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Redação

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  1. As mortes nos partos “humanizados”

    Rio: mães denunciam mortes em supostos partos ‘humanizados’

     

    Um grupo de mulheres que tiveram os seus filhos recentemente na Maternidade Municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda, no Centro do Rio, está usando as redes sociais para trocar informações sobre os chamados partos humanizados, denunciar supostos casos de negligência médica e uma sucessão de erros.

    As postagens no perfil Moms!, no Facebook, são semelhantes a um diário de tortura. O Ministério Público do Rio confirmou a existência de processo criminal contra a maternidade, originado de um registro policial coletivo feito por pais cujos filhos morreram após o parto, e que no momento aguarda por decisão no Tribunal de Justiça. As acusações contra a direção da maternidade são de falsidade ideológica e homicídio culposo.

    No parto humanizado, a participação da gestante é ativa e determinante durante o trabalho de parto. A intervenção do médico só acontece num caso grave e extremo, assim como o uso de medicamento anestésico é muito reduzido. A mulher é quem escolhe a melhor posição e é autorizado o acompanhamento de um membro da família. O procedimento é assistido por uma enfermeira obstetra. Após o governo brasileiro registrar uma das mais altas taxas de cesarianas do mundo, entre os anos de 2000 e 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que essa estatística seja de apenas 15%, tanto na rede pública quanto na privada. A unidade médica que ultrapassar esse índice terá que arcar com os custos das cirurgias excedentes.


    Fotos: Facebook

    O presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio, Marcelo Burlá, disse que recebeu informações de muitos funcionários da Maternidade Maria Amélia de que eles são pressionados para interferir na decisão final das pacientes, convencendo elas a optarem pelo parto humanizado. Segundo Burlá, a maternidade mantém uma média de 18% de partos normais e de cada 100 bebês que nascem, quase dois morrem por asfixia. Ou seja, a Maria Amélia tem o maior índice de óbito de recém-nascido por asfixia em todo o Estado. Burlá ainda alerta que o parto natural não deve prejudicar a saúde da gestante e nem da criança, como os casos relatados pelas pacientes do Maria Amélia. 

    Raquel Lucy Abreu, de 19 anos, tem dificuldades para sair de casa e levar uma vida normal, consequência de um trauma causado pelo seu parto complicado no Maria Amélia, em agosto deste ano. Carla Marins, 29 anos, não consegue parar em casa e assume o máximo de compromisso possível para não pensar na trágica experiência que teve durante o seu parto e morte do seu bebê, no mês passado, na mesma maternidade. Raquel e Carla se conheceram, pessoalmente, nesta reportagem, mas elas estão em contato há mais de um mês pelo perfil do Facebook – Moms!. A cada dia aumenta o número de família revoltadas e reclamando do atendimento no Maria Amélia e os relatos mais se assemelham a um filme de terror com final trágico.

    Raquel Abreu conta que chegou à maternidade no dia 8 de agosto, após ser indicada pelo Posto de Saúde Osvaldo Cruz, no Centro, onde realizou o seu pré-natal. Com 41 semanas e dois dias de gestação, Raquel afirma que deu entrada na maternidade sentido fortes dores e ao passar por um exame específico, a médica rompeu a sua bolsa e ela passou a ter perda de líquido amniótico. Depois desse episódio, Raquel lembra que foi levada para uma enfermaria e ficou acompanhada apenas pelo seu namorado, durante mais de nove horas. “Eu estava com uma dor insuportável, implorava pela presença de um médico, mas só aparecia de vez em quando uma enfermeira que ainda me dizia: ‘Não fez o filho? Agora tem que aguentar. Vai fazendo força aí. Você é muito frouxa’. Então, meu namorado me ajudou a chegar no banheiro e eu entrei debaixo da água fervendo. Chegou a me queimar, mas eu nem me importava. Até que desmaiei e quando voltei à consciência as minhas contrações já estavam de minuto em minuto, mas eu nem tinha mais força para reclamar. Estava desfalecida e me levaram para a sala de parto. Foi quando a minha situação conseguiu ficar ainda pior”, afirmou Raquel. 

    Segundo a jovem, na sala de parto uma médica subiu em cima dela várias vezes e pressionava a barriga para baixo, forçando a saída do bebê. Como não conseguia sucesso, a médica chamou uma pediatra para ajudar na manobra e as duas subiram em cima de Raquel. “Nessa hora a cabeça do meu filho saiu, mas o resto do corpo não. Foi quando eles fizeram várias incisões sem anestesia e conseguiram salvar o meu bebê”. Depois disso, Raquel foi levada para procedimentos no centro cirúrgico. No prontuário dela consta que ela teve laceração de 4 centímetros perineal envolvendo a mucosa retal. “Eu sentia queimação, muita dor, náusea, diarreia. Tinha certeza que eu ia morrer e o meu filho também. E tenho a lembrança de uma médica comentando com a outra que aquilo que fizeram comigo foi desnecessário, meu caso era de cesariana. Aí uma delas disse que ‘já que a m. estava feita, o jeito era consertar’. Eu não quero nunca mais passar por isso. Eu não quero mais pensar em ter filho”, desabafou Raquel. 

    O trauma de Raquel foi tão forte que ela nunca mais retornou ao Maria Amélia e procurou o posto de saúde para fazer a revisão da sua cirurgia e parto. Durante a entrevista, Raquel reavaliava o seu prontuário e observou outro fato grave. “Olha isso aqui. Eles erraram o meu tipo sanguíneo. Eles me perguntaram várias vezes qual era e eu dizia que era O negativo. Aqui [apontando no prontuário a anotação de O +]. Já pensou se eu tivesse precisado de sangue?”, comentou a jovem, que também teve a sua idade alterada para 189 anos no documento. 

    O primeiro contato de Raquel com a Maternidade Maria Amélia foi em maio deste ano, quando ela participou de uma palestra interna sobre parto humanizado e achou interessante a proposta. Como havia feito uma pesquisa pela internet sobre a maternidade e constatou as taxas de mortalidade de recém-nascido, Raquel perguntou o motivo de tanto óbito. “As enfermeiras me responderam para não me concentrar nos números, porque crianças morrem em hospitais todos os dias e ali eu teria toda a atenção do mundo. Eu acreditei”, disse ela. Nesse dia, uma grande emissora de televisão estava gravando uma reportagem especial sobre a maternidade e Raquel foi convidada para ser a ‘menina propaganda” da unidade médica. “Era para o Dia das Mães. Eu contei na entrevista que estava me sentindo segura com a palestra e adotei o parto humanizado. Hoje me arrependo do que falei publicamente. E depois de tudo que aconteceu, todas as atrocidades, a direção da maternidade ainda me pediu para publicar uma foto do meu filho recém-nascido no site deles. Eu não autorizei”, contou Raquel, que considera que seu momento mais mágico foi transformado num filme de horror. 

    De acordo com as histórias contadas pelas próprias famílias na página do Moms!, todos os casos graves eram de gestantes com gravidez prolongada e os partos chegaram a durar até 30 horas. A empresária Carla Marins conta que estava na 40ª semana de gestação quando deu entrada na Maria Amélia, no dia 2 de outubro. Segundo ela, apesar das fortes contrações e pequena perda de líquido, o hospital a liberou após entregar uma receita indicando o medicamento Buscopan para a dor. “Eles alegaram que eu não tinha dilatação e meu filho ainda ia demorar a nascer. Tive que voltar para casa”, afirmou a empresária. Carla voltou a ter fortes contrações e teve que ser levada de volta para a unidade, no dia seguinte. Ela ficou mais de 15 horas em trabalho de parto e durante esse período descreve praticamente os mesmos fatos ocorridos com Raquel. “Chegou uma hora que eu já andava nua pelos corredores procurando por um médico, tentei encontrar um bisturi para abrir a minha própria barriga, queria sair por uma janela para fugir daquele local de tortura, mas todas elas são vedadas. Sabe o que a enfermeira me respondia? ‘Ué, vai embora, ninguém está te prendendo aqui'”, contou a mulher.

    O bebê de Carla foi direto para a UTI neonatal, mas não resistiu às complicações do parto e morreu três dias depois. Carla e seu marido culpam a maternidade pela morte do pequeno Marcel, que ainda teve o seu nome escrito incorretamente nos documentos do hospital. Ao ser informada da morte do neto, a mãe de Carla, a dona de casa Doralice Castro, gritava pelos corredores da unidade médica que haviam assassinado o bebê. Na mesma semana que enterrou o seu filho, o casal retornou à maternidade para pegar o prontuário do óbito, mas os funcionários justificaram que Carla não poderia retirar os documentos da unidade, porque eles haviam sido levados pelo diretor do hospital para a sua casa. Revoltada, a mulher quebrou os vidros da recepção da maternidade, usando uma chave de roda. 

    No mesmo dia e local em que Carla enterrou o seu pequeno Marcel, o casal Michele da Silva e Leonardo Freitas choravam pelo mesmo motivo. Após um trabalho de parto complicado e que durou 16 horas, Michele perdeu a sua pequena Isabela no Maria Amélia. Segundo a família, a mulher optou por cesariana, mas o seu desejo não foi respeitado e quando os médicos resolveram fazer a cirurgia já era tarde. A menina nasceu com 54 cm e 3 kg, mas sem batimentos cardíacos. Isabela chegou a ser reanimada na UTI neonatal, mas quatro dias depois não resistiu a outras duas paradas cardíacas.

    A vendedora Sabrina Pimentel Lira, de 27 anos, fazia o pré-natal num posto de saúde perto da sua casa, no bairro de Olaria. Foi lá que ela ouviu excelentes comentários sobre a maternidade Maria Amélia, apesar do posto indicar as gestantes para o Hospital Geral de Bonsucesso. “Eu fiz uma ultra sonografia e o médico ficou preocupado, porque eu estava com 8 meses e meio de gestação e acusou no exame que eu estava com pouco liquido e o cordão umbilical com três voltas no pescoço do bebê. Ele mandou eu ir para o HGB, mas eu preferi ir para a Maria Amelia”, contou.

    O menino que seria o primeiro filho de Sabrina, Paulo Henrique, entrou para as estatísticas de óbito do Maria Amélia. “O meu filho não resistiu ao tempo de espera, ficaram induzindo o meu parto normal, ministrando remédios para que as contrações aumentasse. Fiquei a noite inteira com dor, mas mesmo assim eles não pararam de me colocar esse remédio. A cada duas horas eles vinham escutar o coração do bebê. No segundo dia de internação, já não escutaram mais o coração dele. Resolveram fazer uma cesariana às pressas. Tomei dois tipos de anestesia e, por ultimo, a anestesia geral, porque quando fizeram a incisão eu ainda estava sentindo tudo. Meu sentimento na hora foi de muita revolta, tive complicações na cirurgia e meu marido teve que resolver todos os procedimentos do enterro sozinho. Infelizmente, nem conheci o meu filho”, contou a vendedora.

    Micaela Leandro, de 22 anos, também vivenciou momentos de desespero nesta maternidade. O caso dela aconteceu no dia 30 de agosto, quando ela chegou ao hospital com dois centímetros de dilatação e muitas dores. A equipe médica seguiu o que parece ser o protocolo da casa: disse que a dilatação não indicava trabalho de parto, passou uma receita com Buscopan e mandou Micaela para casa. No trajeto de volta para a Ilha do Governador, as dores de Micaela se intensificaram e ela entrou em trabalho de parto, mas o seu marido não tinha como escapar de um enorme engarrafamento na Linha Vermelha. Conseguiu chegar a um acostamento e pedir socorro a policiais militares que passavam pelo local em em uma viatura. De volta ao hospital, a jovem ainda passou por um parto humanizado que durou mais de cinco horas. “Como nunca ninguém me disse o que era um parto humanizado, eu fiquei apavorada, implorava por socorro, achava que ia morrer de dor e a equipe médica nem ligava, como se estivesse acostumada com aquilo. O meu filho nasceu com a cabeça roxinha, olhos inchados, placas vermelhas e uma inflamação nas narinas. Penso em nunca mais ter filho novamente. Foi traumatizante”, disse Micaela. Segundo Dione, irmã de Micaela, ao reclamar do atendimento na recepção da maternidade, uma enfermeira avisou que todos os procedimentos e escolha para parto humanizado “são ordens do prefeito Eduardo Paes e devem ser seguidas”.

    O médico obstetra Antônio Stockler esclarece que o trabalho de parto é diagnosticado quando a gestante está com três a quatro centímetros de dilatação, com contrações regulares a cada 10 minutos e perda de líquido em maior quantidade. A duração normal da gravidez vai da 37a. a 42a. semana. A cesariana deve ser indicada quando é observada durante o pré-natal qualquer intercorrência, como perda de líquido, infecção, aumento da pressão arterial da paciente. “Por isso que o pré-natal é tão importante, fundamental para a saúde da mãe e do bebê. Se o médico observar qualquer problema, deve optar pela cesariana”, disse Stokler. 

    Na opinião de Stokler, o parto humanizado pode ser uma boa escolha da gestante, mas ela precisa se preparar para esse tipo de procedimento e a equipe médica ficar atenta aos limites desse parto, para não colocar em risco a mãe e seu bebê. “Não se pode humanizar demais. Quando necessário, deve se optar logo pela cesária”, disse. Stokler exemplifica a importância da cesariana nos casos em que o bebê pode nascer com 4 kg ou mais, correndo o risco de ficar com a cabeça presa na mãe. “Se o recém-nascido ficar com a cabeça para fora e o tórax comprimido na mãe, em 10 ou 15 minutos, no máximo, ele pode morrer. Então, quando isso ocorre no parto normal, o médico deve fazer uma incisão maior na mãe e salvar os dois. Por isso que a equipe deve sempre contar com o pediatra e o anestesista. Questões financeiras não devem interferir na qualidade desse serviço”, disse o médico.

    No caso de pacientes pouco colaborativas, que não fazem muita força durante o parto normal, Stokler explica que um caminho seguro é aplicar na gestante a anestesia peridural, que elimina em parte a dor, sem afetar a capacidade de fazer força. “Mas é uma alternativa que deve ser adotada antes da mulher chegar a 4cm de dilatação, depois desse ponto não é recomendada”, afirmou. 

    Secretaria municipal de saúde comenta óbitos

    No mês passado, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio divulgou uma nota à imprensa comentando os casos de morte de bebês na Maternidade Maria Amélia. Segundo a secretaria, “o Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda realiza cerca de 450 internações obstétricas por mês, conta com excelente estrutura em termos de equipe clínica e equipamentos e apresenta indicadores de qualidade que vêm sendo reconhecidos pelo Ministério da Saúde e por instituições internacionais, como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Dentre esses indicadores está a taxa de asfixia abaixo de 1,5% em bebês com peso ao nascer maior de 2,5kg”. A nota finaliza afirmando que todos os casos de morte de maternos-infantis registradas na unidade são investigadas por comissões formadas na maternidade e na secretaria. 

