Fora de Pauta

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Redação

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  1. Começou: Os ataques sobem de nível.

    Líder da Ocupação Amarildo é assaltado e espancado em Florianópolis

    Rui, durante ocupação de quatro meses na SC-401, em Florianópolis

    Foto: Guto Kuerten / Agencia RBS

    Rui Fernando da Silva Junior, uma das lideranças do movimento que promoveu a Ocupação Amarildo de Souza num terreno às margens da SC-401 entre dezembro de 2013 e abril de 2014, em Florianópolis, foi assaltado, agredido e ameaçado na noite desta terça-feira, na Capital.

    Em entrevista por telefone ao DC enquanto registrava a ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia no começo da tarde desta quarta-feira, o funcionário público aposentado da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) contou que estava próximo do terminal de ônibus do Centro (TICEN), por volta das 21h, quando foi abordado de maneira violenta.

    – Estava no Largo da Alfândega quando um carro grande, de quatro portas, parou. Um homem saiu pela porta do carona, abriu a porta de trás, me agarrou e me jogou pra dentro. Entrou junto e me deu um soco na cara – conta.

    Aposentado da Casan e inspirado em Che Guevara: o perfil do líder da Ocupação Amarildo

    Na sequência, segundo Rui, o motorista os levou para fora da Ilha.

    – Quando pegamos a Via Expressa, comecei a apanhar muito. Achei que ia morrer, que estavam me levando para ser morto em algum lugar.

    De acordo com Rui, os homens diziam o tempo inteiro que era para ele “ficar ligado”, que não iriam matá-lo, só dar um “aviso”.

    – Não falaram nas ocupações, mas eu sei que é a isso que se referiam. Também não posso falar muita coisa, porque ainda estou confuso e não quero acusar ninguém.

    Rui conta que foi deixado às margens da Via Expressa, já próximo do acesso à BR-101, com o rosto ensanguentado, desorientado e sem os R$ 1.200 que trazia em dinheiro na carteira, empréstimo para aposentados que tinha sacado mais cedo.

    – Caminhei um tempo pela região de Capoeiras até que consegui parar um táxi, que me levou para o hotel no Estreito onde estou hospedado.

    A Polícia Civil registrou a ocorrência como roubo.

     

  2. http://www.jacareacanga.com.b

    http://www.jacareacanga.com.br/wp-content/uploads/2014/05/revolta.jpg

    A REVOLTA DE JACAREACANGA E OS ANOS DOURADOS DE JK

    A crise que levou Getulio ao suicidio em 24 de agosto de 1954 foi a culimnancia de um conflito ideologico entre grupos politicos que desde a primeira queda de Getulio em outubro de 1945 lutavam pelo controle do Estado brasileiro. De um lado os herdeiros de Getulio formados por seus ex-interventores nos Estados e parte do Exercito, de outro a reação democratica que via em Getulio e seus herdeiros a encarnação do autoritarismo. Projetada para a eleição de 1955 o conflito tinha de um lado a UDN, partido que congregava os anti-getulistas historicos com sua franja militar minoritaria no Exercito mas muito forte na Aeronautica e na Marinha e de outro lado os herdeiros do getulismo nos dois partidos criados por Getulio, o PSD, que reunia os “coroneis”, fazendeiros, indusriais, dirigentes patronais, a gra-finagem do Rio,

    chefes de clans politicos do Brasil ainda rural e os interventores getulistas,  os sindicatos operarios no PTB, a ala nacionalista do Exercito comandada pelo gneral Newton Estillac Leal. No centro uma larga faixa da população brasileira que apenas queria progesso e tranqulidade, ter emprego e casa propria, escol para os filhos e alguns direitos,

    a maior parte do Exercito, o chamado grupo legalista, distante dos dois grupos ideologicos, congregados em torno do Marechal Odilo Denys e do ainda general Henrique Teixeira Lott. Juscelino teve uma eleição dificil porque o clima politico resultante da morte tragica de Vargas era pesado. A ala civil anti-getulista, representada por Carlos Lacerda e a ala militar representada pelos élos generais alinhados à direita que se formou na volta da FEB mas especialmente pela Aeronautica, protagonista dos acontecimentos que levaram ao suicidio de Getulio, não aceitavam Juscelino como presidente eleito porque viam nele e no seu vice, João Goulart, uma continuidade do getulismo, visto por eles como uma central de corrupção. Lacerda esbravejava que Juscelino não podia ser candidato, se eleito não deve tomar posse, se empossado deve ser derrubado. O temos da direita era tal que Benedito Valadores, maior procer politico de Minas e do PSD tentava fazer JK desistir da candidatura, por temor que ele tinha do Exercito não aceita-lo antes ou depois da eleição.

