhas da Funai no processo?

    Assirati – Não estávamos preparados para um empreendimento que envolveria dez etnias, mais de dez terras indígenas. Só o componente indígena do EIA-Rima (estudo de impacto ambiental) de Belo Monte tem dez volumes. Era impossível se apropriar de todos os detalhes técnicos.

    Tivemos uma série de situações imprevistas, como ocupações de canteiro, e isso levava o empreendedor e órgãos do governo a atender as demandas pontuais dos índios. A Funai esteve presente em todas essas discussões. Os indígenas faziam pedidos, o empreendedor dizia que era possível, e a Funai ficava sem protagonismo e sem força para reverter essa lógica.

    Em 2012, encerramos a cooperação com a Norte Energia no trabalho de questões emergenciais e passamos a pensar em políticas públicas para acabar com a lista de compras, combustível, veículos e tudo o que circulava nos balcões em Altamira. Temos um grande passivo para reverter.

    BBC Brasil – A Funai teme que os problemas de Belo Monte se repitam na bacia do Tapajós? O órgão foi comunicado sobre intenção do governo de construir hidrelétricas na área?

    Assirati – Essa informação chegou à Funai há algum tempo. Apontamos preocupações e continuamos tendo essas preocupações.

    Há no Alto Tapajós algumas terras indígenas bastante conservadas. No Médio Tapajós, há aldeias muito próximas de centros urbanos, com problemas como atividades ilícitas nas terras indígenas e apropriação de índios para trabalhos irregulares.

    Achamos que, se é pra fazer empreendimento desse porte, antes precisa haver no mínimo cinco anos de investimento em ações do Estado na área.

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/130930_entrevista_maria_augusta_assirati_funai_mm_jf.shtml

     

  15. Dilma e Dilma Bolada

    Dilma e Dilma Bolada conversam no Twitter: mas falam para audiências diferentes

    Blog do Rovai
     

    A pesquisadora Raquel Recuero, da Universidade Católica de Pelotas, analisou o impacto da conversa entre Dilma Rousseff e Dilma Bolada na última sexta-feira (27), mapeando o próprio Twitter. Segundo ela, cada conta falou com um público diferente. Enquanto o perfil fake interagiu mais, a conta oficial trabalhou com a audiência, com quase 2 milhões de seguidores. Dilma estava fora da rede social desde 2010, e estava mais do que na hora de reativá-la. E foi um golaço voltar interagindo com o seu fake que faz sucesso tanto no Twitter, como no Facebook. Confira abaixo o mapeamento de Raquel, publicado em seu site.

     

    Ontem (27) a presidenta Dilma (@dilmabr) anunciou que estava reativando sua conta no Twitter (silenciosa desde que foi eleita), criando uma conta para o Planalto divulgar novidades, além de um instagram e um Facebook. E o fez em grande estilo: conversando com seu perfil fake, o Dilma Bolada (@diimabr). A conversa gerou buzz na imprensa e no próprio Twitter. Mapeei uma parte dela, que consistiu em 2525 nós e mais de 6 mil tweets (muitos retweets). Quando agrupamos o grafo por clusters e observamos como os nós participaram, temos um mapa inesperado. Selecionei algumas observações.

    O grupo grande, a esquerda, representa o grupo associado com a conta oficial (@dilmabr). Observe-se que há um grande número de nós que não está conectado aos demais grupos. No meio, em cima, em azul claro, o grupo (menor) da Dilma Bolada (@diimabr). Observe-se que há mais conexões entre aquele grupo e a conta oficial, mas a recíproca não é verdadeira para o grupo azul escuro. Isso porque muita gente que citou a conta oficial citou através de críticas ou perguntas, mas não fazendo referência direta a conversa com a Dilma Bolada. Junto com a conta desta última, vemos outros dois grupos bem conectados, verde e laranja. O laranja tem a conta da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, como centro. O verde, o presidente dos EUA, Barack Obama. Essas duas contas representam não participantes da conversa, mas atores que foram involuntariamente parte do papo. Foram muito citados, mas não “falaram”. Ambos estão mais conectados com o grupo da Dilma Bolada, e representam algumas das piadas feitas pela conta fake. Embaixo, em vermelho, mais distante desses grupos está o grupo dos simpatizantes e políticos do PT e da conta oficial do partido. Este grupo tem uma estrutura mais conectada, porque “falou” mais e citou mais os atores do próprio grupo. No caso, o grupo conecta-se à conta oficial em sua maioria e quase nada à conta fake.

    O que podemos observar, portanto?

