Fora de Pauta

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Redação

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  1. https://upload.wikimedia.org/

    https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/27/Aerial_view_of_the_Central_Intelligence_Agency_headquarters,_Langley,_Virginia_16449v.jpg

    68 ANOS DE CIA – Criada em 18 de setembro de 1947 a Agencia Central de Inteligencia dos EUA teve uma agitada historia que hoje se ecnontra em um estagio de maturidade e calmaria. Criada a partir do Escritorio de Serviços Estrategicos (OSS)

    estrutura inventada por Allen Dulles em Berna, na Suiça, durante a Segunda Guerra, escritorio que conduziu com maestria a saida da Italia da Guerra em setembro de 1943 e a rendição de um milhão de tropas alemãs no Norte da Italia em abril de 1945, Dulles criou o desenho basico da CIA e muito mais tarde foi seu diretor-geral.

    Nos primeiro anos da Guerra Fria a CIA tinha duas tarefas, a captação de informações no exterior e sua analise e interpretação, que era uma tarefa de inteligencia e operações politicas em paises estrangeiros.

    Nesse campo de operações a CIA adquiriu má reputação que a persegue até hoje mas não foram tantas as operações por ela conduzidas. A mais famosa foi no Irã, quando em conjunto com os serviços de inteligencia britanicos derrubou o governo Mossadegh que nacionalizou o petroleo de depos o Xá, aliado dos EUA. OPerações semelhantes foram executadas na Guatemala (deposição do Presidente Jacabo Arbenz), Indonesia (deposição do Presidente Sukarno), Congo 9 queda do governo Lumumba)na Republica Dominicana (deposição do filho do ditador Trujillo, Ramfis) Fracassou em outras operações como na Siria quando tentou impedir a formação da Republica Arabe Unida e teve como consequencia a expulsão de seu residente Rocky Stone e na famosa invasão da baia dos Porcos em Cuba.

    Hoje a CIA tem a concorrencia de 16 outras agencias de inteligencia, como a NSA e a Defense Intelligence Agency, que com ela disputam verbas orçamentarias. São tantas agencias que foi criado um Conselho Nacional de Inteligencia para controla-las mas a CIA é a mais antiga e a mais conhecida entre todas.

    A CIA tem um orçamento atual de US$15,6 bilhões e 25 mil funcionarios, Opera em cada Pais por “Residentes” que podem ou não estar nas Embaixadas mas são secretos para o publico, um Residente pode ter como cobertura ser o Adido Cultural ou Agricola.

    Aos que a criticam vale lembrar que a KGB sovietica fez as mesmas coisas do outro lado,  operações politicas em Cuba, Angola, Vietnam, Moçambique, Nicaragua, Congo, Siria, Egito, era o tempo da guerra fria e o conflito era permanente em todo o mundo.

    O diretor atual é John Brennan, um veterano da agencia e que já foi Rsidente em varios paises, inclusive Arabia Saudita. Uma curiosidade, a CIA tem um setor de visitas para crianças, para acessa-lo e marcar visitas basta se dirigir ao website.

     

  2. Como a imprensa era tratada na Era FHC…

    À CPI da Petrobrás o delator Ricardo Pessoa informou que a maioria de seus contratos formam firmados na Era FHC, e olha lá que naquela época a Petrobrás como tudo o que era estatal “nada valia” (mote adotado para privatizar a Vale). Como os tucanos lidavam com a imprensa? Fosse vivo, Paulo Francis se atreveria a criticar os tucanos? Com certeza, não…

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=7Dyp-YSXBs%5D

  3. Delfim: ‘A Dilma é

    Delfim: ‘A Dilma é simplesmente uma trapalhona’

     

    Josias de Souza

     

    Em entrevista à repórter Eliane Cantanhêde, veiculada no Estadão, o ex-ministro e ex-deputado federal Delfim Netto, 87, emitiu opiniões corrosivas sobre Dilma Rousseff. Admitiu ter votado nela. Mas disse que não repetiria o gesto. Considera a presidente “absolutamente honesta”. Mas fulmina o mito da gerentona: “…Ela é simplesmente uma trapalhona.”

    Delfim referiu-se à decisão do governo de enviar ao Congresso um orçamento deficitário para 2016 como “a maior barbeiragem política e econômica da história recente do Brasil”. Vão abaixo algumas das declarações do economista:

    — Dilma X Ex-Dilma: […] As pessoas sabem que a presidente é uma mulher com espírito muito forte, com vontades muito duras, e ela nunca explicou porque ela deu aquela conversão na estrada de Damasco. Ela deveria ter ido à televisão, já no primeiro momento, e dizer: “Errei. Achei que o modelo que nós tínhamos ia dar certo e não deu”. Mas, não. Ela mudou sem avisar e sem explicar nada para ninguém. Como confiar?

    — Direção do vento: Ela mudou um programa econômico extremamente defeituoso, que foi usado para se reeleger. Em 2011, a Dilma fez um ajuste importante, aprovou a previdência do funcionalismo público, o PIB cresceu praticamente no nível do Lula. Mas o vento que era de cauda e que ajudou muito o Lula tinha mudado e virado um vento de frente. […] Então, ela foi confrontada em 2012 com essa mudança e com a expectativa de que a inflação ia aumentar e o crescimento ia diminuir e ela alterou tudo. Passou para uma política voluntarista, intervencionista, foi pondo a mão numa coisa, noutra, noutra, noutra… Aquilo tudo foi minando a confiança do mundo empresarial e, de 2012 a 2014, o crescimento vai diminuindo, murchando.

    — Efeito urna: A tragédia, na verdade, foi 2014, porque ela [Dilma] usou um axioma da política, que diz que ‘o primeiro dever do poder é continuar poder’. No momento em que ela assumiu isso, ela passou a insistir nos seus equívocos. Aliás, contra o seu ministro da Fazenda, o Guido Mantega, que tinha preparado a mudança, tanto que as primeiras medidas anunciadas pelo Joaquim Levy já estavam prontas, tinham sido feitas pelo Guido. […] O Guido não tem culpa nenhuma. E, para falar a verdade, nenhum ministro da Fazenda da Dilma tem culpa nenhuma, porque o ministro da Fazenda é a Dilma, é ela. E o custo da eleição é o grande desequilíbrio de 2014.

    — Déficit de credibilidade: Como a credibilidade do governo é muito baixa, o ajuste que ele [Joaquim Levy] fez encontrou muitas dificuldades, não teve sucesso porque não foi possível dizer que o ajuste era simplesmente uma ponte.

    — Barbeiragem histórica: O primeiro equívoco mortal foi encaminhar para o Congresso uma proposta de Orçamento com déficit. Foi a maior barbeiragem política e econômica da história recente do Brasil. A interpretação do mercado foi a seguinte: o governo jogou a toalha, abriu mão de sua responsabilidade, é impotente, então, seja o que Deus quiser, o Congresso que se vire aí.

