Fora de Pauta

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Redação

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  1. Juiz Moro e sua equipe “divina” perderam as estribeiras

    Procurador da Lava Jato acha que Moro é o único juiz honesto do Brasil?

     

    supermoro

    O super homem que veio para salvar Gotham City, ou o enviado de Deus que veio para salvar o Brasil da cleptocracia  PTista. OBS: Esta legenda NÃO se encontra na matéria publicada no Tijolaço. Ela foi adicionada por mim, Makário.

     

    Inacreditável, porém reveladora, a entrevista do procurador Carlos Fernando Lima – apontado como “cabeça” da turma de procuradores da Operação Lava Jato  – dizendo que a investigação está ameaçada pelo fato de o ministro Teori Zavascki ter redistribuído a investigação sobre a senadora Gleisi Hoffman por não ver nela conexão com os desvios na Petrobras.

     

    “O temor de Lima é que, a partir daí, a investigação sobre essa etapa (e inclusive outras, que não tratem da Petrobras) seja remetida para outra vara federal, até mesmo fora do Paraná, e deixe de ser conduzida pela força-tarefa e pelos policiais federais da operação.“, diz a Folha.

     

    Quer dizer, então, que outro juiz, outros promotores e outros policiais conduzirem a apuração é algo “temível”. Por que?

     

    Lima responde: “O que queremos mostrar é que não estamos investigando a Petrobras. Nós nem começamos a investigação por ela”, afirma Lima. “Estamos desvelando a compra de apoio político-partidário pelo governo federal, por meio de propina institucionalizada nos órgãos públicos. Se não reconhecerem isso, vai ser um problema.”

     

    Opa! Quer dizer que está se fazendo não uma investigação sobre desvios em empresas, mas sobre “a compra de apoio político-partidário pelo governo federal”. Quer dizer que não se parte de fatos – como sempre afirma Rodrigo Janot – mas se perseguem (ou se criam) fatos para sustentar a tese de “compra de apoio político partidário pelo governo federal”?

     

    É uma investigação com Norte político previamente definido ou, como deveria ser, uma investigação sobre beneficiários de desvios na Petrobras que beneficiam, como já está evidenciado, além do PT, o PMDB, o PP, o PSB e até o PSDB, com os milhões dados a Sérgio Guerra que, ao lado de Álvaro Dias, esvaziou uma CPI no Congresso?

     

    Não, pois o objetivo é apurar a compra de apoio político partidário pelo governo federal”.

     

    O resto não vem ao caso.

     

    E que história é essa de ser Sérgio Moro o único juiz em todo o território nacional com independência e honestidade para julgar?  Todos sabem que, nos processos, as provas e depoimentos se comunicam de processo a processo, basta requerê-lo. O depoimento de Youssef a Moro vale para o juiz A, B ou C e se este considerá-lo insuficiente pode, perfeitamente, chama-lo a depor outra vez. Supõe-se que o doleiro, nos próximos meses, não esteja tão ocupado que não possa prestar novas declarações, não é?

     

    Será que se Alberto Youssef ter dado 50 reais a um guardinha de trânsito também cairá na jurisdição do Dr. Moro por “conexão”, já que aqueles “cinquentinha” podem ter sido uma das notas que veio nas falcatruas feita com Paulo Roberto Costa? Afinal, o doleiro está sob os cordéis de Sérgio Moro desde o caso Banestado, como seu “delator de estimação”,

     

    Distribuir como “juiz prevento” para Moro – e para a turminha “manda-brasa” do MP de Curitiba – toda e qualquer suspeita de corrupção em estatais por empresas, mega-empreiteiras que sejam, é uma evidente violação do princípio do juiz natural, um dos pilares do  Estado de Direito.

     

    Não se trata de entregar a um juiz “amigo” – até porque a distribuição é aleatória, por sorteio – mas de assegurar, pela impessoalidade, o equilíbrio do julgamento. E da apuração, pois a atribuição de procuradores acompanha a atribuição de varas judiciais, automaticamente.

     

    Do contrário, é deformar todo o processo judicial, transformando-o num brinquedo torturante na mão de um grupo de homens que pode conduzir, ao seu talante, toda e qualquer investigação e julgamento de acordo com seus desejos.

     

    E fazer uma intimidação às demais instâncias judiciais de que, entendendo diferente do Dr. Moro – a manchete de o Globo hoje dizendo que João Vacari foi “condenado por doações legais” é um espetáculo de cinismo – serão apontadas como “coveiras” da Lava Jato e promotoras não julgamentos, mas de “pizzas”.