    A posse de Juscelino foi garantida pelo grupo centrista do Exercito na figura de seu nomeado Ministro da Guerra, General Lott, que tinha absoluto controle da hierarquia do Exercito, era um super autoritario e de rigida disciplina.

    Tomando posse em 15 de janeiro de 1956, Juscelino foi supreendido por uma perigosa revolta de oficiais da Aeronautica em 10 de fevereiro de 1956, portano nem um mês depois da posse. Um grupo de oficiais chefiados pelo Major Haroldo

    Veloso e pelo Capitão Jose Lameirão, com liderança na Força, voou do Campo dos Afonsos no Rio para a Base Aerea de Jacareacanga no sul do Pará e de lá assumiu o controle das cidades de Santarem, Belterra, Cachimbo, Itaituba e Aragarças.

    O Governo mandou um contingente da Aeronautica ir prende-los e não foi obedecido, havia uma situação de motim, a Revolta de Jacareacanga era apenas o estopim. Com firmeza e sem vacilações do Presidente, JK era autoritario e sabia comandar, finalmente depois de 19 dias conseguiu-se debelar a revolta e os insubordinados foram presos.

    Instalado um IPM do qual resultariam fatalmente longas penas de prisões, motim é crime gravissimo em qualquer Força,

    Juscelino surpreendeu o Pais ao enviar lei ao Congresso anistiando os revoltosos. Não era por razão de fraqueza mas ao contrario, de poder. Juscelino controlou a revolta e podia agora ser magnanino mas porque?

    JK era um estadista e tinha visão de Estado, de Pais e de futuro. Tinha um vasto plano de desenvolvimento com 30 metas audaciosas e uma meta síntese, a construção da nova capital. Um processo contra militares iria envenenar o ambiente politico, a tendencia da midia era fazer os revoltoso virarem herois, as forças da direita iriam usar os presos como simbolo.

    JK era muito mais perspicaz do que seus inimigos. A anistia e soltura humilhou os revoltosos, como se o Governo desprezasse a revolta como coisa menor. Deu certo, Juscelino foi visto logo depois como magnanimo ao perdoar seus inimigos demonstrando que estava tão senhor da situação que não temia ataques contra seu poder.

    Abstraindo seu formidavel plano de desenvolvimento, o que ressalta em Juscelino é o exercicio pleno do poder, autoritario sem hesitação ao combater, depois era generoso. Em outros episodios demonstrou não ter medo de nada. Ameaçado por Lacerda em um pronunciamento na TV Tupi que segundo Lacerda anunciava, iria derruba-lo do poder, Juscelino mandou o Ministro da Justiça, Armando Falcão, que não tinha medo de assobração, ir à emissora e lacrar por tres dias os transmissores, com base no Codigo de Telecomunicações que permitia ação do Governo em caso de ameaça de perturbação da ordem publica por uma emissora. Não teve medo de Lacerda, da UDN ou de Assis Chateaubriand, dono da emissora e mais poderoso do que foi depois Roberto Marinho.

    Os anos dourados de JK só foram possiveis porque ele acreditava que sem criar um clima de otimismo  de crença no futuro jamais seus plano de desenvolvimento poderia dar certo, um clima de inqueritos, processos, prisões e perseguições

    iria envenenaro ambiente e desviar o foco do Pais de seu objetivo mais nobre e de desafios mais importantes.

    Esse foi o grande erro de Janio Quadros, seu sucessor, eleito com esmagadora maioria, quando todos esperavam um novo ciclo de realizações, Janio começa seu Governo com inqueritos, punições e processos, gerando um clima ruim, pesado,

    pessimista, não podia dar certo e não deu, o morcego e o corvo juntos criaram nuvens sulfurosas contaminando o Pais.