    Caso na polícia

    As famílias que perderam os seus filhos na Maternidade Maria Amélia procuraram a Polícia Civil nos últimos meses para fazer o registro de ocorrência. Representadas por advogados que estão trabalhando em parceria, o grupo familiar optou por um registro coletivo feito na 5a. DP (Mém de Sá), que deu origem à ação encaminhada ao Ministério Público Estadual, pedindo investigação por crime de homicídio culposo e falsa ideologia da direção do hospital. No momento, o processo está tramitando no Tribunal de Justiça. 

    De acordo com pais que foram atendidos na maternidade, além desses crimes e muita truculência e desrespeito da equipe médica, os prontuários foram entregues com muitos erros, como idade, na identificação dos pais, nome dos recém-nascidos, tipo sanguíneo da mãe, sexo do bebê e até dados clínicos com rasuras, prejudicando a sua avaliação médica. No prontuário de menina Isabela, filha do casal Michele e Leonardo, o sexo do bebê foi marcado como masculino. 

    Enquanto a ação segue o seu curso natural na Justiça, os debates sobre parto humanizado estão ficando acalorados a cada dia no Moms! Ativistas a favor do parto humanizado tentam convencer as mulheres de que este é o melhor procedimento para as futuras mamães. Por outro lado, quem passou pela Maria Amélia chama o parto normal de “parto da morte”. 

    Em outubro, um grupo de mães fez uma manifestação na porta da Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, com o intuito de chamar a atenção da opinião pública para os fatos graves que estão acontecendo no local. Mas esse movimento é apenas o início de uma longa jornada de luta que as famílias prometem, para fazer a justiça prevalecer. 

    Carla Marins, Raquel Abreu, Michele Silva e Leonardo Freitas, Janif Costa, Sabrina Pimentel, Ariane Katlei da Silva, Mayara Lena, Priscila Souza, Micaela Leandro e muitos outros vão intensificar a luta, alertando sobre o atendimento “humanizado” na Maria Amélia, para que as futuras mamães não saiam da maternidade com os braços vazios, o corpo com marcas profundas e tendo no coração as palavras da música de Chico Buarque: “A saudade é o revés de um parto. A saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu”.

    Fonte: Jornal do Brasil

     

     

     

  2. Havaí aprova casamento gay

    Havaí se tornará o 15º estado americano a permitir o casamento gay

     

    O Havaí deu boas-vindas ao casamento gay nesta quarta-feira 13, e a partir deste mês se tornará o 15º estado americano a permitir o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo. O Senado havaiano aprovou um projeto de lei sobre a igualdade matrimonial, que deve ser firmado o quanto antes pelo governador Neil Abercrombie.

     

    Casamento gay

    Havaí se tornará o 15º estado americano a permitir o casamento gay

    “Quero felicitar os legisladores do estado do Havaí por aprovar a lei de apoio à igualdade matrimonial”, disse o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um comunicado divulgado pela Casa Branca. Na semana passada, Illinois legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas as cerimônias ocorrerão apenas a partir de junho de 2014. Até agora, o casamento gay é permitido em 14 estados dos EUA e no distrito federal de Washington. Com Illinois e Havaí, quase um terço dos 50 estados americanos apoiarão a medida. Fonte: Carta Capital

      

  3. O pedido de prisão domiciliar para Genoino

    O PEDIDO DE PRISÃO 
    DOMICILIAR PARA GENOINO, por PHA, no Conversa afiada

    Para que ele aguente com o “mínimo de dignidade” !

    O Conversa Afiada reproduz o pedido de prisão domiciliar para Genoino:

     

     

     

     

      

    1. http://en.wikipedia.org/wiki/

      http://en.wikipedia.org/wiki/Gerd_von_Rundstedt

      O Marechal de Campo Gerd von Rundestedt, o mais alto oficial do Exercito alemão a comparecer no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg foi poupado  por problemas de saude de ser inclusive julgado. Outros dois oficiais do Exercito alemão, o Marechal Wilhelm Keitel e o General Alfred Jodl foram julgados e condenados à forca. Pouparam Rundestedt, que tinha loga lista de crimes de guerra na sua ficha por MOTIVO DE SAUDE, problemas cardiacos.

      Pelo visto em Nuremberg houve mais justiça do que na Papuda.

  4. A pressa de Barbosa em prender no 15 de novembro

    As consequências do rito acelerado de Joaquim Barbosa para prender no 15 de novembro

     

    Show de Barbosa foi ar no Jornal Nacional na data pretendida: 15 de novembro (foto extraída do Blog da Cidadania)

    “Sou preso político e estou muito doente”

    Na Papuda, a saúde de José Genoino é a preocupação principal dos prisioneiros da ação penal 470

    por Paulo Moreira Leite, em seu blog na IstoÉ

    “Estamos presos em regime fechado, sendo que fui condenado ao semiaberto. Isso é uma grande e grave arbitrariedade, mais uma na farsa surreal que é todo esse processo, no qual fui condenado sem qualquer prova, sem um indício sequer. Sou preso politico e estou muito doente. Se morrer aqui, o povo livre deste pais que ajudamos a construir saberá apontar os meus algozes!” (José Genoíno, 16/11/2013)

    Presos há 72 horas na Papuda, em Brasília, a grande preocupação entre os condenados da ação penal 470 envolve a saúde de José Genoíno. 

Reunindo laudos assinados pelos médicos que atenderam Genoíno no Sírio Libanês, seus advogados já entregaram  ao STF um pedido para que ele possa cumprir pena em prisão domiciliar.

    O argumento a favor de Genoíno é que ele teve alta hospitalar, mas nunca terá alta clínica e passará o resto de seus dias sob cuidados médicos permanentes. 

Genoíno havia sido aconselhado pelos médicos a não viajar de avião em função da pressão da cabine sobre um coração fragilizado, onde os médicos substituíram a aorta ascendente por um tubo. 

Mas acabou embarcando no jato da Polícia Federal, após um exame médico no aeroporto.

    Foi sua primeira viagem de avião desde que foi operado. Genoíno passou mal na escala em Belo Horizonte e apresentava palpitações e dores no peito durante a viagem, conforme relatou ao cardiologista Daniel França, chamado pela família para que fosse examinado, por volta de 1 da manhã, quando já se encontrava na Papuda.

    No laudo feito após o exame do paciente, o doutor Daniel registra um diagnóstico de cinco pontos. Explica, entre outras coisas, que Genoíno enfrenta dificuldades “para o controle adequado da pressão arterial.”

    Também observa que tem problemas de coagulação, motivo de grande preocupação entre familiares. Conforme o laudo médico, essa situação pode produzir “sangramentos,” em determinados casos, e “trombose,” em outros. 

Outra questão envolve o regime semiaberto para aqueles prisioneiros que têm esse direito, como José Dirceu e Delúbio Soares, além do próprio Genoíno.

    Eles se encontram na Custódia Federal da Papuda. A custodia, como o próprio nome diz, destina-se a guardar presos cujo destino ainda não está definido.

    Já os presos com direito ao regime semiaberto são encaminhados para o Centro de Progressão da Pena, uma  das diversas áreas do presídio, que se assemelha a um albergue mais protegido e guardado.

    A primeira explicação para essa situação é que os mandados de prisão foram expedidos sem que todas as formalidades tivessem sido cumpridas.

    Isso facilitou o esforço de fazer prisões num 15 de novembro, aniversário da Republica.

    Mas não ajudou a preparar toda a documentação necessária para definir o regime prisional de cada condenado.

    Os prisioneiros chegaram a Papuda sem uma carta de sentença, necessária para definir exatamente a situação de cada um. Já havia passado da meia noite quando foi possível acomodá-los nas celas disponíveis.

    “A volúpia de fazer as prisões de qualquer maneira prejudicou os condenados até na burocracia,” afirma o advogado Hélio Madalena, um dos defensores de José Dirceu.

    Acredita-se que a partir desta segunda-feira será  possível que os presos sejam encaminhados para o lugar adequado mas isso não quer dizer que tão depressa poderão usufruir da principal vantagem do sistema semiaberto, que é sair do presídio para trabalhar.

    Isso porque o prisioneiro precisa demonstrar que vai pegar no batente, se possível com registro em carteira assinada e demais  formalidades.

    No caso de José Dirceu, que tem escritório, domicílio e família em São Paulo,  Brasília é hoje um local de descanso e conversas políticas – mas nada que possa ser chamado de trabalho.

    Encarregado de administrar a execução das penas, o  juiz Ademar Silva Vasconcelos terá um trabalho menos relevante do que ocorre em outros casos.

    Utilizando uma prerrogativa reservada ao Supremo, mas raras vezes empregada, Joaquim Barbosa manteve sob seus cuidados as principais deliberações a respeito do futuro de cada prisioneiro da ação penal 470.

    O juiz Ademar Silva ficará responsável por decisões de caráter administrativo e, mesmo assim, cada deliberação deverá ser avalizada pelo presidente do Supremo.

    As decisões mais importantes, no entanto, serão do próprio Joaquim Barbosa.

    Os pedidos de transferência, as solicitações de redução da pena e outras decisões que envolvem um julgamento de mérito de cada prisioneiro vão depender dele.

    Leia também:

    Rodrigo Vianna: Em andamento, a Operação Barbosa

     

     

  5. A AP 470 vs crise carcerária
    Com déficit de 88 mil vagas, governo de SP dirá à Justiça Federal que há vagas para réus da AP 470

    Segundo Secretaria de Administração Penitenciária, há 20 vagas para receber Dirceu, Genoino e os demais condenados. Porém, site da pasta mostra superpolução em penitenciária oferecida

    Por Igor Carvalho

    (Imagem: Reprocução)

    Apesar de ter o maior déficit do sistema carcerário do Brasil, o governo de São Paulo deve informar que há vagas para receber os condenados da Ação Penal 470. A informação é da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, neste sábado (16).

    Os números contestam o afã paulista em receber José Dirceu, José Genoino e os demais condenados. São Paulo possui um déficit de 88 mil vagas em seu sistema carcerário, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

    Segundo o jornal, levantamentos feitos pela administração paulista mostram que há dez vagas na Penitenciária 2 de Tremembé e outras dez no Centro de Ressocialização de Limeira.

    Porém, em seu site, a Secretaria de Administração Penitenciária informa que a capacidade da Penitenciária 2 de Tremembé é para 239 presos, mas, hoje, há 387 pessoas encarceradas. Portanto, o déficit é de 148 vagas.

    Em Limeira, a secretaria informa que a população carcerária é de 81 presos, para 140 vagas.

     

  6. STF gera ovo da serpente
    STF gera ovo da serpente67

    Mas, afinal o que está em jogo quando um país que não conseguiu punir um único torturador da ditadura militar aplaude a prisão, em plena vigência da democracia, de pessoas que combateram essa mesma ditadura?

    Por Marco Piva

    Ministro Marco Aurélio concede entrevista no intervalo da sessão que analisava o cabimento de embargos infringentes na AP 470 (Foto Nelson Jr./SCO/STF)

    Leio os comentários de notícias veiculadas na imprensa sobre a decretação da prisão dos réus da Ação Penal 470, conhecida vulgarmente como “mensalão”, e me assusto com o nível do debate que se avizinha para 2014. Um exemplo. Na matéria “Pena é injusta, diz José Dirceu em carta aos brasileiros”, divulgada no site baiano A Tarde e reproduzida no Estadao.com, três comentários, entre outros, dão a exata medida do ovo da serpente em gestação no Brasil. Vejamos: “Sr. José Dirceu, concordo que a pena foi injusta. Regime semiaberto é muito pouco pra você. Você é um bandido muito perigoso e truculento. Merecia mais, muito mais…” (Marcos Felix Valverde, 16/112013, às 10p5). Pouco antes, às 10h03,Jorge Manoel dos Santos Costa afirmou categórico: “Realmente a pena é injusta para aqueles que necessitavam dos recursos subtraídos por este lalau”. Às 9p2 desse mesmo dia (16/11), José de Barros Nascimento decretava: “LUGAR DE LADRÃO É NA CADEIA, MUDA BRASIL”. Assim mesmo, em letras garrafais.

    Não tenho a menor ideia se essas pessoas existem de verdade, se pensam da maneira que escrevem ou ainda se são simplesmente reprodutores do que ouvem e leem na mídia. O fato é que não se pode desprezar tamanha virulência na exigência do cumprimento de uma condenação baseada em um processo questionável que negou o duplo grau de jurisdição, pilar fundamental do direito de defesa em um estado democrático. Não foi outro o motivo que levou Henrique Pizzolato a se decidir pela fuga para a Itália, onde, como cidadão italiano, poderá ter um novo julgamento “em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial”.

    O “mensalão” foi um apelido dado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB/RJ) a um suposto esquema de pagamento de parlamentares para aprovação de projetos de interesse do governo do ex-presidente Lula. Dito isto em uma entrevista exclusiva ao jornal Folha de S. Paulo, virou jargão político e serviu como mote para uma batalha ideológica da oposição e da mídia que contaminou a sociedade e, por que não dizer, o próprio STF.

    Mas, afinal o que está em jogo quando um país que não conseguiu punir um único torturador da ditadura militar aplaude a prisão, em plena vigência da democracia, de pessoas que combateram essa mesma ditadura? É difícil entender essa situação para quem, como eu e tantos outros, nos debruçamos desde a nossa juventude, quase adolescência, a restituir a liberdade usurpada pelo golpe cívico-militar de 31 de março de 1964.

    Mais difícil ainda de entender quando, conquistada essa liberdade e o estado de direito, as elites conservadoras e reacionárias de sempre fazem valer sua versão de que a corrupção é o mal de todos os males do sistema político e que, portanto, merece punição exemplar. Ora, quem em sã consciência é contra essa bandeira? Ocorre que a história do “mensalão” é contada pela metade porque os denunciados são seletivamente nomeados e as provas, questionáveis, até mesmo por juristas antipetistas como Ives Granda da Silva.