     

    As declarações de Carlos Fernando Lima colocam sob suspeita não apenas os ministros do STF, mas todas as centenas de juízes federais e os milhares de membros do MP e da Polícia Federal nas mãos de quem poderiam ser colocados investigação e julgamento dos casos.

     

    Todos são suspeitos no Brasil, menos Moro, os promotores da Lava Jato, os delegados ferrabrazes do Paraná.

     

    Natural, foram sorteados por Deus para moralizar o Brasil.

      

  2. Eleição 2014:o dinheiro doado ao PSDB era branquinho como a neve

    PT defende Vaccari. Dinheiro é tão limpo quanto o do PSDB

       publicado 21/09/2015 no Conversa Afiada Delação sem prova? Isso vai cair tudo no STFcharge bessinha.jpg

     

    O Conversa Afiada reproduz, da Agência PT de Notícias,  nota oficial do partido sobre a condenação de João Vaccari Neto:
     

    Em nota, PT afirma que condenação de Vaccari é um ‘equívoco’

     

    Para o presidente Nacional do PT, Rui Falcão, a decisão baseou-se exclusivamente em delações premiadas, sem qualquer prova material, com o objetivo de criminalizar o PT

    O Partido dos Trabalhadores considerou um “equívoco” a condenação, “sem provas”, do ex-secretário de Finanças e Planejamento do PT, João Vaccari Neto, nesta segunda-feira (21).

    Em nota divulgada no início da noite, assinada pelo presidente Nacional do PT, Rui Falcão, o partido diz que espera que a “injusta sentença” seja revertida em um novo julgamento nas instâncias superiores do Judiciário.

    “A decisão de primeira instância baseou-se exclusivamente em delações premiadas, sem qualquer prova material, e ainda tentou criminalizar o PT ao insinuar que as contribuições para o partido, todas legais e declaradas ao TSE, constituem-se em doações ilícitas”, rebateu.

    Leia a nota na íntegra:

    “NOTA OFICIAL

    São Paulo, 21 de setembro de 2015

    O Partido dos Trabalhadores considera um equívoco a condenação, sem provas, do companheiro João Vaccari Neto. E reafirma sua confiança na reforma da injusta sentença em um novo julgamento nas instâncias superiores do Judiciário. A decisão de primeira instância baseou-se exclusivamente em delações premiadas, sem qualquer prova material, e ainda tentou criminalizar o PT ao insinuar que as contribuições para o partido, todas legais e declaradas ao TSE, constituem-se em doações ilícitas.

    João Vaccari Neto construiu sua história nas lutas dos trabalhadores, em particular no Sindicato dos Bancários de São Paulo. Ao longo de sua vida, sempre cultivou a simplicidade e a humildade. Não enriqueceu na política, conforme já demonstrado quando da quebra de seus sigilos bancário e fiscal.

    À frente da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT, João Vaccari Neto, no exercício de suas funções, tão somente indicava aos doadores a conta oficial do partido para os respectivos depósitos de contribuições, que foram sempre declaradas à Justiça Eleitoral.

    As doações recebidas pelo PT foram, em sua forma e em montantes, semelhantes às recebidas por outros grandes partidos do país. Assim, causa indignação imputarem seletivamente ao PT acusações de ilegalidade.

    Por fim, é importante destacar que o advogado de João Vaccari Neto, dr. Luiz Flávio Borges D´Urso, divulgou nota em que aponta falhas no julgamento e demonstra a injustiça da condenação.

    Rui Falcão

    Presidente Nacional do PT”

     

  3. E se Aécio fosse o presidente? Por Paulo Nogueira

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/e-se-aecio-fosse-o-presidente-por-paulo-nogueira/

    E se Aécio fosse o presidente?

    É uma pergunta boa para estes tempos. Muitos a têm formulado, e as respostas em geral são estapafúrdias.

    Delfim Netto, por exemplo, disse que Aécio teria tomado as providências certas para conter a crise.

    Mas um momento: quais são as providências certas?

    Aécio prometeu antes da campanha, num ambiente de plutocratas, “medidas impopulares”.

    Depois, num estelionato que só não se concretizou porque ele perdeu, negou as “medidas impopulares”.

    Mas é evidente que ele iria tomá-las. Basicamente, cortes em programas sociais.

    Aécio é comprometido demais com a plutocracia para fazer qualquer coisa que fira seus interesses.

    Teríamos, na especulação de um Aécio presidente, as “medidas impopulares” que privadamente ele defendeu e publicamente renegou.