    — Governo Frankenstein: A briga interna ocorre em qualquer governo, mas o presidente tem de ter uma coisa muito clara: ele opta por um e manda o outro embora. Um governo não pode ter dentro de si essas contradições, senão vira um Frankenstein. […] Quem tem de sair [Levy, Nelson Barbosa ou Aloizio Mercadante?] é problema da Dilma, mas quem assessorou isso do Orçamento com déficit levou o governo a uma decisão extremamente perigosa e desmoralizadora. E isso produziu um efeito devastador.

    — Corte na carne dos outros: O aumento da Cide seria infinitamente melhor. CPMF é um imposto cumulativo, regressivo, inflacionário, tem efeito negativo sobre o crescimento e quem paga é o pobre mesmo. Ele está sendo usado porque o programa do governo é uma fraude, um truque, uma decepção – não tem corte nenhum, só substituição de uma despesa por outra e o que parece corte é verba cortada do outro. Dizem que vão usar a verba do sistema S. Ora, meu Deus do céu! R$ 1 do sistema S produz infinitamente mais do que R$ 1 na mão do governo. Alguém duvida de que o governo é ineficiente?

    — Cobra mordendo o rabo: Eles vão ter de negociar [o pacote fiscal] com a CUT e com o PT, que é o verdadeiro sindicato do funcionalismo público. Então, é quase inconcebível e vai ter uma greve geral que vai reduzir ainda mais a receita. É uma cobra que mordeu o rabo. O aumento de imposto é 55% do programa; o corte, se você acreditar que há corte, é de 19%; e a substituição interna representa 26%. Ou seja, para cada real que o governo finge que vai economizar com salários, ele quer receber R$ 3 com as transferências e o aumento de imposto. No fundo, o esforço é nulo.

    — Em quem votou? Na Dilma. Mas acho que o Aécio era perfeitamente ‘servível’. Teria as mesmas dificuldades que a Dilma enfrenta, porque consertar esse negócio que está aí não é uma coisa simples para ninguém, mas ele entraria com uma outra concepção de mundo, faria um ajuste com muito menos custo e a recuperação do crescimento teria sido muito mais rápida.

    — Votaria de novo? Não, primeiro porque ela não pode ser candidata. É preciso dizer que eu acho a Dilma absolutamente honesta, com absoluta honestidade de propósito, e que ela é simplesmente uma trapalhona.

     

     

    — Michel Temer seguraria o rojão? Acho que sim. Nós somos muito amigos. O Temer tem qualidades, é uma pessoa extraordinária, um gentleman e um sujeito ponderado, tem tudo, mas eu refugo essa hipótese enquanto não houver provas [contra Dilma], e vou te dizer: ele também.

               Entrevista completa aqui :

             http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a-dilma-e-simplesmente-uma-trapalhona,1765391

     

  4. PAINEL Folha
    VERA

    PAINEL Folha

    VERA MAGALHÃES – 

     

    Operação HC

    Está avançada uma articulação de políticos de vários partidos, membros do governo, ministros do Superior Tribunal de Justiça e advogados da Operação Lava Jato para que o STJ conceda nas próximas semanas habeas corpus para os empreiteiros Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, presos desde junho em Curitiba. A expectativa dos que costuram a saída é que o STJ também critique a manutenção de prisões provisórias por tanto tempo.

    Todo mundo A coluna ouviu detalhes da operação –que inclui políticos de PMDB e PT e ministros do governo Dilma Rousseff e do STJ– de três fontes: um integrante do Palácio do Planalto, um senador e um ministro da Esplanada.

    Deu errado Advogados haviam recebido garantia de que os habeas corpus seriam concedidos no recesso judiciário pelo STJ, mas a estratégia ruiu depois que o juiz Sergio Moro decretou novas prisões preventivas de Odebrecht e Azevedo em julho.

    Garrote A mobilização para tirar o mais rápido possível os executivos da prisão se deve às ameaças, cada vez mais frequentes, de que podem dar detalhes sobre depósitos feitos no exterior para campanhas recentes. 

    —————————-

    Estadão

    Ministro do STJ se considera impedido em caso Odebrecht

    São Paulo – O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves se declarou impedido para julgar mandado de segurança impetrado pela Construtora Norberto Odebrecht, em que a defesa pede a suspensão do uso de documentos pela Operação Lava Jato enviados pela Suíça sobre contas secretas no exterior.

     

    O nome do ministro teria surgido em material apreendido pela força-tarefa nas buscas relacionadas a um dos executivos da OAS, uma das empreiteiras do cartel alvo da Lava Jato. Ele não é investigado no caso.

     

    Por meio do mandado de segurança, a maior empreiteira do País quer que o STJ determine ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que forneça detalhes sobre a cooperação entre autoridades brasileiras e suíças.

     

    A tentativa faz parte de mais uma ofensiva jurídica da empreiteira que busca anular os processos da Operação Lava Jato, maior escândalo de corrupção descoberto pelo Ministério Público Federal envolvendo contratos da Petrobrás e um cartel formado pelas maiores empresas do País.

     

    Na avaliação do procurador da República Deltan Dallagnol, que coordena a força-tarefa do Ministério Público Federal na Lava Jato, a Odebrecht busca anular as provas sobre pelo menos cinco contas secretas abertas em nome de empresas offshores e que teriam sido usadas pela empreiteira.

     

    Deltan classificou a ação como um ato de ‘desespero’ da empresa. Ele destacou que a Odebrecht, publicamente, tem se manifestado sobre sua disposição em colaborar com as investigações, mas, paralelamente, age para anular provas, o que atingiria toda a Lava Jato, pelo menos em relação ao processo em que são acusados seus principais executivos.

     

    Defesa. O advogado Pedro Serrano, que representa a Odebrecht, declarou que o grupo não pretende anular as provas documentais enviadas pela Suíça ao Brasil.

     

    Serrano disse que o objeto do mandado de segurança ajuizado no STJ busca simplesmente obter uma certidão com informações sobre a tramitação dos documentos de Genebra.

    “Não se pede anulação de nada, apenas queremos saber se houve cooperação e como ela foi realizada”, afirmou Serrano.

     

    “O objeto do mandado de segurança não é anular prova nenhuma”, reafirmou Pedro Serrano. “Dentro do exercício do direito garantido pela Constituição queremos obter pura e simplesmente uma certidão sobre como transcorreu a cooperação, se houve cooperação com a Suíça, como foi a tramitação desses documentos para verificarmos se foi dentro da legalidade ou não.”

     

    O advogado assinalou que, inicialmente, a Odebrecht solicitou a certidão no âmbito administrativo diretamente ao ministro Cardozo. “Ele (o ministro) negou e agora fomos à Justiça contra esse ato. Não se pede anulação das provas, apenas uma certidão sobre como os documentos foram enviados. É uma verificação de informação oficial, nada mais que isso. O mandado de segurança não pede anulação de documento nenhum.”

