Fora de Pauta

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Redação

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  1. Cresce no país mobilização pelo impeachment de Joaquim Barbosa

    Cresce no país mobilização pelo impeachment de Joaquim Barbosa

    Respeitado jurista conservador Cláudio Lembo, ex-governador de São Paulo, afirma que há bases legais para o impeachment de Joaquim Barbosa; durante a semana, outro jurista de peso, Celso Bandeira de Mello, disse que “cabem providências jurídicas, entre elas o impeachment”, para os abusos ditatoriais de Joaquim Barbosa, o rei dos neofascistas de plantão; deputado André Vargas (PT), vice-presidente da Câmara, confessa que já está com “coceira” para pedir o impedimento do presidente do STF no Congresso Nacional; presidente da corte tem até março para deixar o STF e se filiar em partido político a tempo de disputar a presidência da República em 2014.

    Respeitado jurista conservador Cláudio Lembo, ex-governador de São Paulo, afirma que há bases legais para o impeachment de Joaquim Barbosa; durante a semana, outro jurista de peso, Celso Bandeira de Mello, disse que “cabem providências jurídicas, entre elas o impeachment”, para os abusos ditatoriais de Joaquim Barbosa, o rei dos neofascistas de plantão; deputado André Vargas (PT), vice-presidente da Câmara, confessa que já está com “coceira” para pedir o impedimento do presidente do STF no Congresso Nacional; presidente da corte tem até março para deixar o STF e se filiar em partido político a tempo de disputar a presidência da República em 2014.

    Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), quer substituir o juiz Ademar de Vasconcelos, responsável pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.

    Barbosa alega que o magistrado brasiliense estaria sendo benevolente com os réus do mensalão na penitenciária da Papuda. Sua intenção é substituí-lo por Bruno Ribeiro, a quem enviou as ordens de prisão mesmo durante suas férias.

    Paralelamente, cresce o movimento pelo impeachment do presidente do STF. Ex-governador de São Paulo e um dos juristas mais respeitados do país, o conservador Claudio Lembo, concedeu uma entrevista ao programa “É Notícia”, da RedeTV!, que promete incendiar o debate sobre os abusos cometidos por Barbosa.

    “Nunca houve impeachment de um presidente do STF. Mas pode haver, está na Constituição. Bases legais, há. Foi constrangedor, um linchamento. O poder judiciário não pode ser instrumento de vendetta”, diz o ex-governador paulista.

    Durante a semana que passou outro jurista de peso, Celso Bandeira de Mello, ao Estadão, afirmou que “cabem providências jurídicas, entre elas o impeachment”, para os abusos ditatoriais de Joaquim Barbosa, o rei dos neofascistas de plantão.

    Na terça (19), também foi lançado um manifesto de repúdio ao que chamam de prisões ilegais de parte dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, assinado por juristas, intelectuais da sociedade civil e dirigentes do Partido dos Trabalhadores.

    O crescente movimento pelo impeachment de Barbosa, no entanto, poderá antecipar sua saída do STF. Ele tem até março para se filiar em partido político a tempo de disputar a presidência da República em 2014.

    O deputado André Vargas (PT), vice-presidente da Câmara, confessa que já está com “coceira” para pedir o impedimento do presidente do STF no Congresso Nacional.

    http://www.esmaelmorais.com.br/2013/11/cresce-no-pais-mobilizacao-pelo-impeachment-de-joaquim-barbosa/

  2. Com novo juiz, Barbosa escancara viés político do julgamento da

    exceção

    Com novo juiz, Barbosa escancara viés político do julgamento da AP 470

    Barbosa escolhe filho de dirigente tucano, que também é braço direito do ex-governador do DF, José Roberto Arruda, para ‘cuidar’ dos petistaspor Helena Sthephanowitz publicado 25/11/2013 12:23 Gervásio Baptista / STF barbosa_gervasioSTF.jpg

    Barbosa: prisão ilegal e nomeações pouco recomendáveis

    O ministro Joaquim Barbosa continua tomando decisões com forte viés político no julgamento da Ação Penal 470, o chamado caso mensalão. Neste fim de semana, Barbosa retirou a execução penal dos sentenciados das mãos do juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Ademar Vasconcelos, e nomeou o substituto Bruno André Silva Ribeiro.

    A motivação óbvia: aplicar rigor máximo na execução das penas a José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares.

    O problema é que o juiz Bruno Ribeiro é filho do ex-deputado distrital Raimundo Ribeiro, do PSDB, ligadíssimo ao ex-governador do DF, José Roberto Arruda (ex-PSDB e ex-DEM).

    Ribeiro pai foi, inclusive, secretário de Justiça e Cidadania nos dois primeiros anos da  gestão de Arruda, que perdeu o mandato após um escândalo de recebimento de propinas do – caso que ficou conhecido como mensalão do DEM.

    Foi também chefe de gabinete de Arruda quando este foi deputado federal, e já ocupou o cargo de gerente da Secretaria do Patrimônio da União, quando o amigo Arruda era líder do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Senado.

    Quando  o ex-governador estava em prisão na Superintendência da Polícia Federal (PF), o deputado Raimundo Ribeiro foi dos poucos parlamentares a visitá-lo e não escondeu a condição de amigo. O encontro  entre os dois ocorreu dois dias antes da abertura do processo de impeachment contra Arruda e no decorrer do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal, do mérito do habeas corpus que decidiria  pela sua liberdade ou permanência na cadeia.

    Podemos admitir que filho juiz e pai político são pessoas e carreiras diferentes, mas juízes costumam se declarar impedidos quando pode haver conflitos de interesses pessoais nas causas de que cuida.

    No caso da AP 470, com o pai no pleno exercício de sua atividade política – e militando em partido antagônico ao dos sentenciados –, coloca em dúvida se não haveria conflito de interesses. Afinal, decisões do filho podem ser usadas para beneficiar eleitoralmente o pai.

    Imagine se Genoino fosse do PSDB e o juiz, filho de um deputado do PT. O parentesco seria motivo de debates, denúncias e achaques nas colunas políticas de jornais, revistas e noticiosos do rádio e TV. Imaginem o que diriam Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor e tantos outros “grandes” da mídia tradicional. Ou não?

    Com estas nomeações, até mesmo na execução da penas – quando a Constituição brasileira e as convenções internacionais garantem o respeito aos direitos dos condenados, pelos quais Barbosa deveria ser o primeiro a zelar – o presidente da Suprema Corte reforça o caráter de julgamento político, seja por imprudência (hipótese cada vez mais remota), seja de caso pensado.

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2013/11/com-novo-juiz-barbosa-escancara-vies-politico-do-julgamento-da-ap-470-8647.html

     

  3. Nicolelis divulga imagens do exoesqueleto do Andar de Novo

    Nicolelis divulga imagens do exoesqueleto do Andar de Novo

    Cientista divulgou primeiras imagens do exoesqueleto do Walk Again Foto: Miguel Nicolelis / Reprodução Cientista divulgou primeiras imagens do exoesqueleto do Walk Again Foto: Miguel Nicolelis / Reprodução 

    O cientista brasileiro Mighel Nicolelis divulgou nesta segunda-feira em seu perfil no Facebook as primeiras imagens que mostram o exoesqueleto do projeto Walk Again (Andar de Novo). Anteriormente, o pesquisador havia mostrado apenas partes do equipamento.

     

    O grupo liderado por Nicolelis, e que envolve mais de 100 cientistas em dois continentes, pretende desenvolver um exoesqueleto robótico que possibilite um paraplégico a dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de Futebol em 2014 diante de 70 mil pessoas e outros quase 3 bilhões de telespectadores. Para o pesquisador brasileiro, o Walk Again é comparável à chegada do homem à Lua.​

    Nicolelis divulga imagens do joelho de exoesqueleto do Walk AgainClique no link para iniciar o vídeo

    Nicolelis divulga imagens do joelho de exoesqueleto do Walk Again

    http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/nicolelis-divulga-imagens-do-exoesqueleto-do-andar-de-novo,502c93a2e9092410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

     

  4. A ASSESSOEIA ECONOMICA DE

    A ASSESSOEIA ECONOMICA DE VARGAS 1950-1954 – Marcos Costa Lima – Livro que supre uma lacuna sobre um importante periodo da historia economica brasileira, os cruciais anos do segundo Governo Vargas, o chamado “governo democratico” de 1950. Editora e-papers 416 paginas.

    Getulio voltou em 1950 com um projeto de desenvolvimento nacional que se contrapunha ao alinhamento automatico do Governo Dutra na estratagia da Pax Americana. Os EUA sairam da Segunda Guerra como potencia dominante da economia mundial, com 52% do PIB mundial, evidentemente dentro do contexto da destruição do aparelho economica da Europa, URSS e Japão, eram a potencia motora da economia mundial.

    Vargas tinha que se compor com as forças economicas conservadoras dentro do Pais, não poderia governar sem essa composição. Colocou no Ministerio da Fazendo o lider da FIESP Horacio Lafer e no Banco do Brasil Ricardo Jafet, os dois de São Paulo e representado o que de mais conservador se poderia achar em economia no Pais,

    ambos epicentros da elite economica e social da São Paulo posterior a dominancia cafeeira, a São Paulo rica pelas fabricas,  então enriquecida pela Guerra e pela escassez de produtos importados, nadando em dinheiro.

     

    Reservou todavia para si o controle de um projeto economico para o futuro e que centralizou numa novidade, a Assessoria Economica da Presidencia, algo que nunca tinha sido tentado antes, um pequeno “think tank” que nada tinha a ver com os barões das chaminés de São Paulo ou com o pensamento economico ortodoxo.

    Escolheu para a Assessoria Ecoomica pensadores que poderiam ser  hoje rotulados como “desenvolvimentistas”, a saber Romulo de Almeida, baiano, Cleanto de Paiva Leite, que seria a alma do novo BNDE, Jesus Soares Pereira e Ignacio Rangel, economistas pensadores e criativos, nada, absolutamente nada a ver com o grupo ultra ortodoxo de Eugenio Gudin, que se contrapunha no mesmo ambiente do Rio de Janeiro e que seria o embrião da Escola do Rio, o

    grupo neoliberal que se concentrou em torno da Faculdade de Economia da PUC-Rio e da Casa das Garças.

    Que esse homem do Seculo XIX, pessoalmente conservador até a medula, tenha pensado e reunido um grupo de economistas heterodoxos sem muitas credenciais academicas para pensar o Brasil do futuro, mostra a genialidade extraordinaria de Vargas. Getulio os chamava de “”boemios civicos”, pela vida mais leve e solta distante dos salões

    sofisticados de Gudin e seu grupo elitizado à moda britanica, sem que isso o desmerecesse, Gudin era um excelente economista e deve-se a ele a sistemaização do estudo da economia no Brasil.

    Do grupo dos “boemios” sairam as ideias que resultaram na criação do BNDE, da Petrobras e da Eletrobras, Vargas sabia à perfeição, era mestre nisso, manobrar uma ala inovadora no Palacio e outra ala conservadora no Ministerio da Fazenda e no Banco do Brasil (não existia o Banco Central). Esse homem extraodinario que conseguia conviver com os americanos e ingleses no Gavea Golf Club (Vargas jogava golfe) e com os sindicalistas do PTB foi o grande cerebro do Brasil no Seculo XX, conseguiu pensar o Brasil em todas suas dimensões, nos somos produtos até hoje

    das decisões visionarias desse grande estadista, o construtor do Brasil moderno, somos o Brasil de Vargas.

  5. Acordo assinado em Genebra foi rascunhado por Lula, Erdogan e Ah

    Acordo assinado em Genebra foi rascunhado por Lula, Erdogan e Ahmadinejad em 2010. O massacre foi geral

     

    Paulo Moreira Leite
    O caráter colonizado de grande parte de nossos observadores diplomáticos teve poucos momentos tão vergonhosos como em maio de 2010. Naquele momento, Brasil, Turquia e Irã assinaram um acordo nuclear que, em seus traços essenciais, era um rascunho bem feito do acerto fechado ontem, em Genebra, com apoio de Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Alemanha. 

    Após três anos e seis meses de tensão e novas ameaças de confronto, o óbvio ficou um pouco mais ululante. 

    Desmentindo o discurso imperial que em 2010 tentava apresentar uma intervenção militar como inevitável diante da “intransigência” iraniana para defender seu programa nuclear, o novo acordo confirma que era possível avançar numa solução pacífica, respeitando a vontade soberana daquele país. Apesar disso, quem não sofreu uma perda seletiva de memoria irá lembrar-se do que ocorreu há três anos. 
    Com apoio inicial da Casa Branca, que voltaria atrás sob pressão de lobistas a serviço da extrema direita de Israel, Lula tomou a iniciativa de atrair o Irã e a Turquia para as conversas. Foi uma ideia do presidente brasileiro, a partir de conversas prévias com o então presidente do Ira, Mahmoud Ahmadinejad, em Nova York. Informado, Barack Obama aderiu a ideia, ainda que relutante. O chanceler Celso Amorim atuou nos bastidores entre os envolvidos. 
    Quarenta e oito horas depois, enquanto os Estados Unidos propunham uma nova rodada de sanções contra o Irã, inviabilizando um pacto que bastante razoável, Lula tornou-se alvo de um massacre externo e, especialmente, interno. Fez-se o possível para ridicularizar sua atuação, como se fosse um caso patológico de caipirismo diplomático. Refletindo o tom geral, um comentarista chegou a mandar os pêsames para o presidente brasileiro. Como explicar essa postura? 
    Um ponto, claro, era eleitoral. Cinco meses depois da viagem de Lula a Teerã, a população brasileira iria às urnas e era importante impedir qualquer vitória de seu governo, que poderia ajudar a eleição do ainda poste Dilma.
    Outro aspecto é o complexo de vira-latas, que não consegue enxergar oportunidades que a conjuntura internacional pode oferecer ao país. Não se perdoou a indisciplina de Lula em relação a Washington. Já que Obama havia mudado de ideia, como é que o governo brasileiro se atrevia a teimar com seu projeto? 

    Como escreveu o professor José Luiz Fiori, em 2010, “o que provocou surpresa e irritação em alguns setores,não foram as negociações, nem os termos do acordo final, que já eram conhecidos. Foi o sucesso do presidente brasileiro que todos consideravam impossível ou muito improvável. Sua mediação (…) criou uma nova realidade que já escapou ao controle dos Estados Unidos e seus aliados. “

    O ponto principal envolve o caráter provinciano do pensamento diplomático estabelecido no país. Incapaz de enxergar novos horizontes quando a situação internacional permite – como estava claro em 2010 – nossos professores de fim de semana procuram sabotar uma diplomacia que, vê-se agora toda clareza, abria oportunidades.

    http://amoralnato.blogspot.com.br/2013/11/vira-latas-em-teera.html

    1. Qualquer acordo entre a AIEA

      Qualquer acordo entre a AIEA e o Irã seguirá uma um modelo de interrupção do programa de enriquecimento verificado por inspeção da propria AEIA. Este acordo não tem nada a ver com aquele proposto pelo Irã a Lula e Erdogan, que previa transferencia de estoques de isotopos para enriquecimento em terceiros paises, algo que este acordo nem remotamente

      admite. A demarche Lula/Erdogan nunca foi um acordo e sim o encaminhamento de uma proposta do Irã ao sexteto negociador. Acordo so fazem partes contratantes e não intermediarios sem delegação.

      1. AA sendo mais real que o rei de novo

          Aqui o senhor Barack Obama admite que os termos não vieram do Irã e sim própria AIEA(por iniciativa deles, claro), admite também que AIEA estaria no Irã supervisionando “mas isso não garantiria que o Irã pudesse retomar o enrriquecimento depois”, pois é agora também não garante.

        http://www1.folha.uol.com.br/mundo/741132-leia-integra-traduzida-da-carta-de-barack-obama-a-lula-sobre-acordo-com-o-ira.shtml

    1. Genoíno estava autorizado a

      Genoíno estava autorizado a receber visitas, desde que não fosse de jornalista. Agora parece que médicos também estão proibidos, é isso? Se ele não está na Papuda, nem há nenhum impedimento a visitas e exames médicos no termo de prisão domiciliar, com que autoridade o juiz substituto ou o presidente do STF podem impedir a perícia médica. Isso é uma interferência grave no funcionamento do poder legislativo.

      Acho que o Barbosa vai negar a autorização ou vai esperar que o deputado tenha o mandato cassado e perca o direito à aposentadoria.

  6. Merval Pereira estará de

    Merval Pereira estará de férias como porta voz do Supremo? Parece que está se escondendo ou será que foi despedido como roteirista de novela?

     

  7. O projeto de poder de Joaquim Barbosa

    O projeto de poder de Joaquim Barbosa

    Um breve exercício de ficção.

    Quem duvida que, nos dias de hoje, a pretensão política do Ministro Joaquim Barbosa consista em ser Presidente do Brasil?

    Acredito que ninguém.

    Nessa situação, a primeira pergunta que me vem a mente é, quando  teria surgido tal desejo (ou melhor pretensão).

    Acredito que, num primeiro momento, desde sua trajetória sofrida, até chegar a Procurador da República, doutor em direito, seu maior desejo, seu ápice, com certeza era chegar a Ministro do Supremo Tribunal Federal .

    Eis que, por um destes desígnios  da sorte, foi alçado a tal condição relativamente cedo e, com ela, encheu-se de todo o prazer oriundo da realização maior de sua vida.

    Mas, depois de curto período, para  seu temperamento unitário (totalitário?),  tal status logo se tornou fonte de insatisfação.

    E  isso se deu por um singelo motivo, tratava-se de um entre onze ministros,  um colegiado, algumas vezes alinhado com suas idéias, outras, desdenhando até mesmo de sua competência técnica  ou pessoal (reação, repto imediato – eu não sou um de seus capangas).

    Foi quando surgiu a  oportunidade para fugir deste lugar não tão digno.

    A relatoria de uma ação penal, com um imenso potencial  midiático, na qual  alguns dos réus eram justamente dirigentes do partido que estava no poder.

    Tendo nas mãos este outro presente do destino, a partir de então, dedicou-se a construir um projeto para alcançar o poder.

    A partir deste momento, a AP 470, deixou de ser uma ação penal, mas  um instrumento para alcançar seus objetivos.

    E desde então, todos seus atos convergiram para tal desiderato.

    Cada palavra, cada gesto, tinha um endereço, tinha um significado previamente definido.

    Como primeira jogada, usou de um artifício antigo, que desde priscas  eras, era  utilizado por velhas raposas da política.

    Em outras palavras, imputou aos adversários a tentativa de impor ao país um autoritário  projeto de poder e, nessa mentira,  estava levando a cabo seu próprio e inconfessável projeto de poder.

    Assim convolou-se  o primeiro ato da farsa, a  primeira falsa acusação – a de que o PT tinha  um projeto de poder, mediante  vias tortuosas  de compra de políticos para votarem projetos de seu interesse – algo nunca comprovado.

    Mas, agindo desta forma, ninguém pensou, neste momento, que o que estava sendo efetivamente  engendrado, na realidade,era  um outro Projeto de Poder, o Dele.

    E, suprema astúcia.

    Quem, naquele instante,  poderia desconfiar das intenções do condutor da ação penal, de um dos guardiões da  Constituição.  

    Ninguém desconfiou.

    E assim, ato após ato, dia após dia cresceu nesta idéia, e perseverou no intento.

    Não importava que não houvesse provas, não importava que a inocência de alguns réus fosse flagrante.

    Nada disso importava, era preciso desconstruir seu adversário, era preciso pintá-lo com cores pesadas, sujas,  desonestas, e, sempre , ao  lado, oferecer seu braço forte, seguro, limpo .

    Para isso, pessoas foram destruídas, leis foram distorcidas, princípios foram desprezados, tudo isso em nome de um projeto solitário de poder.

    Desta forma, desenvolveu seu projeto sem amarras,  aliou seus interesses aos interesses dos adversários deste governo,  sem que se perquirisse a ética, a honestidade, apenas ódio e fria ambição pelo poder.

    Tornou-se, cada vez mais,  franco representante da oposição, claramente  substituindo  este setor político despersonalizado, que  alegremente se atirou, sem nenhum pudor pela subserviência, pela  verdade, pela dignidade, a este jogo, apenas para tentar destruir um partido político adversário que tem amplo apoio junto ao povo.

    Foi este o objetivo o tempo todo.

    É este o objetivo agora.

    As atuais decisões autoritárias do Ministro Joaquim Barbosa, que chegaram a limites intoleráveis, tem como objetivo impelir  alguém a pedir seu impeachment, para então, sob os holofotes de uma mídia aparelhada pelo poder econômico, usar de toda a sua retórica para acusar os “corruptos “ de tentarem injustamente atingi-lo.