    JK sempre soube que sem um clima de otimisto nenhum lider puxa o entusiasmo do povo para um caminho de união nacional em torno de um objetivo claro, o cheiro de enxofre que vem de cruzadas justiceiras envenena o ambiente e mata qualquer visão de progresso e crescimento, a unica finalidade da Historia é nos dar lições mas poucos aprendem.

     

     

  3. Zé da justiça pede, solicita, implora por explicações à PF

    Filho de Lula: zé finge que manda

        publicado 29/10/2015 no Conversa  Afiada Quer dizer que ele precisa perguntar ?zé.jpg

    Na Fel-lha:

    Ministro da Justiça pede explicação à PF sobre intimação a filho de Lula

    O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) enviou um pedido de esclarecimentos à Polícia Federal sobre as circunstâncias em que Luis Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, foi intimado na terça-feira (27) à noite.

    Como a Folha revelou, ele recebeu o documento da PF na terça-feira, às 23h, na sua casa, em São Paulo, após participar da comemoração do aniversário de Lula.

    No documento remetido à PF, o ministro se dirige ao diretor-geral da corporação, Leandro Daiello. “Solicito imediatos esclarecimentos para fins de avaliação ministerial do ocorrido”, pede Cardozo no ofício. O ministro quer que a PF formalize o horário exato em que ocorreu e as razões para a intimação ter sido entregue no final da noite.

    “Senhor diretor-geral, tendo em vista a informação divulgada pela imprensa de que o senhor Luís Claudio Lula da Silva teria sido intimado, em tese, fora do procedimento usual, para prestar depoimento em inquérito policial, solicito imediatos esclarecimentos para fins de avaliação ministerial do ocorrido”, diz o documento, na íntegra.
    (…)

    Em tempo: O Caf reproduz nota oficial dos advogados de Luis Cláudio Lula da Silva:

    Luis Cláudio Lula da Silva foi intimado pela Polícia Federal, na última terça-feira, por volta das 23 horas, para prestar esclarecimentos na data de hoje. Como o prazo entre a intimação e a oitiva era muito curto e os advogados não tinham conhecimento do inteiro teor das investigações, foi requerida a marcação de nova data para que sejam prestados os esclarecimentos.

    Reitera-se que a mera opinião de dois procuradores da República de que os pagamentos feitos pela Marcondes e Mautoni à LFT seriam “muito suspeitos” não autoriza a pratica de qualquer medida que implique mitigar as garantias fundamentais de qualquer cidadão.

     

  4. Bandido bom é bandido estudando e ressocializado

    Ainda sobre o Enem, de novo.

    Dica de: https://twitter.com/thamarices/status/650048432233672704

    http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2015/10/preso-que-passou-no-enem-chora-ao-saber-que-podera-cursar-agronomia.html

    Preso que passou no Sisu chora ao saber que poderá cursar agronomia
    Justiça reviu decisão e preso vai poder frequentar as aulas sem escolta.
    ‘Não vou decepcionar a Justiça que me deu esse voto de confiança’, diz.

    A Justiça reviu a decisão e resolveu conceder a Adriano Almeida, de 23 anos, preso do regime fechado, o direito de cursar agronomia na Universidade Federal do Acre (Ufac). Condenado a 9 anos de prisão, Almeida fez o Enem 2014 e foi classificado na terceira chamada do Sisu no começo deste ano. Sem escolta, a Justiça informou que não teria como liberar o preso, porém o juiz da Vara Criminal, Hugo Torquato, voltou atrás na decisão e liberou o preso para ir às aulas sendo monitorado apenas pela tornozeleira. Emocionado, Almeida falou sobre a oportunidade.  

     “Fico muito feliz. Não sei nem o que falar, a emoção é grande, não vou decepcionar ninguém, nem a mim, minha família, nem a Justiça que está me dando esse voto de confiança. Vou agarrar essa oportunidade com os pés e mãos. Isso representa mais que tudo. Não sei nem como agradecer o juiz por ter me dado esse voto de confiança. Quando me formar, irei lhe procurar para agradecê-lo por estar me abrindo as portas para que eu possa estudar agronomia. Hoje é um dia muito especial para mim”, disse entre lágrimas.