    Dilma recebeu em seu gabinete Jeferson Monteiro, criador da Dilma Bolada (Reprodução / Facebook)

    Apesar de “conversarem” entre si, as duas contas (Dilma Bolada e Dilma) repercutem em grupos diferentes. Além disso, a conta fake tem mais conversação (ou seja, mais conexões entre ela e os demais nós) do que a conta oficial. Assim, enquanto a conta oficial trabalhou com audiência, a conta fake interagiu. Se observarmos também as palavras e tags que mais repercutiram,  tem o #perguntaadilma, uma brincadeira feita pela conta fake que gerou uma maior quantidade de interação. Mas de um modo geral, podemos observar que, apesar das interconexões, há distintamente dois grupos, um em torno da conta oficial e da conta do PT, outro em torno da conta fake e das citações dos presidentes. O primeiro, audiência que apenas repercute (exceção ao grupo do PT e por isso, separado); o outro, da conta fake, conversação. Vemos, assim, no mapa, que cada uma das contas “falou” com um grupo diferente, apesar de conversarem entre si. Resta saber se os valores gerados por uma conta vão conseguir ser agregados pela outra ou não. Curiosamente, nenhum nó da imprensa apareceu neste primeiro mapa, que representou algo como os primeiros 20 minutos após a primeira interação da @dilmab

  16. Ola a todos,
    como sou

    Ola a todos,

    como sou meio-totalmente desligada, não encontrei ou percebi ainda como se faz para apagar um comentario ? A ferramenta para editar é otima, mas sumiu a possibilidade de apagar um comentario infeliz…. Afinal, nem sempre da para publicar meus comentarios “sonhaticos” e erraticos !

    1. (Nao ha maneira ainda, Maria

      (Nao ha maneira ainda, Maria Luisa, o botao nao foi implementado.  Aperte “editar” e apague o texto.  Se nao aceitar campo vazio, deixe um ponto somente no texto como o Gilberto faz, ou um espaco em branco.)

      1. Thank you so much, Ivan.

        Thank you so much, Ivan. Então, não sou eu (kkkkk), o botão de apagar não existe mesmo. Vamos acrescentar essa possibilidade também, querido blog, por favor.

  17. No Fora de Pauta normal, ou

    No Fora de Pauta normal, ou nao esta aceitando comentario ou o Sergio os trancou.

     

    AUTOR: 

     

    É somente impressão minha ou o blog é patrocinado pelo Banco do Brasil, Bradesco e pela Revista Veja.

    Nao, tambem eh aparentemente “patrocinado” por um monte de companias americanas porque esses sao os anuncios que eu vejo.  Eh so mencionar “marmore” (como mencionei ha alguns dias atraz) que me aparece um monte de companias vendendo marmore.  Quando li sua pergunta uma outra pagina me mostrava como “refazer” a hipoteca com “o plano do presidente” (em ingles, claro).  Aquele plano que era golpe desde o comeco porque os bancos americanos o sabotaram, sabe qual?  Aquele mesmo.

    Tem a ver com seu historico de pesquisas e palavras chave (ate mesmo de cartas privadas), mas essencialmente as propagandas que voce ve sao decididas por computador.

  18. Coisa de profissionais!

    Conforme disse em comentários anteriores sobre o episódio “The Economist”, o departamento de marketing deles devem estar rindo até agora.

    Vejamos o que diz Alberto Dines.

    A balística da ‘Economist’ é coisa de profissionais

    The Economist vende semanalmente em 200 países um milhão e seiscentos mil exemplares. Destes, menos de nove mil (mais precisamente 8.508) são adquiridos no Brasil (em bancas, livrarias ou por assinatura). A edição impressa sai para o assinante por 505 reais – paga-se mais 127 reais pelo acesso à edição digital.<?xml:namespace prefix = “o” />

    Se a totalidade dos seus leitores brasileiros porventura indignados com a matéria de capa da última edição (28/9) resolverem boicotar a revista, e supondo que paguem a tarifa mínima, o prejuízo será de 1.080.516 reais.

    Só com a receita do colóquio “Brasil Summit 2013”, a ser realizado em 24 de outubro, em São Paulo, a divisão de eventos da empresa deverá faturar cerca de 540 mil dólares – ou 1.196.640 reais, pelo câmbio de segunda-feira (30/9). No mínimo 300 pessoas estão dispostas a pagar 1.795 dólares para assistir às conferências de Joaquim Barbosa, presidente do STF, do publicitário Nizan Guanaes, do empresário David Marcus (presidente do Pay-Pal, nova carteira digital que substitui o cartão de crédito), do chef Alex Atala e do economista/investidor Gustavo Franco.