    Mas ele não seria acusado de estelionato.

    E eis um ponto vital para compreender o que seria a presidência de Aécio: a mídia iria mudar completamente de atitude.

    A crise seria mundial. Jornais e revistas mostrariam a China apanhando, os Estados Unidos apanhando, a Alemanha apanhando – todo mundo enfim apanhando.

    Um baixo crescimento em 2016 seria tratado como um feito.

    Quem conhece o mínimo do trabalho numa redação sabe como é fácil substituir a vaia pelo aplauso em circunstâncias iguais.

    Aécio reproduziria, em escala nacional, o que fez em escala regional nos seus anos de governador de Minas.

    Encheria de anúncios a mídia amiga, numa retribuição aos carinhos recebidos. E asfixiaria a imprensa independente.

    Poderíamos ter o restabelecimento do monopólio de voz e opinião das grandes corporações, sem os sites que com imensos sacrifícios serviram e servem de contraponto à Globo, à Veja, à Folha etc.

    A Abril, agonizante pelas regras do mercado, ganharia uma sobrevida com o dinheiro público que Aécio lhe canalizaria.

    Não são só anúncios, embora sejam a parte maior da mãozinha. São empréstimos de bancos oficiais, compras de livros e de assinaturas, isenções de impostos e outras marmeladas com que sucessivos governos brindaram Globo, Abril, Folha, Estadão e por aí vai.

    O clima funéreo que domina o noticiário hoje seria magicamente substituído por um tom otimista.

    É conhecida a frase de Medici a respeito do Jornal Nacional no auge da ditadura. O mundo em colapso, e o Brasil uma beleza no JN, disse Medici.

    Essencialmente, seria restabelecida a mesma lógica de seleção de notícias.

    E então, como que num milagre, a corrupção desapareceria – não da dura realidade, mas das páginas de jornais e revistas.

    É só não dar.

    Tudo isso embalaria uma brutal acentuação da desigualdade no país. O receituário de Aécio é, a exemplo do de FHC, uma cópia da fórmula de Margaret Thatcher.

    Nos países desenvolvidos, o thatherismo levou a uma selvagem concentração de renda. Se isso não fosse o bastante, levou também à crise econômica de 2008, que até hoje castiga o mundo.

    Na origem da crise, está a desregulamentação dos bancos, tão fortemente defendida pelos seguidores de Thatcher.

    Entregues à próprio ganância, sem nenhum tipo de freio e controle, os bancos fizeram negócios com um risco altíssimo de inadimplência – e quebraram.

    A conta foi paga pelo contribuinte, por meio dos bilhões e bilhões de dólares que os bancos centrais dos países desenvolvidos puseram nos seus bancos para evitar uma quebradeira.

    A desigualdade, sob Aécio, avançaria, mas isso também não seria notícia na imprensa.

    Nunca foi, aliás, e o motivo é que os donos das empresas de jornalismo sempre se beneficiaram da estrutura iníqua que marca o Brasil. Basta ver o patrimônio deles.

    Seria este o Brasil sob Aécio: plácido, firme, só que de mentirinha.

    Para resumir: seria infinitamente pior.

    A sociedade tem todos os motivos para dar graças a Deus pela derrota de Aécio e de tudo aquilo que ele representa.

  4. A volta dos Bondes

    Trilhos urbanos ressurgem no Brasil

    Publicado em 21/09/2015 por Estação Nossa Senhora de Lourdes VLT Santos/ São Vicente

    Estação Nossa Senhora de Lourdes. Ao fundo o novo túnel do José Menino. VLT Santos/ São Vicente

    Bonde da Trilhos Urbanos vão passando os anos
    E eu não te perdi, meu trabalho é te traduzir

     Trilhos Urbanos, de Caetano Veloso

    Os primeiros bondes chegaram ao Brasil em 1859, inicialmente impulsionados por tração animal (PIRES,2012). Poucos anos depois o Rio de Janeiro recebeu os primeiros bondes movidos à vapor, e no final do século XIX foram introduzidos os bondes elétricos. Durante a primeira metade do século XX, várias cidades brasileiras instalaram sistemas de bondes que se transformaram em seu principal modal de transporte.

    A partir dos anos 60 estes sistemas foram gradativamente desativados, substituídos por concorrentes movidos à derivados do petróleo: o ônibus e o automóvel. Em 1954 o Recife desativou o seu sistema. Em 1961 Salvador ficou sem bondes. Em 1967 foi a vez do Rio e no ano seguinte São Paulo. Em 28 de fevereiro de 1971, o bonde de Santos fez sua última viagem. No início dos anos 70 o Brasil havia destruído seu mais importante modal de transporte público. Os bondes desapareceram por completo da paisagem das cidades brasileiras.