    Por isso, atentem aos fatos.

    Não caiam na armadilha.

    Os sinais são claros.

    Alguém, no entanto, pode perguntar, mas  então, não devemos fazer nada?

    Por certo que não.

    O que se impõe não é o impeachment de Joaquim Barbosa, que é o que ele quer, mas sim o seu simples afastamento da AP 470, motivos para tal decisão não faltam, podem ser  enumerados “as pilhas”, de tão numerosos.

    Retirem os holofotes, e o teatro, ou o circo dos horrores, como preferirem,   terminará suas sessões de tortura e, concomitantemente, restará afastado um nefasto projeto de poder. 

    Jose Saramago já deu a dica.

    Se podes olhar, vê, se podes ver, repara.

     E impeça o desenrolar desta farsa.

    1. O “mensalão’ não existiu

      Agora vejo que já foram liberados os links dos comentários, linkei o seu na coletânea O Mensalão Não Existiu

      http://lexometro5.blogspot.com.br/

       

      Atualização: Ainda não não foram liberados os links, vou aguardar seu post ser publicado para poder pegar o link,,…e ai, Nassif, não vai liberar os links dos comentários bem como a gente compartilhar  no fabibuquistão…rsss

       

  8. Usuários colam placas sobre superfaturamento em trens do metrô

    RICARDO SENRA | DE SÃO PAULO

    Lê-se as seguintes placas no vagão da linha verde do metrô: “Mapa do Transporte Metropolitano”, “Assento preferencial”,”Este trem foi superfaturado em uma licitação fraudulenta” e “Saiba como agir em caso de anormalidade”.

    No caso, quem se mexe contra a anormalidade é o próprio metrô de São Paulo: idêntica às placas institucionais, a mensagem anônima sobre o cartel denunciado pela Siemens já tem mais de 5.000 compartilhamentos em redes sociais.

    Reprodução dos adesivos colados nos vagões do metrô

    Reprodução dos adesivos colados nos vagões do metrô

    Além de espalhar fotos dos trens, usuários paulistanos reproduziram a placa e disponibilizaram o arquivo para download. Eles defendem o “anonimato” e o “domínio público” nesse tipo de intervenção urbana.

    “Até estou procurando o verdadeiro autor. Queria me explicar e contar que refiz a arte para as pessoas espalharem”, diz o designer gráfico André Buika, 29, que recriou a imagem em alta resolução.

    Ele ofereceu duas versões da mensagem em seu site porque “acredita na intervenção urbana como forma de protesto”.

    O blogueiro Aldine Paiva, 36, que publicou o link para a imagem e registrou 10.000 visualizações em 24 horas, também não faz ideia de quem seja o autor original.

    “A ideia é que o máximo de pessoas reproduza, baixe, imprima e cole por si mesma”, diz. “É bacana usar o layout do próprio metrô.” 

    INTENÇÕES ELEITOREIRAS

    Segundo o PSDB, que tem políticos acusados de receber propina em licitações do metrô e da CPTM, os adesivos foram colados “por pessoas com intenções eleitoreiras”.

    “O PSDB de São Paulo considera essa ação inescrupulosa, bem como a ação do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo”, diz a nota do diretório estadual do partido.

    Em entrevista no fim de semana à Folha, o ministro refutou as acusações do partido.

    “Qual é o papel do ministro da Justiça? É mandar apurar, com sigilo”, disse então Cardozo, que encaminhou à Polícia Federal denúncias contra políticos tucanos, do DEM e do PMDB. No documento enviado à PF, Edson Aparecido, principal secretário do governador Geraldo Alckmin (PSDB), é acusado de receber propina do lobista Arthur Teixeira, indiciado por intermédio no pagamento de comissões em contratos do Metrô e da CPTM.

    LIBERDADE DE EXPRESSÃO

    Em nota, o metrô diz que “é contra ações que causem danos ao patrimônio público, por isso já tomou as medidas necessárias para retirar os adesivos e evitar que voltem a ser colocados”.

    A entidade afirma que “não se trata de cercear a liberdade de expressão, mas zelar pela conservação dos trens”.

    A assessoria não sabe informar quantas placas foram coladas nos trens, nem quantas já foram retiradas. “Sempre colam mensagens com diferentes conteúdos nos trens, esse tipo de material sempre é retirado.” 

    http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2013/11/1376381-usuarios-colam-placas-sobre-superfaturamento-em-trens-do-metro.shtml

    1. Denúncia dirigida e subliminar

      Cara Tamara

      Não sei por que, mas desconfio desse tipo de denúncia, onde não se tem um acusado. Para mim é coisa de tucano, induzindo a se pensar que é o PT, nessa onda de denúncias dirigidas.

      Saudações

  9. Pateta no volante

    Autor: Leão Serva

    “O homem comum é uma criatura de hábitos estranhos e peculiares”, diz o narrador do desenho animado “Pateta no Trânsito – Senhor Volante”, que Walt Disney lançou nos anos 1950 (veja em goo.gl/6TcGW3). O Senhor Walker, por exemplo, protagonista do filmete, é “considerado um bom cidadão e de inteligência razoável” () “mas quando ele pega no volante acontece um fenômeno estranho. O senhor Walker se deixa levar pela sensação de poder. Sua personalidade muda completamente”.

    Como no clássico “O Médico e o Monstro” (de Robert L. Stevenson), no comando do carro, Walker assume uma nova personalidade, a do Senhor Wheeler, agressivo condutor que buzina, xinga, faz manobras perigosas e acelera para chegar ao seu destino. Os nomes fazem um sentido especial em inglês: “walker” é quem anda a pé; “wheeler”, quem tem rodas…

    Qualquer semelhança com a nossa realidade não é mera coincidência. Infelizmente, o Brasil está cheio de Patetas no trânsito. Como o senhor Wheeler, acreditam que podem se portar feito animais violentos porque gastam uma fortuna em impostos e, portanto, merecem correr o quanto podem pelo asfalto que pagaram. O mau comportamento se espraia por todas as classes. Os carros de qualquer tipo e valor desrespeitam igualmente as leis de trânsito.

    Por isso, o índice de acidentes e mortes provocados pelo trânsito por aqui não é de todo surpreendente, embora insuportável. Segundo a CET, 19 pessoas são atropeladas por dia em São Paulo. Os números são coerentes com a pesquisa da Fundação Seade segundo a qual acidentes de trânsito mataram quase 150 mil pessoas entre 1990 e 2010, só no Estado de São Paulo. O montante significa 7.500 mortes ao ano, muito mais do que em lugares sob eterno conflito militar, como Israel e Palestina.

    Além de imprudente, o Pateta motorizado paulistano é violento. Não bastasse a barbeiragem cotidiana, ele também provoca 70 ocorrências diárias por causa de brigas geradas no trânsito. Ou seja, basta entrar num carro que o “homem cordial” semelhante ao Sr. Walker se torna uma besta agressiva, que buzina, xinga e pode até bater por causa do tráfego, como o Sr. Wheeler.

    No Brasil, a taxa de mortes no trânsito é quatro vezes maior do que nos EUA. Não é de se chocar. Afinal, são muito mais comuns os “rachas” de carros e parece ser maior o número de condutores alcoolizados.

    Além disso, o policiamento ostensivo, dia e noite, é muito maior nos EUA. No afã de gastar dinheiro em obras, os governantes brasileiros economizam em zeladoria, restringindo o policiamento de tráfego a números reduzidos quando a experiência americana mostra que a onipresença de guardas de trânsito, 24 horas por dia, provoca um maior respeito às regras e aos sinais.

    O comportamento do americano no trânsito certamente melhorou muito desde que Disney fez os filmetes com o Pateta ao volante. Parte dessa evolução se deve também ao fato de que os EUA acordaram mais cedo para os problemas criados pela prioridade ao automóvel como solução para mobilidade.

    A prefeitura, que tem priorizado o transporte público, poderia também zelar pelos “walkers”. Fossem feitas mais campanhas de conscientização e educação no trânsito, como a que melhorou o respeito às faixas de pedestre, mais paulistanos poderiam largar sua personalidade “wheeler”… 

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=fW3m5I-5d-E align:center]

    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/leaoserva/2013/11/1376104-pateta-no-volante.shtml

  10. Por que as mulheres são estupradas, segundo a polícia

    Policial catarinense dá dicas para as mulheres evitarem estupro. Além de ineficientes, as dicas mostram o despreparo da segurança pública ao tratar de crime tão delicado

    Da Carta Capital

    Um estuprador atacou uma mulher em Blumenau, Santa Catarina, e a violência física foi tamanha que ela faleceu. Encontraram a vítima na manhã do último sábado (23). As informações são do G1, que traz uma fala de uma policial da cidade:

    “A Polícia Militar disse ao G1 que o número de ocorrências envolvendo estupros na cidade aumentou nos últimos meses e por isso, orienta para que as mulheres busquem utilizar ruas e vias iluminadas e com movimentação de pessoas e evitem circular desacompanhada em horários com menos movimento, como à noite e início da manhã. “Se a pessoa mora sozinha, uma dica é também evitar chegar sempre no mesmo horário do trabalho. Além disso, tentar andar acompanhada. A presença de duas mulheres já inibe mais a ação. Se percorre o trajeto à pé, se possível, buscar caminhos diferentes, por que é a oportunidade que gera a ação”, explica a Segundo a Sargento Cristina Moreira, da Central de Emergência da Polícia Militar”.

    Há dois anos, o policial canadense Michael Sanguinetti também deu uma super dica para as mulheres se protegerem de estupros: “parem de se vestir como vadias”. As mulheres não se calaram; a partir desse comentário absurdo do policial, surgiu a Marcha das Vadias. De Toronto para o resto do mundo.

    Diante de um crime bárbaro como o estupro, procura-se explicações para o acontecido. Deve ser muito difícil simplesmente assumir que entre nós há pessoas capazes de tamanha atrocidade; porém, os números não mentem. No Hospital Pérola Byington, em São Paulo, são atendidas 15 vítimas de violência sexual por dia. Com estatísticas assustadoras, natural buscar-se métodos para evitar novos crimes.

    O problema é focar na potencial vítima, e não no agressor.

    Toda mulher aprende desde novinha como se comportar para não ser assediada/violentada/abusada. Os conselhos, em geral, são:

    – Não use roupa curta ou decotada;

    – Não saia sozinha;

    – Não ande em ruas desertas ou escuras;

    – Não aceite bebida de desconhecidos;

    – Não beba com desconhecidos;

    – Não abra a porta da sua casa para desconhecidos;

    – Não faça sexo casual;

    – Não, não e não. Todos os “nãos” possíveis e imagináveis. Alguns inimagináveis também.

    A policial catarinense ainda deu uma nova sugestão: “se morar sozinha, evite chegar do trabalho sempre no mesmo horário”. O que a pessoa vai ficar fazendo? Depois de passar o dia trabalhando, vai ter que criar mecanismos para enganar um agressor? Passear no shopping? Ir ao bar beber umas cervejas – e, ops, isso não pode! O que fazer, então?

    Claro que eu não tenho a resposta. Mas acho preocupante quando pessoas que deveriam ser especialistas em segurança pública têm o discurso de culpabilização da vítima. O que elas esperam? Que as mulheres fiquem trancafiadas em casa? O estupro é ao mesmo tempo um crime e uma ferramenta de controle social. Segundo Jill Filipovic, colunista do Guardian, “mostrar o estupro como algo que acontece fora de casa reforça a ideia de que as mulheres estão seguras em ambiente doméstico e em risco, se saírem” (tradução minha). O que não é verdade, uma vez que a maioria dos estupradores é conhecida da vítima.

    As dicas para “evitar o estupro” podem até ser bem intencionadas, quando elas vêm de um amigo ou um familiar (de um profissional de segurança pública, nunca). Porém, elas dão a impressão de que há como escapar de um crime sexual. Se aconteceu com você, é porque “você não se cuidou o bastante”, e isso gera culpa na vítima. Neste panorama, dificilmente ela irá registrar a ocorrência ou procurar ajuda.

    O discurso de Michael Sanguinetti, lá no Canadá, e de Cristina Moreira, aqui em Blumenau, em vez de ajudar as vítimas, piora ainda mais a situação. Precisamos olhar o estupro como um crime de cunho social. Não é apenas a violência de um indivíduo contra outro; o contexto social precisa ser melhor avaliado. E os responsáveis pela nossa segurança precisam se preparar melhor para tratar de assunto tão delicado.

    http://www.cartacapital.com.br/blogs/feminismo-pra-que/porque-as-mulheres-sao-estupradas-segundo-a-policia-4780.html

  11. Futebol: Paixão de muitos, negócio para poucos

    Em algum momento, entre os anos sessenta e hoje, o futebol deixou de ser um esporte, com participação massiva e emocionada de torcedores – com estádios cheios e sem violência, e converteu-se num negócio milionário para poucos.

    O futebol não está mais no gramado nem na arquibancada, mas sim numa nuvem global que transporta toneladas de dinheiro através da TV, dos direitos de imagem, das grandes publicidades. O estádio cheio não paga, às vezes, o salário de um único jogador, já a nuvem remunera salários de pop-star a poucos jogadores e enriquece cartolas do mundo todo. São notórios os numerosos episódios de corrupção entre a FIFA e a CBF, malas brancas e malas pretas, entrega da copa da França aos franceses, entrega da copa da Argentina aos argentinos, etc. Os dirigentes da CBF fugindo para paraísos fiscais. Árbitros corruptos.

    O Clube é normalmente pobre e endividado. Os torcedores são explorados. O povo muda de partido, de religião, mas nunca do time do coração. No futebol os torcedores gastam muito e lhes é oferecido um jogo de cartas marcadas (Vasco x Cruzeiro), ingresso caro, banheiro ruim, copo de água a R$10, estacionamento caro, violência na saída, brigas entre torcidas e, finalmente, o milagre de voltar inteiro em casa. Somos burros ou ingênuos demais?

    Da forma que isso anda vai acabar muito mal, quem sabe em alguma desgraça.

    O recomendável para o Ministério dos Desportes seria assumir que o futebol é mesmo a grande paixão do povo brasileiro, mais do que a religião, e tomar atitudes que defendam essas pessoas dos abusos que hoje sofrem, a cada rodada. Fortalecer os Clubes e os seus afiliados; obrigar ao seu saneamento financeiro; exigir condições mínimas aos clubes para participar dos campeonatos – como estrutura esportiva, salários em dia, impostos em dia, comissão técnica, mínima quantidade de afiliados e/ou média de pública nos estádios; democratização dos salários e transparência perante a legislação: o jogador é um empresário autônomo? (pop-star, etc.) ou é um trabalhador qualquer? (carteira assinada, etc.). Mas ainda, devemos punir esse entra e sai de jogadores, como andorinhas de uma temporada só, distorcendo a identificação torcedor/Clube/jogador.

    Temos que lutar contra essa tal de bancada da bola, que impera no congresso, e que luta por manter os privilégios de poucos.

    Os jogadores organizados, hoje sob o nome de “bom senso F.C.” reivindicam horários e calendários melhores, ou seja, o futebol é deles e para eles. Mas, deveriam ser os clubes e os seus sofridos afiliados torcedores os que deveriam reivindicar este e outros assuntos, pois eles são os que configuram o “mercado” esportivo e é dentro desse mercado que os chamados profissionais (jogadores e cartolas) deverão atuar e respeitar.

    Os jogadores, de comum acordo, podem direcionar o campeonato até onde quiserem. Quem sabe isso tenha acontecido com o “bom senso”, quando jogadores do Cruzeiro entregaram o jogo ao Flamengo para sair da copa do Brasil (que não lhes interessava) e, neste recente Sábado 23/11/2013, entregaram o jogo para o Vasco.

    Os Clubes contratam pop-stars de chuteiras para que vistam temporariamente a camisa pertinente. Antigamente os jogadores nasciam das divisões inferiores e representavam aos seus clubes, durante muitos anos. O Dedé é do clube Vasco, embora jogue temporariamente no Cruzeiro, e por aí vai. O fato de jogadores “espertos” arrumarem os resultados por conta deles não torna criminoso ao Clube que dizem representar. Eles devem ser identificados e punidos. O “bom senso” e a mala branca irão caminhar cada vez mais juntos, deixando ao torcedor/expectador de bobo num jogo de cartas marcadas, como aquelas lutas mexicanas de homens mascarados.

    Uma turma de executivos de chuteiras, sentados três minutos em campo em atitude provocadora, comparsas entre sim e dos eventuais adversários de final de semana, colegas de balada, vestindo ocasionalmente uma camiseta azul, não fazem do Cruzeiro um culpado, mas sim uma vítima, assim como aos torcedores. Um ou dois jogadores poderiam dizer que são do Cruzeiro, o resto nem esteve em 2102 e talvez nem esteja em 2014. “Bom senso F.C.”? O cacete!

    Os jogadores são excelentes artistas: fingem pênaltis, caem estrepitosamente girando pelo gramado, correm atrás de bolas perdidas para fazer média com a torcida, etc. Assim, fingir que jogam “duro” não diz nada, assim como os chutões do Nilton para fora até do Maracanã. Profissionais do engano, do trote manso no meio de campo, de declarações “padrão” para jornalistas “padrão”, que levam emoções fictícias aos torcedores.  

    Não existe mais Clube A x Clube B, mas apenas um apanhado de artistas, vestindo camisas de cor diferente, de bom salário, fingindo que duelam entre sim.

    Primeiro devemos respeitar ao cidadão-torcedor, logo os Clubes e, finalmente, obrigar aos profissionais desse mercado (que ganham dinheiro com isso) que cumpram as condições estabelecidas ou, caso contrário, procurem outra atividade. Hoje, os sujeitos que ganham todo o dinheiro do futebol são os mesmos que ditam as normas e obrigam aos Clubes a se endividar, aos torcedores a pagar caro e, como estamos observando a toda hora, a assistir jogos “society” entre executivos de chuteiras, com resultado já negociado entre colegas de trabalho, dependendo das vantagens comerciais que isso traria para os poucos que mandam neste negócio, que já foi esporte.

    Tenho certeza que a maior parte dos torcedores que assistiram ao jogo: Vasco x Cruzeiro sabem que foi marmelada, assim como os jornalistas desportivos e até o próprio árbitro. Hoje aparecem com panos quentes e desculpas esfarrapadas. Ninguém quer perder a teta.

    Assim como o Serra, onde todo o mundo viu que recebeu na cabeça apenas uma bolinha de papel e não um tijolo, como alguns querem pensar e que ainda dizem acreditar nele. Somos todos culpados por aceitar coisas erradas, desde o torcedor até os políticos. A moral da nossa sociedade passa por essas coisas, de modo que o Brasil é o que é.

    Da minha parte, tiro o narizinho de palhaço da minha cara e corto o futebol de raiz, da minha vida.

     

  12. Aécio monta ofensiva para

    Aécio monta ofensiva para reverter adesão do PPS a Eduardo Campos

    Do Ultimo Segundo

    O senador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG) desenhou uma ofensiva para tentar reverter a adesão de vários setores do PPS à candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. No momento em que começa a endurecer a relação entre tucanos e socialistas para a eleição presidencial do ano que vem, Aécio decidiu buscar pessoalmente apoio nos diretórios regionais do PPS.

    O senador Aécio Neves (Foto: Dida Sampaio/AE)

    O senador Aécio Neves (Foto: Dida Sampaio/AE)

    Depois de se reunir com dirigentes do partido no Rio de Janeiro no fim de semana, Aécio já mobilizou aliados para que busquem a adesão dos diretórios onde enxerga um alinhamento maior com o tucanato. Entre os alvos principais, estão, além do Rio, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco.

    Alguns setores do PSDB dizem ver uma ação do deputado Roberto Freire (PPS-SP) para pressionar os tucanos nas negociações. Ainda assim, a orientação dada a Aécio a seus principais interlocutores foi a de levar a sério as declarações feitas pelo presidente nacional do partido durante o congresso estadual do partido.

    Segundo Freire, o PPS deveria apoiar Campos para fortalecer uma segunda candidatura de oposição e, assim, enfraquecer o campo petista na corrida presidencial. Há apenas algumas semanas, Freire falava com pouco entusiasmo no nome de Campos e dizia que o partido estava cada vez mais próximo de Aécio.

     

  13. Dilma diz que sociedade brasileira é ‘sexista e preconceituosa’
    Dilma diz que sociedade brasileira é ‘sexista e preconceituosa’

    Por iG São Paulo |

    25/11/2013 14:57

    Texto

     

    No Twitter, presidente lembrou o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher e lamentou preconceito do ‘mais forte’ contra a mulher apenas pelo fato de ser mulher

    A presidente Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter para lembrar o dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, comemorado hoje (25), e lamentar a violência doméstica sofrida por milhares de brasileiras.