    Nesse sentido, a fuga de Henrique Pizzolato para a Itália constitui a novidade nesse processo que ainda não terminou. Sem ele, não haveria condenação porque a base da Ação Penal 470 está baseada no suposto uso do dinheiro público para pagamento de parlamentares. O ex-diretor do Banco do Brasil apresentou esclarecimentos essenciais que, caso houvesse um julgamento isento de pressões políticas e midiáticas, o chamado “mensalão” tomaria outro rumo. Vejamos o que diz Pizzolato: 1) que a verba de publicidade da Visanet foi utilizada de acordo com o contrato e auditada; 2) que a liberação da verba passava pela aprovação de um comitê formado por três pessoas com cargos hierarquicamente semelhantes; 3) que, sendo assim, por que somente ele foi arrolado como réu?; 4) que a Visanet é constituída por sócios privados e públicos e não somente pelo Banco do Brasil, seu principal acionista; 5) que a auditoria interna do Banco do Brasil constatou a legalidade da ação de Pizzolato no episódio.

    Nenhum desses argumentos foram considerados pelo relator do caso, Joaquim Barbosa, que preferiu não incluí-los no processo, fatiando a Ação Penal 470 exatamente para torná-la o que acabou sendo: uma peça intimidatória, juridicamente questionável, porém politicamente eficaz porque garantiu a tese de que houve desvio de dinheiro público.

    Caso Pizzolato de fato consiga um novo julgamento na Itália e sustente suas argumentações, terá boas chances de ser inocentado e abrir um novo caminho para parte dos réus que agora cumprem suas penas. Claro está que não faltarão aqueles que ressuscitarão o tema da não extradição de Cesare Battisti para confundir o que de verdade está em jogo. Mas, uma coisa é certa: o destino da cena política brasileira, especialmente a disputa eleitoral de 2014, se transferiu momentaneamente para a Itália.

    Marco Piva é jornalista.

    PS. Segue nota divulgada por Henrique Pizzolato para justificar sua fuga para a Itália.

    Nota Pública de Henrique Pizzolato

    Minha vida foi moldada pelo princípio da solidariedade que aprendi muito jovem quando convivi com os franciscanos e essa base sólida sempre norteou meus caminhos.

    Nos últimos anos, minha vida foi devassada e não existe nenhuma contradição em tudo o que declarei seja em juízo ou nos eventos públicos que estão disponíveis na internet.

    Em meados de 2012, exercendo meu livre direito de ir e vir, eu me encontrava no exterior acompanhando parente enfermo quando fui, mais uma vez, desrespeitado por setores da imprensa.

    Após a condenação decidida em agosto, retornei ao Brasil para votar nas eleições municipais e tinha a convicção de que no recurso eu teria êxito, pois existe farta documentação a comprovar minha inocência.

    Qualquer pessoa que leia os documentos existentes no processo constata o que afirmo.

    Mesmo com intensa divulgação pela imprensa alternativa – aqui destaco as diversas edições da revista Retrato do Brasil – e por toda a internet, foi como se não existissem tais documentos, pois ficou evidente que a base de toda a ação penal tem como pilar, ou viga mestra, exatamente o dinheiro da empresa privada Visanet. Fui necessário para que o enredo fizesse sentido. A mentira do “dinheiro público” para condenar… Todos. Réus, partido, ideias, ideologia.

    Minha decepção com a conduta agressiva daquele que deveria pugnar pela mais exemplar isenção, é hoje motivo de repulsa por todos que passaram a conhecer o impedimento que preconiza a Corte Interamericana de Direitos Humanos ao estabelecer a vedação de que um mesmo juiz atue em todas as fases de um processo, a investigação, a aceitação e o julgamento, posto a influência negativa que contamina a postura daquele que julgará.

    Sem esquecer o legítimo direito moderno de qualquer cidadão em ter garantido o recurso a uma corte diferente, o que me foi inapelavelmente negado.

    Até desmembrarem em inquéritos paralelos, sigilosos, para encobrir documentos, laudos e perícias que comprovam minha inocência, o que impediu minha defesa de atuar na plenitude das garantias constitucionais. E o cúmulo foi utilizarem contra mim um testemunho inidôneo.

    Por não vislumbrar a minha chance de ter um julgamento afastado de motivações político-eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente, fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália.

    Agradeço com muita emoção a todos e todas que se empenharam com enorme sentimento de solidariedade cívica na defesa de minha inocência, motivados em garantir o estado democrático de direito que a mim foi sumariamente negado.

     

  7. O MINISTERIO DA JUSTIÇA E O

    O MINISTERIO DA JUSTIÇA E O PODER NA REPUBLICA – O mais antigo dos Ministerios, o primeiro a contrassinar os atos presidenciais, ocupado pelos mais ilustres politicos ou juristas brasileiros, o Ministerio da Justiça segue a tradição francesa que vem de longa trajetoria, a do Chanceler dos Reis Merovingios, o primeiro cargo na França vem do ano 481 e o primeiro Chaanceler foi Remi de Reims. Posteriormente o cargo foi fundido com o de Guarda Selos , passando a ser nominado como Le Ministre de Justice e Gardes des Scaux, sendo a função que vem desde o Ancien Regime a de ser esse potentado o Ministro do Justiça e Guardador do Selo do Estado, selo esse que era aposto em todos os atos do Estado para garantir sua legitimidade.

    O cargo na França foi ocupado por grandes personagens da Historia como Danton, Cambaceres, e destes muitos posteriormente foram Primeiro Ministros ou Presidentes como Leon Bourgeois, Aristide Briand, Pierre Laval, Paul Reynaud, Vincent Auriol, Edgar Faure, Robert Schuman, François Mitterand, Michel Debré, Rene Pleven e outros que não me recordo.

    Não uso o paralelo dos EUA porque o modelo americano é muito diferente do nosso, lá os cargos de Procurador Geral (Attorney General) e Ministro da Justiça são um só. O Attorney General é ao mesmo temo Chefe do Departamento de Justiça e os Procuradores Federais, que são  93, são funcionarios do Departamento de Justiça, não há portanto nos EUA o conceito de Ministerio Publico independente.

    O Ministro da Justiça representa o Estado logo depois do Presidente. Na tradição francesa o Poder Judiciario não é o Estado, e apenas parte das instituições do Estado e seu interlocutor natural é o Ministro da Justiça. No Brasil, a partir da Nova Republica passou-se a ver o Ministerio da Justiça como uma mera instancia burocratica que controla repartições e serviços administrativos vários e não como linha de frente da ação politica da Presidencia, como era desde o primeiro Ministro da Justiça, Caetano Pinto e por ele passaram  grandes operadores da politica como Oswaldo Aranha, Negrão de Lima, Tancredo Neves e Armando Falcão. Mesmo na Nova  Republica  nomes de operadores politicosde 1ª linha ocuparam a pasta como Fernando Lyra, Paulo Brossard, Saulo Ramos, Jarbas Passarinho, Nelson Jobim.

    Esses Ministros se movimentavam com grande presença e autoridade frente ao Congresso e ao Poder Judiciario.

    Nos ultimos anos o Ministerio apequenou-se, perdeu força e presença politica, ficou insignificante, jogou fora seu papel institucional historico, virou uma pasta secundaria. No regime militar (isto é um relato historico) o Minsterio da Justiça é quem redigia os Atos Institucionais e a Constituição de 67 foi nele preparada, depois dos quarteis era lá onde estava o poder, o mesmo tendo ocorrido no Estado Novo, aliás Ministro da Justiça  que redigiu a Constituição do Estado Novo redigiu o Ato Institucional nº 1 do Governo Militar (Francisco Campos).

    No caso da prisão de lideres do PT e outros condenados do mensalão, o MJ não teve qualquer posição quando poderia com total autoridade:

    1.Devolver mandados de prisão incompletos.

    2.Executar mandados na 2ª feira, a cronologia da execução faz parte das atribuições da autoridade policial, não é prisão em flagrante e caso de perseguição policial, é prisão em cumprimento de sentença.

    3.Como são muitos mandados, organizar as apresentações de modo mais racional, na avaliação da autoridade policial e em sigilo, não divulgando horarios e trajetos para evitar constrangimentos aos apenados, um direito inequivoco dos prisioneiros, eles não tem que ser material de repulsiva exposição pela TV, como em show de BBB.

    Mas para exercer sua autoridade é preciso assumir a autoridade e não ter medo de enfrentamentos.

    É o Ministerio quem tem a força policial, não a Justiça e a ação policial é determinada pelo Ministro da Justiça e pelo Diretor da Policia Federal, a Justiça expede a ordem mas quem organiza a sequencia é a autoridade policial desde que evidentemente ela tenha respaldo do seu superior que no topo da piramide tem o Ministro da Justiça que não tem que se submeter a qualquer ordem que ele julgue irregular. Ou será que alguma vez o Supremo mandou prender um Ministro da Justiça por descumprimento de ordem judicial? Não conheço registro historico de tal fato.

  8. Estamos aqui Genoino

    A todos que ainda não assinaram, agora mais do que nunca o Genoino precisa de nosso apoio, assinem e divulguem:

    http://grupoge.dreamhosters.com/

    Nós estamos aqui!

    Somos um grupo grande de brasileiros iguais a você, 
    que deseja um país melhor.

    Estamos aqui para dizer em alto e bom som que José Genoino 
    é um homem honesto, digno, no qual confiamos.

    Estamos aqui porque José Genoino traduz a história de toda 
    uma geração que ousa sonhar com liberdade, justiça e pão.

    Estamos aqui, mostrando nossa cara, porque nos orgulhamos de 
    pessoas como ele, que dedicam sua vida para construir a democracia.

    Genoino personifica um sonho. O sonho de que um dia teremos uma 
    sociedade em que haja fraternidade e todos sejam, de fato, iguais perante a lei.

    1. Esse post deveria ser

      Esse post deveria ser colocado nas Postagens do Dia, a fim de que colegas que ainda não assinaram  em solidariedade à Genoíno, tenham oportunidade de fazê-lo.  Obrigada. Marly

  9. “The act of Killing”

    Vejam nos vídeos postados no final, uma marcante cena e o trailer oficial; matéria retirada do Diario. info (http://www.odiario.info/?p=3089)

    “The act of Killing”, um extraordinário documento

    Os Editores

    16.Nov.13 :: Outros autores

    Um realizador norte-americano empreendeu a tarefa de documentar a chacina anti-comunista levada a cabo na Indonésia em 1965. O monstruoso massacre de um milhão de homens e mulheres, encorajado e saudado pelo imperialismo, surge reencenado por um dos seus principais perpetradores, pessoalmente responsável por mais de mil mortes. O filme foi estreado em Espanha a 30 de Agosto. Esperemos que venha a ser visto em Portugal.

    Um realizador de cinema pede a um assassino que recrie, em filme, as torturas e crimes que cometeu na vida real. Este, encantado com a oferta, dispõe-se a isso com entusiamo e diligência. O resultado da experiência é uma alucinação cinematográfica que adquire proporções épicas quando se descobre que o criminoso é um dos líderes mais sanguinários dos esquadrões da morte na Indonésia, bandos de carniceiros que, em 1965, acabaram com a vida de um milhão de pessoas em menos de um ano. The Act of Killing, de Joshua Oppenheimer, é a consequência desse assustador delírio de fama dos genocidas indonésios que, no entanto, hoje vivem como heróis no seu país. O filme estreou em 30 de Agosto em Espanha.

    Werner Herzog, um dos realizadores mais talentosos do cinema documental, revelou publicamente o seu assombro perante The Act of Killing. “Não vi um filme tão poderoso, surreal e aterrador em pelo menos uma década”, disse, acertando em cheio nos cinco adjectivos e na ordem com que os empregou. Tão impressionante, tão demente é a história deste filme, que a primeira reacção perante o mesmo é de surpresa. Uma espécie de estupefacção que se transforma em perturbação e confusão, antes de se transformar em espanto e, finalmente, em algo muito parecido com a angústia física.

    Os Esquadrões da Morte

    Anwar Congo, um dos cabecilhas dos Esquadrões da Morte que actuaram na Indonésia depois do golpe militar contra o Presidente Sukarno, é a estrela deste filme. Este verdugo, responsável, de acordo com as suas palavras, pela tortura e assassinato, com as suas próprias mãos, de mais de mil pessoas, encena perante a câmara os crimes que cometeu, explica como perpetrava as suas agressões e vangloria-se de se ter para isso inspirado em filmes de gângsteres que estreavam no cinema.

    Assassino do grande ecrã, na sua juventude, ele e os seus amigos controlavam o mercado negro dos bilhetes. O exército recrutou-os depois do golpe para os esquadrões da morte porque sabia que odiavam os comunistas (que eram quem mais boicotava os filmes dos EUA, as mais rentáveis nos cinemas) e já haviam demonstrado que eram capazes de qualquer acto de violência. Hoje, quase cinquenta anos depois, Anwar Congo é uma figura venerada na Indonésia.

    Fundador de uma poderosíssima organização paramilitar (Juventud de Pancasila), que integra publicamente ministros do Governo, tratada com todas as honras. É a imagem, o símbolo, de um país demente, que aplaude a corrupção e a violência. Um país em que genocidas são convidados de luxo em programas de televisão, onde se alongam sobre os seus projectos cinematográficos e sobre os seus aterradores assassinatos reais. Um país onde boa parte da população continua a viver completamente aterrorizada e que é apoiado pelo resto do planeta.

    Palavra de genocida

    “Matar é proibido, por isso todos os assassinos são castigados, a menos que matem em grandes quantidades e ao som das trombetas”. As palavras, que são de Voltaire, abrem este filme, em que se conjugam cenas de tiroteio pavorosas e em que trabalham os criminosos, com imagens dos mesmos noutras situações e perante a câmara, respondendo às perguntas da equipa de Oppenheimer.
    “- Como é que exterminou os comunistas?”

    “- Matámo-los todos. Foi isso o que se passou.”

    “Não importa se acaba no ecrã gigante ou na televisão”, disse Anwar Congo, referindo-se ao filme que estão a filmar e antes de acrescentar: “Temos de demonstrar que é esta a história, que isto é o que somos, para que as pessoas no futuro se lembrem.” Um esforço tardio depois de falar perante as câmaras deste documentário, pois é absolutamente impossível esquecer o que contam, como contam e, pior, como o comemoram.

    Anwar Congo dança vestido como um gangster do cinema, depois de mostrar o sítio onde executava as torturas. “No princípio, espancávamo-los até à morte, mas havia mesmo muito sangue (…). Quando limpávamos, o cheiro era terrível. Para evitar o sangue, tínhamos um sistema”. Dito isto, uns passos de chá-chá-chá. Assustador.

    “Matar pessoas que não queriam morrer”

    Testemunhos como este ocorrem ao longo de todo o filme e não são apenas procedentes da memória de Anwar Congo. Um editor de imprensa (“o meu trabalho era fazer com que o público odiasse os comunistas”), um líder paramilitar local que faz perante as câmaras uma ronda de extorsão exigindo dinheiro, o próprio vice-presidente do país, outro verdugo da época, um membro do Parlamento de Sumatra do Norte ou o subsecretário da Juventude e do Desporto trazem os seus contributos pessoais ao documentário, observando uma das coisas mais surpreendentes, a absoluta banalidade com que todos concebem o genocídio e a perfeita impunidade que construíram em seu redor.