  5. TITO COSTA
    Carta aberta a

    TITO COSTA

    Carta aberta a Lula

    Meu amigo Lula, você perdeu a oportunidade de se tornar o verdadeiro líder de um país ainda em busca de um caminho de prosperidade

    Meu caro Lula, permito-me escrever-lhe publicamente diante da impossibilidade de nos falarmos em pessoa, com a franqueza dos tempos de nossos seguidos contatos –você na presidência do Sindicato dos Metalúrgicos e eu prefeito de São Bernardo do Campo.

    Não vou falar das greves que ocorreram de 1979 a 1981, que projetaram seu nome no Brasil e no exterior. Não quero lembrar os dias angustiantes da intervenção no sindicato pelo ministro do Trabalho, em março de 1979, e da violência que se seguiu com prisões, processos e a sua detenção pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social).

    Todos esses fatos sempre foram acompanhados por mim juntamente ao senador Teotônio Vilela, a Ulysses Guimarães e a numerosos políticos do então MDB.

    Na véspera da intervenção no sindicato, você ligou ao meu gabinete me pedindo ajuda para retirar estoques de alimentos ali guardados. Enviei caminhões da prefeitura para retirá-los, e o material foi depositado na igreja matriz da cidade.

    Não falo das reuniões, madrugadas adentro, em meu apartamento em São Bernardo, com figuras expressivas do mundo político e também de outras esferas, como dom Cláudio Hummes, nosso amigo, então bispo de Santo André, hoje pessoa de confiança do papa Francisco, em Roma. Éramos todos preocupados com a sua sorte, a do sindicato e também a das nossas instituições em pleno regime militar.

    Prefiro não falar dos dias em que o acolhi em minha chácara na pequena cidade de Torrinha, no interior de São Paulo, acobertando-o de perseguições do poder militar da época: você, Marisa, os filhos pequenos, vivendo horas de aflição e preocupantes expectativas.

    Nem quero me lembrar das assembleias do sindicato, depois da intervenção no estádio de Vila Euclides, cedido pela Prefeitura de São Bernardo, fornecendo os aparatos possíveis de segurança.

    Eram os primórdios de uma carreira vitoriosa como líder operário que chegou à Presidência da República por um partido político que prometia seriedade no manejo da coisa pública e logo decepcionou a todos pelos desvios de comportamento e por abusos na condução da máquina administrativa do Estado.

    E aqui começa o seu desvio de uma carreira política que poderia tê-lo consagrado como autêntico líder para um país ainda em busca de desenvolvimento. Você deixou escapar das mãos a oportunidade histórica de liderar a implantação de urgentes mudanças estruturais na máquina do poder público.

    Como bem lembrou Frei Betto, seu amigo e colaborador, você, liderando o Partido dos Trabalhadores, abandonou um projeto de Brasil para dedicar-se tão somente a um ambicioso e impatriótico projeto de poder, acomodando-se aos vícios da política tradicional.

    Assim, seu partido –em seus alargados anos de governo, com indissimulada arrogância– optou por embrenhar-se na busca incessante, impatriótica e irresponsável do aparelhamento do Estado em favor de sua causa, que não é a do país.

    Enganou-se você com a pretensão equivocada de implantar uma era de bonança artificial pela via perversa do paternalismo e do consumismo em favor das classes menos favorecidas, levando-as ao engano do qual agora se apercebem com natural desapontamento.

    Por isso, meu caro Lula, segundo penso, você perdeu a oportunidade histórica de se tornar o verdadeiro líder de um país que ainda busca um caminho de prosperidade, igualdade e solidariedade para todos. Alguma coisa que poderia beirar a utopia, mas perfeitamente factível pelo poder político que você e seu partido detiveram por largo tempo.

    Agora, perdido o ensejo de sua consagração como grande liderança de nossa história republicana recente, o operário-estadista, resta à população brasileira o desconsolo de esperar por uma era de dificuldades e incertezas.

    Seu amigo, Tito Costa.

      

  6. Chamada de capa da Folha de

    Chamada de capa da Folha de hoje :

    Nova chacina mata 4 jovens na Grande SP

    (Vc que é leitor do Nassa soube ontem.)

    Crime ocorreu em Carapicuíba, cidade vizinha ao local dos ataques que deixaram 19 mortos no mês passado

    Rapazes entre 16 e 18 anos não tinham antecedentes criminais e foram rendidos ao lado de pizzaria

    DE SÃO PAULO

    Quatro adolescentes entre 16 e 18 anos foram mortos a tiros na madrugada deste sábado (19) em Carapicuíba, em nova chacina na Grande São Paulo –a primeira após a série de ataques que deixou 19 mortos em Osasco e Barueri.

    As vítimas, que não tinham antecedentes criminais, foram encontradas de bruços e com ferimentos na região da cabeça. Parte delas estava com as mãos cruzadas na altura da nuca, sinal de que foram rendidas antes da morte.

    O crime ocorreu em cidade vizinha a Osasco e Barueri e a cerca de sete quilômetros do bar epicentro da maior chacina do ano em SP –que, mais de um mês depois, ainda não foi esclarecida pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB).

    Os adolescentes de Carapicuíba estavam ao lado de uma pizzaria onde trabalhavam como entregadores e se preparavam para sair do trabalho.

    O comerciante Rogério Flávio de Freitas, 43, dono da pizzaria La Famiglia, se disse surpreso com a rapidez da chegada da PM. “A polícia chegou enquanto eu ainda pedia para a minha mulher chamar ajuda”, disse. A corporação diz que recebeu uma chamada pelo telefone e chegou ao local em cinco minutos, ao deslocar uma equipe próxima.

    Foram mortos no ataque Matheus Moraes dos Santos, 16, Douglas Bastos Vieira, 16, José Carlos Costa do Nascimento, 17, e Carlos Eduardo Montilha de Souza, 18.

    Alex Luiz, 26, entregador de outra pizzaria próxima, estava com os quatro minutos antes do crime. “Eles subiram a rua para pegar dinheiro, eu virei para outro lado e fui para minha casa. Cinco minutos depois, aconteceram os tiros.”

    PISTOLA

    Uma testemunha disse que os assassinos eram quatro, não usavam capuz, estavam em um carro e que houve uma pequena discussão antes do crime.

    A perícia apreendeu no local local cápsulas e projéteis de pistola 380, calibre similar a algumas armas utilizadas nos ataques de 13 de agosto em Osasco e Barueri.

    A polícia disse, porém, que ainda não é possível fazer relação entre os dois casos. Segundo números da Ouvidoria da Polícia, foi a 14ª chacina registrada no Estado neste ano.

    Em 2013, uma investigação sobre chacinas ocorridas em Osasco e Carapicuíba encontrou relação entre os responsáveis pelas mortes –incluindo quatro policiais militares.