    Instalação dos Trilhos do Bonde, na Praça Mauá no Rio - Maio de 2015

    Instalação dos Trilhos do Bonde, na Praça Mauá no Rio – Maio de 2015

    Apesar da falta de prestígio no Brasil, os bondes continuaram a circular por várias cidades pelo mundo, em especial na Europa. Nas últimas décadas este modal de transporte ganhou destaque. A evolução tecnológica do bonde abriu novas perspectivas para sua utilização nas cidades.

    Os sistemas mais modernos de bondes (também chamados de VLT – Veículo Leve sobre Trilhos) conseguem se adaptar com grande flexibilidade à diversos tipos de traçados urbanos. Isto porque ele ocupa menos espaço das vias do que os ônibus (sua faixa de circulação é mais estreita), e seu raio de giro diminuiu para cerca de 20 metros. Os trilhos são encapsulados com um amortecedor de borracha, o que diminui as vibrações e o ruído, minimizando o impacto na vizinhança. O desempenho dos bondes atuais é alto. Eles e aceleram e freiam com muita agilidade, o que os torna mais seguros ao atravessar áreas densamente ocupadas. Os bondes também oferecem alto nível de conforto ao passageiro, pois são climatizados, silenciosos e possuem acessibilidade universal. Além disto permitem uma visão panorâmica da cidade através de suas generosas janelas. Contudo o principal diferencial dos bondes em relação aos demais modais é seu imbatível desempenho energético/ ambiental. Segundo estudos da RATP francesa, os bondes emitem quase 80 vezes menos Co2 do que os automóveis. Isto por conta de seu baixo consumo energético, oito vezes menor do que um ônibus à diesel.

    RATP (França) comparativo de emissão de CO2 entre modais de transporte

    RATP (França) comparativo de emissão de CO2 entre modais de transporte

    Assim, é auspicioso verificar que  os trilhos dedicados aos bondes , voltam a ser instalados  no Brasil. Em 2012 foi inaugurado o VLT do Cariri, com tração à diesel, que conecta as cidades de Crato e Juazeiro do Norte. Maceió possui 32 km de trilhos responsáveis pelo transporte de 11 mil passageiros por dias. Em Campos do Jordão e Pindamonhangaba, o centenário sistema de Bondes da EFCJ foi reformado e já voltou a operar. Cuiabá, onde as obras estão paradas e atrasadas, o sistema terá 22km de extensão.

    No Rio de Janeiro está em construção o sistema com maior capacidade de transporte do Brasil. Serão 300 mil passageiros por dia, através de 28 km de linha e 32 paradas. O sistema carioca fará a interligação de todos os modais de transporte da metrópole, além de conectá-los aos mais diversos pontos do centro do Rio. Os bondes  permitirão a ligação do sistemas de Barcas, dos Trens suburbanos, do Metrô, da Rodoviária e  do aeroporto Santos Dumont. As ruas por onde passarão os Bondes estão em processo de transformação radical. Eles integram o conjunto de obras da operação Porto Maravilha, cujo perímetro de intervenção envolve os bairros da Saúde, Gamboa, Santo Cristo, além do próprio porto. As calçadas serão alargadas e receberão novos equipamentos urbanos, como lixeiras enterradas, bancos, novo sistema de iluminação, plantio de árvores, etc… Além disto a infraestrutura de comunicação, água e esgoto também está em reforma.

    Santos e São Vicente também estão a construir um sistema de VLT. O primeiro trecho foi inaugurado no último dia 6 de junho. Os bondes da baixada santista ocuparão o espaço da antiga linha férrea e esta primeira etapa terá extensão de 15 km. Já está em estudo a extensão do sistema para as cidades de Praia Grande e Guarujá, através de túnel submarino. Cada composição terá sete módulos e capacidade para transportar 400 passageiros. No total serão 70 mil passageiros transportados por dia. Com a implantação do sistema haverá uma redução de 23% da frota de ônibus das duas cidades.