    Conheça a nova home do Último Segundo

    Reprodução/Twitter
    Dilma lamenta que sociedade brasileira ainda seja ‘sexista e preconceituosa’

    “A violência contra a mulher envergonha uma sociedade que, infelizmente, ainda é sexista e preconceituosa”, escreveu Dilma. “É uma forma de preconceito do “mais forte” contra a mulher apenas pelo fato de ser mulher.”

    Apesar de alertar para a violência doméstica, a presidente também comemorou os avanços da legislação no combate a esse tipo de crime. “Graças às lutas das mulheres, o Brasil está mudando. A Lei Maria da Penha foi o alicerce do combate à violência contra as mulheres”, escreveu. “Combater à violência contra a mulher é condição para uma Nação mais justa, cidadã e igualitária”, concluiu.

     

  14. Mãe confessa que doou bebê supostamente sequestrado na capital
    Mãe confessa que doou bebê supostamente sequestrado na capital

    Grupo veio buscar o bebê na rodoviária de Belo Horizonte, após combinarem o negócio pela internet, por meio do site “Doe seu bebê”
     

    A criança de 2 meses foi levada dos braços da mãe em BH
    PUBLICADO EM 25/11/13 – 17p5
    JULIANA BAETA
    LARISSA ARANTES

    O bebê que teria sido roubado no último sábado (23) no centro da capital foi encontrado nesta segunda-feira (25), no Rio de Janeiro. A informação acabou de ser divulgada pela Polícia Civil em uma coletiva de imprensa. De acordo com as investigações, a criança foi encontrada com um casal de adolescentes.

    Durante a coletiva, Renata Soares da Costa, 19, a mãe do bebê, confessou que deu a criança por livre e espontânea vontade ao casal do Rio de Janeiro. Eles vieram buscar o menino na rodoviária de Belo Horizonte, após combinarem o negócio pela internet, por meio do site “Doe seu bebê”. Segundo a adolescente que ficou com a criança, Renata, que teria agido sem o conhecimento de seu companheiro, não queria a criança e não cobrou nenhum pagamento por ela.

    Apesar de confessar o crime e que não cobrou nada para entregar o menino, Renata não informou por qual motivo teria feito isso. A adolescente que estava com a criança no Rio de Janeiro disse que procurou por um bebê para adotar após ter perdido o filho.

    O pai da criança, Johney Lima Santos Nulhia, 24, ficou atordoado com a revelação da mulher. Ele disse que nunca imaginaria algo assim, mas afirmou estar feliz por ter encontrado o bebê.

    Entenda o caso

    No sábado, Renata contou que estava na avenida Oiapoque, no centro de Belo Horizonte, quando foi abordada embaixo do viaduto por dois homens e uma mulher. Eles teriam descidos armados de um carro preto e exigido que ela entregasse o filho, segundo ela.

    Na versão de Renata, dois dos suspeitos falavam um idioma que ela não compreendia e tinham aparência oriental, enquanto outro, negro, disse que eles queriam apenas ficar com o bebê. O trio teria fugido rapidamente, em um veículo que ela não soube identificar modelo ou marca, levando ainda a bolsa da mulher, com fraldas e a mamadeira da criança.

    Ainda segundo a mulher, ela ficou muito nervosa e disse que ninguém passava pelo local no momento. Sem telefone celular, ela correu até uma banca de jornal, onde comprou um cartão para avisar ao namorado e pai da criança, Johney, e à PM, que registrou a ocorrência na Central de Flagrantes (Ceflan), no bairro Floresta.

    Desde a manhã desta segunda-feira, os pais do bebê prestam depoimento no Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp). O casal teria recebido uma ligação anônima informando que a criança estaria no Rio de Janeiro.

    Imagens

    A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) disponibilizou imagens de câmeras instaladas em duas estações do metrô, para ajudar na identificação do casal suspeito de roubar o bebê. De acordo com a PM, foram disponibilizadas imagens das estações Eldorado e Lagoinha, pontos de partida e chegada da mãe da criança. As cenas correspondem à movimentação das estações, já que dentro dos vagões não há circuito interno de câmeras. O conteúdo das imagens,

     

  15. “Bancos fazem terrorismo ao prever perda bilionária com poupador
    “Bancos fazem terrorismo ao prever perda bilionária com poupadores”
    Defensores dos correntistas rebatem a catástrofe financeira anunciada pelo BC e o governo se o Supremo decidir pela correção dos planos econômicos na quarta-feira

    Taís Laporta e Vitor Sorano – iG São Paulo |

    25/11/2013 05:00:00

    A longa batalha jurídica entre bancos e poupadores pode chegar ao fim na próxima quarta-feira (27). Em decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve  bater o martelo sobre a revisão das correções da poupança pelos planos econômicos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2. Mas há risco de o julgamento ser adiado por pressão do governo e do Banco Central (BC), que pedem mais tempo para evitar o que chamam de “catástrofe” aos bancos.

    Thinkstock/Getty Images
    Todas as ações contra os planos Bresser e Verão foram aceitas na Justiça até agora

    A decisão vai afetar um milhão de ações individuais e mais de mil ações coletivas – e também o futuro de investidores prejudicados há mais de 20 anos e que não foram à Justiça.

    Até agora, todas as ações individuais dos planos Verão e Bresser foram favoráveis aos poupadores. Embora o entendimento jurídico penda a favor dos correntistas, os bancos e o governo anunciaram um cenário apocalíptico para a economia do País caso o Supremo dê razão aos correntistas.

    Cálculos do BC e do Ministério da Fazenda dão conta de que as perdas aos bancos ficarão entre R$ 105 e R$ 180 bilhões. Nesta sexta-feira (22), o procurador-geral do BC, Isaac Ferreira, disse em entrevista coletiva que uma eventual decisão a favor dos poupadores provocaria uma retração na oferta de crédito em torno de R$ 1 trilhão. “Significa reduzir um quarto do capital do sistema financeiro nacional”, disse.

    O presidente do BC, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também demonstraram preocupação com o desfecho do julgamento. Além do enxugamento do crédito, os bancos quebrariam e a o resto da conta seria repassada aos contribuintes.

    Procurada pelo iG , a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) afirmou não poder estimar qual o atual provisionamento – reserva destinada para os pagamentos das correções – dos bancos para os planos, já que trata-se de uma “decisão individual de cada instituição financeira”.

    Na outra ponta, quem defende os poupadores contesta os cálculos das instituições financeiras, fala em “desmoralização do Judiciário” e de prejuízo em dobro para os investidores se perderem a causa.

    O advogado especializado em direito bancário e do consumidor, Alexandre Berthe, ajudou a conduzir cerca de 500 processos ligados aos planos no escritório Berthe e Montemurro Advogados, e defende que a perda bilionária não faz sentido.

    “Se considerarmos o valor máximo do prejuízo aos bancos [R$ 180 bilhões] e dividirmos por 1 milhão de processos, cada ação receberia o valor de R$ 180 mil, uma aberração numérica se considerarmos a condição econômica da população”, defende.

    Segundo um cálculo por amostragem dos processos no escritório de Berthe, o valor das correções não ultrapassaria uma média de R$ 10 mil por pessoa. Para o advogado, o cálculo é uma tentativa de sensibilizar os ministros e desviar o foco jurídico do julgamento.

    “Considero terrorismo o que os bancos estão fazendo. Se o STF mudar seu entendimento sem nenhuma inovação jurídica, será o fim do judiciário. Vou até repensar se continuo advogando”, afirma Berthe.

    O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que ajuizou diversas ações a favor dos poupadores, também questiona o valor calculado pelo BC e pela Fazenda. A entidade alega que nunca se apresentou a lista de possíveis credores e valores devidos para justificar como se chegou à quantia.

    “O mais grave é o seguinte: de onde vêm esses números? Por que os bancos e o BC não abrem para a sociedade quantos eram os valores à época e o que é devido para cada poupador?”, questiona Flavio Siqueira Júnior, advogado do Idec, responsável por ações que podem garantir a devolução a qualquer um que tivesse dinheiro na poupança à época dos planos.

    Divulgação
    Nota de 1000 cruzados: moeda foi criada em 1986 para tentar conter inflação

    O advogado critica a falta de detalhamento dos cálculos feitos na última semana, às vésperas do julgamento. “Os bancos deixaram de cumprir uma norma estabelecida pelo próprio Estado e agora o governo vai contra os poupadores?”, questiona Siqueira Júnior. “Causa estranheza essa pressão do próprio ministro da Fazenda.”

    Se no cenário mais catastrófico a correção provocaria a quebra dos bancos, uma decisão contrária penalizaria em dobro os poupadores, defendem os advogados. Além de ficarem sem a correção, teriam de pagar as custas do processo, ou seja, os honorários dos advogados que representam o setor bancário.

    Berthe se diz perplexo por não ter havido nenhuma manifestação pública do governo ou de entidades sobre o prejuízo adicional que os poupadores terão. “O Estado só mobilizou um aparato a favor dos bancos”, diz o advogado.

    Se uma derrota do setor bancário pode impactar negativamente o sistema financeiro, uma vitória pode minar a crença de que a poupança é um investimento seguro, defende o Idec. “Vamos supor que o STF diga que os bancos estão corretos: eu não confiaria mais na poupança”, argumenta Siqueira Júnior.

    Sobre o argumento de que as correções provocariam uma quebradeira no sistema financeiro nacional, Berthe defende que o dinheiro pago vai beneficiar a economia. “O dinheiro dará poder aquisitivo aos brasileiros e será injetado no mercado com a compra de imóveis, utilização de serviços e consumo”, diz.

    Relembre o caso

    Lesados por perdas decorrentes dos planos econômicos que visavam controlar a superinflação dos anos de 1980 e 1990, milhares de brasileiros que investiam na poupança recorreram à Justiça pedindo a aplicação de novos índices para a correção monetária de seus investimentos.

    As ações individuais chegaram a 1 milhão, enquanto diversas entidades ajuizaram ações coletivas. Os processos correram em todas as instâncias judiciais, sempre a favor dos correntistas prejudicados pelos planos Bresser e Verão. O caso só chegou à Suprema Corte do País depois de os bancos questionarem a constitucionalidade das correções monetárias.

    Caso o STF decida a favor dos poupadores, o recebimento dos valores entrará em uma nova fase. Será preciso individualizar o que cada correntista tem a receber, definir o valor das correções em cada sentença e verificar se os prazos para ajuizar os processos foram respeitados. Tudo isso pode demorar um bocado, o que abre a possibilidade de os bancos chamarem os correntistas para fazer acordos, e solucionar a questão mais rapidamente.

    O boom de processos contra os bancos teve início em 2007, quando se aproximava o prazo limite para ajuizar as ações contra o Plano Bresser (1987). A quantidade de pedidos aumentou até 2009, data final para pleitear a correção. Mas há casos judiciais que datam de 1987.

    Todos os processos relacionados aos planos Bresser e Verão (1989) foram julgados procedentes e consolidaram jurisprudência a favor dos poupadores. Já em relação aos planos Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991), não há entendimento jurídico consolidado, e houve inclusive derrotas isoladas.

    A solução para as ações de todos os planos será dada com base no julgamento de seis ações pelo STF. Pelo menos três ministros da Corte – Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello – mostraram-se favoráveis aos correntistas.

    ENTENDA O JULGAMENTO

    O que foram os planos econômicos

    Foram tentativas dos governos dos anos de 1980 e 1990 de controlar a hiperinflação do período através da correção monetária, afetando todos os consumidores que possuíam dinheiro aplicado na caderneta de poupança. São eles Plano Bresser, Plano Verão, Plano Collor 1 e Plano Collor 2.

    O que pedem os poupadores

    Todos os correntistas que se sentiram prejudicados e ajuizaram ações contra os bancos pedem a aplicação de novos índices para a correção monetária que foi feita. Poipadores alegam ter perdido 20,37% de tudo o que aplicaram com o Plano Verão, o equivalente a R$ 29 bilhões, segundo o IDEC. São mais de 1 milhão de processos individuais e mil ações correndo em juízo.

    O que alegam os bancos

    O sistema bancário, amparado pelo Banco Central (BC), recorreu ao Ministério da Justiça para tentar convencer os ministros do Supremo Tribunal Federal de que uma decisão favorável aos correntistas teria consequências desastrosas para a economia. Os bancos alegam que perderão entre R$ 105 bilhões e R$ 180 bilhões com a decisão.

    Como o STF vai decidir

    O julgamento do Supremo vai dar uma solução definitiva para todas as ações em aberto contra os planos econômicos. Os ministros julgarão como base em seis ações. Se os bancos vencerem, quem entrou com ação ficará sem a correção e terá que arcar com os honorários da parte contrária. Se a vitória for dos correntistas, os bancos terão que desembolsar a quantia devida a o que cada um perdeu.

     

  16. Os principais inimigos das mulheres que sofrem violência domésti
    Os principais inimigos das mulheres que sofrem violência doméstica
    Para advogado especializado em direitos das mulheres, crianças e parceiros, Lei Maria da Penha é efetiva, mas ainda tem obstáculos por superar

    Renata Reif – iG São Paulo


    Getty Images
    Violência contra a mulher: além da lei, obstáculos distanciam a denúncia

    No Dia Internacional de Eliminação da Violência Contra a Mulher, Francinelli Lira, de 29 anos, respira aliviada por ter escapado da morte e seus agressores estarem presos. O marido e a sogra planejaram assassinar a recepcionista por acharem que o filho que ela esperava era de outro homem. Após ser atingida por três balas, sendo uma disparada propositalmente na barriga pela aposentada Elza Maria da Costa Neves, de 58 anos, Francinelli, mãe de outros dois filhos do mesmo pai, bateu o carro em uma carreta tentando se salvar.

    Quando chegou ao hospital, com sorte viu seu bebê de quatro meses ser salvo e denunciou o próprio marido e a mãe dele. Ao deixar a UTI, cinco dias depois, respirou aliviada por saber que os dois já estavam atrás das grades. “Espero que fiquem lá por muito tempo. O suficiente para as crianças crescerem e não terem contato com eles ainda pequenos”.

    Não dá para julgar as atitudes de mulheres que apanham e sofrem abuso de seus companheiros

    Francinelli escapou de uma estatística que estimou, entre 2009 e 2011, 5,82 óbitos para cada 100 mil mulheres. “Em média ocorrem 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia”, relata o estudo “Violência Contra a Mulher: Feminicídios no Brasil”, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no último mês.

    Segundo a pesquisa, a Lei Maria da Penha não conseguiu reduzir as mortes em decorrência de violência doméstica. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde apontam que houve uma pequena queda na taxa em 2007, logo após a vigência da lei, mas depois o número voltou a crescer.

    Silêncio

    Não foi a primeira vez que Emerson Rogério Neves, 40, tentou matar Francinelli. Agressões físicas eram frequentes. “Ele tentava me estrangular e me dava murros na cara”, conta. Foram abertos três boletins de ocorrências por causa dos abusos do caminhoneiro. Todos posteriormente retirados por causa de ameaças. “Ele precisava ter o nome limpo para arranjar emprego. Retirei as queixas por essa razão”.

    Getty Images
    O silêncio é o principal inimigo das mulheres que sofrem violência doméstica

     

     

    Presidente da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (ABRASD) e membro do Conselho Estadual da Condição Feminina, a advogada Dalila Figueiredo afirma que não dá para julgar as atitudes de mulheres que apanham e sofrem abuso de seus companheiros. Ao longo de seus 17 anos de trabalho com as vítimas, percebeu que cada uma tem seu tempo para tomar decisões.

    Ele precisava ter o nome limpo para arranjar emprego. Retirei as queixas por essa razão

     

     

    “Não existem erros cometidos por essas mulheres. Ela pode ter todas as medidas protetivas, mas aí o marido liga dizendo que só quer devolver umas fotos que estão com ele. Ela cai na cilada e quando abre a porta, toma três tiros e morre”, diz Dalila.

    O silêncio pode ser o pior inimigo em casos de violência doméstica, pois faz com que as agressões se repitam. Por isso o enfrentamento da violência é necessário, conforme consta do artigo 226 da Constituição Federal.

    Mas, na prática, nem sempre é o que acontece. “Elas têm medo de denunciar o marido por causa de dinheiro. Ou sentem-se indefesas e fracas diante das ameaças dos homens, calando-se e deixando a situação de lado”, diz Angelo Carbone, advogado de Francinelli e autor do “Manual das Mulheres”, uma cartilha que ensina os direitos de quem sofre violência e está disponível gratuitamente na internet.

    Obstáculos

    Para a psicóloga Ana Paula Mallet, do Grupo da Saúde da Mulher da Unifesp, a mulher agredida muitas vezes minimiza os fatos por culpa, como se ela fosse a responsável pelo destempero emocional do companheiro. E ainda encara o apoio inverso dos familiares. “O discurso se torna ‘foi você que escolheu se casar com ele, agora tem que suportar esta situação’”, diz Ana Paula.

    Para todos os efeitos, a coisa certa a se fazer é procurar a Delegacia da Mulher e acionar a Lei Maria da Penha, em vigor desde 2007. Lá, a mulher tem atendimento especializado para situações como essas. Segundo Carbone, medidas protetivas são tomadas, em 48 horas, pela delegada, que providencia duas petições: uma para que a mulher receba de 33 a 50% do ordenado do marido, e outra para que ele saia imediatamente de casa e mantenha 300 metros de distância da mulher.

    Se o agressor se aproximar, ela deve ligar para o 190 e a polícia entrará em ação. A mulher agredida também terá direito a dois anos de pensão para se reciclar e entrar para o mercado de trabalho. “É uma lei de vanguarda que defende os interesses da mulher brasileira, que sofre agressão há 500 anos”, afirma.

    O objetivo do “Manual das Mulheres” é popularizar as leis, permitindo que a vítima saiba de seus direitos e possa exercê-los sem necessariamente gastar dinheiro com um advogado, custo muitas vezes inacessível. E não só as mulheres estão cobertas pela Lei. “Isso também vale para o homossexual que tomou uma surra do companheiro e para crianças que sofrem lesões corporais”.

    Agressores

    Se a mulher foi agredida verbalmente, também vale ir à delegacia da mulher para abrir um BO. Na segunda denúncia, o agressor já não será visto com bons olhos. Na terceira agressão é decretada a prisão. “Não importa se a agressão é física ou verbal. Um inquérito deverá ser instaurado e o agressor terá que responder por seus atos”.

    ‘Foi você que escolheu se casar com ele, agora tem que suportar esta situação’

     

     

    Não existe um perfil de violador dos direitos da mulher. “São homens de todas as classes sociais, idades e profissões. Desde adolescentes a sexagenários. Já atendi uma idosa que foi estuprada pelo neto viciado em crack”, lembra Dalila. “Vejo que é muito mais uma questão de gênero e de subalternidade. Eu escuto muitos deles se justificarem: ‘Ela me desobedeceu’”.

    Segundo a especialista, há agressores que só mudam de endereço e já fizeram três, quatro vítimas. Isso porque a lei Maria da Penha ainda é frouxa em relação à reabilitação do homem violento. Apesar de considerar o código inovador, Dalila crê que ainda há um longo caminho a percorrer. “Onde estão os centros de reabilitação no Brasil?”, questiona. “Nos Estados Unidos, por exemplo, o agressor é obrigado a participar de 90 sessões e ainda tem que pagar por isso. Se ele deixar de comparecer a três delas, é imediatamente preso”.

     

  17. Lei Maria da Penha coloca 140 mulheres na cadeia
    Lei Maria da Penha coloca 140 mulheres na cadeia
    Dados da Justiça foram acumulados entre 2008 e 2012. Especialistas afirmam que na estatística estão agressoras de homens e de outras mulheres

    Fernanda Aranda , iG São Paulo |  

    A Lei Maria da Penha nasceu em 2006 para proteger mulheres contra a violência doméstica. Mas dados inéditos do Ministério da Justiça (MJ) revelam: elas também vão para a cadeia enquadradas na legislação.

    Levantamento feito pelo iG no banco virtual do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do MJ, mostra que cerca de dois mil homens são presos anualmente por agredirem suas parceiras. Em meio ao comportamento violento masculino, 140 mulheres foram detidas nos últimos cinco anos por – nos dizeres da lei – “causarem morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial” contra pessoas que convivem no mesmo ambiente familiar.

    Divulgação
    Interpretação da Lei Maria da Penha, criada para proteger a vítima de violência doméstica, ainda causa polêmica: há 140 mulheres presas hoje, enquadradas na lei

     

    Os registros de prisões são referentes a dezembro de 2008 (primeiro semestre de análise que discrimina os crimes cometidos) e dezembro de 2012. As estatísticas são atualizadas todo semestre e as mais atuais foram disponibilizadas há um mês.