    Em relação ao crime que deixou 19 mortos em agosto, a principal hipótese é que ele tenha sido uma represália de PMs à morte de um colega em um assalto dias antes.

    Mais de um mês depois, só um soldado da Rota foi preso sob suspeita pela chacina –ele também é investigado pelos ataques de 2013.

    A força-tarefa criada pelo governo para apurar as 19 mortes ficou marcada por divergências entre integrantes das polícias civil e militar.

    Levantamento do Instituto Sou da Paz mostrou que as mortes em chacinas na capital e Grande SP mais que dobraram no 1º semestre em relação a igual período de 2014.

    Nos primeiros seis meses, 38 pessoas foram vítimas de dez chacinas, contra 18 mortes em seis casos na primeira metade de 2014. A pesquisa não considerava os 19 mortos de Osasco e Barueri. (ROGÉRIO PAGNAN, DIEGO IWATA LIMA, LUDIMILA GONÇALVES E THIAGO 

  7. BERNARDO MELLO FRANCO
    A

    BERNARDO MELLO FRANCO

    A oposição de toga

    BRASÍLIA – Em sabatina promovida pela Folha em 2009, o ministro Gilmar Mendes disse não concordar com o apelido de “líder da oposição” no Supremo Tribunal Federal. Na época, ele presidia a corte e criava polêmicas semanais com o governo Lula. “Não tenho nenhuma intenção de ser oposição”, afirmou.

    Com ou sem intenção, ninguém faz oposição no país como Gilmar. Seis anos depois da sabatina, o ministro tem sido a voz mais assídua e combativa da crise. Basta abrir os jornais ou ligar a tevê e lá está ele, dando declarações invocadas contra o governo Dilma e o PT.

    A toga do ministro faz sombra sobre os políticos de carreira. Diante dele, o senador Aécio Neves, cada vez mais enfático nas críticas ao Planalto, corre o risco de ser confundido com um simpatizante do petismo.

    Na semana em que a oposição levou um pedido de impeachment à Câmara, o ministro voltou a dominar o noticiário. Ao votar na ação contra o financiamento empresarial de campanhas, que guardou na gaveta durante um ano e cinco meses, ele fez um agressivo discurso contra o PT.

    Além das frases de efeito habituais, acusou a OAB e a Faculdade de Direito da Uerj, uma das mais respeitadas do país, de agirem a serviço do partido. As entidades defenderam a tese jurídica de que as doações milionárias a políticos contrariam a Constituição. Ao atacá-las, o ministro também atingiu colegas que votaram de acordo com suas convicções. O Supremo proibiu o financiamento empresarial por ampla maioria: 8 a 3.

    Ao fim do julgamento, Gilmar esbravejou quando o presidente da corte, Ricardo Lewandowski, permitiu que o representante da OAB contestasse os ataques. Em artigo no site jurídico “Jota”, o professor Joaquim Falcão disse que a atitude revelou um temperamento autoritário, de quem não aceita o debate de ideias.

    “Mendes recusou-se a ouvir, levantou-se e foi embora do plenário. Dessa vez, não levou os autos do processo com ele”, ironizou Falcão.

  8. DIÁRIO DE CARACAS
    Mapa da

    DIÁRIO DE CARACAS

    Mapa da Cultura

    Mandioca no fast-food

    Falta tudo, mas a gasolina custa menos que fraldas

    SAMY ADGHIRNI

    A atendente avisou: a batata frita está em falta, e o Big Mac vem sem queijo. O McDonald’s também não tinha torta de maçã nem de banana. O banheiro estava sem papel higiênico e sabão. Tudo bem, pensei. Já não me incomodo com essas coisas, após mais de ano vivendo na Venezuela.

    Almocei sem estresse, curtindo uma porção de mandioca frita em palitos que vinha na mesma embalagem vermelha da batata e um hambúrguer com pão visivelmente comprado às pressas em alguma padaria –isso a atendente não havia contado.

    O mesmo ocorre em restaurantes finos de Caracas. O cardápio costuma ser apenas um vago parâmetro daquilo que talvez, com sorte, esteja disponível naquele dia e naquela hora. Quer repetir aquela salada grega da semana passada? Desculpe, senhor, não encontramos os ingredientes. Traz uma água mineral, por favor? Lamento, mas, como o senhor imagina, estamos com dificuldade de abastecimento.

    Restaurantes, hotéis e padarias pagam gente só para varrer a cidade em busca de itens escassos, como café e leite. Muitas vezes, só se consegue produtos no mercado negro, onde negócios fervilham fora da economia oficial.

    Bairros populares vivem cheios de camelôs e barraquinhas que revendem mercadoria adquirida a “preço justo” no inferno dos mercados estatais, onde filas são horrendas. Um pacote de fraldas que custa menos de 200 bolívares (US$ 0,30 no câmbio paralelo) nas lojas do governo, pode ser encontrado na rua dez vezes mais caro. O mesmo vale para remédios, peças de carro e material informático.

    DISTORÇÕES
    Consumir é uma experiência tão surreal na Venezuela que encher o tanque de um carro médio custa 4 bolívares. Isso mesmo: a gasolina, subsidiada, é 50 vezes mais barata que um pacote de fraldas.

    É esse de tipo de distorção que alimenta o tentacular contrabando nas fronteiras, raiz da atual crise diplomática com a Colômbia. Difícil impedir um cidadão venezuelano de encher o tanque de seu carro para esvaziá-lo no país vizinho, com lucro de quase 1.000%. No sentido inverso, colombianos cruzavam a fronteira em massa –até o recente fechamento– para adquirir alimentos e produtos de higiene a “preço justo”.

    O controle de câmbio também é um convite à ilegalidade. Um dólar na taxa oficial vale 6,30 bolívares. No paralelo, mais de 700. O melhor negócio do planeta é obter divisas do governo e vendê-las a doleiros.

    PARA O BEM DO POVO
    O governo diz que os controles são indispensáveis para assegurar o acesso dos mais humildes ao consumo. A propaganda chavista questiona: se a Colômbia é tão mais legal, por que milhões de colombianos continuam preferindo viver na Venezuela?

    O problema é que a crise econômica, causada pelo próprio governo, está tornando o sistema inviável. Há controles de mais e produção de menos. Isso não era problema quando o petróleo trazia uma enxurrada de dólares com os quais o governo importava aos montes. Mas o preço do barril despencou em 2014. Após anos de gastança e roubo, não sobrou nada no caixa. Fora do comércio estatal, a inflação explode. Uma calça jeans básica custa 10 mil bolívares.

    VIAJAR SEM PASSAGEM
    Uma de minhas experiências mais bizarras aconteceu numa manhã recente. A tensão crescia na fronteira com a Colômbia, e eu precisava chegar lá com urgência. Nenhuma agência de viagens conseguia achar passagem, mas uma delas me deu o telefone de um contato no aeroporto que “resolve tudo”. Liguei na hora. O sujeito prometeu me colocar no voo seguinte mediante pagamento em espécie do valor da passagem mais comissão pela “ajuda”. Entreguei-lhe o dinheiro em mãos e, instantes depois, lá estava eu dentro do voo no qual supostamente não havia lugar. Embarquei sem passagem. Ainda não sei como farei para justificar esse gasto na prestação de contas.

