Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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2 Comentários

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  1. …sobre esse olhar para os lados e ver o companheiro…
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    “– Quem estará nas trincheiras ao teu lado?
    – E isso importa?
    – Mais do que a própria guerra.”
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    O famoso trecho do livro de Hemingway, “Adeus às armas”, é celebrado em todo o mundo como uma “apologia” à amizade, ao companheirismo, em tempos de lutas…
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    A palavra “companheiro” foi perdendo aos poucos não só seu “valor”, ao longo das últimas décadas, algo pior a atingiu: perdeu “significado”, à medida em que o termo, de certo modo, criou sobre si símbolos de um passado “já morto”, como se pertencente a uma classe restrita de pessoas saudosistas, “os velhos dinossauros da esquerda”, que se chamavam assim, na luta contra a ditadura de 64: “Companheiro(a)!”
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    Uma injustiça da sociedade, da língua, da linguística, da semântica, da História, com uma palavra que jamais poderá perder a beleza dos signos perenes que encampa….
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    Hoje, pensando em algumas pessoas que “vejo ao meu lado” há pelo menos uma década, algumas, mais que isso, desde a primeira tentativa de Lula se eleger, mas principalmente nesses últimos anos, de 2012 para cá, quando o movimento oligárquico, reacionário, fascista, covarde e farsesco, intentou e conseguiu destruir nossa democracia e massacrar nosso líderes legítimos, Lula, Dilma e tantos outros, essas pessoas, que no mundo real e no que chamo de “extensão do mundo real através do virtual”, muitas dessas pessoas, estão irremediavelmente ENTRANHADAS EM MIM!
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    Como as amo e admiro! Como as respeito! E não falo aqui de “companheiros de partido”, eu mesmo não pertenço a nenhum, meu partido é a ideologia mais comum às esquerdas universais, a “coisa” da justiça, da democracia, da soberania das nações, dos programas sociais que minorem a fome, a miséria, de políticas includentes, de distribuição mais justa de renda, de oportunidades honestas para todos progredirem em suas vidas, etc., etc…… O tipo de “companheiro” de que falo aqui, são essas pessoas, que vejo ao meu lado ao virar o meu rosto, estão ombreadas comigo, buscam o que é verdadeiro, justo e digno, às vezes comungamos na “forma” de atingir esses objetivos, às vezes não, mas a LUTA CENTRAL, a “essência” que as move é a mesma que move a mim, por isso posso chamá-las com o termo RENOVADO, nessa luta contemporânea, de companheiras!
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    Talvez seja a próxima geração a reconstruir o legado deixado pelos governos de Lula e Dilma, talvez a nossa não possa ver todos os sonhos realizados, onde, então, a sensação de “vitória”, o legado, o prazer, onde, “o que celebrar”?
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    Às vezes, a vitória, o prazer, a celebração, não vêm da vitória imediata daquela luta específica. Vêm de duas fontes apenas: a primeira, deixar a semente do sonho plantada, na História…. Alguém a germinará um dia!
    A segunda? A honra, o privilégio, desse olhar para os lados e ver quem está com você
    nas trincheiras…..

  2. …da página covarde e e desonrosa que os militares brasileiros estão escrevendo sobre si mesmos na História…
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    Um dia vou escrever meu artigo sobre isso em detalhes, mesmo sendo apenas um amador sem quase nenhuma repercussão…. Mas sinto falta, de verdade, dos grande nomes do nosso jornalismo dando “nome aos bois”, chamando os militares pelos adjetivos que fazem por merecer ao se tornarem cúmplices diretos do governo Jair Bolsonaro, o ser bestial por excelência, o demente genocida, e os outros, cúmplices acovardados por uma omissão que torna indigna a farda que usam, e os juramentos que fizeram de defender o povo brasileiro contra as ameaças à sua integridade, sua democracia, sua soberania…..
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    Ora, se Bolsonaro é em si, um atentado e uma agressão violenta a todos esses princípios, para que servem nossos valentes oficiais, generais, almirantes, etc., etc., etc?
    Às vezes penso que, guardada as proporções da violência física e os crimes de tortura, o vexame em si, a insanidade em si, a falta de vergonha dos nossos militares em terem deixado a coisa chegar a esse ponto, do juizeco em Curitiba e um bando de procuradores deslumbrados destruírem o nosso país, nossa soberania e democracia, inclusive com atos explícitos de TRAIÇÃO À PÁTRIA, é superior aos vexames e vergonhas de 64….. Porque antes, tinham o álibi da ignorância e de um ambiente geopolítico extremamente tenso, manipulado e dicotômico, “URSS X EUA”, “mundo livre X comunismo”, e outras sandices, mas que eram fortíssimas no imaginário militar…..
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    Mas hoje? Não, hoje não há álibi ideológico que alivie a barra, que diminua essa sensação que temos de perceber que nossas Forças Armadas são toscas, são rasas, são covardes, são reacionárias, do porte de um General Heleno, um Pazuello, um Luiz Eduardo Ramos, um Vilas Boas…… Velhacos carcomidos pelo tempo, MÚMIAS IDEOLÓGICAS IMBECILIZADAS, uma gente que parece saída de algum Hospício que saltou direto de 64 para os tempos de hoje, uma gente torpe, sem honra, caráter, amor ao Brasil, sem nada, nada de bom a oferecer ao país…..
    Nem preciso citar os mais de 1.500 que se alimentam vergonhosamente de carguinhos públicos que saciam seus egos pobres, sedentos por um naco de poder……
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    Onde estão os outros?
    Onde estão os que se envergonham, dessas patifarias todas…?
    Até quando verão o país, sua democracia, sua soberanis, suas riquezas e a civilidade mais basilar serem destruídos…?
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    É essa, afinal, a “honra verde oliva” que tanto apregoam…?
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    NADA OS JUSTIFICA POR TEREM APOIADO A LAVA JATO E O FIM DE NOSSA DEMOCRACIA, E NADA OS JUSTIFICA POR DEIXAREM UM GENOCIDA DEMENTE NO PODER!
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