    Anwar Congo reconhece que torturou e matou cerca de mil pessoas com as suas próprias mãos.

    “Quantas pessoas matou?”, pergunta a Anwar Congo, com um sorriso deslumbrante, uma apresentadora da TVRI, televisão pública da Indonésia. “Umas mil”, responde ele, também sorridente. Assustador e, ao mesmo tempo, lógico. No fundo, Anwar Congo e os seus colegas torturadores estão aqui a fazer publicidade, promovendo o filme que rodaram descrevendo os seus assassinatos.

    A aberração chegou aqui ao seu ponto culminante. Passaram quase duas horas desde que começou o filme e o espectador assistiu ao grotesco espectáculo da fanfarronice de uns assassinos em massa. Durante todo esse tempo, ter-se-á interrogado, seguramente várias vezes, “como é possível viver com isto e nem sequer se arrepender?” A resposta é que provavelmente não é possível.

    “Sei que os meus pesadelos são causados pelo que fiz, matar gente que não queria morrer”, disse num momento do documentário Anwar Congo, cada vez mais afectado pelo processo de filmagem e a quem a câmara de Oppenheimer também grava enquanto interpreta o papel de vítima numa das suas recriações. É um momento chave para o genocida e para o filme, este em que o assassino se põe no lugar das suas vítimas. É uma sequência que leva ao final deste documento. E aqui as turbulências emocionais por que passou o espectador são tantas e tão profundas que é muito difícil dizer se esse homem (em que agora algo mudou) está arrependido ou se o que sente é asco perante o mar de sangue provocado, ou se realmente não queria entender e agora, por fim, entendeu o que significa o acto de matar.

    “Uma técnica de rodagem para tentar compreender”
    Vencedor de muitos prémios, este filme foi concebido depois de três anos em que o realizador Joshua Oppenheimer se dedicou a filmar os sobreviventes dos massacres de 1965 e 1966. Durante esse tempo, a equipa de filmagem foi ameaçada, perseguida e avisada para que deixasse o país. No entanto, “os assassinos estavam mais que dispostos a ajudar-nos e, quando os filmámos gabando-se dos seus crimes contra a humanidade, não encontrámos nenhuma oposição. Abriram-nos todas as portas”. E então, no que Oppenheimer chamava essa estranha situação”, teve início um novo começo do filme.

    Propuseram aos gângsteres filmarem o seu próprio filme, fazendo de si mesmos e de vítimas. “Os protagonistas sentiam-se seguros explorando as suas memórias e sentimentos mais profundos, e o seu humor mais negro. Eu sentia-me seguro interrogando-os continuamente sobre o que fizeram, sem temer que me prendessem ou batessem”.

    “Desenvolvi uma técnica de filmagem através da qual tentei compreender por que razão a extrema violência, que muitos consideramos impensável, é não apenas possível, como se exerce como uma rotina. Tentei compreender o vazio ético que torna possível que os responsáveis pelo genocídio sejam homenageados na televisão pública com aplausos e sorrisos”, diz o realizador. “É assim que tentamos trazer luz sobre um dos capítulos mais escuros da história da humanidade, tanto local como global, e mostrar os custos reais da cegueira, do oportunismo e da incapacidade de controlar a ganância e a ânsia de poder numa sociedade mundial cada vez mais unificada. Em última análise, esta não é uma história sobre a Indonésia, é uma história sobre todos nós.”

    O Golpe Militar de 1965

    Em 1965, o Governo Indonésio foi derrubado pelos militares. Sukarno, o primeiro presidente da Indonésia, fundador do movimento não alinhado e líder da revolução nacional contra o colonialismo holandês, foi destituído e substituído pelo General Suharto. O Partido Comunista Indonésio (PKI), que havia apoiado firmemente o Presidente o Presidente Sukarno, que não era comunista, foi proibido de imediato. Na véspera do golpe, o PKI era o maior partido comunista do mundo fora de um país comunista.

    Depois do golpe militar de 1965, qualquer pessoa poderia ser acusada de ser comunista: sindicalistas, agricultores sem terras, intelectuais, chineses… “Em menos de um ano e com a ajuda directa de certos governos ocidentais, mais de um milhão destes comunistas foram assassinados”, assegura a equipa de The Act of Killing.

    Os EUA aplaudiram o massacre, que consideraram “uma grandiosa vitória sobre o comunismo”. A revista Time informava que era uma das melhores notícias para o Ocidente em anos, na Ásia”, enquanto o The New York Times escrevia: “Um raio de luz na Ásia”.

    Tradução de André Rodrigues

     

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=W7tQAFSqVDc%5D

     

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=tQhIRBxbchU%5D

    1. Cuidado, Dilma! A Indonésia pode ser aqui

      Aqui nós não temos mais comunistas. Mas temos PTistas. E o Barbosa e a mídia querem colocá-los todos (os petistas) na cadeia. Mas eu não duvido nada que de repente comece uma matança. A mídia transformou os réus do chamado “mensalão” em bandidos de alta periculosidade e pode facilmente sugerir que eles sejam literalmente linchados em qualquer lugar a qualquer hora, inclusive pelos presos que se encontram no mesmo estabelecimento prisional que eles. Anwar Congo é uma figura venerada na Idonésia. Aqui nós temos o Barbosa.

      Cuidado Lula, cuidado Dilma!

      Um conselho à Presidenta Dilma, e vou logo avisando que não se trata de uma brincadeira: Presidenta, vá a agência do BB ou da Caixa Econômica  onde a senhora tem a conta corrente e na qual é depositado o seu salário de Presidenta da República. Entregue uma declaração por escrito ao gerente da agência socitando ao mesmo que a senhora seja avisada imediatamente a respeito de qualquer depósito bancário suspeito que tenha sido creditado em seu nome. Peça ao gerente para assinar uma via da declaração a ser entregue.

      Presidenta, não brinque com a canalhice e a criminalidade dos Anwar Congo do nosso país: eles são milhares e dissiminam diariamente um ódio tão violento contra o PT (não sou filiado, embora tivesse pensado no assunto neste final de semana) e contra as políticas sociais do seu governo, que a Senhora nem imagina. Eles se encontram disfarçados de jornalistas nas redações dos  jornais, revistas e redes de televisão do nosso país e são terroristas inescrupuloso. Portanto, não confie nessas pessoas. Elas são capazes de tudo, absolutamente tudo.

  10. O Índice de Escravidão Global 2013

    Esta é a primeira edição do Índice de Escravidão Global, produzida pela Fundação WALK FREE e seus parceiros. É o primeiro índice de sua espécie – fornecendo uma estimativa, país por país, do número de pessoas que vivem hoje em escravidão moderna, considerando suas várias formas. 

    VISÃO GLOBAL – O Índice de Escravidão Global fornece um ranking de 162 países, refletindo uma medida combinada de três fatores: a prevalência estimada de escravidão moderna pela população, o casamento infantil , e o tráfico de pessoas dentro e fora do país. A medida é fortemente ponderada para refletir o primeiro fator, a prevalência. O número 1 do ranking é o pior, o 160 é o melhor.  O Índice também examina os fatores de risco e descreve a força das respostas dos governos (nos extremos do ranking) na luta contra a escravidão moderna.  De acordo com o Índice, a prevalência (percentual) de pessoas em escravidão moderna é maior em … 1º- MAURITÂNIA 2º- HAITI 3º- PAQUISTÃO ;  4º- ÍNDIA ;  5º- NEPAL ;  6º- MOLDÁVIA ;  7º- BENIN ;  8º- COSTA DO MARFIM ;  9º- GAMBIA ; 10º- GABÃO ; …..  ;  94º- BRASIL .   No entanto, quando considerado em termos absolutos, o ranking dos países com o maior número de pessoas escravizadas muda consideravelmente…. 1º- ÍNDIA ;  2º- CHINA ;  3º- PAQUISTÃO ;  4º- NIGÉRIA ;  5º- ETIÓPIA ;  6º- RÚSSIA ;  7º- TAILÂNDIA ;  8º- REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO ;  9º- MIANMAR ; 10º- BANGLADESH .  Tomados em conjunto, estes dez países respondem por 76% da estimativa total de 29,8 milhões de pessoas escravizadas.   ***  (trechos acima baseados na tradução automática, com destaques meus)   Nos links, definições, detalhes e acesso ao Relatório completo – disponível gratuitamente para download, impressão ou consulta online, com Tabelas interativas. Por enquanto em inglês ; em breve, também em francês, espanhol e árabe.   http://www.globalslaveryindex.org/   ***   http://walkfreefoundation.org/ 

  11. Ontem neste espaço fiz uma

    Ontem neste espaço fiz uma exortação com o título de BASTA! na qual deplorei o quanto esse tema mensalão tem quase monopolizado o debate político no país. Chegou ao nível do insuportável. E as razões para isso são bem claras: a carência de argumentos e a falta de propostas da frente oposicionista composta por partidos políticos e parte da mídia compromissada.

    Faltou explicitar, entretanto, que esse BASTA! não inclui em hipótese alguma a desistência pela busca da verdade dos fatos no que diz respeito a essa Ação Penal 470. Nunca é tarde para se fazer justiça ou evitar injustiças. Se juridicamente só resta uma eventual Revisão Criminal, politicamente há todo um caminho a pecorrer, a começar pelo esforço de, mais do que nunca, lutar para reeleger a presidenta Dilma e o PT aumentar sua bancada no Congresso.

    É possível, sim, se fazer desse limão uma limonada. O apelo a essa bengala mensalão se nas eleições anteriores foi inóquo, em 2014, ao contrário, poderá, se a frente oposicionista insister nele, ser um tiro no pé.

    Espero mais ousadia da presidenta Dilma nesse último ano de governo. Na seara política uma (re) aproximação com os movimentos sociais, estamento que historicamente foi a base do PT. Idem para o segmento jovem da população e a parcela hoje não desprezível dos aposentados. Tornar mais funcional o suporte de Comunicação do governo, talvez o mais crítico. Na área econômica implementar novos investimentos na infraestrutura e concluir os que estão em curso. Na gestão adotar medidas de impacto, em especial nas áreas da sáude e segurança pública.

    Apesar dos pesares, o PT ainda continua sendo o maior partido do país e Lula uma referência inconteste. Temos que esquecer as mágoas e os ressentimentos.  Elevar os ânimos e soerguer a cabeça. 

    Para eles restará apenas o ódio. 

     

  12. Retrospectiva golpista

     

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=Sv55JusfEC8 width:560]

     

     GOVERNADOR ARRUDA FORA DA MATRIX [video:http://www.youtube.com/watch?v=ysgPziWddxo WIDT:560] DEMÓSTENES TORRES O REI DA ÉTICA DA VEJA 

    Video que explica pra você direitinho as capas e matérias da veja acima

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=z_A4pkfLrqI width:560]

     

    Armação da globo contra o pt em 2010

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=nrvEHJB9c-8 width:560]

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=fflexHpGa30 width:560]]

     

    são essas armações que surgem contra os petistas, e não é só contra eles, é contra o Brasil mesmo

  13. http://www.brasil247.com/pt/2

    http://www.brasil247.com/pt/247/brasilia247/121066/Falta-algu%C3%A9m-na-Papuda.htm

    Joaquim Barbosa é um fora-da-lei

    Por Breno Altman, especial para o 247

    O ministro Joaquim Barbosa tem oferecido fartas provas que seu comportamento, no curso da Ação Penal 470, destoa dos preceitos legais que jurou cumprir e defender. Mas foi às raias do absurdo nos últimos dias, ao ordenar a prisão de determinados réus através de medidas que confrontam abertamente as próprias resoluções do STF.
    A decisão sobre os petistas José Dirceu, Genoíno e Delúbio Soares, entre outros apenados, foi cristalina: deveriam começar a cumprir imediatamente sentenças sobre as quais não há embargos infringentes em discussão. Como nenhuma dessas condenações excede oito anos, as punições deveriam ser aplicadas, desde o primeiro minuto, em regime semiaberto. Mas os presos estão sendo vítimas de uma aberrante ilegalidade, submetidos ao sistema mais drástico de execução da pena, em regime fechado.

    O mandado de prisão assinado pelo chefe do Poder Judiciário simplesmente não especifica a modalidade carcerária. Como é de supor que o ministro Barbosa seja mais capacitado que um estudante de Direito, somente se pode concluir que o país assiste a uma solerte manobra, cujo objetivo é humilhar os réus e açular a alcateia de lobos famintos que serve de fã-clube ao douto juiz.

    Essa não foi, porém, a única arbitrariedade recentemente cometida por Joaquim Barbosa. Ao obrigar o traslado dos presos para Brasília, atropelou norma da Lei de Execuções Penais, que concede a qualquer réu o direito de cumprir pena em local próximo a sua moradia, ao seu trabalho e a sua família. O ministro não esconde, também nesse ato, sua vontade de criar obstáculos e constrangimentos contra cidadãos pelos quais nutre o ódio dos déspotas.

    Não há crime maior, na democracia, que a violação da Constituição e de direitos dos cidadãos por autoridades que têm obrigação de zelar e proteger o bem público. Cabe ao presidente da Corte Suprema o papel de guardião máximo dessas garantias constitucionais. Caracteriza-se crime de Estado quando, no desempenho de suas funções, autoridade desse naipe abusa do poder, rompe a legalidade, comanda perseguições e estabelece conduta de exceção.

    Os advogados dos réus já ingressaram com petições contra estes ultrajes, que esperam ver revogados nas próximas horas. O que está em jogo, no entanto, são mais que prerrogativas das vítimas de um tirano togado. A democracia brasileira não pode aceitar atos dessa natureza e deve punir duramente os responsáveis por atentados contra o Estado de Direito.

    O ministro Joaquim Barbosa passou dos limites. Associado ao que há de pior na imprensa e na sociedade brasileiras, produziu um processo farsesco, a revelia de provas e testemunhos, forjando uma narrativa que servia aos interesses da casa grande. Havia, contudo, alguma preocupação em manter as aparências e em respeitar ao menos as formalidades legais. Dessa vez mandou às favas qualquer cuidado com a lei, a Constituição e o decoro.

    A gravidade da situação vai além das obrigações técnicas de defensores profissionais. Diante da tirania, só cabe a repulsa e a indignação. Se necessário, a rebeldia. Oxalá os pares de Barbosa não subscrevam suas atitudes torpes. Se a coragem fosse um atributo da vida política brasileira, esse homem deveria estar respondendo por seus malfeitos.