    Fiquei chocado quando um amigo explicou que algum funcionário corrupto provavelmente cancelou a passagem de outro passageiro para me colocar no voo. “Sem esse esquema, você nunca teria conseguido viajar de última hora.”

     

  9. VINICIUS TORRES

    VINICIUS TORRES FREIRE

    “Impeachment” econômico

    Caso altas de juros e dólar não sejam um exagero, arrocho ‘de mercado’ pode causar revolta

    A JORNADA NAS estrelas do dólar e das taxas de juros no mercado pode bem ser um exagero. Isto é, o custo do dinheiro continuaria a aumentar, mas não no ritmo extravagante que se vê desde o final de julho, acelerado no final de agosto.

    O que acontece, porém, se não se tratar de extravagância? Se derrotas e tolices do governo degradarem ainda mais as condições financeiras? Trata-se então do prenúncio de colapso econômico também em 2016, embora a asfixia comece a ser sentida desde logo, ainda em 2015. Tomar empréstimos se torna atitude desesperada –quando há crédito.

    Até o ponto baixo em que chegamos, o aumento da inflação esperada para 2016 e o adiamento para as calendas da queda da taxa de juros (Selic) já provocaram depressão de ânimos. Boas e ponderadas casas do ramo estimam que a economia encolha em torno de 3% neste ano e 1% em 2016. Uma degradação financeira extra tende, claro, a piorar as expectativas: uma recessão tal qual a de Collor.

    Repita-se, porém, que não seria apenas a antevisão de desastre maior que agitaria os donos do dinheiro e das empresas. O aperto do arrocho seria sentido em parte aqui e agora. Empresas não estão pagando impostos, por falta de lucro ou caixa, vê-se no colapso contínuo da arrecadação do governo. Sem crédito, há risco de ciranda acelerada e ampla de calote entre empresas. Em que ponto essa espiral vai causar gritaria geral e politicamente decisiva?

    Daqui até novembro, o calendário está recheado de datas bombásticas, de motivos para novas corridas de juros e dólar. Note-se que as ondas recentes de altas de juros deveram-se às grandes rendições do governo ao buraco de suas contas.

    Foi no final de julho que o governo anunciou, na prática, que não faria superavit primário em 2015. Foi no final de agosto que o governo mandou para o Congresso um Orçamento deficitário.

    Nesta semana, o Congresso examina os vetos de Dilma Rousseff a gastos lunáticos aprovados pelos parlamentares: reajuste do Judiciário e gastos extras na Previdência. Caso os vetos sejam derrubados, haverá desautorização terminal da presidente e na prática um novo rebaixamento do crédito do governo, na praça do mercado.

    Nesta semana ainda, o governo deve apresentar sua revisão do Orçamento. Dada a frustração crescente da receita de impostos, como se viu em agosto, pode ser que o governo anuncie oficialmente deficit primário para 2015, o que implica piora na perspectiva já ruim para 2016, sobreviva ou não o pacote fiscal anunciado na segunda-feira.

    Como se não bastasse, o cronograma do impeachment corre, não obstante dúvidas e empecilhos, jurídicos e políticos. Em outubro, as contas de 2014 do governo Dilma devem ser condenadas. No calendário do PMDB, se prevê votar “para valer” o impeachment em novembro. Em meados de novembro, a maioria do PMDB prevê que o partido abandone Dilma –já se pensa até na composição do novo governo.

    “Política é como nuvem etc.”, tudo pode mudar, mas o mero calendário desses eventos tende a empestear ainda mais o ar já vicioso da praça do mercado. E nem se falou dos prejuízos adicionais que o tumulto financeiro mundial pode causar por aqui. Nem do que o povo, bestificado, vai achar disso tudo.

  10. ….

    Ao manter as doações privadas a intenção de Gilmar era continuar tendo em mãos essa arapuca de pegar petista: as doações ao psdb são obra de caridade já para o pt são crime…desde 2005 o PT lutava pelo fim deste tipo de doação..aliás, a máfia midiatico penal não quer saber dos tucanos que ficarama ricos de forma ilicita, a lista todos sabemos e tem até ministro do STF no rolo…

    Do “mensalão” ao “petrolao” o mesmo modus operandi de um judiciário Casa Grande vs Senzala

    http://lexometro.blogspot.com.br/2014/10/o-mensalao-nao-existiu.html

      1. Desaparecido ?
          Vc não deve

        Desaparecido ?

          Vc não deve estar acompanhando o blog.

          Ontem,Nassa me colocou como Post algumas x.

          Numa delas, foi o post mais comentado do dia.

           Vc não me lê, mas eu leio e ouço  suas músicas quase todo dia no Multimídia.

          Talvez essa música sintetize o que está acontecendo com a gente :

        https://www.youtube.com/watch?v=HJ_GSvuEP_g

  11. Xico Sá- coluna da semana

    Do El País

     

    Até que o status do Facebook nos separe

     

    Curtir ou não curtir é o de menos, caro Mark Zuckerberg. O que importa é o status amoroso, ainda muito pobre de opções

     

    “O simples fato é que a tentativa de ser perfeitamente curtível é incompatível com os relacionamentos amorosos”. Jonathan Franzen, no livro “Como ficar sozinho” (Companhia das Letras).

    Curtir ou não curtir, converso aqui com meus botões, é o de menos, caro Mark Zuckerberg. O que importa é o status amoroso, ainda muito pobre de opções diante dos vínculos e sentimentos fragmentados dos nossos dias.

    Não adianta apenas chorar o amor líquido que escorre pelo ralo. Temos também que tirar uma buena onda do atual estadão das coisas. As opções existentes –solteiro, casado, noivo, divorciado, viúvo etc– são válidas, mas ainda estão muito ligadas aos tempos católicos do “até que a morte vos separe”.

    Yes, Mr. Zuckerberg, o “estou em um relacionamento aberto” já foi um belo avanço do seu Facebook. O “relacionamento complicado” idem, oferece humor para quem não cai no conto de transformar a rede social em um novo e falso paraíso.

    Cá com os meus botões, caríssimo Zuckerberg –ainda tão jovem e tão calouro no amor–, deixo sugestões de novos status:

    Estou em um rolinho primavera – Ideal para os amores rápidos e circunstanciais da estação que começa na próxima quarta-feira, 23, aqui no trópico dos pecados, caro professor Ronaldo Vainfas. Evidentemente uma homenagem à clássica iguaria da culinária chinesa. Com o molhinho vermelho agridoce tão amado pelas fêmeas.

    Estou em poliamor – Com a cama na varanda, como diria minha amiga escritora Regina Navarro Lins, brava defensora da possibilidade de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Será?