    Torquato diz que um dos pontos que mais pesaram em sua decisão foi o fato de o preso ter tido uma oportunidade de fugir da prisão, mas optou cumprir a pena. “Nossa posição inicial era de que para uma saída seria necessária a escolta, porém o Estado não ofertou essa escolta e não autorizamos a saída. O parecer do Ministério Público insiste que, por ser do regime fechado, ele não deve ter acesso a esse benefício, pois não há ponderação legal para beneficiar o reeducando. No entanto, reanalisamos toda a situação do Adriano e a situação dele na fuga pesou muito em minha decisão”, explicou.

    O juiz disse ainda que decidiu recuar, pois acredita que a lei, além de punir, deve ressocializar e dar oportunidade para aqueles que pretendem refazer sua vida. “Não consigo ver uma forma mais adequada que o estudo para ressocializar um preso. Consideramos que ele é merecedor de uma recompensa pelo bom comportamento que tem. Ele não estará livre de escolta, vai estar monitorado eletronicamente e poderá ir a faculdade estudar e retornará para o presídio após as aulas. É um voto de confiança do Judiciário, que mostra que o intuito não é somente prender quem comete crimes”, finaliza.

    A mãe do preso, Edna Maria, também comemorou o ingresso, efetivamente, do seu filho ao ensino superior. De acordo com ela, desde a morte do marido, Almeida teve que trabalhar para assumir a casa.

    “Estou muito feliz por ele ter conseguido essa autorização. Era o que nós mais esperávamos. Nunca perdi a fé que ele conseguiria estudar. É um menino muito bom, desde que o pai faleceu, ele passou a trabalhar, teve que sair dos estudos para me ajudar a manter os irmãos. É um batalhador, responsável comigo e seus irmãos. Meu maior sonho é ter ele aqui dentro de casa com seus irmãos e a filhinha dele”, se emociona.

    À frente do projeto de educação dentro do presídio há cinco anos, a especialista em educação penal, Vanila Pinheiro, não escondeu a satisfação de ver Almeida com o direito de cursar o ensino superior.

    “Meu sentimento agora é de satisfação e reconhecimento por esse trabalho que realizamos na unidade. Agradeço à Vara de Execuções Penais por estar nos ajudando a concretizar esse projeto. O momento é de alegria. O edital preconiza o direito a ressocialização dos reeducandos que estão dentro do perfil do edital do Enem”, salientou.

    Até o início de outubro, Adriano ainda não havia sido liberado para cursar a faculdade.

     

  5. ELEIÇÕES PRÓXIMAS SERÃO VENENO PURO

    Nassif & Amigos, esses “pequenos” episódios explicitam bem a temperatura extrema das próximas eleições para o campo progressista: quente e perigosa, muito perigosa! Intolerância total é o que nos espera. Vermelho está totalmente proibido! Falar em PT nem com a vaca tossindo… Lula? Trucidamento na certa!

    Mas tudo culpa do governo Dilma (Paulo Bernardo e demais) que foi prá lá de amador com a questão da comunicação!

    Lembram da reunião da Dilma pedindo aos ministros para se defenderem de calúnias? Patético…

    Abraços…

  6. Saúde

    Ouvi uma reclamação de quem usou um serviço público de saúde por achar que o dinheiro pago pelo estado não condizia ao gasto pelo hospital. Parei para pensar sobre o que esperamos da saúde pública.

