Fora de Pauta

Neisse mómento, entoncis, eiles iscutaru rugidos altos. Éira Jano, Jurema e os fiótis qui istavam chégandu e se aninhando in vórta deiles, Néja pegou uma fióta no colo e ficô acaricianu éila. E tudos eiles ficaru in silêncio, pensando na prigunta qui Jarirí tinha feito. E éira um silêncio prófundo, tanto qui mestre Bódim résorveu cortá o silêncio:

– A prigunta di Jarirí tem várias respostas qui se enlaçam e fica inté difícil achá o fio da meada. São muitas cousas e eu penso qui a jienti tem di ir falando sobri cada uma déilas de jeito separado. Pur exempro, são vários os estudiosos qui escreveram livros sobri eisse póbrema, cada um falando sobri uma parti da quéstão. Eu to pensanu aqui cumigo e acho qui a jienti pódi cumessá pela parte da informação e cumo é qui o povo recébe a informação. Quem são aquelis qui passam as informação pro povo. Cumé qui o povo fica sabendo sobri o qui acuntéci nu país e nu mundo? O povo fica sabenu di tudo? Será qui tem informações qui são manipuladas? Quais são os interesses daquelis qui passam as informação? Cumu eies escolhi as informação qui vão passá pro povo? Cumu é qui eiles interpretam as informação?

Indaí, Néja falô:

_ Tá certo, Bódim. Maisi a jienti tem di tumá o café da manhã. Eu e Catarina vamo pra cusina prepará tudo. Ucêis isperam pra cuntinuá falanu sobre eisses assuntos. E saco vazio num enchi barriga.