    O ressurgimento dos Bondes como uma alternativa de transporte público é muito importante para o Brasil. Nossas cidades são o reflexo de um urbanismo de cunho rodoviarista, para o qual o espaço público é um mero local de circulação… de carros. O esgotamento deste modelo, visível neste momento, nos obriga a repensar nossas cidades em busca de novas tipologias urbanas. Neste contexto, os Bondes (ou se preferir VLTs) são uma importante ferramenta para o redesenho das metrópoles brasileiras. Sua excelência de desempenho, sua capacidade média de transporte (cerca de 30 mil passageiros/hora no pico),  e seus custos bem inferiores aos de um sistema metroviário, fazem dos Bondes um ótimo sistema para cidades de médio porte, ou mesmo como complemento aos sistemas troncais de transporte das grande metrópoles. Se a implantação dos Bondes vier acompanhada de um redesenho da cidade e de sua infraestrutura, as metro’poles brasileiras poderão garantir mais espaço público, e de melhor qualidade, aos seus cidadãos.

  5. Professor Renato Ortiz

    Professor Renato Ortiz escreve carta após texto fascista no IFCH da Unicamp

    http://cartacampinas.com.br/2015/09/clima-de-nazismo-renato-ortiz-brasil-cretino-professor-escreve-texto-apos-cartaz-fascista-no-ifch-da-unicamp/

    Lucio agraNa mesma semana do ataque à família da professora aposentada da Unicamp, Walquiria Leão Rego, em São Paulo, e depois de vários ataques a integrantes ou participantes de governos petistas, mais uma atitude fascista marcou presença na Unicamp neste mês de setembro.

    Desta vez o alvo foram os alunos, professores e funcionários do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, em Campinas. Ao lado de uma das escadas do prédio foi  escrito um texto com os dizeres: “Morte aos comunistas do IFCH da Unicamp, seus parasitas, vão trabalhar”.

    Em resposta, o professor Ricardo Ortiz, um dos grandes nomes do instituto, escreveu uma carta aos colegas, que foi publicada em rede social.

    Para Ortiz, a cretinice saiu do armário no Brasil e não se envergonha de si mesma. Ou como diz José Simão, depois de chamarem ciclistas de comunistas, o Brasil precisa de ajuste fiscal, mas também de ajuste mental.

    Veja a carta do professor.

    “Carta aos Colegas do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

    “Morte aos comunistas do IFCH”. A frase estava escrita na parede de entrada do prédio da direção do Instituto de Filosofia. O lugar escolhido era estratégico, ao subir as escadas a mensagem podia ser vista no seu brilho ofuscante. Minha reação foi de espanto, permaneci imóvel diante do texto, nunca havia visto algo assim em minha vida universitária. No dia seguinte, ao chegar no Instituto, os dizeres tinham sido apagados.

    “Morte aos comunistas”. A segunda parte da frase é genérica não tem intenção de ser precisa. Dificilmente, após o colapso da União Soviética, ela poderia dirigir-se àqueles que se consideram “comunistas”. Não, o termo possui uma conotação polissêmica: “esquerda”, “canalha”, “safado”, “petista”, “corrupto”. A denominação deve ser suficientemente ampla para dar a impressão que a pessoa que escreve situa-se na condição fictícia de que é possível falar “contra todos”.

    jose simao twiterEla estaria indefesa, ameaçada pelas forças estranhas que a rodeiam. A primeira parte da sentença é, no entanto, clara, límpida, lembra a palavra de ordem do fascismo: morte. Não há nenhuma dubiedade no que é dito: os adversários devem ser aniquilados.

    Creio que foi precipitado apagar o grafitti. Ele deveria, temporariamente, permanecer no muro, vestígio e testemunho da estupidez que nos cerca. Temos a ilusão que a universidade, um lugar de liberdade e debate, estaria ao abrigo dessas coisas. Engano. As fissuras sociais nos atingem diretamente.

    Existe atualmente na sociedade brasileira um clima explícito de cretinice, ela não se envergonha de si mesmo, orgulhosa, torna-se pública, revelando sua face distorcida. Pior, não se contenta em circunscrever-se aos espaços dos partidos ou dos movimentos políticos, invade o quotidiano, as conversas, amizades, relações de trabalho.

    A intolerância sente-se confortável, à vontade para se apresentar como um código moral duvidoso. “Morte”, “Comunista”. As palavras não nos machucam diretamente, mas contém uma potencialidade inquietante, a passagem da intenção ao ato, da agressão verbal à violência física. Resta-nos a indignação, dizer não a esta deriva autoritária, expor sua arrogância e falsidade.

    A indignação é um sentimento de repulsa, retira-nos da passividade, recorda-nos que o presente é frágil e as conquistas que conhecemos nada têm de perenes, permanentes.
    Renato Ortiz
    10 setembro de 2015

     

  6. Por que presentear crianças com livros?

    Por que presentear crianças com livros?