    O cuidado com a saúde de qualquer cidadão é de interesse do estado. do ponto de vista econômico uma pessoa doente é improdutiva ou apresenta uma produção inferior ao individuo saudavel. Portanto, é de interesse do estado que busca o crescimento manter a sua população saudável, após a sua idade produtiva o estado também precisa garantir que o cidadão que contribuiu com o desenvolvimento do país tenha o bem-estar em sua velhice. O acesso à saúde deve ser universal. Para garantir isso o estado tem que pagar  o menor preço possível, porém também não é justo que um hospital não receba o valor adequado ao serviço prestado. Para que não haja um abuso tanto no preço cobrado pelos hosptais o Sistema Unico de Saúde tem a sua tabela de preço. O preço é preestabelecido de acordo com cada serviço prestado pelo hospital. Porém esse preço pode estar defasado e estar cubrindo apenas parte dos custos das intervenções médicas, como alternativa os hospitais buscam por mais atendimentos particulares, nos quais cobram preços muitas vezes abusivos, e isso não é exclusividade de hospitais que fazem alto número de atendimento do SUS, pois é conhecido vários casos de pessoas que possuem dívidas intermináveis com hospitais. Os hospitais tem como obrigação usar 2% de sua ocupação para atendimento de casos graves pelos SUS. O que permite o hospital escolher a quantidade de atendimentos pelo SUS, então cabe ao hospital determinar quantos leitos serão utilizados à serviço do SUS e requerer a atualização dos preços também para o número de atendimento público seja reduzido.

  7. Barra Funda e Bela Vista, por Arthur Tirone

    Do Facebook

    Barra Funda e Bela Vista tem uma história muito parecida. A gênese dos dois bairros é uma: as notáveis manifestações negras aliadas ao predomínio italiano. Os cortiços, salões da raça, clubes sociais, associações futebolísticas varzeanas, galpões de ofícios e botequins foram o pano de fundo de um convívio que gerou frutos que afortunadamente ainda colhemos.

    A Barra Funda se orgulha em ter gerado o Cordão da Barra Funda em 1914 com Dionísio Barbosa – que quatro décadas depois,… pelas mãos de Inocêncio Mulata, viria a ser a Camisa Verde e Branco -, o Largo da Banana, onde os negros jogavam a tiririca e faze batucada, o São Paulo Chic. A Bela Vista viu nascer de um time de futebol a Vai-Vai, em 1930, teve Pé Rachado e Chiclé, e os famosos bailes de porão, onde se dançava abaixado.

    A rivalidade entre Barra Funda e Bela Vista é conhecida, estritamente pela disputa entre Camisa e Vai-Vai. E há, nessa história, ingredientes que fazem a fazem parecer um filme. Um evento de importância foi protagonizado pela grande dama do samba de São Paulo: Dona Sinhá, cria e orgulho da Bela Vista, de linhagem nobre do samba. Sinhá foi “roubada” pela Barra Funda por Inocêncio Mulata, com quem se casou, trocando a Vai-Vai pelo Camisa Verde – o que gerou grande burburinho.

    Fico imaginando o furdunço que foi aquela novidade. Uma tragédia grega para a Bela Vista. Dona Sinhá foi a Helena de Tróia da Barra Funda. Mais tarde, seu filho Tobias – que estudou com meu tio no Marechal, Rua dos Italianos – viria a ser o grande presidente do Camisa e maior articulador do samba de São Paulo.

    Tenho ótima relação com os filhos do Tobias. Especialmente, quero deixar registrada esta foto. Um samba no bar do Sinval, quarta passada, com a Simone Tobias – personalidade arretada, voz potente, baú de histórias centenárias, sangue azul do samba, a herdeira de Dona Sinhá. Na minha modesta opinião, legítima e consagrada grande dama do samba de São Paulo. Quando a encontro, volto nos tempos em que meu avô, com seu carroção de burros, parava para admirar a corriola fervendo no Largo da Banana. A Barra Funda não é brincadeira.

    * Foto de Vanessa Stropp

     

  8. CONVOCAÇÃO URGENTE: FORA CUNHA

    MANIFESTAÇÃO CONTRA O PL 5069. Pílula fica, Cunha sai. #FORACUNHA

     

     

      Hojeàs 18:00   
     Praça do CiclistaAv. Paulista x Av. Consolação, São PauloMANIFESTAÇÃO CONTRA O PL 5069. Pílula fica, Cunha sai. #FORACUNHAATENÇÃO para o novo local de concentração: PRAÇA DO CICLISTA, 18h.