    Os dados não traçam o perfil das vítimas, o que impossibilita saber quantos são homens e quantos são mulheres entre os agredidos pelas 140 detidas.

    O número detecta simplesmente o uso de violência por parte das mulheres. Na outra ponta da agressão, segundo especialistas, estão namorados, noivos e maridos, mas também violentadas em relações homoafetivas, além de filhas, mães e irmãs vitimadas por agressoras.

    Cigarro apagado no peito

    Todos os ouvidos pela reportagem, incluindo o empresário C.B, 35 anos, que recorreu à proteção da Lei Maria da Penha após ser ameaçado de morte e conviver com a cicatriz de um cigarro apagado no peito pela a ex-mulher, fizeram questão de ressaltar que a violência perpetrada por uma mulher ainda é minoria.

    As estatísticas endossam a prevalência de homens, já que as encarceradas com base na legislação representam 0,88% da quantidade de homens penitenciados no período analisado (15.889 no total). Veja no gráfico abaixo:

    Ele ganhou a proteção da Lei Maria da Penha contra a ex-mulher em 2008 e ainda convive com as sequelas da violência. “Mas assim como as mulheres, em um dado momento, sentiram necessidade de criar meios, leis e entidades para se defender da agressão dos homens, o gênero masculino vive hoje um momento parecido”, diz. “Um momento em que se faz necessária a criação de entidades às quais se possa recorrer para receber orientação, receber apoio”. Leia a entrevista completa com ele, que foi caluniado e perseguido pela ex-mulher, aqui.

    Divulgação
    Juristas e estudiosos divergem quanto ao uso da lei para enquadrar agressoras

    Divergências

    Entre estudiosos e juristas, a utilização da Lei Maria da Penha para proteger vítimas masculinas não é consenso. “Achamos inadmissível usá-la em favor dos homens”, avalia Ana Teresa Iamarino, do departamento de enfrentamento da violência contra a mulher, da Secretaria Especial de Políticas Para Mulheres, ligada ao governo federal.

    “A lei foi criada justamente para beneficiar mulheres, aquelas que vivem uma relação desigual de poder, de força e de opressão. Nosso acompanhamento mostra que quando a lei é usada em favor deles, as decisões acabam revogadas. Estes casos que resultam em prisões de mulheres, em geral, são para beneficiar outras mulheres, principalmente as vítimas de violência em relações homoafetivas”, analisa Ana Teresa.

    Já o advogado Zoroastro Teixeira, que atua no Mato Grosso e é especializado em direito de família, contesta a restrição. Em 2008, ele conseguiu que o cliente fosse protegido pela Lei Maria da Penha, após provar as agressões e ameaças por parte da ex-companheira. Alegou que todos são iguais perante as leis, invocando o chamado princípio de isonomia.

    Desde então orienta outros colegas “de Brasília, Rio Grande do Sul e Ceará” com demandas parecidas. “Quando o homem é vítima de violência doméstica, não tem as garantias processuais e a força da Lei Maria da Penha. É a via mais rápida para afastar a agressora da vítima”, acredita. “Na minha avaliação, por excluir o homem desta proteção, a lei fere o princípio de isonomia e é inconstitucional. Mas eu a usei para proteger um homem violentado e humilhado”.

    A legislação trata de maneira desigual porque as mulheres não são iguais do ponto de vista de vitimização doméstica”, diz Maria Berenice

    Violências diferentes

    Ex-desembargadora e fundadora do Instituto Brasileiro de Defesa da Família (IBDFAM), Maria Berenice Dias discorda de Teixeira e reitera que a lei, quando é protetiva, serve para defender o “mais vulnerável”.

    “A legislação trata de maneira desigual porque as mulheres não são iguais do ponto de vista de vitimização doméstica”, diz Maria Berenice, afirmando que o mesmo princípio do vulnerável é usado no Estatuto do Idoso, na lei de cotas raciais e no Código de Defesa do Consumidor.

    Segundo ela, o fato de não existir uma lei voltada às vítimas masculinas não dá às mulheres liberdade para agredir o companheiro. “Ela pode ser enquadrada em todas as outras legislações criminais. Não há salvo-conduto”, diz.

    Da mesma opinião partilha a promotora do Ministério Público (MP) de São Paulo, Silvia Chakian. “A violência praticada pela mulher, via de regra, é completamente diferente da exercida pelo homem. A dela é pontual, um ataque de fúria isolado. A do homem é crônica: a vítima sofre anos calada e só encontra formas de romper com as agressões pela lei protetiva. É para estes casos existe a Lei Maria da Penha”, diz Silvia, fundadora do Núcleo Central Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica do MP.

    Pareceres jurídicos

    Desde a criação, a Lei Maria da Penha gera contestações sobre sua validade. Em 2010, os recursos ganharam força por conta do entendimento de cinco tribunais de justiça regionais de que era uma legislação desigual – ano que coincide com o pico de 58 mulheres presas enquadradas na lei. Em 2011, parecer do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Maria da Penha não fere a Constituição e, em 2012, o entendimento dos ministros do Supremo foi de que não só a vítima, mas qualquer testemunha, poderia registrar ocorrência contra o agressor.

    As denúncias explodiram. Os dados do Disque-Denúncia (180) mostram que o número foi acionado 265 vezes por dia só para o registro de casos de violência doméstica contra mulheres – 47,5 mil ligações no primeiro semestre de 2012, 13% a mais que no mesmo período de 2011, informa balanço do governo federal.

    “Solução e não punição”

    Lírio Cipriani, diretor do Instituto Avon, que realiza e patrocina campanhas contra a violência doméstica, pontua que “a Lei Maria da Penha foi uma ferramenta importante para dar voz à vítima, encorajar a mulher”.

    “Estamos prontos para um próximo passo”, acredita.

    “A mulher não quer a punição do agressor doméstico. Ela quer a solução para a violência”, diz. “Solucionar significa romper o padrão violento, a cultura que diz que o forte bate e o fraco apanha”, ressalta. “Elas não podem mais apanhar caladas e sozinhas. Mas reagir não significa ser violenta também. Não é vingança que precisamos e, sim, de uma cultura de paz”.
     

     

  18. Sinais que o relacionamento pode se tornar violento
    Sinais que o relacionamento pode se tornar violento
    Gestos agressivos podem antecipar atos de violência contra o parceiro na relação do casal. Aprenda a reconhecer sinais de perigo

    Danielle Nordi e Verônica Mambrini, iG São Paulo |

    13/04/2011 08:00:00

     

    Alexandre Carvalho/Fotoarena
    Renata era constantemente humilhada pelo parceiro com quem ficou durante anosQuem não se lembra do caso da adolescente Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, morta a tiros pelo ex-namorado, Lindemberg Alves Fernandes, em 2008? E da cabeleireira Maria Islaine de Morais, de 31 anos, assassinada pelo ex-marido no ano passado? As imagens, gravadas pela câmera de segurança de seu salão, correram o País. De acordo com especialistas, é possível enxergar alguns sinais de que a violência está virando rotina para um casal. O problema é que, no auge da paixão, é mais fácil justificar um ato agressivo do que encará-lo como tal.

    “Os sinais já são uma violência por si só. O parceiro que grita, humilha ou dá um empurrão já está agredindo. É preciso ficar atento a estes gestos”, afirma a psicóloga Margareth Volpi, mestre em terapia familiar e de casais pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Ela enumera algumas ações que não deveriam fazer parte de um relacionamento saudável. “Quando há proibições unilaterais, ou seja, sem diálogo, é muito ruim. O proibir porque simplesmente não quer, sabe? Pode ser uma roupa mais curta ou ter amigos do sexo oposto. Também é preocupante quando há uma relação de ‘propriedade’ no relacionamento. Ninguém pode ser dono de outra pessoa.”

    A psicanalista e professora do departamento de psicologia da PUC do Rio de Janeiro Junia de Vilhena explica que há uma maior quantidade de homens violentos do que mulheres, mas que isso não significa que elas não existam. “Homem tem mais vergonha de denunciar, mas muitas namoradas ou esposas são controladoras e agressivas. Independente do sexo do agressor, o mais impressionante é que o ciúme ou o amor possa ser visto como um motivo para se matar alguém. São os chamados crimes sob violenta emoção. Isso é inadmissível. Amor é uma coisa boa. Jamais uma justificativa para um crime.”

    A vítima se sente culpada
    A roteirista Renata Corrêa, 28, assume que ficou presa em um namoro agressivo durante anos. Ela conta que estava muito apaixonada e não conseguiu ver que os episódios de fúria se tornavam cada vez mais frequentes. “Ele nunca me bateu, mas quebrou a porta da casa da minha mãe a pontapés. Depois disso eu vi que precisava colocar um ponto final no relacionamento, só que mesmo assim foi complicado. Eu me sentia culpada. Achava que ele estava doente e que eu tinha obrigação de ajudá-lo”, lembra.

    Renata, como tantas outras, era humilhada constantemente pelo parceiro, mas achava que ele nunca mais ia repetir a violência verbal. Ela conta que quando estava desempregada e morava com o namorado, a maneira como ela lavava a louça era motivo de gritaria. “Ele ficava muito bravo porque eu colocava a faca para secar com a ponta para cima. O correto, segundo ele, era para baixo. Hoje eu consigo ver que aquilo não era normal, mas na época tinha certeza que era algo passageiro.”

    “Muitas mulheres, infelizmente, possuem uma certa capacidade de tolerar atos violentos e de achar que as coisas vão mudar. Na maioria das vezes, quem fica num relacionamento assim tem uma atitude de autossacrifício. Faz tudo pelo outro e esquece as suas necessidades”, afirma Mayra Luciana Gagliani, diretora do Departamento de Psicologia da  Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).

    Depois de muita terapia, Renata aceitou que a agressividade do parceiro nunca foi sua culpa. Teve dificuldade de se relacionar novamente, mas venceu esta barreira. “Estou casada com o homem mais gentil do mundo. Foi bem difícil voltar a namorar, mas o tratamento psicológico me ajudou a ver que tenho todo direito de ser feliz.”

    Super-romântico
    A analista de marketing paulistana, de 25 anos, que não quis se identificar, descreve cenas de terror que faziam parte da sua rotina: “ele jogava facas na minha direção, arrancava brincos da minha orelha e me batia constantemente. Eu tinha muito medo dele me matar nestes momentos. Depois ficava super-romântico e prometia que nunca mais nada daquilo ia acontecer. Jamais passou pela minha cabeça denunciá-lo.”

    “Nos primeiros quatro anos que estávamos juntos eu via que ele tinha rompantes de violência, mas depois ele dava a entender que tudo não passava de uma brincadeira. Era normal ele me humilhar em público e dar um jeito de falar que era minha culpa. Eu não tinha ação. Acho que fui ficando insensível e aceitava tudo como se fosse normal.” Ela conta que era completamente controlada pelo parceiro. “Não tinha amigos nem vida social. Ele nem precisava estar presente. Eu sabia que ele não queria que eu conversasse com homens no trabalho, então eu não fazia.”

    A analista de marketing entrou em depressão profunda depois do fim do relacionamento. Ela acreditava que justamente por ter sofrido tanto para ficar com o namorado a relação dos dois duraria para sempre. “Só quem passa por isso consegue entender algo tão irracional assim. Precisei de ajuda psicológica para voltar a ser quem eu era antes de conhecê-lo.”

    A mudança que não acontece
    Engana-se quem acredita que haja uma categoria mais suscetível a este tipo de relacionamento. O entendimento atual, entre profissionais que acompanham diariamente em seus consultórios casos assim, é que não importa o grau de escolaridade ou a independência financeira. “Quem pensa que só há violência entre casais nas classes menos favorecidas está errado. O que acontece é que nas classes mais elevadas o nível de privacidade é maior. Suas casas são mais isoladas e os vizinhos estão mais distantes”, explica a psicóloga Margareth Volpi.

    Tanto Renata quanto a analista de marketing afirmam compreender porque tantas mulheres aguentam uma rotina de agressão por anos sem denunciar seus parceiros. A analista de marketing explica que uma situação tão extrema, como sofrer violência dentro de sua própria casa, afeta a maneira de ver a realidade. “Você não ouve ninguém. Não tem para quem recorrer porque ele te força a perder o contato com todos os seus amigos e familiares. Eu não conseguia ver que podia ir embora. Achava que a única solução era a morte. Pensava constantemente em suicídio.” Renata lembra ainda que sempre existe a esperança de que tudo vai passar: “essa certeza faz a gente passar os dias à espera dessa mudança que não vem.”

     

  19. 10 factos chocantes sobre os EUA

    Autor: António Santos

    Os Estados Unidos têm a maior população prisional do mundo, compondo menos de 5% da humanidade e mais de 25% da humanidade presa. Em cada 100 americanos 1 está preso1.

    A subir em flecha desde os os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controlo social: À medida que o negócio das prisões privadas alastra como gangrena, uma nova categoria de milionários consolida o seu poder político. Os donos destes cárceres são também na prática donos de escravos, que trabalham nas fábricas no interior prisão por salários inferiores a 50 cêntimos por hora. Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões camarárias, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar pastilha elástica. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres mas sobretudo os negros, que representando apenas 13% da população americana, compõem 40% da população prisional do país.

    22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza2.

    Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade económica de satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.

    Entre 1890 e 2012 os EUA invadiram ou bombardearam 149 países3.

    São mais os países do mundo em que os EUA intervieram militarmente do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de 8 milhões de mortes causadas pelos EUA só no século XX. E por detrás desta lista escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA têm neste momento a decorrer mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo. O mesmo presidente, criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, batendo de longe George W. Bush.

    Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade4.

    Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos pela empresa, é prática corrente que as mulheres americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes nem depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença de maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia com 0 semanas.

    125 americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de acesso à saúde5.

    Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de americanos não têm), então, tem boas razões para recear mais a ambulância e os cuidados de saúde que lhe vão prestar, que esse inocente ataquezinho cardíaco. Com as viagens de ambulância a custarem em média 500€, a estadia num hospital público mais de 200€ por noite, e a maioria das operações cirúrgicas situadas nas dezenas de milhar, é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e como o nome indicam, terá a oportunidade de se endividar até às orelhas e também a oportunidade de ficar em casa, fazer figas e esperar não morrer desta.

    Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias, foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo americano6.

    Esqueçam a história do Dia de Acção de Graças, com índios e colonos a partilhar placidamente o mesmo peru à volta da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições actuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmo imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados. Em pleno século XX, os EUA puseram em marcha um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito num língua que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo a levar a cabo esterilizações forçadas ao abrigo de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e mais tarde contra negros e índios.

    Todos os imigrantes são obrigados a jurar não ser comunistas para poder viver nos EUA7.

    Para além de ter que jurar que não é um agente secreto nem um criminoso de guerra nazi, vão-lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do “Partido Comunista”, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada “terrorista”. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, ser-lhe-á automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.

    O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 000 dólares8.

    O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente todos os estudantes têm dívidas astronómicas, que acrescidas de juros, levarão em média 15 anos a pagar. Durante esse período os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e ainda assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel-prazer, sem o consentimento ou sequer a informação do devedor. Num dia deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juro e no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes americanos ascendeu a 1.5 triliões de dólares, subindo uns assustadores 500%.

    Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada 10 americanos, há 9 armas de fogo9.

    Não é de espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior colecção de armas. O que surpreende é a comparação com o resto do mundo: No resto do planeta, há 1 arma para cada 10 pessoas. Nos Estados Unidos, 9 para cada 10. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, qualquer coisa como 275 milhões. E esta estatística tende a se extremar, já que os americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.

    São mais os americanos que acreditam no Diabo que os que acreditam em Darwin.10

    A maioria dos americanos são cépticos; pelo menos no que toca à teoria da evolução, em que apenas 40% dos norte-americanos acredita. Já a existência de Satanás e do inferno, soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-candidato Rick Santorum, que acusou os académicos americanos de serem controlados por Satã.

    1 http://www.utne.com/2007-11-07/America-Incarcerated.aspx

    2 http://feedingamerica.org/hunger-in-america/hunger-facts/child-hunger-facts.aspx

    3 http://academic.evergreen.edu/g/grossmaz/interventions.html

    4 http://www.huffingtonpost.ca/rachel-ryan/maternity-leave_b_1569586.html?just_reloaded=1

    5 http://news.harvard.edu/gazette/story/2009/09/new-study-finds-45000-deaths-annually-linked-to-lack-of-health-coverage/

    6 http://www.ratical.org/ratville/sterilize.html

    7 http://www.thakerlaw.com/naturalization/

    8 http://www.usnews.com/opinion/articles/2010/08/24/the-average-cost-of-a-us-college-education

    9 http://www.reuters.com/article/2007/08/28/us-world-firearms-idUSL2834893820070828

    10 http://www.reuters.com/article/2007/11/29/us-usa-religion-beliefs-idUSN2922875820071129

    Fonte: Diário Liberdade

    http://www.diarioliberdade.org/artigos-em-destaque/404-laboraleconomia/28263-10-factos-chocantes-sobre-os-eua.html

     

  20. Assistir palestra do Serra

    Assistir palestra do Serra deve ser igual a ler comentários de portais de notícias. Tudo “jênio”.

     

     

     

     

    Em Piracicaba, Serra se irrita com pergunta de tucano sobre eleição

    Ex-governador falou sobre economia para empresários e correligionários.
    Colega de partido disse que postura do político sobre pleito era ‘danosa’.

     

    Do G1

      José Serra Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)José Serra palestra sobre economia e desenvolvimento em Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)

    O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se irritou com uma pergunta sobre as eleições presidenciais de 2014 feita por um companheiro de partido na noite desta segunda-feira (25). O político palestrava sobre economia e desenvolvimento nacional para empresários e correligionários em Piracicaba (SP) quando um homem da plateia fez uma colocação dizendo que a postura “distante” do tucano sobre a corrida eleitoral era danosa à legenda e que o político deveria dar mais apoio a Aécio Neves (PSDB), favorito para representar o grupo no pleito do ano que vem.

    saiba maisEm Sorocaba, Serra ataca PT, Lula e
    Dilma, mas evita falar sobre Aécio
    Aécio rebate Serra e diz que fala
    mal do PT e bem do PSDB
    Em entrevista a jornal, Serra diz que
    dará apoio se Aécio sair candidato

    Antes que o correligionário, um empresário local, concluísse a fala, Serra o interrompeu. “Eu vou interromper a sua fala pois esta é uma palestra sobre o Brasil e o senhor já está falando demais. Não é o momento de falar sobre isso, além da sua brutal falta de conhecimento sobre o assunto”, retrucou o ex-governador.

    Instantes depois da resposta, mais calmo, Serra comentou que há uma “paranoia antecipatória” em torno das eleições e acusou a presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), de ter iniciado a campanha mais cedo. “Quem realmente começou com a antecipação (da campanha) foi o PT. A campanha da Dilma já começou antes, muito antes. O PSDB vai definir um candidato a hora que quiser e vão estar todos trabalhando para o candidato do partido.”

    José Serra Piracicaba (Foto: Thomaz Fernandes/G1)Serra recebeu título de Cidadão Piracicabano
    nesta segunda (Foto: Thomaz Fernandes/G1)

    ‘Burrice’
    Durante a palestra, Serra criticou o governo federal em praticamente todas as ações: do combate às drogas ao que chamou de falta de investimentos da União na saúde. “Hoje não investem em mais hospitais por burrice”, disse ao falar que o Executivo não constrói hospitais. “Investir em saúde é moleza, o difícil é custear e isso fica sob responsabilidade dos municípios. O Executivo fica responsável por 80% de uma unidade de saúde”, disse.

    Entre os exemplos sobre a saúde, Serra citou Piracicaba. “O Barjas (ex-prefeito Barjas Negri, do PSDB) enfiou o Hospital Regional goela abaixo para o governo estadual administrar. Claro que é um modo de falar, pois eu acho que ele fez bem, pois o investimento em saúde é pequeno. A cidade não teria condição de administrar o hospital.”

    Cidadão
    Depois da palestra, Serra recebeu o título de Cidadão Piracicabano das mãos do vereador Gilmar Tanno (PSDB). A honraria foi aprovada há três anos, mas o ex-governador disse só ter tomado conhecimento de que a receberia na última semana. Além do título, também recebeu o troféu Quinzinho, símbolo do time de futebol XV de Piracicaba, do vereador Pedro Cruz (PSDB).