    Love me Tinder – Vale pela paródia, trocadilho infame e ironia ao clássico de Elvis: “Love me tender, love me sweet/ Never let me go…”Tudo aquilo que o aplicativo de encontros não contempla.

    Até que a próxima polêmica nos separe – Ideologia, eu quero uma pra viver. Você sabe, como no repertório de Cazuza, que o seu partido é um coração partido, e que a posição política do(a) outro(a) pode representar uma ruptura. Um simples post que você não curta pode ser fatal, todo cuidado é pouco. Nem sempre o amor, longo ou passageiro, é curtível.

    Estou em um relacionamento noivo neurótico, noiva nervosa – Vide filme de Woody Allen. Pronto.

    Estou em um relacionamento platônico – Naquele chove-não-molha grego, há que sempre lembrar de um mantra do poeta marginal Eduardo Kac: “Pra curar um amor platônico, só uma trepada homérica”.

    Estou em um relacionamento de fachada – Só a falsidade impera, teatro, puro teatro. Como canta o meu ídolo Márcio Greych: “Aparências nada mais/ sustentaram nossas vidas…”.

    Estou em um relacionamento fala sério – Quando um dos dois se pergunta: posso chamar isso de relacionamento?

    Estou em luto amoroso, não perturbe – Respeitável fase de transição sem a qual não se cura de um relacionamento que se foi. Quem a desconsidera se estrepa, sopra aqui meu boneco mamulengo de Freud de boteco.

    Acabei de levar um pé-na-bunda – Assumir a derrota amorosa, em vez de fingir que tudo é curtível e lindo nessa vida, é um avanço e tanto. Aconselho. Só a lama cura.

    Estou em uma ressaca moral dos diabos – Depois dos 40, a ressaca, mesmo que não seja de fundo moral, vira uma dengue existencialista, algo paralisante etc. E naqueles dias seguintes que você postou ou mandou uma mensagem derramada para o(a) ex na madrugada? Sem comentários.

    Estou em um relacionamento com um homem casado – Ele diz que nem dorme mais na mesma cama com a mulher dele etc. Aquele lengalenga todo que você bem conhece. E tudo continua na mesma por meses, anos etc. A gente vai levando essa vida?

    Estou em um relacionamento com uma mulher casada –Donde ela pede um sinal de confiança mínima para largar o desalmado. Donde você, macho suspeitoso, não se garante. Durante os drinks e os encontros, banca o maior fodão, no dia seguinte mia felinos e ronronantes mimimis neuróticos de um gatinho covarde.

    Estou em um relacionamento? O status quo da dúvida absoluta desses tempos modernos, caríssimo Zuckerberg. Coisa que você, um inventivo, certinho e afortunado garoto nunca se perguntaria na vida. Sempre achei bonito o seu amor pela Priscilla Chan. Fofolândia“marlinda”. Saiba, porém, amigo, que existem inclassificáveis e malucas formas de amar nessa curta vida nem sempre curtível. Um beijo do velho cronista preocupado com o amor nos tempos tecnológicos.

    Meu chifre, minha vida

    Como me alertou minha santa mãezinha, na crônica da semana passada aqui no EL PAÍS, a fila de Lili não andou. O outdoor no qual a personagem confessa ao ex-marido Sérgio que tem um novo amor era uma jogada publicitária. Nada de um grande golpe de marketing, mas uma boa sacada particularíssima do corretor Paulo Oliveira, de Juazeiro do Norte, na região do Cariri cearense. O problema do casal não era de amor ou sexo. Apenas uma reles questão imobiliária. Ufa!

     

     

     

     

     

     

  12. O triunfo do homem-macaco

    Do El País

    DESCOBERTA ABRE DEBATE SOBRE O QUE DIFERENCIOU OS SERES HUMANOS DO RESTO DOS PRIMATAS

     

     

     

    A descoberta na África do Sul de uma nova espécie de hominídeo, oHomo naledi, que mostra características muito primitivas (as mãos, o tamanho do cérebro), mas também muito evoluídas (os dentes, os pés), voltou a colocar sobre a mesa o debate em torno de uma 

     

    questão crucial que parece uma obviedade, mas sobre a qual os cientistas debatem desde Darwin sem encontrar uma resposta única: o que nos transforma em humanos? O que nos diferencia dos outros primatas? “As características mescladas desses restos pré-históricos representam um desafio para a teoria mais aceita sobre a origem de nossa espécie, segundo a qual o bipedismo foi a causa do desenvolvimento da tecnologia, a mudança de dieta e uma inteligência maior”, escreveu essa semana no The New York Times o célebre primatologista Frans de Waal, da Universidade Emory de Atlanta.

    Bill Gates fez a pergunta “O que nos transforma em humanos?” em sua página do Facebook e recebeu 1.500 respostas, a grande maioria delas diferente. O que parece óbvio, que os seres humanos são diferentes das outras espécies, nunca encontrou uma resposta unânime e novas dúvidas aparecem à medida que novos fósseis são descobertos. O neurocientista francês Thierry Chaminade, especialista na evolução do cérebro humano, explica que a “evidência fenomenológica” se impõe “já que a observação de nossa cultura e nossa história nos leva necessariamente à conclusão de que, ainda que continuemos sendo um animal, somos diferentes do resto”. Essa resposta, entretanto, deixa aberta a pergunta fundamental: certo, somos diferentes, mas por que?

    Chaminade acredita que o homem é “o resultado de um salto evolutivo que lhe deu vantagens psicológicas – capacidade de aprender e transmitir o conhecimento através da cultura – que explica o fato de sermos únicos”. Uma reportagem recente da rede de televisão britânica BBC traça uma lista de 15 mutações genéticas desde que começamos a nos separar dos macacos há sete milhões de anos, como o gene RNF213, que aumenta o tamanho da carótida que leva sangue ao cérebro; o FOXP2, que permite a linguagem completa; o AMY1, que produz uma enzima na saliva que permite digerir o amido (e, portanto, permite a agricultura em torno da qual foram criadas as sociedades nas quais vivemos agora).

    MAIS INFORMA

    Uma a uma, a maioria dessas qualidades pode ser encontrada, ainda que em versões mais simples, em outras espécies (e não somente de primatas); o conjunto delas, não. De fato, ao longo da história da paleontologia muitas certezas foram mudando, não somente por conta da descoberta de fósseis, como também por avanços no estudo do comportamento dos símios. Raymond Dart, autor da primeirateoria de que o homem vinha da África, acreditava que era a violência a nos fazer humanos. Stanley Kubrick estampou essa teoria em uma das cenas mais famosas de 2001: Uma Odisseia no Espaço. Estudos mostram, entretanto, que os chimpanzés fazem algo muito parecido com nossa guerra.