    Quanto mais passa o tempo, maior a sensação de que falta alguém lá na Papuda. O país não pode conviver com um fora-da-lei na presidência da Corte Suprema.

    Breno Altman é jornalista, diretor editorial do site Opera Mundi e da revista Samuel.

  14. Começar de novo

     

    Vejo mais como uma pausa para um recomeço:

    Hildegard Angel @hilde_angel 27 min
    Incrível número hoje de indignados no Twitter se filiando ao PT em atos de protesto contra prisões dos “Zés” de ontem. A onda vermelha pegou. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 

    “segue o link p/ pedido de filiação, e caso eles demorem a  , não deixe de procurar o diretorio da sua cidade/ bairro, eu quero tanto esta filiação que espero ansiosa a segunda feira para ligar p/ o diretorio do PT aqui de minha cidade” (Ana Bednarski)

    http://acao.pt.org.br/page/s/mobilizebrasil

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=gg8ZIonUyS0%5D

  15. GREENHALGH DENUNCIA BARBOSA E

    GREENHALGH DENUNCIA BARBOSA E COBRA CARDOZO

    Edição247- Roosewelt Pinheiro-ABr / Reprodução / Folhapress / Gil Ferreira-Agência CNJ / Marcelo Camargo-ABr:

     

    Em entrevista ao 247, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, que defendeu perseguidos políticos durante a ditadura militar, diz estar vivendo uma experiência ainda pior do que a do passado; “hoje, direitos da cidadania duramente conquistados estão sendo estraçalhados em plena democracia”; segundo ele, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, agiu de modo “deliberado” para impor um constrangimento ilegal dos réus condenados ao regime semiaberto; Greenhalgh também demonstra preocupação com o estado de saúde de José Genoino: “Eu o vi muito doente”; em Brasília, ele revela bastidores do caso e cobra uma atitude do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: “um ministro da Justiça não pode se calar diante do arbítrio”

     

    18 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 10:04

     

    Brasília 247 – Advogado de vítimas da ditadura militar, Luiz Eduardo Greenhalgh, que já foi deputado federal pelo PT, desembarcou em Brasília no fim de semana para acompanhar de perto o tratamento que seria dado aos réus José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, que foram condenados à prisão em regime semiaberto, mas que, na prática, estão submetidos a um regime fechado, em razão de decisões – segundo ele, ilegais – tomadas justamente por quem deveria zelar pelo cumprimento das leis: o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. “Estou estarrecido”, disse Greenhalgh ao 247. “Hoje, em plena democracia, direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros estão sendo estraçalhados”.

    Segundo Greenhalgh, Barbosa a transferência dos presos para Brasília foi a primeira ilegalidade, uma vez que a lei determina que o regime semiaberto seja cumprido onde os réus trabalham e têm residência, ou seja, São Paulo, no caso dos três ex-dirigentes do PT. “Colocá-los naquele avião foi um gesto desnecessário, midiático, oneroso para os cofres públicos e que será revertido, uma vez que eles não poderão permanecer em Brasília”.

    Em seguida, segundo Greenhalgh, Barbosa encaminhou as ordens de prisão não ao juiz titular da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Ademar Silva Vasconcelos, mas ao juiz Bruno Silva Ribeiro, que estava de férias. “Tudo isso foi deliberado e milimetricamente calculado para que os presos ficassem mais tempo submetidos a um regime de prisão ilegal”, diz Greenhalgh. Ele afirma ainda que, enquanto Dirceu, Genoino e Delúbio estavam submetidos a um constrangimento irregular, Barbosa foi ao Rio de Janeiro, a um clube, e depois embarcou para um congresso.

    Por que razão as cartas de sentença não caíram nas mãos do juiz titular? Na visão de Greenhalgh, isso impediu que a defesa tivesse acesso aos documentos e a qualquer possibilidade de defesa. Durante quatro horas, relata Greenhalgh, os presos ficaram em frente à Papuda porque as autoridades de Brasília não poderiam acolhê-los. O impasse só foi resolvido quando se decidiu que eles seriam transferidos para uma área, dentro do presídio, que fica sob responsabilidade do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.

    Greenhalgh afirma ainda que Ademar Silva Vasconcelos decidiu não abrigar os presos na Papuda porque não tinha acesso às cartas de sentença. Por isso mesmo, eles dormiram nessa ala do presídio que ainda fica sob a custódia da Polícia Federal – uma espécie de área de transição.

    Greenhalgh não poupa as palavras ao se referir a Joaquim Barbosa. “Ele fez uma suprema lambança”, afirma. “Agiu de modo ilegal, arbitrário e movido por desejo de vingança, o que será ainda mais grave se ficar confirmado seu projeto de se tornar candidato”. O advogado ecoa as palavras de Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e diz que os demais ministros do STF devem agir rapidamente para restaurar a dignidade da casa.

    O que Greenhalgh define como “suprema lambança” ainda criou uma situação inusitada. Ele lembra que a Constituição brasileira determina que nenhuma violação de direitos fundamentais deixará de ser apreciada pelo Poder Judiciário. No entanto, os ministros do STF já decidiram que decisões da corte não são passíveis de revisão. “Estamos diante de uma situação surreal e esdrúxula, onde quem viola a lei é quem deveria zelar por ela, o presidente do STF, Joaquim Barbosa”.

    Após visitar os três, Greenhalgh afirmou que todos mantêm bom estado de espírito, mas se disse muito preocupado com José Genoino. “Eu o vi muito doente”. Ele afirmou que ouviu de todos que nenhum deles quer qualquer privilégio. “Mas todos exigem que sejam respeitados integralmente os seus direitos”, afirma. “Dirceu e Delúbio devem cumprir o semiaberto em São Paulo e o Genoino, diante do seu estado de saúde, tem direito à prisão domiciliar”.

    Por fim, o advogado cobra uma posição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “Ele não pode se calar diante do arbítrio”, afirma. “É ministro da Justiça de um país onde estão sendo cometidas sérias arbitrariedades contra os direitos dos seus cidadãos”. Ou seja: segundo Greenhalgh, não se trata de uma questão partidária, mas de defesa da própria cidadania. “O ministro tem que vir a público urgentemente”.

    http://www.brasil247.com/+7y9bv

     

     

     

    1. Mais uma palavra segura que a

      Mais uma palavra segura que a dita dura nunca houve, pois repeitava os direitos humanos e todos tinham julgametno justos.

  16. Destinos cruzados: a vida de Genoíno e a saúde da democracia

    Maturidade não é sinônimo de complacência. Afrontar o despotismo é um predicado intrínseco à vida democrática.

    Por: Saul Leblon

    Arquivo

    Um déspota de toga não é menos ilegítimo que um golpista fardado.

    A  justiça que burla as próprias sentenças, mercadejando ações cuidadosamente dirigidas ao  desfrute da emissão conservadora, implode o alicerce da equidistância republicana que lhe confere o consentimento  legal e a distingue  dos linchamentos falangistas.

    Joaquim Barbosa age na execução com a mesma destemperança  com que se conduziu na relatoria da Ação Penal  470.

    A personalidade arestosa que se avoca uma autoridade irretorquível mancha a toga com a marca da soberba,  incompatível com o equilíbrio que se espera de uma suprema corte.

    Desde o início desse processo é nítido o seu propósito de atropelar o rito, as provas e os autos, em sintonia escabrosa com a sofreguidão midiática.

    Seu desabusado comportamento exalava o enfado de quem já havia sentenciado os réus, sendo-lhe maçante e ostensivamente desagradável submeter-se aos procedimentos do Estado de Direito.

    O artificioso recurso do domínio do fato, evocado inadequadamente como uma autorização para condenar sem provas,  sintetiza a marca nodosa de sua relatoria.

    A expedição de mandatos de prisão no dia da República e no afogadilho de servir à grade da TV Globo,  consumou a natureza viciosa de todo o enredo.

    A exceção do julgamento reafirma-se na contrapartida de uma execução despótica de sentenças sob o comando atrabiliário de quem não  hesita em colocar vidas em risco se o que conta é servir-se da lei e não servir à lei.

    A lei faculta aos condenados ora detidos o regime semi-aberto.

    A pressa univitelina de Barbosa e do sistema midiático, atropelou  providências cabíveis para a execução da sentença, transferindo aos condenados o ônus da inadequação operacional.

    Joaquim Barbosa é diretamente responsável pela vida  do réu José Genoíno, recém-operado, com saúde abalada ,que requer cuidados e já sofreu dois picos de pressão em meio ao atabalhoado  trâmite de uma detenção de urgência cinematográfica.

    Suponha-se que existisse no comando da frente progressista brasileira uma personalidade dotada do mesmo jacobinismo colérico exibido pela toga biliosa.

    O PT e as forças democráticas brasileiras, ao contrário,  tem dado provas seguidas de maturidade  institucional  diante dos sucessivos atropelos cometidos no  julgamento da AP 470.

    Maturidade não é  sinônimo de complacência.

    O PT tem autoridade, portanto, para conclamar partidos aliados, organizações sociais, sindicatos, lideranças políticas e intelectuais a uma vigília cívica em defesa do Estado de Direito.

    Cumpra-se imediatamente o semi-aberto,  com os atenuantes que forem  necessários para assegurar o tratamento de saúde de José Genoíno.

    Justificar a violação da lei neste caso, em nome de um igualitarismo descendente que, finalmente, nivela  pobres e ricos no sistema prisional, é a renúncia à civilização em nome da convergência da barbárie.

    Afrontar o despotismo é um predicado intrínseco à vida democrática.

    Vista ele uma farda  ou se prevaleça de uma toga, não pode ser tolerado.

    A sorte de Genoíno, hoje, fundiu-se ao destino brasileiro.

    Da sua vida depende a saúde da nossa democracia.

    E da saúde da nossa democracia depende a sua vida.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Destinos-cruzados-a-vida-de-Genoino-e-a-saude-da-democracia/29571

  17. A difícil arqueologia de um dos maiores centros de tortura

    A difícil arqueologia de um dos maiores centros de tortura da ditadura

    Ex-presos, parlamentares e ativistas visitam a antiga sede do Doi-Codi, em São Paulo, onde morreram Virgilio Gomes e Vlado, entre dezenas de vítimas. Local pode virar um centro de memória

    Por Vitor Nuzzi, da RBA

    Eduardo Anizelli/Folhapress 

     

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    Entre cobranças e críticas, parlamentares e militantes torturados pela ditadura remontaram a memória

    São Paulo – Inquietos ou serenos, antigos “hóspedes” do mais conhecido centro de torturas do período autoritário vão reconhecendo o terreno hostil para onde foram levados entre o final dos anos 1960 e início dos 1970. O local, entre a Vila Mariana e o Paraíso, tradicionais bairros da zona sul de São Paulo, sede do 36º DP, abrigava a Operação Bandeirante (Oban) e o Doi-Codi, onde se contam 52 mortos sob tortura. O prédio – que tem um processo de tombamento sob análise do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) – está descaracterizado, o que confundiu alguns ex-torturados na visita de hoje (11), que começou por volta de 10p0, organizada pela Subcomissão da Verdade e Memória do Senado Federal. Eles coincidiram em um ponto, na identificação da sala de torturas onde morreu, entre outros, Virgilio Gomes da Silva, em setembro de 1969.

    É uma área no segundo andar de um prédio nos fundos, atrás da delegacia, atualmente sob responsabilidade do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). Para entrar, é preciso esperar que alguém traga as chaves do cadeado que tranca a porta de ferro. Alguns hesitam antes de subir a escadaria estreita, que vai dar em instalações mal-conservadas, com fiações à mostra e infiltrações.

    Diante do portão, o jornalista Antonio Carlos Fon é incisivo, lembrando-se da prisão em 1969. “Exatamente aqui o Raul Careca me entregou ao Albernaz”, conta, referindo-se ao delegado Raul Nogueira e ao capitão Benone Albernaz. “Numa das salas de pau-de-arara o Celso Horta (também jornalista) estava sendo torturado, e na outra sala, eu. Eu não via, eu ouvia eles torturando o Jonas (Virgilio)”, acrescenta Fon, hoje integrante do Comitê Paulista Memória, Verdade e Justiça.

    Além de Fon, Ary Costa Pinto, Moacyr de Oliveira Filho e Darci Toshiko Miyaki percorrem as salas, olham os corredores e trocam impressões com os outros visitantes, como os senadores João Capiberibe (PSB-AP), presidente da subcomissão, e Eduardo Suplicy (PT-SP), os deputados federais Ivan Valente (Psol-SP) e Luiza Erundina (PSB-SP) e o procurador da República Andrey Borges de Mendonça. Estão lá também representantes do Levante Popular da Juventude, que põem uma faixa do lado de fora pedindo punição aos torturadores.

    No segundo andar do prédio dos fundos, logo à esquerda, fica uma sala mais espaçosa, ensolarada. Nela, todos concordam que se tratava de uma sala de torturas. Fon afirma: Jonas morreu ali. “Aqui (aponta o chão) tinha um pau-de-arara. Quando chegou o Jonas, me colocaram na cadeira do dragão. Ele morreu aqui onde nós estamos. Eu estava muito debilitado e confuso. Ouvi eles perguntando: ‘Onde está a metralhadora, Jonas?’. Ele ficou agonizando aqui, todo arrebentado, até o final da tarde.”

    Ex-PCdoB, hoje na liderança do PSB no Senado, o jornalista Moacyr Oliveira Filho também identifica aquela sala como local de torturas. E lembra de um detalhe, reconhecido por outras pessoas: Ustra trazia uma das filhas para brincar com as presas. “Era uma tortura psicológica.” Recorda também do rádio colocado em volume alto quando a tortura se tornava mais intensa.

    O funcionário público Ary Costa Pinto conta que entrou encapuzado, em 1973, e acredita que tenha passado por aquela mesma escadaria. “Subi uma escada e fui recebido pelo Ustra (o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra) e pelo capitão Ubirajara (o delegado Aparecido Calandra). Eu era solidário à resistência, mas não pertencia a nenhuma organização. Então, não tinha o que falar. Nos primeiros dias, apanhei bastante.”

    A visita prossegue em outra instalação, com entrada lateral, pela rua Tomás Carvalhal, atual área do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Logo na entrada, em uma pequena portaria, Moacyr aponta: “Aqui ficava o Dulcídio Wanderley Boschilla (ex-policial, mais conhecido como árbitro de futebol)”. A alguns metros, em uma área externa, que abriga carros velhos e sucatas, Fon identifica o local da encenação de suicídio de Vladimir Hergog, o Vlado, então diretor de Jornalismo da TV Cultura, morto em 1975. Para o presidente da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, o advogado Antonio Funari Filho, o local aparenta ter abrigado uma cela. O reconhecimento é difícil. Além das mais de quatro décadas passadas, há paredes e divisões que não existiam.