     

  21. Procurador que investigou

    Procurador que investigou Chalita é denunciado por falsificação

     

    Nadir de Campos Junior é acusado de tentar fraudar eleição para presidência da Associação dos promotores, em 2012

     

    Estadão

     

    O procurador de Justiça Nadir de Campos Júnior foi denunciado criminalmente por falsificação de documento particular e uso de documento falso.

    A acusação, subscrita pelo procurador-geral de Justiça, Márcio Fernando Elias Rosa, sustenta que Nadir, entre os dias 29 de outubro e 1.º de dezembro de 2012, “por duas vezes, agindo em continuidade delitiva”, concorreu para fraudar processo eleitoral para a presidência da Associação Paulista do Ministério Público.

    Algoz do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), contra quem instaurou inquérito civil para investigar denúncias sobre supostas irregularidades na Secretaria Estadual da Educação – Pasta que o peemedebista dirigiu entre 2003 e 2007 (governo Geraldo Alckmin) –, Nadir disputou a presidência da entidade dos promotores pela chapa Renovação, Democracia e Participação, e perdeu.

    Quando deu início à investigação sobre o ex-secretário, por suspeita de recebimento de propinas de empresários durante sua gestão na Educação, Nadir de Campos Junior exercia função na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social, braço do Ministério Público paulista que rastreia corrupção e fraudes contra o Tesouro.

    Em meados de 2013, Nadir foi promovido a procurador. Já estava em curso a investigação que lhe atribui fraude. Segundo a denúncia da Procuradoria Geral de Justiça, o crime teria ocorrido a partir da falsificação de cédulas de votação, uma delas em nome de um associado aposentado que reside no interior do Estado. Esse promotor aposentado estaria impossibilitado de votar pois se submetia a “delicado procedimento médico de hemodiálise”.

    O voto supostamente fraudado teria sido enviado à Associação Paulista do Ministério Público pelos Correios. “Colocando em prática o seu propósito delituoso, em posse de material destinado à votação pela via postal, o denunciado concorreu para sua falsificação”, descreve a acusação.

    “Nesse sentido, pessoa não identificada preencheu a cédula de votação, assinalando o voto para a chapa liderada pelo denunciado, inseriu-a no envelope azul e, em seguida, introduziu ambos na sobrecarta, que foi rubricada e preenchida mediante a inscrição do nome e endereço (do eleitor aposentado), a quem se atribuiu indevidamente a autoria dos escritos”, destaca a denúncia.

    Mas, o eleitor aposentado, inesperadamente, compareceu à sede da entidade para votar. Então, foi informado que “já havia votado” pelos Correios.

    Parecer técnico “aponta que o preenchimento da sobrecarta é de autoria do denunciado (Nadir)”. Exame pericial encontrou impressões digitais do procurador na carta. “Restou evidente que o denunciado concorreu para a falsificação da cédula de votação e da carta resposta, como, também, fez uso de tais documentos falsos, encaminhando-os via postal à sede da Associação, a fim de que, indevida e fraudulentamente, o voto falsificado fosse computado em benefício próprio e de seus companheiros de chapa, em prejuízo de seus concorrentes”, afirma a denúncia.

    O advogado Ronaldo Marzagão, que representa o procurador Nadir de Campos Junior, disse que ainda não teve acesso à denúncia da Procuradoria Geral de Justiça, mas reagiu taxativamente à acusação. “Meu cliente nega qualquer imputação de prática de crime, seja ele qual for. Quando ouvido no Ministério Público, (Nadir) já esclareceu que, efetivamente, manuseou cédulas de votação, como outras pessoas manusearam. Portanto, nada mais natural que impressões digitais dele constassem do material que compunha o kit do voto.”

    Marzagão considera “estranho que um parecer grafotécnico (incluído nos autos) foi preparado por uma autoridade policial, não por um perito oficial, em desacordo com a lei”. “Tenho muitos anos de vida profissional, nunca me deparei com um precedente desses”, protesta Ronaldo Marzagão.

  22. Televisão pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo em bebês
    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/um-novo-estudo-revela-o-que-voce-suspeitava-a-tv-corroi-o-cerebro-das-criancas/kids-watching-television/
    Por Kiko Nogueira

    http://www.hngn.com/articles/17972/20131122/television-may-impair-cognitive-development-and-theory-of-mind-in-preschoolers.htm
    Por Julia Lynn Rubin j.rubin @ hngn.com | 22 nov 2013

    http://www.psmag.com/blogs/news-blog/tv-background-may-impede-kids-development-70462/
    Por Tom Jacobs

    Televisão pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e a capacidade de atribuição de estados mentais (Teoria da Mente) em crianças em idade pré-escolar

    Um novo estudo da Ohio State University sugere que a exposição à televisão pode ter um impacto negativo no desenvolvimento cognitivo da criança. Uma televisão no quarto ou mesmo ligada, em segundo plano, em sua rotina diária, pode efetivamente enfraquecer a sua teoria da mente.

    A teoria da mente, ou a capacidade de compreender a si mesmo e perceber emoções, intenções, crenças e desejos nos outros, geralmente começa a se desenvolver em crianças entre as idades de sete a nove meses. Pesquisadores do Estado de Ohio estudaram 107 crianças entre três a seis meses de idade com o auxílio seus pais por meio de uma série de entrevistas e testes que avaliam se os pré-escolares conseguiam entender e reconhecer que as outras pessoas têm diferentes crenças e desejos, “que as crenças podem estar erradas e que comportamentos resultam de crenças”. Os pais foram convidados a responder a uma série de perguntas a respeito de que forma as crianças se relacionam com a televisão, incluindo o número de horas que assistem em um dia normal, se havia um aparelho em seu quarto, e quantas horas por dia a televisão permaneceu ligada na casa “independentemente de quem estava assistindo”.

    Intitulado “A relação entre a exposição à televisão e teoria da mente entre pré-escolares”, e publicado no Journal of Communication , os resultados do estudo indicam que o desempenho na avaliação da teoria da mente são tanto piores quanto mais as crianças estão expostas à televisão em casa. Crianças com uma teoria da mente mais fraca podem experimentar comportamentos sociais mais perturbadores, pois têm uma dificuldade maior de se relacionar com os outros. A televisão pode apresentar personagens “com características unidimensionais de personalidade e situações que carecem de profundidade e exigem apenas um processamento superficial para o entendimento.”

    “Quando as crianças a alcançam a teoria da mente, eles chegaram a um ponto muito importante no seu desenvolvimento social e cognitivo”, disse a pesquisadora Amy Nathanson. “As crianças com as teorias da mente mais desenvolvidas são mais capazes de participar de relações sociais. Estas crianças podem envolver-se em mais significativas interações cooperativas com outras crianças e são menos propensas a recorrer à agressão como um meio de alcançar objetivos.”

    Os pais relataram a frequência com que as crianças assistem a alguns canais específicos, incluindo o Disney Channel, Nickelodeon, Animal Planet, ABC Family, e PBS, e observou com que freqüência os pais discutem o conteúdo dos shows com seus filhos.

    As crianças, em seguida, receberam uma série de testes para avaliar a sua compreensão das crenças e emoções. Os pesquisadores observaram se eles podiam distinguir seus próprios pensamentos, sentimentos e conhecimentos a partir dos mesmos nas outras pessoas.

    Os resultados: “Tanto a exposição à televisão ligada inadvertidamente quanto a existência de uma TV no quarto da criança é significativa e negativamente relacionada” a estas capacidades tão importantes. Os pesquisadores sugerem que estes podem ser indicadores de famílias onde “os pais são relativamente menos envolvidos com seus filhos”, dando as crianças menos oportunidades para o crescimento intelectual e emocional.

    Os pesquisadores descobriram, entretanto, que dentre as crianças analisadas, aquelas cujos pais discutem os programas de televisão com elas tiveram melhor desempenho em tais testes cognitivos.

  23. Som Livre falida?

    Nassif, dê uma olhada no site da Som Livre, e no Reclame Aqui,

    A Som Livre está com dezenas de pedidos pagos e não entregues

    A Hermes pediu concordata – era quem operava o site da Som Livre

    Não há nenhuma informação sobre as entregas, o telefone fornecido pela Som Livre tem deixado os consumidores até 40 minutos sem conseguir falar com ninguém (eu mesma estou tentando há duas semanas e não consegui falar com ninguém ainda)

    No Google por enquanto nenhuma informação – só o site da Som Livre que está fora do ar.

    Os telefones em SP, RJ e BH foram cortados.

    Cheirinho de 171 no ar?

  24. Texto primoroso do Sakamoto…

    A anatomia da interpretação de texto na internet

     

    Leonardo Sakamoto

     

     

    Atentem para o texto:

    Vovó viu a uva.

    Interpretação 1:

    O jornalista é um idiota vendido para ONGs internacionais que acha que o alimento que ele consome vem da gôndola do supermercado. Não imagina que, por trás de tudo, e sustentando tudo, inclusive o superávit da balança comercial, há um pujante agronegócio e abnegados produtores rurais. A idosa em questão apenas viu a uva, mas por que ele se nega a dizer quem a plantou? Qual o interesse de esconder em seu texto ativista quem a cultivou? Quem a selecionou e trouxe para a mesa da idosa a fim de que pudesse ser vista? O agronegócio está cansado e a população deve fazer uma escolha: ou produzimos uvas ou preservamos o meio ambiente. Mais respeito com o produtor rural e menos preocupação com índios, quilombolas e ribeirinhos, que, como todos sabemos, não produzem uva.

    Interpretação 2:

    Esta necessidade do politicamente correto vai acabar conosco mais cedo ou mais tarde. Certamente a vovó não viu a uva, nem tinha interesse em vê-la. Mas o jornalista , capacho de um feminismo de botequim, inseriu a vovó na história só para poder comer a mulherada que lê seus artigos, se fazendo de, como posso dizer, sensível. O cretino quer ganhar uma avaliação positiva no Lulu. Todos nós sabemos que a vovó está mais interessada em fazer um bom tricô, cozinhar um bolo para a família, cuidar dos netos ou conversar com as amigas na varanda. Ver a uva é coisa de homem, sempre foi. Afirmar que vovó viu a uva só ajuda a desestabilizar a família brasileira, criando embaraços para o vovô, que lutou a vida inteira para sustentar a casa e garantir que uvas chegassem à família. E, agora, ele não pode nem ver o fruto do seu trabalho? Tristes tempos são estes…

    Interpretação 3:

    O “jornalista”, ao trazer essas obscenidades para as nossas casas, ajuda a entregar seus filhos de mão beijada para o capeta, que é ardiloso. O livro de Levítico é muito claro: Mulher nenhuma poderá ver a uva de ninguém, a não ser a do seu próprio marido, com união consagrada perante Deus e apenas com fins de procriação. Mulher ver a uva é abominação, com pena de apedrejamento em praça pública. Antes desse clima de permissividade, nem se falava da uva em público. Hoje, uma cena grotesca, como uma pura vovó vendo uma uva, é difundida pela internet sem pudor. Graças ao Senhor Jesus, contudo, nós temos o pastor Marco Feliciano na Comissão de Diretos Humanos e Minorias que deve aprovar um projeto de lei impedindo que a uva seja vista e pronunciada. Salve, aleluia, salve! Converta-se enquanto é tempo!

    Interpretação 4:

    Nós da Associação Empresarial dos Amigos da Escola gostaríamos de vir a público, através desta nota, para demonstrar nosso desprezo contra a invasão de comunistas na educação das crianças deste Brasil demonstrada neste texto. Ao invés de aproveitar a alfabetização para incutir na juventude valores caros à nossa sociedade como a livre iniciativa, a competitividade, a meritocracia e o darwinismo sócio-econômico, eles esvaziam a educação básica com questões sem importância vovós e uvas. Vejamos o caso de Joãozinho. Se ele tivesse se alfabetizado através dessa cartilha hoje seria um Zé Povinho. Ao contrário, usando o método de inclusão cidadã da Associação Empresarial dos Amigos da Escola, ele partiu de uma criança que devorava biscoitos feitos de barro e brincava com ossinhos de rabo de zebu para se tornar o CEO de uma grande multinacional . Se Joãozinho de tornou alguém sem a ajuda do Estado ou de vovós, sem depender de professores que só reclamam de salários e faltam às aulas, por que insistirmos em custos caríssimos, gastando em uvas na merenda escolar?

    Interpretação 5:

    A Vovó viu a uva porque é uma petralha vagabunda, que mama nas tetas do governo federal, depois de ter conseguido um cargo porque trabalhou na campanha de um mensaleiro. Enquanto o brasileiro nem sonha com cheiro de laranja, essa desqualificada de esquerda come cachos de uva comprados com nossos IMPOSTOS! Mas o gigante acordou e esse caso será levado para o Supremo Tribunal Federal para a cassação do patrão da vovó e a restituição de todas as uvas a seus proprietários de direito, que são os homens de bem do Brasil.

    Interpretação 6:

    Vovó vê uvas, codornizes e caviar porque ficou de bico fechado para fazer vistas grossas no escândalo do trensalão paulista. Na verdade, as uvas estão em cima da mesa da vovó desde a fundação do país. Esteve nas capitanias hereditárias, na Casa Grande, nos Palácios do Café até chegar às mesas dos Jardins, com gosto de um capitalismo decrépito que, crise atrás de crise, está caindo de velho diante da organização popular. O povo está com fome e não quer comer brioches, mas sim uvas. As uvas que hoje o capital saboreia. Apesar da vovó, amanhã há de ser outro dia.

    Interpretação 7:

    Vovó viu a uva significa que a vovó viu a uva.

    Qual delas vocês acham que faz menos sucesso na internet?

     

  25. “Menos de 1 em 479 milhões”: Chances de Gênesis ser inventado.

    “Menos de 1 em 479 milhões”: Matemática calcula chances de Gênesis ser inventado

    Fórmula de estatística é usada para criar quadro histórico da Bíblia

    “Menos de 1 em 479 milhões”: Matemática calcula chances de Gênesis ser inventado

    http://noticias.gospelprime.com.br/matematica-chances-genesis-criacao/

     

     

    Um matemático com uma organização histórica cronograma calculou que há menos de uma chance em 479 milhões, que Moisés, o autor do Livro de Gênesis, fez o relato da criação bíblica.

    Margaret Hunter é uma cristã formada em matemática. Ela conta que gosta de usar seu conhecimento para fazer quadros com estatísticas relacionadas à narrativa bíblica. Recentemente, ela fez uma análise do relato da criação, presente no primeiro capítulo de Gênesis.

    “Eu percebi que os 12 itens listados no relato da criação são confirmados pelos cientistas de hoje como sendo a ordem correta. Começa com a luz sendo separada das trevas, mostra como as plantas surgiram antes dos animais e terminam com o homem… Vamos fazer uma comparação. Pegue um baralho de cartas. Mantenha apenas um naipe, digamos que seja copas [corações]. Jogue fora o ás. Embaralhe bem e entregue as 12 cartas restantes a uma criança com um ano de idade. Peça que ela devolva as cartas para você, uma de cada vez. Quais são as chances dessa criança começar com o dois e dar todas elas de volta, até o rei, na ordem correta?”

     

     

  26. Entrevista para o novo El País (agora em português)

    “Os protestos mostram que sair da miséria é o início de mais reivindicações”

    A presidenta conversa com o El PAÍS no Palácio do Planalto

    Ela afirma que as manifestações de junho não são um ponto fora da curva, mas a própria curva

    “O Governo dos EUA estava bastante constrangido com a espionagem”

    “Se eu não for exigente não entrego em quatro anos o que devo entregar”

    Brasilia 26 NOV 2013 – 11:07 BRST

    Dilma Rousseff, em uma foto de arquivo. / ULY MARTÍN

    Quase no final desta entrevista, que não foi uma entrevista, e sim uma conversa cuja duração, sem saber muito bem como, acabou se estendendo além do previsto, a presidenta Dilma Rousseff me repetiu, entre risos, uma ideia que já havia esboçado na metade da conversa, e que, segundo ela, explica extraordinariamente bem alguns paradoxos brasileiros.

    – Nunca se esqueça: aqui você tem de ter cuidado, porque é preso por ter um cachorro, e por não tê-lo.

    Um desses paradoxos, talvez o mais chamativo, ocorreu há alguns meses. O Brasil viveu uma catarse nacional em junho passado. Centenas de milhares de brasileiros ocuparam as ruas das principais cidades do país, nos maiores protestos em uma geração, cansados, segundo concordaram numerosos analistas independentes, das deficiências crônicas nos serviços públicos, educação e saúde e da percepção de uma classe política assolada pela corrupção e a negligência. Já que milhões de pessoas abandonaram a pobreza no Brasil nos últimos anos, com as políticas, primeiro, de Luiz Inácio Lula da Silva e depois da própria Rousseff, as motivações dos manifestantes não pareciam óbvias de imediato. O movimento surpreendeu tanto o Governo quanto o resto do mundo, embora protestos aparentemente semelhantes tivessem estourado também em outros países. Os investidores internacionais ficaram de orelha em pé, sempre temerosos pela estabilidade institucional. Certa imprensa internacional começou a duvidar do Brasil como um país de sucesso. Vários dos governantes questionados em outros países por seus cidadãos, especialmente pelos mais jovens, se mostravam encurralados e desorientados. Rousseff foi a única a perceber de imediato a importância do que estava acontecendo, a única a tomar a iniciativa política de escutar a rua, e a única a superar em poucos meses o desabamento de popularidade que aconteceu durante aqueles dias extraordinários. Então começo a conversa lhe perguntando em qual momento preciso ela se conscientizou da gravidade da situação e da necessidade de reagir politicamente.

    As manifestações pacíficas rejuvenescem um país

    – No início das manifestações, quando elas surgiram, nós percebemos que tinha um lado importante, que era um descontentamento com a qualidade dos serviços públicos. Ninguém estava nessas manifestações pedindo uma volta atrás, um retrocesso. O que se pedia era que houvesse um avanço.

    Estamos sentados em um sofá do amplo e luminoso gabinete da presidenta no vanguardista Palácio do Planalto, em Brasília, na segunda-feira de manhã, uma visita por ocasião do lançamento, hoje, da edição do El País em português para o Brasil. Mostro a ela no iPad os testes que a redação em São Paulo está realizando. Mas Rousseff insiste que não iremos manter uma entrevista formal – “Não, não, hoje não irei falar, irei primeiro dizer da importância para o Brasil da chegada do El País pela sua qualidade editorial, pela inserção internacional que vocês têm. Eu acho que é um grande passo para nosso país. Você pode me fazer umas duas ou três perguntas, mas eu não vou dar entrevista hoje” –, me promete uma entrevista aprofundada em um futuro sem determinar e aceita manter uma breve conversa sobre os dois ou três assuntos que mais me interessam e pelos quais o Brasil tem ocupado espaço neste ano na imprensa internacional: os protestos de junho, a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos e a desaceleração econômica do país que, até então, apresentava um crescimento chinês de 7,5% em 2010, a taxa mais robusta do último quarto de século. O ano passado acabou com um crescimento de 0,9%, que acaba de ser revisto para cima.

    Democracia, crescimento e protestos

    Mas, por enquanto, continuamos falando dos protestos de junho. Muitos os desqualificaram como um subproduto de grupos antissistema, e outros aproveitaram para apresentá-los como uma desautorização da presidenta, do seu Governo e das suas políticas, embora logo tenha ficado claro que era a imensa classe média deste país de dimensões continentais – ou melhor, seus jovens, compreendidos e não poucas vezes alentados pelos mais velhos – que reivindicava um novo contrato social, apesar do fortíssimo crescimento econômico dos últimos anos, ou precisamente por causa dele. Esta última ideia é a que Rousseff defende.

    Os protestos foram fruto da democracia e do crescimento econômico

    –Essas manifestações eram fruto de dois processos: um processo de democratização e também os processos de inclusão social e de crescimento do salário, do emprego, de crescimento das políticas sociais, que levaram para a classe média milhões de pessoas. Essas pessoas que saíram da miséria tinham reivindicações relacionadas à questão da saúde, da educação, da mobilidade urbana.

    – A senhora diria que se tratava da classe média basicamente…

    – Que fez as manifestações? A nossa classe média não tem o mesmo padrão de renda da classe média americana, não é? Mas da nossa classe média, da nova classe média – porque é uma coisa interessante no Brasil: se você somar a classe média, que hoje é majoritária no Brasil em termos percentuais, com a classe A e B você vai ter, o quê?, uns 60% do país. Nós focamos muito nas classes mais pobres. Mas também temos de ter uma política para a classe média que diz respeito à qualidade dos serviços públicos.

    – O que a senhora, como governante, aprendeu com os protestos?