    Os primeiros hominídeos sobre os quais existe a certeza de que caminharam erguidos foram os Australopitecos, que viveram há quatro milhões de anos na África. Fazem parte de nosso tronco, mas estão muito distantes de nós. Eles, por sua vez, evoluíram ao Homo habilis (por volta de 1,8 milhão de anos), o primeiro primata da espécie Homo que acabaria se transformando no Homo sapiens(200.000 anos), nós. Josep Call, primatologista da Universidade de St. Andrews e diretor do Wolfgang Köhler Primate Research Center do Instituto Max Planck, na Alemanha, explica que Louis Leakey, um dos pais da paleoantropologia e o descobridor dos primeiros fósseis de Homo habilis na Tanzânia, “criou o gênero Homo para indicar que era um hominídeo que utilizava instrumentos, mas é uma distinção que oscila porque os chimpanzés também utilizam instrumentos”. Ainda que o próprio Call lance o contra-argumento: “É verdade que utilizam pedras para descascar nozes, mas não as modificam, não têm indústria lítica”. Mas a diferença está na nuance, no fato em si.

    Para outros pensadores e divulgadores como Bill Bryson a evidência de que, após várias levas de hominídeos que saíram da África, somente os Homo sapiens colonizaram territórios viajando por mar aberto (como a Austrália) transforma a sede de aventura e exploração em nossa característica definidora. O famoso “porque estava lá” de Mallory para explicar sua primeira subida ao Everest seria a chave de nossa espécie. Harari segue um caminho semelhante, também intangível. “O que faz com que os Sapiens cooperem dessa maneira? Nossa imaginação. Podemos cooperar com estranhos porque podemos inventar histórias sobre coisas que existem somente em nossa imaginação – deuses, nações, dinheiro – e levá-las a milhões de pessoas. Nenhum chimpanzé acreditaria em um céu cheio de bananas por toda a eternidade. Somente nós podemos acreditar em algo assim. E por isso dominamos o mundo”.O professor da Universidade de Jerusalém Yuval Noah Harari, autor do livro sobra a evolução humanaDe Animais a Deuses, que se transformou em um best-sellerinternacional pela simplicidade e brilhantismo com os quais enfrenta a pergunta de quem somos nós, busca a resposta fora de nosso próprio corpo: “É óbvio que possuímos peculiaridades, além da linguagem, como a empatia, a crueldade e a violência extrema, mas as compartilhamos com outras espécies”, explica Harari por e-mail. “Os seres humanos somos especiais em nossa habilidade única para cooperar de maneira flexível em grandes números. Muitas outras espécies, das abelhas aos chimpanzés, cooperam; mas somente os membros da espécie Homo cooperam de maneira flexível com um número indefinido de estranhos”.

    Quando não estávamos sozinhos

    O fato do Homo sapiens ser o único Homo sobre a Terra é bastante extraordinário porque é assim há pouquíssimo tempo. Até 12.000 anos atrás (nada em termos evolutivos) viveu o Homem das Flores, um hominídeo muito pequeno (um metro) que ficou isolado em uma ilha da Indonésia e que alguns cientistas consideram uma espécie. Mas houve um longo período (dezenas de milhares de anos) durante o qual o Homo sapiens dividiu não só o planeta, mas os mesmos territórios nos quais vivia com os neandertais (que se extinguiram por volta de 30.000 anos atrás por motivos ainda discutidos), o Homo erectus (que se extinguiu há 50.000 anos após passar 1,7 milhões de anos sobre a Terra) e os denisovanos (descobertos há pouco tempo na Sibéria, dos quais foram encontrados escassos fósseis, ainda que se saiba que seu genoma está presente, por exemplo, nos aborígenes australianos. Um dos filmes mais famosos sobre a pré-história, A Guerra do Fogo, para o qual o grande escritor Antony Burguess inventou as línguas e o primatologista Desmond Morris, autor de O Macaco Nu, a comunicação gestual, fala precisamente sobre esse momento, quando o homem não estava sozinho.

    Antonio Rosas, autor do livro Primeiros Hominídeos, diretor de paleoantropologia do Museu Nacional de Ciências Naturais e especialista em neandertais, afirma sobre essa convivência (que acabou com o desaparecimento de todas as demais espécies com exceção da nossa): “Nos faz menos únicos, sem dúvida. Copérnico nos retirou do centro do universo e a paleoantropologia nos coloca no contexto de que no planeta existiram diferentes humanidades. Precisamos relativizar e aprender a pensar o que significa ser humano porque existem variáveis. É um caminho que ainda precisamos explorar”.

     

  13. E a cidade do Rio viveu ontem

    E a cidade do Rio viveu ontem mais um dos crimes muito covardes, entre tantos. A notícia é que do Humaitá a Botafogo inúeros bandidos, em bando mesmo, sairam às ruas para roubar quem aparecesse pela frente, inclusive adentraram estabelecimentos comerciais. Testemunhas revelaram muita indignação pelo fato de terem ficado sem seus pertences, todos, e ainda terem apanhado. Já se tem notícia de um homem morto. A rua Voluntários da Pátria, a do commércio principal de Botafogo virou um caos, com os lojistas fechando as portas. Um medo! Um pavor!

    Foi no Rio onde me casei e trabalhei até me aposentar. Só fui roubada uma vez nessa cidade, no tempo dos batedores de carteira, que vinham em mais de um, e jogavam a gente contra uma parede ou o chão, se aproveitando do movimento das ruas, para puxarem à força a bolsa das mulheres. Em compensação, com o passar dos anos, não conseguia juntar 10 pessoas sem que umas oito contasse uma história triste como vítima de assalto. Apesar disso, ainda pensava que existia um certo exagero da imprensa na divulgação dessa criinalidade.

    Até que vi, pela primeira vez, a imagem de muitos moleques assaltando os banhistas no Arpoador e Ipanema num domingo. Foi uma imagem que nunca saiu da minha cabeça, porque ali estava a covardia descrita no ato dos canalhas. As pessoas se levantavam assustadas, tentando levar seus pertences de praia, enquanto algumas se perdiam dos seus filhos, o que mais me marcou. Imagine um pai e uma mãe, numa situação dessa sem saber pra que lado foi seu filho. 

    A esse arrastão, outros se sucederam com mais frequência, inclusive na Av. Brasil, quando pessoas, vindas do aeroporto, se viam em situação terrível, com bandidos parando o táxi pra roubar os passageiros. Foi a senha para eu dizer que não tinha mais estrutura pra viver no Rio, e me mudei. É claro que a gente nunca vai deixar de amar essa cidade, que é mesmo maravilhosa sob quase todos os aspectos. Do jeito que eu lá residi por mais de três décadas, outros vivem desde que nasceram, e vão viver mais e mais, porque não tem que ser medrosa como eu. 

    Na minha cabeça, arrastão é um tipo de  crime muito covarde, e muito cuel, porque não há polícia que possa conter um bando de deliquente que se mistura com um bando de gente de bem. Nessas horas a única coisa que a gente quer é poder correr pra se livrar do bando, assim mesmo correndo o risco de levar uma bala na cara. 

