Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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  1. …Da EGD Imóveis, a Porto Seguro, e um processo perverso…
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    Os amigos que lerem esse “Fora de Pauta”, verão uma história que é bastante comum no Brasil: Imobiliárias abusivas, uma grande empresa garantindo seus abusos e extorsões, e o abandono em que são jogados os inquilinos mal informados de seus direitos e/ou ingênuos, que tentam agir de boa fé mesmo nos cenários mais desgastantes e improváveis para que o façam.
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    Por dois anos mantive um apartamento alugado na Ilha do Governador, no Rio, no nome de minha irmã, médica em Blumenau, uma senhora de 61 anos, que mora na cidade há décadas e tem uma reputação digna, conquistada por méritos pessoais e profissionais, tendo sido diretorado Hospital Santa Izabel por dez anos (considerado o melhor de Santa Catarina). Para ela, seu nome limpo, o ser vista e reconhecida como uma pessoa que cumpre seus compromissos é algo muito forte.
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    Em janeiro desse ano, meu filho caçula infelizmente já sabia que havia perdido o rim transplantado na infância, e minha irmã doou o rim para ele no início da pandemia, 11/03/2020. Sou funcionário público, já havia me planejado para voltar ao Rio no início de abril (minha esposa ia ficar em Blumenau alguns meses cuidando do nosso filho) quando a pandemia iniciou sua explosão e no dia 17 de março a instituição onde trabalho decretou o home office. Por não saber quanto tempo duraria, fui mantendo os dois apartamentos alugados, o de Blumenau, onde moramos atualmente, e o do Rio, até o momento que ficou claro que a pandemia se estenderia por meses, provavelmente até o fim do ano, e por ser idoso e hipertenso, fui informado que no meu caso o home office seria estendido ao máximo, o que não atrapalharia em nada na verdade a execução do meu trabalho, todo ele digital e feito em casa com a mesma – ou até mais! – produtividade do trabalho presencial.
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    No fim de maio, decidi entregar o apartamento e comuniquei à Imobiliária, quando soube que, pagando o aluguel de maio e entregando as chaves como o combinado, no dia 23/06/2020, restariam apenas R$1.800,00 para quitação de todos os débitos.
    Fizemos uma “vaquinha” em família, fui ao Rio com minha esposa em meados de junho, tratei da mudança, todos os objetos da casa indo para a garagem ociosa de um amigo, e mesmo eu argumentando que a pintura do apartamento estava perfeita – e os quatro pintores que foram lá fazer orçamento afirmaram isso, espantados com a exigência da EGD – a Imobiliária avisou que não abria mão da pintura nova, exigindo, inclusive, que até o teto do apartamento fosse pintado, o que praticamente dobrou o custo da primeira pintura. E foi aí que começou o que eu chamo de “extorsão da EGD, logo depois, apoiada e continuada pela Porto Seguro!”. Voltei para Blumenau de carro no dia 20/06, paguei ao pintor escolhido quase dois mil reais, e meu irmão que mora na Ilha foi na vistoria final, quando logo depois entregaria as chaves. O vistoriador da imobiliária não só reprovou a pintura, como exigiu a pintura das portas. Ora, minha irmã acabara de doar o rim para o meu filho, eu não podia e não queria em hipótese alguma aborrecê-la, já que o contrato de locação estava em seu nome. E, o tempo todo, a EGD afirmava (e só depois pude compreender o porquê de tanta convicção!) que não só não iam receber as chaves, como estavam no direito de fazer isso, e que se nos recusássemos a entregar o apartamento “direito” e continuar a pagar o aluguel e todas as taxas “até o último minuto”, “teríamos que nos acertar com a Porto Seguro, o que seria muito pior…”
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    Resumindo a história, gastei mais R$900,00 com um pintor e tintas especias para que todas as portas fossem pintadas e as “falhas detectadas na primeira pintura” fossem consertadas. No dia 26/06/2020, nova vistoria, nova negativa da Imobiliária, novas ameaças, e mesmo indo contra a opinião de familiares e amigos, desembolsei mais R$600,00 para que as paredes da sala e do corredor fossem pintadas pela terceira vez, para que, relutantemente, como que “me fazendo um favor”, a EGD aceitasse as chaves, isso depois de um ou dois dias de “suspense”.
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    Meu dinheiro havia acabado nesse ínterim, e meu irmão foi negociar um parcelamento com a EGD, pois a dívida que era de R$1.800,00 se a entrega das chaves tivesse ocorrido no dia 23/06, já passava um pouco de R$2.500,00. Não houve a menor brecha para diálogo, nem diminuição da multa, nem a aceitação da data da entrega das chaves para o dia 23/06, quando se encerrou a primeira pintura. E, de novo, a ameaça: “Não precisam pagar, está tudo no seguro, a Porto Seguro paga e depois vai em cima de vocês!” – Hoje eu entendo a predileção das imobiliárias pela Porto Seguro….
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    O fim da história? Meu irmão me aconselhou a desistir de qualquer acordo com a EGD, que “a Porto Seguro é uma empresa grande, vai ser melhor negociar com eles, eles podem até interferir diante de toda a extorsão que a EGD praticou contra vocês….”
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    A Porto Seguro entrou em contato com minha irmã há uns oito dias, ela contou toda a história, ouviu um “sinto muito, não podemos fazer nada, apesar da Imobiliária ter agido de modo errado, ilegal e abusivo, porque o aluguel pode ser interrompido sem aviso prévio por motivos drásticos (no caso, a pandemia e o transplante do meu filho, sendo a locatária a doadora e o morador do apartamento o pai do receptor…), e a Lei do inquilinato não exige pintura nova, isso é falso, é crime!” – ou seja, no fundo, estava certa a EGD, o tempo todo, em usar a Porto Seguro como uma espécie de “bengala” ou “guarda-chuva” para as suas extorsões e abusos. Pegue-se um inquilino mal informado de seus direitos, ingênuo, totalmente preocupado em fazer qualquer coisa para poupar a irmã, tem-se um prato cheio para ameaças, chantagens, estorsões! E é uma coisa perversa, pior do que qualquer AGIOTAGEM, porque o sujeito pêgo nessa armadilha, passa a ter dois gastos insuportáveis ao mesmo tempo: pintor, tinta e a cada dia, mais uns R$60,00 de gastos de aluguel, condomínio, etc., etc…. Uma bola de neve, APOIADA, no fim das contas, pela Porto Seguro, “que nada pode fazer, porque não foi avisada antes dos abusos…”
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    Finalmente, na quarta de manhã, logo às 9 horas, mandei um ZAP para o representante da Porto Seguro, avisando que queria pagar, pedi apenas que tentasse uma pequena redução que fosse junto à EGD, e que parcelassem em quatro vezes, que tudo seria regiamente pago!
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    A resposta veio ontem, quinta feira, e nos tranquilizou: que tínhamos uns dias para pensar, porque “A Porto Seguro não negativa a pessoa se ela entra com uma ação na justiça contra a Imobiliária, fica tudo em suspenso até o fim da ação”. Duas horas depois, vem o ZAP com o aviso de que já era tarde, a Porto Seguro já havia pago à EGD, negativado o nome de minha irmã, e me foi prometido que “o departamento financeiro da Porto Seguro conversaria comigo para o parcelamento em quatro vezes”, e que minha irmã teria sua negativação desativada em 24 horas.
    Para minha surpresa, liga uma advogada de um escritório de cobrança, falando em juros, correção, multa e “honorários advocatícios”. Comecei a rir antes de desligar o telefone, pensando em minha irmã, que não sabe de nada, lembrei do meu irmão me falando: “Calma, Dudu, a Porto Seguro não é imobiliária tosca de fundo de quintal, você vai poder negociar com eles de modo decente, tudo vai dar certo….”
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    Ao que parece, não! Vem aí a fase dois da extorsão! Vão usar o mesmo argumento usado pela EGD: “Estava no contrato…..”
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    Talvez, tudo isso explique o grau de incivilidade do país que somos……