    – Acho que a gente aprende duas coisas. Primeiro, a gente aprende que as pessoas, sempre, quando têm democracia querem mais democracia. Quando elas têm inclusão social elas querem mais inclusão social. Ou seja, que na política e na ação governamental quando você obtém uma meta você tem de ter certeza de que aquilo é só um começo. Assim como sair da miséria é só um começo. É um começo de outras reivindicações. Então o que os protestos mostram é isso. Segundo, que um Governo tem de escutar a voz das ruas. Um Governo não pode ficar isolado escutando a si mesmo. Então é intrínseco à democracia ser capaz de conviver com manifestações. Não é um episódio fortuito, ou um ponto fora da curva – é a curva.

    É intrínseco à democracia ser capaz de conviver com manifestações

    Rousseff abandona por um momento o ar de seriedade extrema que empregou desde que começou a conversa. Não sei se se prepara para encerrar o encontro, mas com a ideia da curva sorri abertamente enquanto se aproxima da borda da poltrona; parece se animar, e começo a abrigar esperanças de que a conversa tenha mais duração do que a presidente previu no começo. Enquanto isso, ela continua de forma decidida.

    – É a curva! E essa é uma questão que é importante. Por quê? Porque o Estado tem poder repressivo e coercitivo. Então se ele não souber lidar com a manifestação ele cai em um equívoco político sério. Uma coisa é a manifestação pacífica como foi a nossa. Houve grupos infiltrados que eram violentos? Houve. Agora, esses grupos não podem ser razão para você desqualificar as manifestações. Hoje há no Brasil a consciência de que essa violência não tem nada a ver com democracia. Esse pessoal de cara tampada que quebra patrimônio público, patrimônio privado e fere pessoas não está exercendo a democracia, está exercendo a barbárie. Isso é uma coisa. Agora, manifestação pacífica, eu acho que… Sabe o que que ela faz? Ela rejuvenesce o país. Rejuvenesce. Torna o país mais capaz de lidar com as suas características, com a sua diversidade, com as suas diferenças… E ser capaz de lidar com as diferenças é intrínseco, querendo as pessoas ou não é intrínseco à democracia. Então olhar as manifestações como algo que você tem de escutar, e não reprimir, é fundamental.

    O choque da violência policial

    Fundamental ou não, o fato é que a polícia atuou com certa violência não justificada durante todo o transcurso das manifestações, que as imagens dos policiais golpeando grupos de jovens surpreenderam e irritaram amplas camadas da população e contribuíram para reforçar o movimento de protesto. Não pelos fatos em si, seguramente, sobretudo num país onde a polícia é empregada a fundo e nem sempre de forma adequada nas favelas e outras zonas desfavorecidas, mas porque pela primeira vez muitos cidadãos viam como as vítimas desta vez eram jovens das classes médias urbanas. Isso pressupôs um choque não menos importante para muitos, digo eu a Rousseff.

    – É, houve de fato momentos de exagero na repressão policial, principalmente no início. Houve também violência de parte das manifestações, mas como eu lhe disse eu acredito que a partir de um determinado momento todos – pelo menos não vi nenhum governador depois deixar de escutar, tentar evitar o confronto. Houve momentos errados no início, mas depois todo mundo aprendeu.

    Quem mais aprendeu foi, sem dúvida, a própria presidenta, que se recuperou de forma extraordinária na apreciação popular graças à sua reação diante dos acontecimentos de junho, e a quem a última pesquisa publicada confere, neste momento, o triunfo na próxima eleição presidencial já no primeiro turno. Uma capacidade de reação que a esta altura do seu mandato já não deveria surpreender ninguém, se é que alguma vez alguém duvidou, no começo, das capacidades políticas de Rousseff, que durante anos atuou de forma eficaz como funcionária pública, sem demonstrar desejo algum, ao contrário de tantos outros, de se lançar numa corrida política pela faixa presidencial.

    A oportunidade das reformas

    No rescaldo dos protestos, a presidenta propôs ao país cinco grandes reformas com a intenção de utilizar o clima político gerado no país para levar adiante sua ambiciosa agenda em temas sociais, de saúde e infraestrutura de transportes, bem como mudanças políticas destinadas a frear a corrupção endêmica e a favorecer a transparência. Num sistema político como o brasileiro, com uma multiplicidade de pequenos partidos (só a coalizão que sustenta a presidenta, conhecida como “a base”, conta com dez agremiações), qualquer tentativa de reforma tem assegurada, de saída, a oposição de muitos, se não de quase todos. Mas Rousseff não iria desperdiçar a oportunidade. Pode-se resolver com essas cinco grandes reformas o mal estar dos cidadãos tal qual se expressou em junho?, lhe pergunto.

    – Eu acho que sim. Contribuiu para que houvesse uma saída institucional dessas manifestações. No caso da saúde, nós fizemos o programa Mais Médicos. Tudo que nós prometemos nos cinco pactos nós entregamos. Prometemos uma melhoria considerável na questão da saúde pública, e não só investimentos em postos de saúde, unidades de pronto-atendimento e hospitais, mas na questão dos médicos. No Brasil, você tinha uma quantidade imensa de regiões sem atendimento médico: as periferias das grandes regiões metropolitanas, as cidades do interior, e nas mais longínquas então era pior, as de fronteira, e Norte e Nordeste. Além disso, certas populações: população indígena e população quilombola. Então, nessa questão dos serviços públicos nós também fizemos o Pacto pela Mobilidade Social, que resultou em um investimento de 143 bilhões de reais em transporte coletivo urbano: metrô, VLT, BRT e corredor exclusivo de ônibus. É a primeira vez que um Governo federal faz esse volume de investimento. É bom lembrar que no Brasil não se considerava adequado o investimento em metrô na década de 90. Então tem um passivo muito grande. Por que não se considerava? Porque se dizia o seguinte: o país não tem renda suficiente para investir em metrô. [Mais o] pacto da educação. E o pacto pela reforma política que nós enviamos para o Congresso e que eu acho que é fundamental, que implica uma reforma eleitoral que trate de tudo – de financiamento de campanha, mas também, em decorrência disso, uma melhoria sistemática na questão ética que é a da corrupção. Agora, a condição para esses pactos é a estabilidade fiscal.

    – E isso está garantido?

    – Na semana passada, a base de apoio político do Governo no Congresso, que é majoritária, propôs junto com o Governo assumir um pacto pela responsabilidade fiscal de forma que neste momento não vai haver aumento de despesa nem redução de receita. Assinaram um documento com todos eles.

    Disciplina e sócios parlamentares

    O compromisso dos sócios parlamentares da presidenta de não aumentar o gasto é certamente importante, o que não evita, no entanto, que aflorem as críticas sobre a idoneidade e equilíbrio entre as diferentes rubricas do orçamento. O Brasil arrecada 36% do PIB em impostos, mas os serviços que oferece a seus cidadãos não são como os europeus, pelo menos na infraestrutura. Na Previdência, por outro lado, gasta em proporção igual a alguns países da Europa meridional, nos quais a proporção de idosos é três vezes maior. Em determinados casos, é possível obter aposentadorias elevadas em idades relativamente precoces, ao passo que todos os agentes econômicos concordam sobre a necessidade de investir mais em infraestrutura.

    – Não deve ser fácil assegurar a disciplina, com uma formação de Governo tão ampla e tão díspar.

    – Minha base está muito calma. Acho que nunca uma base foi tão ativa e proativa.

    – Como conseguiu?

    – Porque ficamos roucos de ouvir. E também de discutir. Hoje eu tenho uma reunião às seis da tarde, pode durar até as dez, quanto tempo for nós ficamos discutindo. Nunca um Governo conseguiu dos parlamentares nesta época do ano, que é quando acontecem os maiores gastos, uma assinatura coletiva [do compromisso de não gastar].

    – E a respeito das críticas de que, com 36% do PIB de carga fiscal, a arrecadação não basta para as necessidades mais imperiosas. Para onde vai o dinheiro, presidenta?

    Dilma Roussef. / ULY MARTÍN

    – Não é o que acontece agora. Porque agora nós somos criticados por termos reduzidos os impostos. Não sei se você sabe disso.

    – Sim, eu sei.

    – Então, eles têm de resolver se nós somos presos por termos cachorro ou por não ter cachorro. Pelos dois não dá [a presidenta ri abertamente]. Tem de resolver se vão nos criticar por reduzir os impostos ou por não reduzir os impostos. Aqui no Brasil é complicado.

    – Isso pelo lado dos impostos. E do lado dos gastos, há algo que deva cortar? Pensões, funcionalismo público…

    – Nós não estamos nessa fase, não temos uma dívida como a da Espanha, temos 35% de dívida líquida [ou 58,8%, segundo a metodologia internacionalmente aceita, que é a dívida bruta]. Nós temos superávit primário. A discussão no Brasil é se o superávit primário será de 1,8%, 1,9% ou 2%. É essa discussão. Não é se nós aumentamos a dívida. É diferente aqui. E eu quero ter 5,2% de desemprego, e não quero aumentá-lo. Porque dizem: ‘Não, vocês precisam aumentar o desemprego’. Que aumentem eles! Nós continuaremos impedindo que o desemprego se amplie. Por isso desoneramos a folha de pagamento [as contribuições do INSS deixaram de ser descontadas das folhas para serem retidas do faturamento bruto das empresas]. Não reduzimos os direitos sociais. Estamos com a renda crescendo. Aqui é assim.

    – Embora agora tenham passado por alguns anos de baixo crescimento, a senhora não vê riscos?

    – Esta semana resolveram reavaliar o PIB. E o PIB do ano passado, que era 0,9%, passou para 1,5%. Nós sabíamos que não era 0,9%, que estava subestimado o PIB. Isso acontece com outros países também. Os Estados Unidos sempre revisam seu PIB. Agora nós neste ano vamos crescer bem mais do que 1,5% – resta saber quanto acima.

    Ninguém discute que o Brasil é uma história de sucesso e que se trata de uma história de sucesso que ainda tem um longo caminho, o que não impede que também sejam ouvidas vozes de alerta, ou de queixa, ou de pedidos de reformas profundas no complexo sistema burocrático do país, assuntos todos que no conjunto podem reduzir a atratividade para a chegada de capital externo, imprescindível para enfrentar as enormes obras de infraestrutura necessárias para assegurar no futuro próximo taxas elevadas de crescimento e riqueza.

    Um relatório do Banco Central calcula que uma empresa média precisa de cerca de 2.600 horas por ano para calcular o pagamento dos seus impostos, cinco vezes mais do que a média na América Latina e dez vezes mais do que a média mundial. Por outro lado, basta passar alguns dias no país para comprovar o elevado nível de preços nas grandes cidades, onde o aluguel de escritórios nos melhores bairros não tem rival em todo o continente, incluindo os Estados Unidos. Segundo a revista The Economist, o Brasil é o segundo mercado, depois do Japão, onde é mais difícil encontrar mão de obra qualificada, por causa da enorme demanda, e onde nos mais altos escalões das empresas as multinacionais às vezes acabam pagando mais aos executivos brasileiros do que aos seus chefes em Londres e Nova York. Antes, falando dos protestos de junho passado, a presidenta me garantiu que não considera que o real esteja excessivamente valorizado.

    Queixas, fundadas ou não

    Agora lhe pergunto sobre os temores a respeito da segurança jurídica, sobre a excessiva burocracia e sobre as condições draconianas de algumas licitações que irritam determinadas empresas estrangeiras, que por outro lado veem a imensa oportunidade de negócios representada pelas dezenas de bilhões de dólares que o Brasil irá licitar em obras públicas para os próximos anos, a fim de assegurar seu crescimento econômico e progresso social.

    – Pois é, mas as condições se mostraram bastante atrativas. Veja você, não vou falar das [licitações] passadas – porque já tínhamos licitado quatro aeroportos. Eu vou falar só das mais recentes. Nós licitamos uma rodovia, o maior campo de petróleo que o Brasil alguma vez teve, o de Libra, com uma participação muito expressiva de empresas como a Shell, a Total e as duas maiores chinesas, a CNOOC e a CNPC. Nós licitamos logo em seguida dois aeroportos [no Rio e em Belo Horizonte]. Todas as empresas que participaram eram empresas de primeira linha na gestão aeroportuária. Da Espanha a Ferrovial, a Zurich, e a que ganhou foi uma de Cingapura, a Changi, com a Odebrecht, e a CCR com os aeroportos de Zurique e Munique. E ainda tinha a Aéroports de Paris, e a Schiphol, que é holandesa. Enfim, várias das maiores operadoras, a Fraport… E nós consideramos que foi muito bem sucedido, o resultado é muito bom, para um aeroporto só foi 19 bilhões [de reais], você veja que foi um ágio de 243%, 245%, então as condições de rentabilidade não eram tão ruins assim, não é? Como é que você tem um ágio de 243%? O lance mínimo estava em 4 bilhões e ganhou quem deu 19. E entre o 4 e o 19 teve 14, teve 16, teve 13… Então não é bem assim a história, né?

    Nenhum outro país conseguiu o volume de licitações do Brasil

    – Sim, está bem, sim.

    – Esta semana [amanhã] vamos ter mais uma rodovia e campos de gás. Nos campos de gás pagaram a garantia para participar, se não me engano, 12 empresas, e o das rodovias ainda não fechou, mas há pouco tempo tinha sete grandes grupos interessados. E nós acreditamos que ainda no mês de dezembro haverá vários leilões. E nós vamos sair deste ano com um balanço muito positivo de licitações. Porque eu não conheço outro país que tenha isso, não. Gostaria de saber onde que se conseguiram tantas licitações. E isso que eu não estou falando nas licitações de linhas transmissão [elétrica] que ocorreram na semana retrasada, nem das licitações de geração de energia, que sempre ocorrem nesta época do ano.

    – Como é em geral sua relação com os empresários?

    – Eu considero que é muito boa, porque com todos esses que participaram eu falei com a grande maioria.

    – Digo com os brasileiros.

    – Mas os brasileiros todos estão nisso!

    – Pode ser que eles, apesar de tudo, se dessem melhor com o presidente Lula do que com a presidente Rousseff? A senhora é mais exigente?

    – Não creio que seja isso. Não creio. Acho que é um pouco de lenda.

    Os EUA e suas espionagens

    Em 1º. de setembro passado, um canal de televisão revelou, baseando-se em documentos do ex-analista da NSA Edward Snowden, que os Estados Unidos tinham espionado o telefone celular particular da presidenta Rousseff. Dois meses antes, em julho, o jornal O Globo já havia detalhado a magnitude da espionagem dos norte-americanos no Brasil. A reação da presidenta foi muito contundente, deixou claro seu mal-estar em público, exigiu explicações e desculpas de Washington e cancelou uma visita ao poderoso vizinho do norte. Passado um tempo, e acalmadas as águas, pergunto a Rousseff se a espionagem afetará em médio prazo suas relações com os EUA.

    – Essa é hoje uma questão global. É visível hoje que o grau de espionagem feito pelos Estados Unidos nos países foi bastante variado e diversificado. Nós não consideramos que haja por conta dessa espionagem um problema na relação econômica, comercial ou de investimento. Nós não vemos assim.

    Então a presidenta endurece o tom.

    – Agora, nós achamos que é importante cada vez mais a conscientização de que isso não é possível. Uma relação como a do Brasil e dos Estados Unidos, que os dois países querem que seja estratégica, não pode ter como característica uma violação nem dos direitos civis da minha população nem da minha soberania. Então o que nós dissemos ao Governo americano foi justamente isso: que não cabia, nesse momento, uma visita. Primeiro porque eles não sabiam o que o Snowden tem de dados – muito menos nós sabemos, porque nós não temos a menor condição de termos essa informação. Como eles não tinham…

    O Governo dos EUA estava bastante constrangido com a espionagem

    – A senhora soube só quando foi publicado?

    – Nós não sabíamos.

    – Não houve um relatório dos seus serviços secretos advertindo-a…

    – Não, não. Eu acho que também no caso da Angela Merkel deve ter sido a mesma coisa, no caso da França deve ter sido a mesma coisa, não sei o que aconteceu na Espanha. Então o que aconteceu? Aconteceu que em qualquer momento, sobre qualquer coisa, pode aparecer outra denúncia. E o que nós pedimos ao Governo americano? Pedimos, primeiro, desculpas formais, e segundo, uma declaração de que não aconteceria mais. Eles estavam, vou te dizer, bastante constrangidos, lamentaram muito que tenha havido isso, não houve nenhuma atitude, eu diria assim, que desrespeitasse qualquer norma diplomática, pelo contrário, houve uma manifestação do Governo de que lamentava, mas não tinham condições de resolver o problema só com o Brasil, uma vez que afetava outros amigos.

    – E como se sente a senhora pessoalmente ao saber que seu telefone pessoal havia sido espionado?

    – Eu, como pessoa, não tenho o que os americanos chamam de bad feelings, mas eu como presidente tenho de ficar indignada. Porque não se trata de uma invasão à minha privacidade; aí se trata da invasão da privacidade da presidenta da República. Aí é uma questão de honrar o meu país eu ficar indignada, porque é uma violação de direitos humanos pessoais meus, mas sobretudo da soberania do meu país. Aí é algo que não se admite. Não se pode admitir.

    Dura e exigente, mas com matizes

    Os 25 minutos combinados já terminaram. Mesmo assim, convenço a presidenta, cujos gestos indicam que a conversa chegou ao fim, a esclarecer uma última questão. Rousseff tem fama de exigente com seus subordinados, de que as reuniões com os funcionários são de uma extraordinária dureza, de que um ou outro já saiu de determinada sessão de trabalho com o rabo entre as pernas e inclusive com lágrimas nos olhos. Numa entrevista anos atrás, quando ainda era ministra, lhe perguntaram se era verdade que suas broncas nos outros ministros eram lendárias, inclusive para o então presidente Lula.

    – Não, para o presidente, não – respondeu ela.

    Essa capacidade de se impor com inflexibilidade quando considera que o trabalho não foi feito corretamente ou quando os resultados não são os que ela espera se transformou, segundo alguns conhecedores do Governo, em uma das chaves do sucesso da sua gestão, mas contrasta vivamente com a imagem relaxada, sorridente, amável e próxima que Rousseff ofereceu ao longo da conversa. Naturalmente, não é a mesma coisa sentar-se com um jornalista e presidir uma reunião de trabalho com funcionários. Então lhe pergunto diretamente o que há de verdade na fama que a precede de ser implacável com seus funcionários.

    – Eu sou muito exigente, sim, porque eu…

    – Porque é consigo mesma também?

    – Não, não, não é por isso. Eu estou aqui não para ficar eternamente. Estou aqui para fazer um trabalho e ir embora. Vivo numa democracia. Portanto, se não for exigente não entrego em quatro anos o que eu devo entregar. Tem uma razão política. E acho que isso tem a ver com o fato de eu ser mulher. Antes, era que eu era muito dura, não que eu era muito exigente. E eu disse uma vez que eu era uma mulher dura cercada de homens meigos. Todos os homens são meigos.

    Se eu não for exigente não entrego em quatro anos o que devo entregar

    – E então?

    – Exigentes e duras são as mulheres. Meigos e flexíveis são os homens.

    – Mas é verdade ou não que em alguma reunião com funcionários algum saiu chorando?

    – Essa é uma história com o [Sérgio] Gabrielli…

    – É uma lenda, então?

    – Diziam que o Gabrielli, que era presidente da Petrobrás, foi chorar no banheiro, e depois disseram que ele era um senhor soberbo. Na mesma semana disseram que ele foi chorar no banheiro, e também que ele era muito soberbo. Nós começamos a chamá-lo de Soberbo Chorão [ri abertamente]. Você conhece o Gabrielli?

    – Não.

    – Pois foi com o Gabrielli, você pode olhar. No começo da semana ele foi chorar no banheiro, mas no fim da semana era uma pessoa soberba, então o chamávamos de… Soberbo Chorão! Com a estatura dele! Eu perguntava: então você foi chorar no banheiro? O Gabrielli ficava com muita raiva.

    E volta a rir. A história, portanto, é uma lenda. Mas, apesar dos esforços da presidenta para aparar com ironias as arestas do seu caráter, isso não muda minha percepção de que, apesar do invólucro, Dilma Rousseff comanda o Governo do seu país com uma determinação, um conhecimento do detalhe e uma energia que explicam sem dificuldade seu triunfo nas urnas, primeiro, e sua constante popularidade ao longo do tempo, numa era em que as lideranças se esgarçam com facilidade e que os governantes têm cada vez mais dificuldades para renovar seus mandatos e ainda exercer seu poder. Nada disso, porém, parece estar acontecendo no Brasil neste momento.