    Só Deus sabe quando vamos nos livrar dessa violência!

    1. VC que reside no RJ ,não

      VC que reside no RJ ,não soube ou ouviu ?

      “Segundo dia de Rock In Rio é marcado por furtos”, denunciou a Veja.

      O público não teve a menor dificuldade para identificar o ladrão:

      https://youtu.be/kRlUxOVT2Xs

       

      Muitos comentários,quase todos iguais:

      luciana fellows

      Deu para ouvir do outro lado da lagoa e a turma dos prédios respondia!

      FRancisco

      A globo tenta esconder 
      A Dilma finge não ouvir. 
      E o Brasil inteiro sabe: 
      Ei… Dilma… Vai toma no C

      Wil 

       

      Ei dilma vai toma no c…

      Vania

      Quando o coro da Dilma ficou audível o multishow tirou o som da plateia, que só voltou quado o Metallica retornou ao palco. Mas aí já era tarde..

       

  14. Ele já esqueceu mas eu não
     

    esquecerei a reunião no antigo Casa Grande, no Leblon, às vésperas da Copa da Espanha.

    O bom humor, o papo agradável na companhia de Sandro Moreira, Oldemário Toguinhó ….

    Todo mundo eufórico que o tetra estava perto com Telê, Leandro, Júnior, Falcão, Cerezo, Zico, Éder e Sócrates …

    Lamento que o “alemãozinho” te achou e a minha mãe na mesma viagem. Sacanagem dele com vocês.

     

     

    19/09/2015 20:00:24

    Jornalista Sérgio Noronha é internado em hospital e está em estado grave

    Ex-funcionário da Globo tem 82 anos e sofre de Alzheimer

    O Dia

    Rio – O jornalista Sérgio Noronha, de 82 anos, está internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro e encontra-se em estado grave. Não foi informado o motivo da internação de Noronha, mas o jornalista sofre de Alzheimer.

    Sérgio Noronha está internado em estado graveFoto: Divulgação

    Com passagens pelas TV Globo, TV Tupi, TV Rio, TVE, Sérgio Noronha tem uma história bem importante no jornalismo esportivo, tendo participado da cobertura da Copa do Mundo de 1950, no Brasil. Noronha trabalhou na Rede Globo até 2009, quando deixou a emissora. O jornalista chegou a ser comentarista da Band e do Sportv, logo depois.

    Além do seu trabalho na televisão, Sérgio Noronha também fez parte de importantes jornais impressos com o Jornal do Brasil e nas rádios Globo e Tupi.

    (http://odia.ig.com.br/esporte/2015-09-19/jornalista-sergio-noronha-e-internado-em-hospital-e-esta-em-estado-grave.html)

  15. Se a ´presidente Dilma

    Se a ´presidente Dilma taxasse cada penalti pro Corinthians, roubado ou não, nosso problema financeiro estaria resolvido.

  16. Golpe

    democracia brasileira corre risco: Fora golpistas

    Existe uma crise mundial e o Brasil não é uma ilha, por isso sofre conseqüências, principalmente por conta do preço do barril do petróleo que sempre esteve acima de cem dólares, chegou a custar US$ 140, e hoje não chega a US$ 50. A Petrobrás, que além de abastecer o país, por 62 anos, de derivados de petróleo, financia, com os impostos que paga, 80% das obras no país, e o Brasil é o segundo canteiro de obras do planeta, só perdendo para a China. São milhões de empregos diretos e indiretos em risco no Brasil.

    A presidente Dilma está isolada e toda proposta para saída da crise é implodida pela mídia e os partidos de oposição. É aí que onde queremos chegar, a oposição. Oposição, da qual faz parte o PSDB, que já perdeu quatro eleições para o PT, e busca, através do golpe,  destruir o partido e alcançar o poder, o que não consegue no voto.  Mataria assim dois coelhos com uma única cajadada!

    Oposição da Globo, que apoiou e cresceu à sombra da ditadura, massacra o PT e apoia o PSDB. Tanto apoia, que botou no Jornal Nacional a farsa de que Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás. O TSE já havia proibido veicular a denúncia da Veja por considerá-la, além de caluniosa,  peça de campanha do tucano Aécio Neves. Além disso, a propaganda eleitoral, na véspera da eleição, e proibida pela lei. Mas a Globo se acha acima da lei! A grande mídia acompanha a Globo na tentativa golpista e tem se manifestado permanentemente pelo afastastamento de Dilma. Aliás a grande mídia não tem nenhuma moral, pois juntas, Globo, Band, Veja e RBS, Folha de São Paulo foram abrir contas no HSBC da Suíça para lavagem de dinheiro.

    No Congresso Nacional, temos o presidente do Senado Renan Calheiros e da Câmara, Eduardo Cunha, ambos denunciados por corrupção pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Esses dois são verdadeiros homens-bomba que sabem que vão ser implodidos a qualquer momento e estão para o que der e vier, e a saída da Dilma pode ser uma sobrevida a esses dois picaretas.

    No Brasil, nenhum presidente foi afastado por motivo econômico, e olha que tivemos vários planos econômicos e nenhum funcionou. Fernando Henrique Cardoso está alinhado com os golpistas e, apesar de  ter quebrado o Brasil por três vezes, entregou o país ao FMI e mesmo assim terminou o mandato. Depois no governo Lula o Brasil não recorreu mais ao FMI pagou a dívida e hoje somos sócios do Fundo.

    Essa oposição é um verdadeiro saco de gatos que não tem nenhuma credibilidade, argumento convincente e nem direção. Porém eles se apóiam no isolamento da presidente. Dilma foi eleita pela maioria dos brasileiros e tem que terminar o mandato, garantido pela Constituição Federal. Independente do índice de aprovação de seu governo, se o seu pacote der certo ou não!

    Se der certo, ela tem grandes chances de eleger seu sucessor. Se não der, compromete o futuro do partido e de seu candidato que, ao que parece, deve ser o Lula.

    Mas a esquerda brasileira, composta pelos partidos, movimentos sociais e centrais sindicais, precisa dar as caras, não para apoiar Dilma, mas para defender a democracia conquistada a duras penas.

    Dilma está há 9 meses de governo, é como um estudante que fica em recuperação, mas vai fazer a prova final. Dilma tem a seu favor o apoio total ao combate a corrupção no país, inclusive sancionou a lei da Delação Premiada, é ficha limpa e dedicou a sua juventude a lutar pela volta da democracia, inclusive foi perseguida, presa e torturada.

    A esquerda brasileira não tem que apoiar Dilma, até porque, de forma legítima, disputam o poder. Entretanto todos os brasileiros democratas, comunistas e conservadores, militares e civis, têm obrigação de defender o processo democrático. Fora golpistas!            

     

     

    Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

    Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2015 

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

    http://emanuelcancella.blogspot.com.

     

     

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