    Isso não significa que a revista britânica vive das cacetadas que desfere em suas páginas para depois embolsar uma grana preta em troca de um afago. O tema do evento será basicamente o mesmo da matéria de capa, portanto igualmente inconfortável: “Em meio ao lento crescimento e à agitação social, o Brasil precisa encontrar novos impulsionadores do sucesso econômico”.

    Na mosca: qual o empresário que não gostaria de encontrar uma resposta clara e linear para a pergunta, sobretudo se formulada por uma celebridade?

    Bem amarrado

    The Economist realiza 100 eventos desse tipo por ano (média de 8,3 por mês, nos quatro continentes). Mesmo pagando robustos cachês aos palestrantes sobra uma apreciável receita. O que se pretende examinar aqui é a Indústria de Eventos, subsidiária da Indústria da Informação Bruta – ou, em miúdos, como a falta de debates e investigação na mídia local abre oportunidades para os gigantes da mídia internacional ocuparem os espaços.

    Quantas resenhas razoavelmente densas – a favor ou contra – foram publicadas em nossa imprensa desde a quinta-feira (26/9), quando as agências começaram a divulgar o teor da capa da Economist do dia seguinte?

    A brincadeira com o míssil desgovernado disparado do Corcovado foi registrada em jornalões e jornalinhos. The Economist é uma revista não apenas adulta, mas inteligente, provocadora. Porém, quantos textos com mais de um palmo de profundidade foram publicados em nossos jornais e semanários tentando responder à pergunta da revista – quem estragou a nossa festa? Convém lembrar que no último fim de semana, véspera do início do mês, os jornais estavam carregados de publicidade, sobrava espaço.

    A Indústria de Eventos é incubada nos enormes vácuos deixados pela mídia apressada, desatenta, incapaz de praticar um mínimo de ruminação. Eventos são obviamente eventuais, ocasionais, irregulares. São, antes de tudo, exercícios de sociabilidade, não atendem às necessidades constantes de conhecimento e discernimento que os periódicos estão aptos a fornecer. Mas fazem parte da bola de neve.

    The Economist maneja muito bem as três pontas da moderna operação jornalística: produz uma revista que surpreende o leitor, suplementa suas informações com fartas opções digitais e fecha o processo com eventos que geram movimento e interesse.

    Coisa de profissionais.

    Por Alberto Dines em 01/10/2013 na edição 766 do Observatório da Imprensa

  19. Que bom que, nós idosos,

    Que bom que, nós idosos, temos um “estatuto”.

    Muito bom, mesmo!

     

    A lei 10741, de 01 out 2003 colocou o idoso no meio da dessa confusão de direitos, etc .e tal.

    Enfatizou direito que já tínhamos, criminalizou procedimentos que já eram imputáveis, deixou lacunas importantes. Mas, falou sobre os direitos do idoso.

     

    Esse Estatuto não deve ser visto, muito menos usado, como um instrumento de tutela e de proteção à pessoa idoso.

    Não! Não precisamos de proteção, de tutela, de babás. Proteção e tutela são direito de qualquer cidadão em situação de fragilidade e precariedade no uso de seus direitos e garantias individuais. Idosos, ou não. Precisamos de respeito aos direitos e privilégios inerentes a nossa idade, conquistados pela luta e perseverança em continuarmos vivos.

     

    Ver de modo diferente é considerar que a pessoa que passa a fronteira dos 60, imediatamente, passa a ser um indivíduo dependente, idiota (favor, ver definição Aureliana), incapaz, inútil ou o conjunto disso tudo. É ofender princípios basilares do direito à vida com dignidade. É desrespeitar a pessoa/cidadão, que tem mais de 60.

    O “Estatuto”, segundo os “especialistas”, faz parte do que eles chamam de lei da “segunda geração”: determina ações do poder público. Segundo esse conceito, o  “poder público” é obrigado a agir e fazer. Leia o estatuto do idoso é irá encontrar o termo “poder público”, e alguns dos seus sinônimos, citados como responsável por uma dezena de coisas. Poucas se tronaram realidade. Pena!

     

    Mas, para nós, é importante que exista o Estatuto. Serve de ponto de partida para a luta. Para exigir respeito, dignidade e fim da descriminação. Com ele não está fácil, sem ele, com suas imperfeições que seja, seria pior.

     

    Para encerrar, convoco-os: leiam o artigo 8º, do nosso Estatuto. Ele começa, poeticamente, assim: “O envelhecimento é um direito personalíssimo…”.

    Daqui a dez anos, voltarei, aqui, para dizer como anda a aplicação e avanços da Lei 10741. Daqui a dez anos, alguns de vocês, serão nossos companheiros e estarão, espero, acompanheirados.

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