  2. O caso dos 39 quilos de cocaína encontrados na mala de um sargento num avião da FAB de uso da presidência da república do Brasil na Espanha. Em que ficou aquilo? Alguém pagou alguma coisa? Alguém está preso?

    E os 400 quilos de cocaína naquele helicóptero que a PF prendeu no Espírito Santo? O assunto morreu?

    E a mansão de Parati? Mossack Fonseca e Marinhos (?) já demoliram aquilo? Ou a justiça arrestou o prédio para uso da comunidade local? Ali poderia ser instalada uma excelente escola pública.

    Os 80 tiros no músico negro? Foi gente do Exército que atirou, disseram os jornais. Alguém foi preso? Alguma indenização já foi paga aos familiares sobreviventes?

    Nalgum lugar poderia existir uma lista (enorme!!) com todas as pendências, como essas. Para não serem esquecidas.

  3. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realiza, na manhã desta sexta-feira (24/7), uma operação para coibir o crime de pornografia infantil. Até a mais recente atualização desta matéria, cinco já foram presos, sendo que um dos detidos é militar do Exército e, um segundo, servidor do Conselho Nacional de Justiça. (CNJ).

    https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2020/07/24/interna_cidadesdf,874900/pcdf-faz-operacao-contra-pornografia-infantil-militar-do-exercito-e-p.shtml

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