Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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  1. Elio Gaspari espumava de raiva do PT. Em 2008, por exemplo, ele escreveu isto, que pode ser livremente lido em https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1405200830.htm

    Gaspari começa assim:

    A privataria aparelhada vai bem, obrigado
    No lugar da “destruição criadora”, os companheiros criaram o capitalismo da destruição destruidora
    Dez anos depois do festivo leilão do Sistema Telebrás, Pedro Jaime Ziller, conselheiro da Anatel, concluiu o monumento da privataria tucana reciclada pelo aparelho empresarial petista.
    Leia mais, no link

  2. Poema OFERTÓRIO, de Pedro Casaldáliga e espetáculo Missa dos Quilombos.
    Espetáculo Missa dos Quilombos, estreou em 2002
    musical de Milton Nascimento em parceria com Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra
    Direção: Luiz Fernando Lobo

    Ofertório

    Na cuia das mãos
    trazemos o vinho e o pão,
    a luta e a fé dos irmãos,
    que o Corpo e o Sangue do Cristo serão.
    O ouro do Milho
    e não o dos Templos,
    o sangue da Cana
    e não dos Engenhos,
    o pranto do Vinho
    no sangue dos Negros,
    o Pão da Partilha
    dos Pobres Libertos.
    Trazemos no corpo
    o mel do suor,
    trazemos nos olhos
    a dança da vida,
    trazemos na luta,
    a Morte vencida.
    No peito marcado
    trazemos o Amor.
    Na Páscoa do Filho,
    a Páscoa dos filhos
    recebe, Senhor.

    Trazemos nos olhos,
    as águas dos rios,
    o brilho dos peixes,
    a sombra da mata,
    o orvalho da noite,
    o espanto da caça,
    a dança dos ventos,
    a lua de prata,
    trazemos nos olhos
    o mundo, Senhor!

    –Na palma das mãos trazemos o milho,
    a cana cortada, o branco algodão,
    o fumo-resgate, a pinga-refúgio,
    da carne da terra moldamos os potes
    que guardam a água, a flor de alecrim,
    no cheiro de incenso, erguemos o fruto
    do nosso trabalho, Senhor! Olorum!

    O som do atabaque
    marcando a cadência
    dos negros batuques
    nas noites imensas
    da África negra,
    da negra Bahia,
    das Minas Gerais,
    os surdos lamentos,
    calados tormentos,
    acolhe Olorum!

    —Com a força dos braços lavramos a terra
    cortamos a cana, amarga doçura
    na mesa dos brancos.
    — Com a força dos braços cavamos a terra,
    colhemos o ouro que hoje recobre
    a igreja dos brancos.
    —Com a força dos braços plantamos na terra,
    o negro café, perene alimento
    do lucro dos brancos.
    —Com a força dos braços, o grito entre os dentes,
    a alma em pedaços, erguemos impérios,
    fizemos a América dos filhos dos brancos!
    A brasa dos ferros lavrou-nos na pele,
    lavrou-nos na alma, caminhos de cruz.
    Recusa Olorum o grito, as correntes
    e a voz do feitor, recebe o lamento,
    acolhe a revolta dos negros, Senhor!
    —Trazemos no peito
    os santos rosários,
    rosários de penas,
    rosários de fé
    na vida liberta,
    na paz dos quilombos
    de negros e brancos
    vermelhos no sangue.
    A Nova Aruanda
    dos filhos do Povo
    acolhe, Olorum!

    Recebe, Senhor
    a cabeça cortada
    do Negro Zumbi,
    guerreiro do Povo,
    irmão dos rebeldes
    nascidos aqui,
    do fundo das veias,
    do fundo da raça,
    o pranto dos negros,
    acolhe Senhor!

    Os pés tolerados na roda de samba,
    o corpo domado nos ternos do congo,
    inventam na sombra a nova cadência,
    rompendo cadeias, forçando caminhos,
    ensaiam libertos a marcha do Povo,
    a festa dos negros, acolhe Olorum !

    https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=LM7fmPerZLM&feature=emb_logo

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