    Darci Miyaki observa: “Este centro de tortura não foi escolhido por acaso. Era extremamente próximo do QG do 2º Exército”. Em um dos corredores, ela faz um pedido aos senadores Capiberibe e Suplicy e à deputada Erundina: “Vamos tentar fazer disto realmente um centro de memória”.

    Quase na saída, Fon cita o Projeto de Lei 573, de 2011, de Erundina. “O projeto reinterpreta a Lei de Anistia e o Parlamento está se omitindo em relação a isso”, critica. A deputada lembra que o PL já foi rejeitado na Comissão de Relações Exteriores e está na Comissão de Constituição e Justiça, também com parecer pela rejeição, conforme relatório do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF). “Se a matéria for pautada, de novo vai ser rejeitada”, afirma Erundina, que só vê chance de sucesso com pressão externa. “A maioria do Congresso não tem compromisso com a democracia. É preciso que a sociedade venha em apoio a nós, que somos minoria no Congresso, que foi quem apoiou essa lei manca”, acrescenta, em referência à Lei 6.683, de 1979.

    A deputada também faz cobranças à Comissão Nacional da Verdade. “Muitos beneficiados pela Lei de Anistia sequer foram chamados. Descobrir novos fatos, acrescenta, só é possível “com oitivas, ouvindo os torturadores”. Para ela, a violência de ontem ajuda a explicar a violência atual.

    “Aqui se trata do maior centro de tortura daquele período. Vamos fazer mais algumas visitas, e a partir disso vamos levar essa discussão para dentro das Forças Armadas”, diz o senador Capiberibe. “É importante que elas discutam a história e separem aqueles que cometeram crimes da instituição.”

    Às 12h02, um funcionário voltou a trancar o cadeado.

    http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2013/11/a-dificil-arqueologia-de-um-dos-maiores-centro-de-tortura-da-ditadura-843.html

  18. BOA NOTÍCIA

    Crianças que nasceram surdas passam a escutar após cirurgia

    Médico afirma que, mais que ouvir, é preciso aprender a escutar; implante coclear é indicado para alguns casos de crianças que nascem surdas e adultos que perderam a audição

    Maria Fernanda Ziegler – iG São Paulo | 

    18/11/2013 10:06:54 – Atualizada às 18/11/2013 10:28:13       DivulgaçãoMelissa e Rafaella nasceram surdas e passaram por cirurgia que implantou equipamento que faz com elas consigam ouvir

    O mundo é tão barulhento que a pequena Rafaella abriu o maior berreiro depois de ouvir pela primeira vez, quando tinha um ano e meio. A menina nasceu surda e com um ano e quatro meses chorou quando o aparelhinho implantado dentro do ouvido foi ligado. Após esperar mais de um mês a cicatrização do pós-operatório, era chegado o grande dia de escutar. O aparelho foi ligado baixinho para não assustar, mas mesmo assim não teve jeito.

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    “Cada um é de um jeito, a minha filha também fez o implante com a mesma idade que a Rafaella, mas adorou ouvir desde o primeiro minuto. Ela inclinou a cabeça para o lado direito (onde foi feito o implante), fechou os olhinhos e sorriu”, disse Claudia Borges, mãe de Melissa, hoje com quatro anos. A operação pode ser feita no Sistema Único de Saúde (SUS). 

    Rafaella e Melissa participam uma vez por semana de uma espécie de brinquedoteca, onde são estimuladas a aprender os sons. A família também participa da brincadeira – para que o aprendizado também ocorra em casa – e são acompanhadas por assistentes sociais, psicólogos e fonoaudiólogos.

    “Quando a minha filha nasceu, foi detectado que ela era surda e que teríamos duas opções: ou ela aprender libras ou fazer o implante. Foi uma decisão muito difícil. Hoje, vejo que a Rafaella tem desenvolvido bastante. Às vezes ela banca de fono e solta um ‘jóia, mamãe!’, quando eu falo algo que ela acabou de aprender”, conta Patrícia Bica, mãe de Rafaella.

    Estima-se que de cada mil crianças nascidas, quatro sofrem de surdez congênita, como é o caso de Rafaella e Melissa. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas têm algum tipo de dificuldade em ouvir, sendo que 350 mil são completamente surdas.

    Leia também:
    Garoto ouve voz do pai pela primeira vez após cirurgia inédita
    Menina sem nervos auditivos aprende a falar após ganhar ouvido biônico

    De acordo com Arthur Castilho, otorrinolaringologista do Hospital das Clínicas da UNICAMP, cirurgião do grupo de implante coclear da UNICAMP, o implante coclear é indicado para pacientes com deficiência auditiva de origem neurosensorial profunda e nem todo o paciente com surdez deve fazer a cirurgia. O aparelho introduzido no ouvido oferece informação sonora a indivíduos que não tem mais benefício com o aparelho auditivo comum.

    O implante consiste em duas parte: o aparelho colocado cirurgicamente dentro do ouvido e a parte externa. Castilho explica que a parte externa, onde fica a bateria e a captação de sons, transmite para a parte interna a informação por meio de radiofrequência.

    Maria Fernanda ZieglerTia e mãe de Melissa participam da adaptação da menina ao mundo cheio de sons

    Lá dentro do ouvido, o aparelho tem a função de captar esta informação, codificá-la e, por meio de conjunto de eletrodos inserido dentro da cóclea, gerar campos elétricos. Com uma estratégia programada pela fonoaudióloga, estes campos elétricos vão excitar o nervo da audição, que transmite um impulso elétrico para o cérebro.

    “Para crianças, o indicado é fazer antes dos dois anos, se possível antes de um e nunca depois dos sete, quando as vias auditivas do cérebro já foram moldadas. A indicação para adultos é somente para aqueles que perderam a audição por alguma doença, como meningite, por exemplo”, disse.

    Adaptação
    Passar a ouvir de uma hora para outra não é fácil. Há uma infinidade de sons que indicam uma coisa específica, como a sirene ou a buzina vinda lá de longe, ou ainda os vários tipos de gargalhada, palavras e também a voz de cada pessoa. Não é o tipo de coisa para aprender em um único dia, não é só ligar o aparelho que está tudo pronto.

    “Muito mais do que ouvir, é preciso aprender a escutar”, disse Castilho. O médico explica que embora o paciente passe, após o implante, a receber os sinais sonoros, ele precisa aprender a identificá-los e a compreendê-los. Ao longo deste processo, crianças e adultos precisam fazer terapia para a estimulação auditiva, para identificar sons e palavras.

    A adaptação de adultos é mais fácil que a das crianças. Isso porque o implante, quando feito em adulto, ocorre apenas nos casos em que estes ficaram surdos ao longo da vida. “Normalmente eles se lembram dos sons ouvidos no tempo em que escutavam, e só o fato de ouvir uma música que gostavam já ajuda na adaptação com o som emitido pelo aparelho, que é parecido e não igual ao som normal. Os meus pacientes dizem que o som parece um pouco metalizado”, disse Cristina Peralta, fonoaudióloga do Espaço Escuta, em São Paulo, que atende gratuitamente 26 famílias.

    No caso das crianças é mais complicado pois, mesmo para aquelas que voltaram a escutar com um pouco mais de um ano, é preciso recuperar um tempo perdido e que é primordial para o desenvolvimento da audição e da fala. “A gente aprende a falar a partir da interação com os pais. O primeiro ano de vida é o período de maior aprendizagem na vida de uma pessoa. Por isso, indicamos que os pais de crianças surdas falem com seus filhos, pois a fala não é apenas o som, mas o gesto, o gesto facial e esse tipo de coisa vai ajudar a criança depois que ela fizer o implante coclear”, disse Cristina.

    Claudia afirma que mesmo antes de a filha passar pela cirurgia ela cantava para a menina no colo. “É tão bom ouvir uma música, fico feliz que ela possa fazer isso agora”, conta a mãe da menina de olhos espevitados que não se preocupa em deixar o aparelho a mostra por causa do penteado que prende o cabelo no alto da cabeça.

    Além da dificuldade de identificar os sons, muitas vezes as crianças apresentam dificuldade em reproduzir determinadas palavras. Melissa ainda tem dificuldade de falar o “c”, provavelmente por um problema motor, embora reconheça o som. “Uma vez ela disse que tinha desenhado uma ‘asa’. Eu tinha entendido que era uma casa, mas perguntei: uma asa? E ela respondeu: não, tia. Uma ‘asa’!”, diz a tia da menina Claudene Borges.

     

     

     

     

  19. Fugindo um pouco da política.

    Fugindo um pouco da política. Sou professor e possuo amigos em várias profissões, nenhum consegue fazer o que o taxista faz. Eu fico então pensando se é minha incapacidade de poupar, ousar, pensar grande, ou seja lá o que for ou é esse taxista, ou taxista em sampa tá podendo. 

    Acabo de ler na folha:

    “O taxista Emerson Pavão, 40, retrata a mudança de perfil do investidor imobiliário.

    No pico do boom do setor entre 2010 e 2011 –quando o preço dos imóveis chegou a dobrar nas áreas mais cobiçadas de capitais como Rio de Janeiro e São Paulo–, Pavão comprava unidades na planta para revender a preço maior antes mesmo da entrega das chaves.

    No ano passado, porém, viu seu lucro cair em razão do ritmo menor de crescimento dos preços. Então, para aumentar o retorno, passou a comprar imóveis que incorporadoras ou corretoras têm dificuldades para vender.

    “Como compro várias unidades no mesmo empreendimento, consigo desconto de até 40% no preço”, afirma.”

    So

    1. Vou ser um taxista. Sei que

      Vou ser um taxista. Sei que são bem remunerados, principalmente em S.Paulo, cuja “bandeirada” é mais cara que em Londres.  Agora, chegar a sofisticação de investidor do ramo imobiliario, é demais, principalmente se ele estiver burlando o Imposto de Renda – Receita Federal com a conivência de cartorios e registros de imóveis. Não acredito que há ótarios que comprem apartamento na conversa fiada e muito menos de um taxista……..Que coisa heim!

  20. Gabeira diz que governo do DF

    Gabeira diz que governo do DF pintou prisão de vermelho para receber petistas

    Posted by  on 18/11/13 

     

     

    Cada vez mais se confirma que não existe nada pior, mais patético, mais deprimente do que um ex-esquerdista. Aquele que defendeu justiça social – o principal ideário da esquerda – na juventude e que na maturidade ou na velhice pende para a direita é porque se tornou cínico e canalha ao ponto de vender a consciência àqueles que combateu um dia.

    O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) é um excelente exemplo desse tipo de degenerado moral. Após usar o PT para ganhar dimensão política nos anos 1980, o ex-guerrilheiro que participou do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick (1969) endireitou a mais não poder. Ao ponto de ter apoiado a candidatura de José Serra em 2010.

    Em 18 de novembro, segunda-feira, em seu espaço no jornal da CBN, Gabeira tentou espalhar mentira tão grotesca que o próprio site da rádio global tirou seu comentário do ar. Quando se acessa se tenta ouvir o comentário de Gabeira, não se consegue. Mas a chamada para a matéria ficou lá, com uma mentira que se equilibra entre o hediondo e o ridículo

    Gabeira afirmou que o governador de Brasília, Agnelo Queiroz, teria “preparado”o presidio da Papuda para receber José Genoino e José Dirceu. Além de luxos para os eminentes encarcerados, afirmou que o GDF teria mandado pintar de vermelho o corredor de número 13 da prisão, onde, supostamente, ficariam os dois petistas.

    Ainda que seja ocioso dizer, é óbvio que não houve pintura alguma de corredor algum. Mas em uma época em que é preciso dizer o óbvio, não custa tomar o cuidado de desmentir uma mentira tão ridícula.

    O governo do Distrito Federal, por sua vez, informa que nem tinha conhecimento do local onde os acusados ficariam e nem sabia, ao certo, se ficariam presos em Brasília, pois, em princípio, todos deveriam ficar detidos em seus Estados. E quem determina onde vão ficar é o Juiz da Vara de Execuções do Distrito Federal, Ademar Vasconcelos.

    No domingo, o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) entrou em contato com o juiz Vasconcelos e ele disse que os acusados terão sua integridade respeitada, mas não terão privilégio nenhum. Serão tratados exatamente igual a todos os outros cidadãos presos no DF.

    Sobre Gabeira, Vigilante afirmou que ele “Serviu-se do PT quando se candidatou no Rio de Janeiro usando a legenda e hoje trata o Partido com tremendo oportunismo, pois usa de mentiras covardes para atacar, não respeitando sequer a história de companheiros de valor para a democracia deste país”.

    Só uma mente doentia poderia inventar uma barbaridade como essa. A preparação de “luxos” para os eminentes prisioneiros da Papuda ainda poderia ser verossímil, mas dizer que um corredor de número 13 seria pintado de vermelho é o cúmulo do ridículo. Seria desmoralizante para o PT ter o corredor de um presídio identificado com o partido.

    Eis o vale-tudo que se instalou após a prisão intempestiva e – segundo informações recentes – possivelmente ilegal que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, determinou. Espera-se, pois, que a revolta de Chico Vigilante com Gabeira e outros como ele contamine a cúpula do PT, que tem se manifestado aquém do necessário contra toda essa vergonha.

    *

    PS: para visitar o site da CBN, onde foi divulgada essa barbaridade, clique aqui

     

    http://www.blogdacidadania.com.br/2013/11/gabeira-diz-que-governo-do-df-pintou-prisao-de-vermelho-para-receber-petistas/

  21. Estava escrito nas estrelas

    ( Comentário ao artigo do prof. Renato Janine Ribeiro “A prisão dos condenados e os efeitos políticos do julgamento”, em https://jornalggn.com.br/noticia/a-prisao-dos-condenados-e-os-efeitos-politicos-do-julgamento-por-renato-janine-ribeiro )

    Estava escrito nas estrelas

    O professor Janine, a quem respeito, expressa algo como um “I had a dream”, um desejo que teria tido: “Preferia que a sentença final, fosse ela de absolvição ou condenação, granjeasse o respeito da sociedade, para acima das barreiras partidárias. Este, sim, teria sido um grande avanço.”

    Isto, caro professor, poderia ser conseguido sem dúvida alguma se o “mensalão” do PSDB fosse julgado simultaneamente e com os mesmos critérios jurídicos daquele do PT. Veja bem, nem digo que fosse julgado anteriormente, como deveria, uma vez que ocorreu 4 anos antes: bastaria julgá-lo simultaneamente.