      

    Livre tradução do artigo escrito por Yolanda Reyes em seu blog Espantapájaros Taller.

    1.  Porque as crianças gostam de histórias. Porque, no fundo, cada vida é uma história. E ao espreitar as páginas de um livro, as crianças abrem os olhos para as inúmeras histórias de vida das pessoas.

    2. Porque as crianças são curiosas, como qualquer um de nós. E querem saber o que as outras pessoas pensam, como se sentem, como resolvem problemas, como se apaixonam, por que choram e riem, sonham e têm pesadelos.  3. Porque as crianças não têm muitos anos de experiência. E os livros “emprestam” a elas a experiência de outros que viveram mais tempo para que possam “lê-las”.  4. Porque as crianças sabem que junto de uma história, há uma mãe ou um pai que virá lê-la todas as noites. E elas também sabem que eles vão ficar na beira da cama e não irão se ocupar de seus assuntos de adultos ou desligar a luz, pelo menos até que a história seja concluída. E, por isso, sempre pedem que leiam de novo e de novo e de novo …  5. Porque um livro é como um barco que conecta duas margens: dia e noite, para dormir e acordar, luz e sombra. E nesse barco, as crianças deslizam lentamente a partir do mundo real para o mundo dos sonhos.  6. Por uma série de razões práticas que as crianças não se preocupam, mas que são importantes para suas mães. Por exemplo: os livros não se desmontam em milhares de pequenos pedaços de plástico que precisam ser recolhidos pela casa  quando a festa de aniversário acabou. Nem precisam de baterias ou têm mecanismos complicados ou exigem a compreensão das instruções de montagem escritas no manual.  7.  Como nem todos os meninos nem meninas são iguais, os livros também são diferentes. Há aqueles sobre múmias, dinossauros e reinos distantes, sobre monstros e fadas, sobre a vida real e a vida imaginária. Alguns são para chorar e outros para rir, alguns cantam, outros são como museus abertos todas as horas e todos os dias da semana. Há alguns para serem lidos pelo toque, com os ouvidos e dentes como bebês – para ler e reler um pouco mais para a imaginação, com o coração, com espanto.  8. E porque muitos livros – e sabemos disso depois de muitos aniversários – permanecem na memória. Seus efeitos não expiram com o tempo, mas o contrário. O rumor das histórias que lemos quando éramos crianças permanece conosco, como a música, como uma voz, como um encanto … E nos fortalece, ajudando-nos a construir um abrigo imaginário onde podemos passar algum tempo jogando no reino do “era uma vez, há muitos anos atrás “… jogando no reino dos mundo possíveis e impossíveis que nunca termina.  http://ataba.com.br/por-que-presentear-criancas-com-livros 

  7. “PT forma conselho com Lula,

    “PT forma conselho com Lula, Governadores, Prefeitos e intelectuais.

     

    O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza nesta segunda-feira, 21, a primeira reunião do seu novo conselho consultivo, que terá o objetivo de assessorar politicamente o presidente da legenda, Rui Falcão.

    Além do próprio Falcão, o conselho será composto por 31 membros, entre eles o ex-presidente Lula, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, e os governadores Fernando Pimentel (Minas Gerais), Camilo Santana (Ceará), Tião Viana (Acre), Wellington Dias (Piauí) e Rui Costa (Bahia).

    O grupo conta ainda com  intelectuais, como o cientista político Emir Sader, a professora Marilena Chaui, o teólogo Leornardo Boff, o ator José de Abreu e os jornalistas Fernando Morais e Eric Nepomuceno”.

    Fonte: Amigos do Presidente Lula.

  8. “Corrupção bilionária e o PIG

    “Corrupção bilionária e o PIG emudece, pq será?

    O montante da corrupção detectado nas operações Zelotes e HSBC é de R$ 38 bilhões (links ao final do post).

    No entanto não se vê bateção de panelas e nem um bonecão.

    O silêncio da velha mídia diante destes fatos comprova o porquê de sua credibilidade despencar.

    ACESSE E CONFIRA:

    http://www.brasilpost.com.br/2015/09/03/segunda-fase-zelotes_n_8082628.html?ncid=tweetlnkbrhpmg00000002

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-09/pf-e-receita-federal-deflagram-nova-fase-da-operacao-zelotes

    http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2015/09/03/casa-grande-tremei-a-zelotes-esta-viva/

    http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/02/150226_entenda_hsbc_lk

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