     

  27. Em 26/11/2013 1
    Em 26/11/2013 1 Comentário 

    Bob Fernandes

    Corrupção: Além da política, brasileiros devem olhar para o espelho

    http://terratv.terra.com.br/trs/video/499327 Tempos difíceis quando falar de Política é falar de prontuários, de casos de polícia. Tempos difíceis quando políticos e partidos chamam a polícia para fazer Política. Chamam e falam de polícia, todos, como se fizessem Política. A Política se torna, assim, assunto de polícia. Tempo muito difícil. Porque desafios como a violência, por exemplo, só serão enfrentados com ampla ação da sociedade. Portanto com a Política, não só com a polícia.  Tempo difícil quando tantos se rendem à avacalhação da Política. Da Política no seu sentido maior. Sem a Política, no seu sentido pleno, uma sociedade não se entende, não se encontra. Quando Política e polícia se confundem no noticiário, no imaginário, algo deu errado. Quando um país tem mais de 1 milhão de assassinatos em 30 anos, muito já deu errado. Muito errado quando se mata 50 mil a cada ano e a sociedade, e suas Mídias, debatem como se a Política fosse apenas um assunto de polícia. Quando líderes e partidos se acusam de corrupção, e quase todos têm razão, algo está muito fora do lugar. Quando sociedade e Mídias discutem sobre quem rouba mais, e não se chega a um consenso, muito está fora do lugar. Quando acusação de corrupção é rebatida com acusação de corrupção, e parece sobrar razão, é tempo de cuidado e de muita reflexão. Por onde se anda a conversa é a mesma: corrupção e corruptos. Estranho, ou muito revelador, é o silêncio quanto aos corruptores. Não são muitas as hipóteses. Ou a corrupção tem mesmo essa dimensão ou, na ausência, na falência da Política se usa e se abusa do tema corrupção para fazer Política. E a história já ensinou mais de uma vez: esse caminho leva à escuridão. Depois da catarse de junho nas ruas, a Política teve uma chance. Mas, responsabilidade de todos, nada mudou nas estruturas do fazer, do “pagar” a Política. Se o que se diz, o que se ouve país afora é fato, é verdade, a responsabilidade não está restrita, vai muito além da Política, dos partidos e políticos. O Brasil tem mais de 5.600 municípios, 26 estados e o DF. São mais de 73 mil políticos, renováveis a cada 2 ou 4 anos. Deles se diz o que se diz, mas, lembremos: eles não vieram de Marte. Os “políticos” brasileiros não brotaram do solo. Um “Político” é um cidadão que, eventualmente, tem um mandato. Um mandato, ou um posto no serviço público, não são anteriores aos usos e costumes. Usos e costumes da sociedade precedem o mandato ou um cargo público. A Política segue sendo assunto de polícia Brasil afora? “Político” é só isso que está nas manchetes, o que o senso comum brada nas ruas? Se isso é verdade, passou da hora do Brasil, dos brasileiros encararem… o espelho.

     

    1. Abelhinhas

      Um amigo meu, que já foi presidente da Associação dos Amigos da Policia Militar aqui de Santos me disse que o dispositivo que filma a ação do policial e que fica vestido no seu corpo é conhecido por abelhinha.

      O uso da abelhinha teria o condão de diminuir em muito as más práticas  no Brasil.

      Não a usam, porque não querem, vontade política.

  28. SERÁ MESMO VERDADE?

    Itaú é a empresa mais valiosa do Brasil em 2013; confira as 25 maiores 

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    Itaú é a marca mais valiosa do Brasil em 2013, com valor de mercado de R$ 19,3 bilhões, segundo ranking divulgado nesta terça-feira pela consultoria de marcas Interbrand. Apesar de liderar o ranking, o banco viu seu valor recuar 13% com relação ao ano passado. As instituições financeiras continuam dominando as três primeiras posições, com Bradesco (R$ 14,1 bilhões) em segundo e Banco do Brasil (R$ 11,8 bilhões) em terceiro.

    De acordo com a Interbrand, as 25 marcas mais valiosasdo País valem, juntas, R$ 94,9 bilhões, queda de 1% ante o valor do ano passado. A Hering foi a empresa que mais valorizou ante 2012 (58%), passando a valer R$ 616 milhões. Casas Bahia (42%) e Brahma (42%) aparecem na sequência, com valor de R$ 993 milhões e R$ 7,2 bilhões, respectivamente.

    Em contrapartida, a Petrobras apresentou a maior desvalorização, com queda de 18% novalor, para R$ 8,7 bilhões. A Vale também teve grande desvalorização, saindo do ranking por ficar abaixo da “nota de corte” de R$ 294 milhões, segundo o levantamento.

    A lista das 25 marcas mais valiosas do PaísA lista das 25 marcas mais valiosas do País

    De acordo com a Interbrand, a marca precisa ser originária do Brasil, publicar informações contábeis e financeiras e gerar lucro para entrar no ranking. O valor de uma empresa é calculado a partir da análise de sua força ante a concorrência, o papel que ela desempenha na decisão do cliente e a performance financeira de seus produtos.

     

  29. GRANDE IDEIA

    Restauração sem ‘motorzinho’? Conheça a técnica manual contra as cáries

    ART: técnica dispensa o uso de equipamentos elétricos nas restaurações dentáriasART: técnica dispensa o uso de equipamentos elétricos nas restaurações dentárias Foto: Thiago Lontra / Agência O GloboThamyres DiasTamanho do texto A A A

    Já imaginou um tratamento para as cáries sem necessidade de anestesia ou daquele famoso e barulhento equipamento conhecido como “motorzinho” do dentista? É o que defende o pesquisador holandês Jo Frencken, um dos maiores divulgadores do Tratamento Restaurador Atraumático (ART). Em janeiro, Frencken vem ao Brasil para participar do 32º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, onde apresentará os avanços da técnica.

    Além de ser um alívio para quem tem medo do tratamento convencional, evitando a ansiedade que muitas vezes antecede uma simples consulta odontológica, o ART tem como objetivo permitir o combate e a prevenção das cáries mesmo em locais com poucos recursos, já que são utilizados apenas instrumentos manuais.

    “O tratamento restaurador atraumático é um conceito baseado em cuidados preventivos (selantes ART) e restauradores (restauração ART). Por não depender de equipamento rotatório, pode ser aplicado nos serviços públicos e particulares, e em situações estratégicas. O ART tem potencial para aumentar o acesso de muitas pessoas que estão atualmente desassistidas aos serviços odontológicos”, explica Jo Frencken.

    Após a remoção da cárie com instrumentos manuais, a restauração é feita com um cimento de ionômero de vidro que, segundo o especialista, continua liberando flúor com o passar do tempo, tendo assim ação preventiva. Ainda de acordo com o pesquisador, a técnica é desaconselhada quando há abcesso próximo ao dente cariado, quando a polpa (parte mais interna) do dente está exposta, ou quando a cavidade cariada não é acessível aos instrumentos manuais.

    Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/saude-bucal/restauracao-sem-motorzinho-conheca-tecnica-manual-contra-as-caries-10885018.html#ixzz2llVbXyNh

  30. BOA NOTÍCIA

    Focus volta a reduzir previsão para a inflação em 2013

    Projeção caiu de 5,84% para 5,82%, segundo boletim divulgado hoje

    AE

     

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    A projeção de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2013 caiu de 5,84% para 5,82%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 25, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,83%.

    Para 2014, a projeção subiu de 5,91% para 5,92%. Há quatro semanas, estava em 5,92%. A projeção de inflação para os próximos 12 meses segue em 6,14%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 6,22%.

    Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2013 no cenário de médio prazo segue em 5,86%. Para 2014, a previsão dos cinco analistas se mantém em 5,68%. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,88% para 2013 e 5,74% para 2014.

    Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em novembro de 2013 caiu de 0,66% para 0,65%. Há quatro semanas, estava em 0,67%. Para dezembro de 2013, a projeção subiu de 0,71% para 0,72%. Há quatro semanas, estava em 0,70%. Selic Economistas ouvidos pelo BC mantiveram a previsão para a taxa Selic em 2013 em 10% ao ano. Para o fim de 2014, a mediana das projeções subiu de 10,25% para 10,50% ao ano. A taxa Selic está hoje em 9,50% ao ano. A expectativa agora é de que suba para 10,00% ao ano na próxima reunião do Copom, na quarta-feira, 27, de acordo com a mediana da Focus. A projeção para a Selic média em 2013 segue em 8,38% ao ano há cinco semanas. Para 2014, a taxa média subiu de 10,25% para 10,28% ao ano. Há quatro semanas estava em 10,25% ao ano. Nas estimativas do chamado Top 5 da pesquisa a previsão para a Selic no fim de 2013 no cenário de médio prazo segue em 10,00% ao ano há 12 semanas. Para 2014, está em 11,00% ao ano há duas semanas. Há quatro semanas estava em 10,50% ao ano. A previsão de crescimento da economia neste ano continua em 2,50%, no Focus. Para 2014, a estimativa de expansão segue em 2,10%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 2,50% e 2,13%. A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 foi mantida em 1,70%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 2,50%, mesmo porcentual da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 1,80% para 2013 e de 2,39% em 2014 para o setor. Os analistas mantiveram a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2013 em 34,55%. Há quatro semanas, estava em 34,50%. Para 2014, subiu de 34,55% para 34,60%. Há quatro semanas, estava em 34,50%. 

     

  31. PAPA NO ATAQUE

    PAPA ATACA CAPITALISMO E PEDE RENOVAÇÃO DA IGREJA

    Foto: Giampiero Sposito/Reuters: Pope Francis reacts during a rite of acceptance into the Catechumenate and meeting with the Catechumens at the St. Peter Basilica in Vatican November 23, 2013. REUTERS/Giampiero Sposito (VATICAN - Tags: RELIGION)

     

    Em documento denominado Exortação Apostólica, que equivale a uma plataforma oficial do papado, Francisco chamou o capitalismo desenfreado de uma “nova tirania” e pediu aos líderes mundiais que combatam a pobreza e o crescimento desigual; pontífice também criticou o que chama de “idolatria ao dinheiro” e pediu às pessoas ricas que compartilhem sua riqueza

     

    26 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 12:11

     

    Por Naomi O’Leary

    CIDADE DO VATICANO, 26 Nov (Reuters) – O papa Francisco pediu uma renovação na Igreja Católica, chamou o capitalismo desenfreado de uma “nova tirania” e pediu aos líderes mundiais que combatam a pobreza e o crescimento desigual, no primeiro grande trabalho de sua autoria desde que foi eleito pontífice.

    O documento de 84 páginas, denominado Exortação Apostólica, equivale a uma plataforma oficial do papado, com base em opiniões que ele tem expressado em sermões e comentários desde que tornou-se, em março, o primeiro pontífice não europeu em 1.300 anos.

    No texto, Francisco foi além de criticar o sistema econômico mundial, ao atacar a “idolatria ao dinheiro” e implorar aos políticos que garantam a todos os cidadãos “trabalho, atendimento de saúde e educação dignos”.

    Ele também pediu às pessoas ricas que compartilhem sua riqueza. “Do mesmo modo como o mandamento ‘Não matarás’ estabelece um claro limite para salvaguardar o valor da vida humana, hoje nós também temos de dizer “Não deves” para uma economia de exclusão e desigualdade. Tal tipo de economia mata”, escreveu Francisco no documento divulgado nesta terça-feira.

    “Como pode ser que não seja assunto para notícia quando uma pessoa sem teto morre por abandono às intempéries, mas é notícia quando o mercado de ações perde 2 pontos?”.

    O papa disse que a renovação da Igreja não poderá ser adiada e que o Vaticano e sua arraigada hierarquia “também precisam ouvir o chamado da conversão pastoral”.

    “Eu prefiro uma Igreja que esteja machucada, ferida e suja porque tem saído às ruas do que uma Igreja doente por estar confinada e se agarrar à própria segurança”, escreveu.

    Em julho, Francisco encerrou uma encíclica iniciada pelo papa Bento 16, mas deixou claro que era de modo geral o trabalho de seu antecessor, que renunciou em fevereiro.

    Chamada “Evangelii Gaudium” (A Alegria do Evangelho), a exortação é apresentada no estilo de pregação simples e caloroso de Francisco, distinto dos escritos acadêmicos de papas anteriores, e enfatiza a missão central da Igreja de pregar “a beleza do amor salvador de Deus manifestada em Jesus Cristo”.

    Nele, Francisco reitera afirmações anteriores de que a Igreja não pode ordenar mulheres ou aceitar o aborto. O sacerdócio exclusivo para os homens, disse ele, “não é uma questão aberta à discussão”, mas as mulheres têm de ter mais influência na liderança da Igreja.

    POBREZA

    Como uma meditação sobre como revitalizar uma Igreja sofrendo com os avanços da secularização nos países ocidentais, a exortação ecoa o zelo missionário ouvido frequentemente dos evangélicos, que ganharam fiéis entre os católicos desencantados na América Latina, região natal do papa.

    A desigualdade econômica é um dos temas com os quais Francisco, de 76 anos, mais se preocupa no texto. O papa pede uma mudança no sistema financeiro e alerta que a distribuição desigual das riquezas inevitavelmente conduz à violência.

    “Enquanto os problemas dos pobres não forem radicalmente resolvidos por meio da rejeição da autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira, e pelo ataque às causas estruturais da desigualdade, nenhuma solução será encontrada para os problemas do mundo ou, nessa matéria, para quaisquer problemas”, escreveu.

     

  32. Bomba, bomba!

    Descobriram o que o Júlio Batista falou para Cris no “teatrinho” Vasco x Cruzeiro:

    “Pegaram o helicóptero, pó! Pegaram o helicóptero, pó!

  33. Domínio de Fato no dos outros é refresco

    http://www.novojornal.com/minas/noticia/piloto-de-helicoptero-detido-e-funcionario-da-assembleia-de-26-11-2013.html

    Advogado do piloto do helicóptero detido desmente Perrella

    Advogado do piloto detido com 450 kg de cocaína desmente o deputado Gustavo Perrella ao afirmar que o parlamentar autorizara o serviço de frete

    Na segunda-feira (25), Perrella declarou em entrevista coletiva que o piloto teria sido indicado por um amigo da capital, é natural de Campinas, São Paulo, e fazia serviços particulares para a empresa da família. “Analisamos o currículo dele e ele tem experiência, tem horas de voo”, explicou Gustavo. 

    Ao contrário do que foi informado pelo deputado na coletiva, o piloto do helicóptero da empresa do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), preso no Espírito Santo, é lotado na terceira secretaria da Assembleia Legislativa. Com um salário de R$ 1,7 mil, Rogério Almeida Antunes, foi nomeado em abril desse ano na cadeira ocupada pelo deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT).

    Como dito anteriormente, em coletiva na segunda-feira (25) Perrella informou que o piloto trabalhava para Limeira Agropecuária – empresa administrada por ele – há pouco mais de um ano e que a aeronave era usada apenas pela família. Segundo companheiro de Antunes ele teria sido indicado a Perrella pelo senador Aécio Neves, devido forte amizade.  Alencar confirmou a nomeação, mas disse que se trata de uma indicação do próprio Perrella. Ele explicou que Antunes faz parte do pacote de indicações do qual Gustavo tem direito por presidir a Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa. “Olha, ele está lotado na terceira secretaria por causa da comissão. O Perrella preside a comissão, acho que de Turismo ou da Copa, e essas nomeações não são feitas no gabinete. Não fazem parte do gabinete, mas eles nomeiam nas secretarias”, declarou Alencar. Ele declarou, ainda, que não questionou Perrella sobre a indicação. “Não interfiro (nos pedidos de nomeação). Nunca interferimos na nomeação de nenhum deputado. A indicação é do deputado”, explicou o pedetista. Até outubro desse ano, Perrella era filiado ao PDT, partido de Alencar da Silveira. Ele e outros deputados migraram de legenda depois que o deputado federal paulista Paulinho da Força, ex-PDT, fundou o Solidariedade (SDD). Agente de serviços Antunes foi nomeado em abril desse ano como agente de serviços de gabinete I, VL18, com exercício na terceira secretaria. Há alguns anos as vagas das comissões eram centralizadas na presidência. Agora, são distribuídas entre as secretarias. Atualizado às 11p0m do dia 26/11/2013: O advogado criminalista, Dr. Nicácio Pedro Tiradentes, do piloto Rogério Almeida Antunes, informou aoNovojornal que seu cliente é inocente e não tem qualquer ligação com os traficantes.  Ele garantiu que seu cliente foi contratado para fazer frete de implementos agrícolas e que pediu autorização ao seu patrão na hora do frete, tendo sido autorizado, conforme será provado através de contato telefônico e outros meios. O advogado ressalta ainda que o piloto só ficou sabendo quando pousou que tratava-se de drogas. A defesa de Rogério Almeida Antunes vai entrar com o pedido de habeas corpus, devido ao fato de seu cliente não ter cometido nenhuma ação ilegal conscientemente.

     

  34. Meninas serão aceitas no

    Meninas serão aceitas no Colégio de São Bento

    Após 155 anos, tradicional instituição de ensino aceitará mulheres

    MARIA LUISA BARROS

    Rio – Em 155 anos de existência, voltado exclusivamente para o ensino de garotos, o tradicional Colégio de São Bento, no Centro do Rio, vai abrir pela primeira vez suas portas para receber meninas. A novidade foi aprovada pelo reitor Dom Miguel da Silva Vieira e anunciada nesta terça-feira pela supervisora pedagógica Maria Eliza Penna Firme Pedrosa.

    O projeto da instituição mantida por monges beneditinos prevê matrícula para alunas a partir de 2015. A abertura do ensino ao público feminino será feita de forma gradativa. Inicialmente serão abertas vagas para meninas nas turmas do 1º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio.

    São Bento, conhecido por só receber alunos, é um dos melhores colégios do RioFoto:  Alessandro Costa / Agência O Dia

    O ingresso de alunas nos corredores do prédio, instalado ao lado do Mosteiro de São Bento, no Centro da cidade, não significa, no entanto, ampliação do número de vagas. As novas alunas vão disputar as cadeiras com os meninos. De acordo com Maria Eliza a intenção é oferecer metade das vagas para as garotas.

    Outra mudança será a instalação de uma nova unidade na Barra da Tijuca, mantendo a mesma qualidade acadêmica que levou o colégio ao topo do ranking do Enem 2012, com a média mais alta em Redação no Brasil.“A previsão é que a escola seja aberta em 2018 para atender famílias da região e até de nossos alunos que têm extrema dificuldade de deslocamento ”, adianta Maria Elisa.

     

     

     

  35. BOA NOTÍCIA

    Brasil deve dobrar reservas de petróleo em 10 anos

    Afirmação foi feita pela diretora-geral da ANP Magda Chambriard nesta terça

    Texto: -A +A

    Agência Estado

     

    ANP diz que reservas de petróleo e gás nos próximos dez anos podem levar o País até à autossuficiência em gás naturalAgência Petrobras

    A diretora-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda Chambriard, voltou a dizer nesta terça-feira (26) que o Brasil deve dobrar exploração e reservas de petróleo e gás nos próximos dez anos, o que pode levar o País até a autossuficiência em gás natural.

    — Ainda importamos gás de forma relevante, foram 35 milhões de metros cúbicos por dia em 2012. Ao mesmo tempo, o déficit comercial da nossa indústria química não é pequeno e o motivamos quando não somos capazes de fornecer todo o gás e toda a nafta que o setor precisa.

    A afirmação foi feita durante a apresentação no seminário “Indústria Química: essencial para o desenvolvimento nacional”, na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.

    Segundo ela, o Brasil tem fortes indícios de gás natural em terra, mais próximo do consumo, seja para indústrias química, petroquímica, siderúrgica, ou para a produção de fertilizantes.

    — No futuro, contamos com gás suficiente em terra para atender boa parte ou mesmo todo o mercado brasileiro. Temos que persistir na busca do aproveitamento do gás para a nossa indústria a preços competitivos, porque o País tem potencial para isso.

     

  36. Enem por escola 2012: escolas

    Enem por escola 2012: escolas de MG são maioria em ranking nacional

    102

    Do UOL, em São Paulo

    26/11/201310p7 > Atualizada 26/11/201317p4Comunicar erroImprimir 

    O Estado de Minas Gerais lidera o ranking nacional com seis instituições entre as 20 com as maiores médias do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012 por escola. Para obter esse ordenamento, o UOL calculou a média das quatro provas objetivas do exame (linguagem, matemática, ciências humanas e da natureza). Dos seis estabelecimentos, cinco são particulares e um é federal.