    Veja bem, tampouco estou falando daquilo que sequer ocorreu, a denúncia correspondente e o tratamento jurídico similar para o crime-pai de todos os mensalões, aquele do cabeça FHC e dos operadores Sérgio Motta e tantos outros, a compra de votos para a reeleição do PSDB e de Fernando Henrique Cardoso . Infelizmente, na sua análise, o senhor cita a reeleição esquecendo este que foi o crime maior do PSDB, pois cometido contra a Constituição e não apenas contra o Código Penal e o Código Eleitoral.

    Então, professor, o julgamento simultâneo do mensalão do PSDB, seria a condição necessária, o pré-requsito, para que, como o senhor almejava, a ação da justiça “…granjeasse o respeito da sociedade, para acima das barreiras partidárias”, compreendeu professor?

    E, observe, os senhores juízes e procuradores não só não levaram os “40” do PSDB para processo no supremo, como sequer levaram a julgamento os senhores Eduardo Azeredo e Clésio Andrade, os únicos ali processados. Professor Janine: quem julga 40 ao mesmo tempo pode julgar 42 também, não é verdade? Afinal os crimes eram os mesmos, ou o senhor acha que não? Será que considera, por exemplo, que um crime era federal e outro estadual, como dizem os espertos do PSDB? Ou será que sinceramente acha que os diretores do Banco do Brasil indicados pelo PSDB, que assinaram conjuntamente com Henrique Pizzolato os mesmos papéis que incriminaram apenas este, estão corretamente colocados num inquérito e julgamento secretos, não tendo nada a ver com a AP470?

    Então, caro professor Janine, não estava escrito nos jornais e nas tevês, estava escrito nas estrelas, o senhor é que não olhou para o céu. Agora, com toda a sua bagagem de estudioso, o senhor vem dizer que almejava “… um grande avanço” desta farsa, “… para acima das barreiras partidárias”? Tenha paciência.

    E, por último, professor Janine, o senhor esquece o principal efeito político deste julgamento, que foi a transformação do Supremo Tribunal Federal na suprema instância política da mídia golpista, componente e porta-voz das elites detentoras do poder real no país, o poder econômico.

    Efeito político que transformou o Supremo Tribunal Federal, que já era protetor de torturadores, em protetor também do PSDB e dos seus componentes criminosos.

    E que, agora no final do julgamento, do qual o senhor confessa ter almejado tanto, apresenta para a sociedade brasileira a sua face mais repugnante, vil e vergonhosa, a de um Presidente do STF que se transforma em torturador de apenados sob a custódia do Estado Brasileiro, o senhor Joaquim Barbosa.

  22. SERÁ O SEU CASO?

    Plano de saúde ruim é realidade para 39% dos clientes de operadoras bloqueadas

    ANS proibiu temporariamente a venda de 150 produtos por causa de excesso de queixas; eles são usados por 39% dos beneficiários das empresas responsáveis

    Vitor Sorano – iG São Paulo | 

    18/11/2013 11:40:24      

    Por causa do elevado número de queixas, 150 planos de saúde estão com as vendas proibidas por três meses a partir desta segunda-feira (18), segundo determinação da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS). Com esses produtos, entretanto, as operadoras conseguiram captar 4,1 milhões de beneficiários, ou, em média, 39% de suas carteiras de clientes. A lista pode ser conferida abaixo.

    O dado significa que mais de um em cada três clientes dessa entidades têm planos que, de tão ruins, não podem ser provisoriamente vendidos a mais ninguém. Eles “veiculam a prática da ‘venda daquilo que não se pode entregar’”, conforme argumenta a Advocacia Geral da União (AGU), ao defender a suspensão temporária no Supremo Tribunal Federal (STF).

    Parcelas em risco

    Proporção dos clientes que estão em planos de saúde com vendas suspensas pertencentes a operadoras de grande porte

    Gerando gráfico…Fonte: ANS. Elaboração: reportagem

     

     

    Os cálculos foram feitos pelo iG  com base nos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Na suspensão anterior, os 146 planos bloqueados respondiam, em média, por 45% das carteiras da operadoras atingidas.

    A ANS argumenta que o número de entidades com planos bloqueados aumentou de 26, no ciclo anterior, para 41 no atual.

    Sem surpresas

    O fato de mais de um terço dos clientes das operadoras da atual suspensão estar em planos ruins não causa surpresa na diretora de atendimento da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP), Selma do Amaral.

    “Isso não surpreende pelo histórico do setor [de saúde suplementar]. O marco regulatório de 1998 [que estabeleceu regras mais rígidas para as operadoras] trouxe avanços, mas a gente vê que não é suficiente”, afirma. “Os planos de saúde estão sempre entre os dez setores mais demandados. Às vezes à melhora de uma operadoras é compensada pela piora de outra.”

    Os atuais beneficiários dos 150 planos suspensos a partir de hoje não são atingidos pelo bloqueio: a operadora deve continuar a oferecer-lhes atendimento, estando impedida apenas de captar novos clientes com esses produtos.

    Gigantes

    A maioria dos planos suspensos (102 dos 150), pertencem a 12 operadoras de grande porte (têm mais de 100 mil beneficiários). Entre elas, o pior desempenho é o da Fundação Geap, uma entidade fechada, restrita a servidores públicos, que teve suspensos apenas dois planos, mas que são responsáveis por 74% de sua carteira de clientes.

    Entre as operadoras abertas ao público em geral, o maior índice é o da Amil Assistência Médica Internacional, a segunda maior operadora do País. Quase metade dos 4,8 milhões de clientes da empresa – ou 2,3 milhões de pessoas – têm hoje um plano que foi suspenso por excesso de queixas de má qualidade de atendimento.

    Todas as demais de grande porte têm desempenho melhor do que a média – ou seja, têm menos de 39% de seus clientes em planos suspensos. A Unimed Cuiabá, com 3%, é a última da tabela.

    Questionamento

    Existente desde 2012, a suspensões provisórias de vendas de planos com base nas reclamações dos consumidores são consideradas pela ANS como uma ferramenta mais eficiente do que as multas para garantir qualidade no atendimento. Isso porque, caso a operadora continue a ser alvo de queixas, parte de seus planos continuarão com vendas proibidas.

    Elza Fiúza/ ABr – 5.3.13Longo, da ANS: ‘para o consumidor, a multa não reverte em benefício’

     

    Operadoras tentam enterrar suspensão de planos79% têm problemas ao usar planos de saúdeANS ajuda Amil em processo sobre reajuste polêmico

    “Para o consumidor, a multa não reverte em nenhum benefício para ele. É um instrumento regulatório posterior. Para o consumidor interessa ser atendido”, disse o diretor-presidente da ANS, André Longo, durante entrevista ao iG  na quarta-feira (14), quando foi divulgada a lista de suspensões.

    Segundo Selma, do Procon-SP, a política não chegou a causar uma redução perceptível do número de queixas à autarquia contra planos de saúde. Mas ela elogia o programa.

    “Houve um efeito. Pelo menos as operadoras [que tiveram planos reabilitados] melhoraram os indicadores.” Na última quarta-feira (14), sete operadoras puderam voltar a comercializar todos os seus planos.

    Melhorias

    Em nota, a ANS informou ter publicado uma norma na última segunda-feira (11) que traz incentivo para operadoras que demonstrem melhoria no desempenho.

    A Greenline informou ter ampliado a rede própria de atendimento, a rede credenciada e de atendimento do cliente. As medidas permitiram “resultados positivos” em relação à suspensão anterior – de 16, o número de planos com vendas bloqueadas caiu para 5.

    “Vale ressaltar que os planos que permaneceram suspensos equivalem a 1% de sua grade de produtos”, informou, ainda, a operadora.

    A Viva, que também destacou avanços na estrutura de atendimento, classificou a metodologia aplicada pela ANS como “bastante rígida” por levar em conta queixas “que ainda estão em análise”. Em nota, a operadora informou que 97% das reclamações feitas contra a operadora foram consideradas improcedentes ou foram resolvidas dentro do prazo.

    “É importante salientar ainda que as queixas ocorreram num período no qual a operadora absorveu a demanda de uma grande quantidade de beneficiários oriundos de quatro operadoras de planos de saúde que saíram do mercado e que estavam com suas demandas reprimidas.”

    As demais operadoras não responderam ao contato feito na quinta-feira (14).

    Veja a lista completa de planos suspensos

    AMEPLAN ASSISTÊNCIA MÉDICA PLANEJADA LTDA

    Plano Executivo

    AMICO SAÚDE LTDA

    Dix Classic RJ SP GR. MUN. QC
    Dix 100 DF QC PJCA
    Dix 100 DF QP PJCA
    Dix 200 RM SP QP PJCE
    Dix 100 GR.EST. QC PJCE

    AMIL ASSISTÊNCIA MÉDICA INTERNACIONAL S.A.

    Amil Blue I Estadual CA QC
    Amil Blue II Estadual Emp QC
    Amil Blue I Nacional PJ QP
    Blue 300 RM RJ QP PJCA
    Blue 400 NAC QP PF
    Blue 500 NAC QP PF
    Medial 500 NAC QP PF COPRC5
    Blue 400 NAC QC PF
    Medial 400 NAC QP PF COPRC5
    Medial 400 NAC QC PF COPRC5
    Blue 600 NAC QP PF
    Blue 400 NAC QC PJCA
    Blue 200 RMC QC PJCE
    Blue 300 RM PR QC PJCE
    Medial 300 RM PR QC PJCA COPRC5 S/Obst
    Medial STANDARD III NAC QC PJCE
    AMIL DENTAL I Nacional Emp
    Amil 120 Nacional Emp QP
    Amil 130 Nacional Emp QP
    Amil 160 Nacional Emp QP
    Amil 150 Nacional Emp QP
    MEDIAL CONFORTO CLASS 620/E
    MEDIAL PROTEÇÃO IDEAL 420/E
    AMIL PJ RC 20.101
    AMIL PJ RC 40.101
    AMIL PJ RE 50 SERIE 100
    AMIL PJ MEDICUS MA 122
    Medial Odonto P
    Amil 140 Nacional PJ QP Copart
    Amil Blue I Nacional PJ QC
    Amil Blue IV Nacional PJ QP
    Amil Blue II Nacional PJ QP
    Amil 140 Nacional PJ QP
    ESSENCIAL 350 E
    Blue 300 RM RJ QC PJCA
    Blue 300 SP QC PJCE
    Blue 500 NAC QP PJCE
    Blue 400 NAC QP PJCE
    Blue 400 NAC QC PJCE
    Blue 600 NAC QP PJCE
    Blue 400 NAC QP PJCA
    Blue 500 NAC QP PJCA
    Blue 600 NAC QP PJCA
    Blue 700 NAC QP PJCE
    Blue 200 RMC QC PJCA
    Blue 300 DF QC PJCA
    Blue 300 NAC QP PJCE
    Blue 300 NAC QC PJCE
    Medial INTER I NAC QC PJCE
    Medial STANDARD I GR.EST. QP PJCE
    Medial STANDARD II NAC QC PJCE
    Medial STANDARD I GR.EST. QC PJCE
    Amil Linha Dental Nac PJCE
    Dental 200 Nac PJCE

    BENEPLAN PLANO DE SAÚDE LTDA.

    ECONÔMICO GRUPAL – EMPRESARIAL
    PLUS GRUPAL – EMPRESARIAL

    CASA DE SAÚDE SÃO BERNARDO S/A

    São Bernardo Total Empresarial Especial
    São Bernardo Total Life Empresarial Executivo

    CENTRO TRASMONTANO DE SAO PAULO

    Gold – Enfermaria Ambulatorial/Hospitalar
    GOLD 712 Enfermaria

    CONMED SÃO LUIS – CONVÊNIOS MÉDICOS DE SAÚDE SUPLEMENTAR LTDA

    PREMIER S/OBST COLETIVO POR ADESÃO ENFERMARIA
    PREMIER S/OBST INDIVIDUAL/FAMILIAR ENFERMARIA
    PREMIER S/OBST INDIVIDUAL/FAMILIAR APARTAMENTO

    COOPUS – COOPERATIVA DE USUÁRIOS DO SISTEMA DE SAÚDE DE CAMPINAS

    134.1.1 – Amb + Hosp com Obstetrícia + Odontológico QC C
    130.1.20 CE
    134.1.22 CA

    ECOLE SERVIÇOS MÉDICOS LTDA

    Ecole Empresarial Básico

    EXCELSIOR MED S/A

    EXPRESS ODONTO – IV
    EXTRA ODONTO – IV
    EXPRESS AL ENFERMARIA COM PARTO

    FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO DA FAZENDA

    ASSEFAZ RUBI APARTAMENTO EMPRESARIAL

    GEAP FUNDAÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL

    PLANO GEAPFAMÍLIA
    GEAPSaúde II

    GREEN LINE SISTEMA DE SAÚDE S.A

    EXCLUSIVO PME
    Standard Global
    Special Global
    SPECIAL PREMIUM
    CLASSIC

    GOLDEN CROSS ASSISTENCIA INTERNACIONAL DE SAÚDE LTDA

    ZE-32 Dame I Ambulatorial/Hospitalar
    ZE-34 Dame II Ambulatorial/Hospitalar
    UE CLUBE DAME Golden Cross Especial – Amb/Hosp – Quarto
    JR/KR/LR-32 GC ESSENCIAL RJ – MPE – AMB/HOSP – QUARTO COL
    ZR-32 GC ESSENCIAL BH – COL/EMPR – AMB/HOSP – QUARTO COL
    JE/KE/LE-34 GC ESPECIAL MPE – AMB/HOSP – QUARTO IND
    JE/KE/LE-32 GC ESPECIAL MPE – AMB/HOSP – QUARTO COL
    UR-32 GC CLUB DAME ESSENCIAL SP – AMB/HOSP – QUARTO COL
    UR-34 GC CLUB DAME ESSENCIAL SP – AMB/HOSP – QUARTO IND
    SUPERMED I

    IRMANDADE SANTA CASA MISERICORDIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

    PLANO VALE SAÚDE MASTER PLENO COM OBSTETRÍCIA SEM FATOR

    MH VIDA – OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE LTDA

    Plano Top Line

    PLAMED PLANO DE ASSISTENCIA MEDICA LTDA

    PLAMED PRATA
    Plano Básico BA Co-Participação

    PRONTOMED ASSISTÊNCIA MEDICA LTDA

    ProntoMed Saúde

    SANAMED – SAÚDE SANTO ANTONIO LTDA

    STANDARD

    SANTA RITA SISTEMA DE SAUDE S/C LTDA

    SANTARIS

    SANTAMALIA SAÚDE S/A

    BASIC STANDARD EMPRESARIAL
    SPECIAL II STANDARD
    BASIC STANDARD

    SANTO ANDRÉ PLANOS DE ASSISTENCIA MÉDICA LTDA

    RUBI

    SAUDE ASSISTENCIA MEDICA INTERNACIONAL LTDA

    Global I Saúde Senior Enfermaria

    SAÚDE MEDICOL S/A

    PLENO 10 I/F
    BÁSICO

    SEISA SERVIÇOS INTEGRADOS DE SAÚDE LTDA

    PLANO PREMIUM BLUE GR

    SMEDSJ – SERVIÇOS MÉDICOS SÃO JOSE S/C LTDA

    Adesão Global Executivo

    SMS – ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA

    SMS-SPECIAL EMPRESARIAL

    SOCIEDADE PORTUGUESA DE BENEFICENCIA

    BENESAÚDE – REFERÊNCIA

    SOMEL – SOCIEDADE PARA MEDICINA LESTE LTDA

    UNISIS I/F ENFERMARIA
    UNISIS CE ENFERMARIA

    SOSAUDE ASSISTÊNCIA MÉDICO HOSPITALAR LTDA

    STANDARD ENFERMARIA SEM OBSTETRICIA
    VIP APARTAMENTO SEM OBSTETRICIA
    SoSaude Flex Standart

    TEMPO SAÚDE SEGURADORA S.A.