    Confira as melhores escolas por Estado no Enem 2012

    VEJA OS 20 COLÉGIOS DO PAÍS COM AS MELHORES NOTAS NO ENEM 2012

    EscolaRedeUFTotal de alunosAlunos participantesMédia geral*1º – COLEGIO BERNOULLI – UNIDADE LOURDESPRIVADAMG252234722,152º – COLEGIO ELITE VALE DO ACOPRIVADAMG3232720,893º – COL DE SAO BENTOPRIVADARJ7676712,794º – COL DE APLICACAO DA UFV – COLUNIFEDERALMG158155706,225º – VERTICE COLEGIO UNIDADE IIPRIVADASP6561705,566º – COLEGIO SANTO AGOSTINHO UNIDADE NOVA LIMAPRIVADAMG4545695,887º – COLEGIO HELYOSPRIVADABA3231695,558º – COLEGIO MAGNUM AGOSTINIANO – NOVA FLORESTAPRIVADAMG206205694,679º – COLEGIO DE APLICACAO DO CE DA UFPEFEDERALPE5050692,4210º – COLEGIO ANGLO LEONARDO DA VINCIPRIVADASP1515692,0711º – COLEGIO SANTO AGOSTINHO – NLPRIVADARJ190182691,2412º – COLEGIO SANTO AGOSTINHOPRIVADARJ185184690,0513º – COLEGIO CRUZEIRO-CENTROPRIVADARJ8585689,8014º – COLEGIO WRPRIVADAGO299290689,4315º – COLEGIO IPIRANGAPRIVADARJ3533686,8716º – MOBILE COLEGIOPRIVADASP145120685,5017º – COLEGIO SANTA MARCELINAPRIVADAMG5552684,7618º – ANGLO – LEONARDO DA VINCI COLEGIOPRIVADASP2321682,9919º – CEV COLEGIO UNIDADE JOCKEYPRIVADAPI3533681,9420º – SANTA CRUZ COLEGIOPRIVADASP231129681,47*O cálculo da média foi feito somando as notas das quatro provas objetivas e dividindo por quatro. A nota da redação não entra na soma, pois a correção não é feita com a TRIFonte: MEC/InepBaixe a tabela com ranking nacional do Enem por Escola 2012 (arquivo em .xlsx)

    ENEM 2012 POR ESCOLA

    Arte UOL

    Consulte a nota da sua escola e veja o ranking do seu Estado

    Os dados das escolas foram disponibilizados na manhã desta terça (26) pelo MEC (Ministério da Educação). Foram divulgados apenas os resultados das escolas com mais de 50% de participação dos alunos do 3º ano do ensino médio. O MEC não disponibilizou ainda a tabela completa com a informação da cidade em que estão localizadas as escolas.

    O Estado de Minas Gerais tem seis escolas entre as 20 mais bem avaliadas. Na sequência, chegam os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, cada um com cinco escolas cada um entre as mais bem avaliadas. 

    O topo do ranking ficou com o mineiro Colégio Bernoulli (Unidade Lourdes), com média geral 722,15. No Enem por escola de 2011, o Colégio Bernoulli ficou em terceiro lugar. Em seguida outra escola mineira, com nota 720,89, fica entre as melhores — é o Colégio Elite Vale do Aço, que apareceu no ano passado em 2º lugar.

    Colégio Objetivo Integrado — que ficou no topo da lista em 2011 — não aparece nas informações deste ano. Segundo o Inep, a instituição não deve ter preenchido o requisito para a publicação dos dados.

    Apenas duas instituições públicas estão entre aquelas com os melhores desempenhos — e ambas são federais. São elas: o Coluni, colégio de aplicação da UFV (Universidade Federal de Viçosa) e o CAP (Colégio de Aplicação) da UFPE (universidade Federal de Pernambuco). O Coluni tem obtido as melhores médias no Enem por escola há seis anos. 

    Uso do Enem por escola

    Esse índice costuma ajudar a medir a qualidade do ensino básico das instituições e é bastante utilizado na escolha de escolas da rede privada. No entanto, especialistas fazem ressalvas sobre a utilização dessa métrica, porque é preciso analisar as condições das instituições que se pretende comparar. Por exemplo, não seria adequado comparar uma escola pública sem infraestrutura com uma outra escola, mesmo que seja pública em melhores condições.

    CENTRO-OESTE

    DF: só 2 públicas são top entre 20 melhores do Distrito FederalGO: Não há públicas entre as 20 melhores de GoiásMS: Veja os 20 melhores colégios; dois são públicosMT: Veja as 20 melhores escolas; uma é pública

    NORTE

    AC: veja os 20 melhores colégios do Estado; metade é públicoAM: Top 20 tem 4 colégios públicosAP: Dez colégios estaduais estão entre os 20 melhoresPA: Melhor escola é federalRO: Confira os 20 colégios do Estado com melhores notasRR: 21 escolas tiveram seus resultados divulgadosTO: Apenas uma pública está entre as 20 melhores

    SUDESTE

    ES: Melhores colégios são particularesMG: Cinco dos 20 melhores colégios são públicosRJ: Veja os 20 melhores colégios do Estado; um é públicoSP: Todos os 20 melhores colégios paulistas são particulares

    SUL

    PR: Quatro dos 20 melhores colégios são públicosRS: Colégio da UFSM tem melhor desempenho do Rio Grande do SulSC: 20 melhores colégios no Enem 2012 são particulares 

  37. Nao ta dando mais pra

    Nao ta dando mais pra comentar.  Sinto muito.  Nao da nem pra mim navegar com esse puteiro de governo norte americano nas minhas costas ao vivo 24 horas por dia.

  38. A opinião de um jurista português
    Da FOLHA 24/11/2013 – 01p5 

    ‘Os réus do mensalão têm alguma razão’, diz jurista guru dos ministros do STF

     

    RICARDO MENDONÇA
    DE SÃO PAULO

    Para o constitucionalista português José Joaquim Gomes Canotilho, os réus do mensalão julgados e condenados definitivamente exclusivamente pelo STF (Supremo Tribunal Federal) têm “alguma razão” em reclamar pelo direito de um julgamento por um segundo tribunal.

    Apesar de ressaltar que não acompanhou o caso em detalhes, Canotilho também acha “razoável” a reclamação quanto à atuação institucional do ministro Joaquim Barbosa, que esteve presente em todas as fases do processo: recebimento da denúncia, instrução e o próprio julgamento.

    Catedrático da Universidade de Coimbra, J. J. Canotilho, como é conhecido, é tido como um dos constitucionalistas estrangeiros mais influentes no Brasil. Na seção de jurisprudência do site do STF, seu nome aparece como referência citada em 550 acórdãos, decisões monocráticas ou decisões da presidência da corte. No STJ (Superior Tribunal de Justiça) há outras 144 citações. Nas 8.405 páginas do acórdão do mensalão, ele é citado sete vezes.

    Para o jurista, o STF é hoje um dos tribunais mais poderosos do mundo. Tem atribuições bem mais amplas que a Suprema Corte dos Estados Unidos, lembra, e também é “muito mais poderoso” que qualquer tribunal europeu.

    Canotilho veio ao Brasil para o lançamento do livro “Comentários à Constituição do Brasil” (2.384 páginas, vendido por R$ 280), obra cuja produção envolveu 130 autores ao longo de cinco anos. Na coordenação técnica, ele contou com a ajuda do ministro Gilmar Mendes, do juiz Ingo Wolfgang Sarlet e do procurador Lenio Luiz Streck.

     Sérgio Lima-21.nov.13/Folhapress O jurista português José Joaquim Gomes Canotilho, no Brasil para lançamento de um livroO jurista português José Joaquim Gomes Canotilho, no Brasil para lançamento de um livro

    *

    Folha – O senhor acompanhou o julgamento do mensalão? Que balanço faz?
    J. J. Canotilho – Eu estava aqui [no Brasil] quando ocorreu a primeira audiência. E fiquei com a ideia de que a política é a arte mais nobre dos homens, desde que colocada a serviço das pessoas e da humanidade. Mas a política também tem mãos sujas, como dizia Albert Camus. Há mãos sujas porque a política implica, muitas vezes, a cumplicidade com atos abjetos, com programas que nós nem sempre consideramos os melhores em termos de moralidade, em termos de valores republicanos. E por isso é uma atividade que tanto pode ser criadora de confiança, quanto pode ser criadora de desconfiança. E aqui no Brasil, o que se cimentava era a desconfiança, relativamente à política, relativamente aos políticos. Então, de certo modo, o tribunal tinha ali uma obrigação de julgar bem. [O STF] Não é só um tribunal constitucional, é um tribunal de recursos, o que o torna mais visível. É sempre certo que, em casos desses, há sempre uma publicidade multiplicada. Não só pelo estatuto das pessoas [que estavam sendo julgadas], mas porque há sempre uma certa opinião pública que pretende, em muitos momentos da vida coletiva, uma catarse, no sentido de alguma purificação. São esses os fatos suficientemente demonstrados: o Brasil tem necessidade da catarse, da purificação, da honradez, da justificação da legitimação do próprio poder político. Mas não acompanhei sistematicamente [todo o julgamento]. Acompanhei à distância.

    Como o senhor disse, é uma corte constitucional. Mas tratou-se de um caso penal. O que pensa desse acúmulo de funções?
    Esse é um dos tópicos que eu tenho algumas dúvidas, de um tribunal com tanto poder. O tribunal brasileiro é dos tribunais com mais poderes no mundo.

    O senhor compara com quais?
    Primeiro, é mais poderoso que o dos Estados Unidos. Porque tem um conjunto de fiscalizações, que não é apenas a fiscalização concreta, que não existe nos EUA. Depois, articula as dimensões de tribunal de revisão, de última palavra, com as funções constitucionais. E daí vai criando o direito constitucional e, ao mesmo tempo, julgando casos. É o que eu tenho dito: o Brasil tem uma outra Constituição feita pela jurisprudência, sobretudo do Supremo Tribunal Federal. Os tribunais constitucionais [de outros países] não têm essas funções, de serem tribunais penais. E por isso é que eu digo que [o STF] é o tribunal com mais força. E, por outro lado, através de suas decisões, é um tribunal que consegue estar em sintonia com a opinião pública. Eu recordo do problema da desfiliação partidária [fidelidade], do problema dos índios [Terra Indígena Raposa Serra do Sol], do problema das algemas [limitação no uso]. Podemos não concordar. Mas o povo estava em tendência de sintonia com o sentido dessas decisões.

    E em relação aos tribunais da Europa?
    É muito mais poderoso, muito mais. Não há nenhum tribunal por lá parecido com o Supremo Tribunal Federal. Como tribunal, [o STF] acumula competências e poderes que a maior parte dos tribunais não tem, pois só são tribunais constitucionais. Ou, por outro lado, são só supremos tribunais que não têm as funções que tem o tribunal constitucional.

    É comum a avaliação de que o STF foi muito rigoroso no julgamento do mensalão. Na sua opinião, que risco pode correr se, nos próximos casos envolvendo políticos importantes, não trabalhar com o mesmo rigor?
    Eu acho que o tribunal depende muito dos juízes, dos protagonistas que estão no tribunal. Ele é formado por pessoas, elas têm suas pré-compreensões, sua formação. Agora, eu entendo que o tribunal tem assinalado patamares que os vinculam a ele próprio. Portanto, a medida que vai criando precedentes, vincula-se a ele próprio. E ainda tem outra característica: aquilo que era uma norma concreta desconecta-se do caso concreto e passa a ser uma norma geral que vincula o tribunal e vincula o poder político. O que o tribunal já decidiu, vamos vincular como precedente, mas em termos abstratos. Por outro lado, o poder político também vai se sentir vinculado.

    Os réus reclamam que foram julgados já originalmente no STF e agora não têm um segundo tribunal para recorrer. É uma violação?
    Há um pouco de verdade nisso. Quando a gente diz que tem de ter sempre direito a recurso por uma segunda instância, para estar mais informado, é, em geral, nas questões penais. Ou seja, o duplo grau de jurisdição. Nós consideramos isso como um dado constitucional em questões penais. Isso é verdade.

    E qual seria a solução nesse caso?
    É… Não tem muita solução. Porque, por um lado, nós exigimos que pessoas com estatuto de deputado não sejam julgadas por juiz de primeira instância. E acabamos por dizer: não têm de ser julgados [só] por juízes de última instância, pois afronta a dignidade. Então não tenho segurança de dizer [o que seria o melhor]. Não há recursos sobre todas as coisas. Agora, na questão penal, é também dado como certo que o duplo grau de jurisdição é quase uma dimensão material do direito ao direito de ir aos tribunais. Há alguma razão [dos réus] aí.

    Outra reclamação muito repetida é que o mesmo ministro, Joaquim Barbosa, cuidou de todas as etapas do processo. Do recebimento da denúncia ao julgamento. Foi relator e ainda atuou como presidente da corte ao longo do mesmo julgamento.
    Não conheço. De qualquer modo, o que eu tenho defendido sobre a Constituição portuguesa, mesmo contra meus colegas criminalistas, é que, num processo justo em direito penal –essa é uma opinião minoritária– quem investiga não acusa, quem acusa não julga. São sempre órgãos diferentes. Portanto, se quem investiga é a polícia judiciária ou se é o Ministério Público, este, se investigou, não acusa. O Ministério Público que acusar e o juiz que acusar, não julga. Isso para não transportar as pré-compreensões adquiridas em outros momentos do processo ao momento do julgamento. Eu tenho defendido essa ideia para a Constituição portuguesa. Os meus colegas penais dizem que isso é quase impraticável, porque exigiria um juiz para investigar, depois exigiria o juiz da acusação, e depois um outro juiz para a audiência e julgamento. Mas [defendo] essa coisa simples: quem investiga não acusa, quem acusa não julga. Então é razoável questionarmos.

    Nunca um julgamento foi tão divulgado quanto este do mensalão. Além disso, há a TV Justiça, que transmitiu tudo ao vivo. Que avaliação faz dessa novidade?
    Eu tenho uma visão conservadora quanto a isso. Os trabalhos do Supremo consagram audiência pública, a não ser quando há questões de reserva, de dignidade e segurança. Mas os tribunais sempre foram locais de publicidade crítica. Me custa mais a aceitar os novos tempos, aquilo ser transmitido para o mundo. Não sou das pessoas mais entusiasmadas com a TV Justiça. Eu não gosto muito.

    Por quê? O senhor acha que interfere no comportamento do magistrado?
    Pode não interferir. E acho que não podemos pôr assim as questões. Que perturba a espontaneidade do argumento e do contra-argumento, isso parece-me que sim. Por outro lado, as discussões que às vezes temos nos júris, elas ficam menos à vontade, pois estamos ali, não com a câmera escondida, mas com a câmera aberta. Quanto aos resultados em termos de justiça, não tenho argumentos para dizer que processo [transmitido pela TV] não seja justo. Possivelmente é um processo adaptado a um outro esquema, o sistema de publicidade crítica, que não apenas o da publicidade dentro da sala da audiência. Mas não gosto, não.

    A Constituição brasileira fez 25 anos. O que a distingue das outras positivamente?
    É uma característica que tem sido apontada nas constituições programáticas. As constituições programáticas são aquelas que, pelas suas próprias características, regulam aspectos da vida econômica, da vida social, da vida cultural. A medida que esses domínios da vida se tornam domínios de bastante sensibilidade política, evidentemente que esses ruídos políticos transferem-se também para as normas constitucionais; e a Constituição acaba por sofrer a mesma contestação que sofrem outras leis. Não está, portanto, acima do cotidiano, dos projetos políticos, das políticas públicas. Eu penso que a Constituição respondeu, em termos de contemporaneidade, a alguns desafios: o problema do ambiente, da comunicação social, sobretudo do acesso aos dados. Uma Constituição que foi feita depois de um período autoritário e que se proclamou defensora dos direitos, liberdades e garantias.

    E o aspecto negativo?
    Teve exageros. Os juros, os salários, ou seja, tão detalhada que acaba ultrapassada. Isso também aconteceu com a Constituição portuguesa. Nesse aspecto, é uma Constituição que pecou pelo excesso. Em outros casos, foi o contexto, estava lá o Centrão, os constitucionalismos que existem em qualquer uma. Mas hoje vê-se que não foi uma Constituição que impediu o progresso, apesar das críticas. Muitos entendem que é uma Constituição que tem muitos custos, fui a um congresso sobre isso. O que eu entendo é que uma Constituição que já tem todos esses anos, 25 anos, não aprofundou as divergências, os dissensos no Brasil. Houve muita contestação, mas não podemos dizer que ela dividiu o Brasil. Já teve uma revisão. E ela tem se adaptado, na medida em que surgem os problemas. O grande êxito é que depois de muitas convulsões, acabou por ser um instrumento de pacificação. E já há uma outra Constituição, muito rica em termos de sugestões, o ativismo judiciário, completada pela jurisprudência rica dos tribunais. É uma Constituição que está viva. E está provado que o cidadão gosta do amparo no plano político e social.

  39. Querem destruir a

    Querem destruir a Petrobrás

     

    No texto que segue, o diretor do Sindipetro-RJ, Emanuel Cancella, repudia as atimanhas que visam destruir a Petrobrás. Uma dessas tentativas foi feita pelo Valor Econômico, edição de 26/11

     

     

    Em sua edição de 26/11, uma grande armação foi divulgada pelo jornal Valor Econômico – uma publicação patrocinada pelos jornais  O Globo e a Folha de São Paulo. A armação visa destruir a Petrobrás. Segundo o Valor Econômico, a “ Petrobrás tem a pior situação da década e precisa de reajuste”.

     

    Qualquer pessoa isenta e que conheça um pouco de matemática, sabe que a Petrobrás tem a melhor situação econômica nos seus 60 anos. As presidentes da República, Dilma Rousseff, e da Petrobrás, Maria das Graças Foster, montaram um Plano Estratégico de mais de US$ 300 bilhões de investimentos, que não é para servir aos brasileiros e sim para desestabilizar economicamente a empresa, para justificar a entrega de nosso petróleo nos leilões da Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), bem como a venda de ativos que na verdade é a “privatização branca” da Petrobrás.

     

    A Petrobrás já é auto-suficiente na produção de petróleo, não precisa desse investimento gigante que parece ser para sufocar a empresa. Com essas artimanhas, já entregamos 60% do campo de Libra à duas empresas estatais chinesas, à Shell (Hollanda e Inglaterra) e à Total (França).  E Dilma disse na campanha para a Presidência (2010) que privatizar o pré-sal era “um crime” e que ele era “nosso passaporte para o futuro”.

     

    A presidente da Petrobrás, Graças Foster, já entregou ativos da Petrobrás através do que ela chama de “desinvestimentos” para o magnata Eike Batista; 40% do campo gigante BS-04 na bacia de Campos e a bacia Potiguar à British Petroleum (BP), entre outros ativos. E a venda de ativos sempre acontecem junto a esse tipo de manipulação, como agora divulgada pelo Valor Econômico.

     

    Contando o pré-sal, a Petrobrás tem reservas da ordem de 60 bilhões de barris de petróleo. Considerando o preço do barril a U$$ 100, em media, tais reservas colocam a nossa Empresa em destaque em relação às concorrentes. Inclusive foi isso que levou a Agencia Internacional de Energia, em 2013, a eleger a Petrobrás a mais “brilhante” entre as empresas petrolíferas no mundo. 

     

    Uma vez que as reservas de petróleo da Petrobrás se mantém, o que levaria a Empresa a tal desvalorização? Artimanhas dessa natureza foram usadas por FHC para privatizar: ele depreciava as empresas estatais, para em seguida privatizá-las. Lamentavelmente, é isso que tem feito Dilma. Ela diz que leilão não é privatização; então é o que? Se essas reservas não se renovam e se esgotam, isso é privatização.

     

    Agora o argumento é que a Petrobrás compra derivados no exterior por um preço maior do que vende no mercado interno. Um aumento no preço dos derivados favoreceria aos investidores e prejudicaria a sociedade. Ora, quem criou essa situação foi o próprio governo ao incentivar a venda de automóveis com isenção do IPI. Além disso, Dilma poderia cobrar dos usineiros um aumento na produção do etanol, para justificar com uma maior oferta a queda nos preços que justificaria o seu consumo, já que a ampla maioria dos carros fabricados no país são flex. E também, Dilma deveria cobrar das empresas distribuidoras de combustíveis participação no pagamento dessa conta. Por que a Petrobrás tem que arcar sozinha com toda a essa despesa?

     

    Em seu livro, “ O petróleo é nosso”, Maria Augusta Tibiriça Miranda (que foi ativista da campanha “O Petróleo É Nosso”, afirma com muita lucidez: que a luta pelo petróleo não termina nunca! 

     

    RIO DE JANEIRO, 27 de novembro de 2013

    Nome: Emanuel Cancella Secretário Geral do Sindipetro-RJ e da FNP

     

     

     

     

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