    AIG Saúde – Plano Básico Plus – Clube Médico – Apartamento
    AIG Saúde – Plano Executivo – Clube Médico
    AIG Saúde – Plano Master – Clube Médico

    TERRAMAR ADMINISTRADORA DE PLANO DE SAUDE LTDA

    NORDESTE VIDA MAIS I APARTAMENTO

    UNIMED CUIABA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

    UNIMED PREMIUM – PARTICULAR – ENFERMARIA

    UNIMED DAS ESTÂNCIAS PAULISTAS OPERADORA DE PLANOS DE SAÚDE, SOCIEDADE COOPERATIVA

    Vip Regional A – (sem parto)

    UNIMED DO ABC – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

    UNIPLAN FÁCIL ENFERMARIA

    UNIMED DO ESTADO DE SP – FEDERAÇÃO ESTADUAL DAS COOP. MÉDICAS

    EMPRESARIAL BÁSICO
    UNIPLAN ADESÃO ESPECIAL
    UNIPLAN PARTICIPATIVO EMPRESARIAL BÁSICO
    UNIPLAN ADESÃO MASTER

    UNIMED GRANDE FLORIANÓPOLIS-COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO

    Uniflex Estadual – Apto
    Uniflex Estadual – Apto co-participação 20%
    Uniflex Nacional – Apto co-participação 20%
    Uniflex Nacional co-participação 20%
    Uniflex Nacional co-participação 50%
    UNIFLEX REGIONAL 50% CO-PARTICIPAÇÃO INDIVIDUAL E FAMILIAR

    UNIMED MONTES CLAROS COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA.

    Coletivo Adesão Unimaster Enfermaria
    Coletivo Adesão Unimaster Apartamento

    UNIMED NORTE CAPIXABA- COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

    UNIPARTICIPLAN C/OBSTETRICIA EM APARTAMENTO C/ REMOÇÃO P.J.

    UNIMED SERGIPE – COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

    UNIVIDA ESPECIAL PLUS 1
    UNIVIDA ESPECIAL PLUS 1
    UNIVIDA BASICO PLUS 1
    UNIVIDA ESPECIAL ADESÃO PARTICIPATIVO

    VIVA PLANOS DE SAÚDE LTDA

    SAÚDE QC – 12
    SAÚDE QP – 11
    SAUDE PE210 QC
    SAUDE PE110 QC
    SAÚDE PE 11 QC
    PREFERENCIAL II
    EXTRA
    SAÚDE QC – 11
    SAUDE PE120 QP

    Veja a lista de produtos liberados

    UNIVERSAL SAUDE ASSISTENCIA MEDICA S.A.

    CONTRATO COLETIVO EMPRESARIAL – PRATA 275 2772

    ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA E FILANTROPIA SÃO CRISTOVÃO

    SC EMPRESARIAL 1A 10891
    SC EMPRESARIAL 1E 8198
    SÃO CRISTÓVÃO 20 A 7604
    SÃO CRISTÓVÃO 20 E 7964
    SÃO CRISTÓVÃO EMPRESARIAL 10 A 1876

    FUNDAÇÃO SAÚDE ITAÚ

    PLANO DE SAÚDE ITAU 27768

    BASICO 13834
    ESPECIAL I 104497
    EXECUTIVO I 12555
    ESPECIAL 8155
    UBBAT Especial V 2198
    UBBAP Executivo V 111
    UBBAP Especial V 156

    G & M ASSESSORIA MEDICA EMPRESARIAL LTDA – EPP

    Plano Ambulatorial Coletivo por Adesão 661

    PREVENT SENIOR PRIVATE OPERADORA DE SAÚDE LTDA

    PREVENT SENIOR ESMERALDA ENFERMARIA 99729
    PREVENT SENIOR ESMERALDA APARTAMENTO 56209

    PROMÉDICA – PROTEÇÃO MEDICA A EMPRESAS S.A.

    Plano Especial 11589
    Co-Participado Referencia Promedica 6247
    Co-Participado Especial 745
    Co-Participado Essencial 10057
    Plano Ambulatorial 2350
    Standard Plus 1043

    SUL AMERICA COMPANHIA DE SEGURO SAÚDE

    Básico PME Tradicional AHO QC 30183
    Especial PME Tradicional AHO QP 65674
    432411001 Básico Adesão Tradicional AHO QP COP 36772
    Beta Adesão AHO QP 2340
    Beta Empresarial AHO QP COP 8556
    Básico 10 Empresarial/PME Trad.10 AHO QP 32201
    Básico 10 Empresarial/PME Trad.10 AHO QC 27179
    Especial 100 QP 22433
    Exato QP 14851
    Exato QC 14802
    Básico Adesão Tradicional AHO QC 47849
    Especial Adesão Tradicional AHO QP 187542
    Executivo/Máximo Adesão Tradicional AHO QP 11074

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  23. 18 DE NOVEMBRO DE 2013 –

    18 DE NOVEMBRO DE 2013 – 11H15 

    Camila Vallejo é eleita e comunistas ganham espaço no Chile

     

    Camila Vallejo, ex-presidente da Federação de Estudantes do Chile (Fech), ficou conhecida mundialmente ao liderar manifestações no país em defesa de educação gratuita e de qualidade. Nas eleições celebradas neste domingo (17), a candidata a deputada pelo Partido Comunista foi votada para compor o Parlamento chileno. 

     

    ReutersCamila Vallejo é eleita e comunistas ganham espaço no Chile

    Camila Vallejo contabiliza 43% de aprovação popular, percentual que nenhum dirigente comunista havia alcançado depois da ditadura.

    Aos 25 anos, Camila levou 43,7% dos votos no populoso distrito de La Florida. “Quero agradecer a todos por tornarem possível este triunfo, que não foi só resultado do esforço e da luta de uma mulher, foi resultado da luta e trabalho de muitos companheiros que acreditaram que podemos mudar o Chile”, disse ela após a vitória.

    Camila sintetiza o presente e o futuro do Partido Comunista chileno. A ex-dirigente do movimento estudantil é tratada com carinho especial pelas lideranças da legenda comunista. Em agosto, sua popularidade já contabilizava 44% (percentual que nenhum dirigente comunista havia alcançado depois da ditadura), segundo uma matéria publicada pelo Opera Mundi. O resultado das eleições confirmou Camila como uma das cinco personalidades políticas mais bem avaliadas pela população chilena (a única que nunca ocupou um cargo público).
     

    Há pouco mais de um mês, Camila deu à luz a uma menina, fruto do relacionamento com o estudante cubano Julio Sarmiento. Mesmo grávida, a nova deputada chilena não deixou de frequentar as manifestações e encontros de organizações comunitárias, visitou feiras e comunidades mais carentes, durante a campanha.

    Também pelo Partido Comunista, Karol Cariola, ex-líder da Federação de Estudantes da Universidade de Concepción, conseguiu votos para integrar o Parlamento, com 38% no distrito de Recoleta, ao sul de Santiago.

    No total, quatro emblemáticos ex-líderes estudantis foram eleitos para o Parlamento chileno no pleito de domingo. Gabriel Boric, ex-presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (sucessor de Camila no cargo) e Giorgio Jackson, presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, figuram entre os votados.

    O novo cenário político chileno é reflexo de uma população cansada dos desmandos da direita, representada atualmente pelo presidente Sebastian Piñera. Neste ano em que o Chile completou 40 anos do golpe que depôs o socialista Salvador Allende e instaurou a ditadura de Augusto Pinochet, a resposta e o reconhecimento da população não poderiam ser mais diretos.

    Théa Rodrigues, da Redação do Vermelho,
    Com informações das agências de notícias

     http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=229493&id_secao=7

  24. Por que os jovens estão

    Por que os jovens estão perdendo interesse no Facebook?

    Rede social admitiu queda no acesso diário de usuários, em particular entre adolescentes; consultorias ligam tendência a perda de privacidade.

    BBC | 

    18/11/2013 17:38:00       

    BBC

    Getty ImagesMark Zuckerberg, criador do Facebook

    O Facebook admitiu recentemente uma queda no acesso diário ao seu site, em especial entre usuários adolescentes.

    O anúncio confirmou o que já havia sido sugerido por um estudo da organização americana Pew Center: a rede social está perdendo popularidade entre os jovens e adolescentes.

    “Agora o Facebook me cansa. Só uso para ver vídeos”, disse à BBC Maria Luque, uma adolescente de 14 anos.

    Apesar da maioria dos jovens ainda manter o perfil ativo, agora eles passam menos tempo na rede social mais famosa do mundo. E a razão é que a diversão foi para outros lugares.

    Os adolescentes agora estão concentrando suas atividades em outras redes, como Twitter e Instagram, e em aplicativos de mensagens via telefone celular, como o WhatsApp.

    Twitter

    Os dados mais recentes da consultoria Piper Jaffray sugerem que o Twitter se transformou na rede social mais importante para os adolescentes, tirando o Facebook do topo.

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    Os números coincidem com dados do Pew Center que dizem que o uso do Twitter entre jovens cresceu 50% em um ano. “Há um ano, apenas 16% dos usuários jovens usava o Twitter. Agora, um quarto deste grupo usa (o Twitter)”.

    Segundo os números de 2012 do portal Pingdom, que acompanha tendências na internet, a idade média do usuário do Facebook é de 40,5 anos, enquanto que a do usuário do Twitter é de 37,3 anos.

    ThinkstockAplicativos de para celulares oferecem, entre outras coisas, privacidade que muitos jovens sentem que perderam ao ser observados por seus pais no Facebook

    Em termos percentuais, o grupo mais importante do Facebook são as pessoas entre 45 e 54 anos de idade (pouco mais de 30% em comparação aos menos de 10% de pessoas entre 18 e 24 anos). O Twitter por sua vez, tem uma distribuição mais uniforme: cada um destes grupos representa cerca de 20% do total.

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    Em um prazo de dois anos e meio, o usuário médio da rede criada por Mark Zuckeberg “envelheceu” dois anos, enquanto que o da rede concorrente ficou dois anos mais jovem.

    Flickr / tecnomovidaO WhatsApp já desbancou o Twitter com mais de 350 milhões de usuários em todo o mundo

    WhatsApp

    Mas, se o Twitter está destronando o Facebook como mídia social preferida entre os jovens, vale lembrar que o aplicativo WhatsApp tem mais usuários que a rede social dos 140 caracteres.

    Segundo a revista Mobile Marketing, o WhatsApp tem mais de 350 milhões de usuários em todo o mundo, enquanto que o Twitter tem 218 milhões.

    E os usuários que mais usam o aplicativo têm menos de 25 anos.

    Para da razão da crescente popularidade do WhatsApp está justamente na busca por mais independência; os jovens se sentem mais à vontade longe da geração de seus pais.

    “É normal que os adolescentes tentem se separar dos adultos. Se eles sentem que estão sendo observados pelos adultos, é natural que se afastem (do Facebook e do Twitter)”, disse à BBC Mundo a psicóloga Esther Ana Krieger.

    Muitos pais tem perfis no Facebook, o que significa que a rede não é tão privada assim. Neste sentido, deixou de ser uma plataforma que os adolescentes sentem como algo exclusivo e absolutamente deles.

    Os aplicativos de mensagem para celulares oferecem, entre outras coisas, esta privacidade que muitos jovens sentem que perderam ao ser observados por seus pais.

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    Além disso, ao contrário do Facebook, onde os jovens estão abertos a centenas de “amigos” que muitas vezes são pessoas que mal conhecem, estes aplicativos promovem conversas dinâmicas com diferentes grupos de amigos próximos.

    E a disponibilidade é outra vantagem. Nas palavras da adolescente Maria, “é muito fácil usar os aplicativos para celular, pois você leva o telefone sempre com você”.

    Instagram / Justin Bieber”Selfies” são os autorretratos tirados por celulares e postados nas redes sociais

    Selfie

    Outro fator que faz com que jovens prefiram usar as redes sociais nos celulares é o aumento dosselfies, as fotos que as pessoas tiram delas mesmas com os celulares ou com uma webcam.

    Quase a metade das fotos carregadas no Instagram tiradas por pessoas entre 14 e 21 anos sãoselfies, segundo a empresa especializada Mobile Youth.

    E enviar estas imagens pelo celular é mais seguro do que publicá-las no Facebook.

    Os selfies também são os mais populares em um aplicativo chamado Snapchat, que elimina as fotos e mensagens segundos depois de serem vistas.

    Outra grande razão de os jovens usarem cada vez mais os aplicativos de mensagens é que eles também permitem o envio de imagens e vídeos, e, aos poucos, estão se convertendo em redes sociais.

    Os melhores exemplo podem ser encontrados na Ásia com o Kakao Talk (da Coreia do Sul), WeChat (China) e o LINE (do Japão).

    Todos estes têm dezenas de milhões de usuários adolescentes e também oferecem jogos e a possibilidade de compartilhar música.

    A tendência é que cada vez mais adolescentes utilizem este tipo de aplicativo e, se admitimos que os jovens são os que marcam as tendências em tecnologia, não passará muito tempo até que estes aplicativos tenham mais usuários adultos também.

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    Scarlett Johansson caindo e tombos na escada viram febre nas redes sociais

     

     

     

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