    Precisamos nos manifestar contra o PL 5069/2013 aprovado hoje (21/10) pela CCJ. Esse projeto de lei é de autoria de Eduardo Cunha e ele dita que: Os profissionais da saúde que auxiliem ou informem as mulheres vítimas de violência sobre métodos abortivos (permitido por lei desde 1940 em casos de estupro) terão pena de prisão de 5 a 10 anos.
    Além disso, a vítima de violência sexual perderá a garantia do fornecimento da pílula do dia seguinte, além de não ser mais informada sobre seus direitos legais e sobre os serviços sanitários disponíveis. Mulheres pobres e negras são as que mais sofrerão com isso!
    O Cunha não tem moral nenhuma para querer atacar os direitos das mulheres! Um corrupto como ele não pode estar à frente da presidência da Câmara querendo impor mais sofrimento e menos direitos. 

    Através de nossa mobilização, podemos mudar esse quadro de terror. Pílula fica, Cunha sai! #ForaCunha

    Levem seus cartazes, apitos, palavras de ordem. Teremos bateria, megafone e muita disposiçõa de luta!

    Ato organizado pelos coletivos de mulheres: Série Mais um Pornô arte, ativismo e encontro, As Minas é Zica, Fanfarrarônicas, Liga Brasileira de Lésbicas, Marcha Mundial das Mulheres, Frente pela Legalização do Aborto; Marcha Nacional das Mulheres Negras; Movimento de Mulheres Anti-punitivistas e Anti-proibitivistas; Frente Contra o Assédio; Coletivo Pagu Pra Ver Teatro do Oprimido; Coletiva Trajetórias Feministas de Teatro da Oprimida, Movimento de Mulheres Olga Benário, Ciranda Internacional de Comunicação Compartilhada, #partidA feminista SP, JUNTAS e Frente Palestina!

    SEMANA DE LUTAS PELO #ForaCunha. Atos em todo o Brasil:https://www.facebook.com/events/1662705630640210/?ref=22&feed_story_type=22&action_history=null

     

  9. Em pesquisa da PUC do Rio Grande do Sul

    “Pesquisa” “Em pesquisa da PUC do Rio Grande do Sul, quase um terço dos 1500 entrevistados com idade entre 18 e 34 anos,se declarou homossexual ou bi. Também um terço disse ser ateu. Outros dados serão divulgados em uma reportaggem sobre o jovem brasileirono Fantástico” ( * )
    ( * ) nota em coluna de Ancelmo Góes, Jornal do Commercio, caderno Brasil, p. 9, 30.ou.2015. ( * *)
    ( * *) – Sempre questionáveis são pesquisas de todo o tipo, até mesmo em revistas científicas, ou tidas como tais. Uma amostra deliciosa é descrita no livro “Imposturas Intelectuais”, em que um matemático e um físico conseguiram publicar um artigo e depois revelam… )

  10. MERECIDA HOMENAGEN

    Abolicionista que libertou mais de 500 escravos será reconhecido pela OAB

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    Estadão ConteúdoEm São Paulo

    30/10/201510p7  Ouvir texto  0:00 Imprimir Comunicar erro

    Wikimedia Commons

    Luís Gonzaga Pinto da Gama, defensor dos escravos no Brasil

    Luís Gonzaga Pinto da Gama, defensor dos escravos no Brasil

    Negro liberto que se tornou libertador de negros, Luiz Gonzaga Pinto da Gama (1830-1882) ficou conhecido como um rábula que conseguiu alforriar, pela via judicial, mais de 500 escravos. O rábula exercia a advocacia sem ser advogado.

    Numa reescrita tardia da história, sua designação vai mudar. Na noite da próxima terça-feira (3), em cerimônia na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Luiz Gama deve receber da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 133 anos após a sua morte, o título de advogado. “No atual modelo da advocacia brasileira, é a primeira vez que tal homenagem é conferida”, afirma o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho.

    “Já era hora de ele ter esse reconhecimento oficial”, avalia o advogado Silvio Luiz de Almeida, professor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e presidente do Instituto Luiz Gama (ILG). “Além de ter sido um homem importante na questão do abolicionismo, foi grande jurista e advogado de teses brilhantes.”

    “Embora não fosse advogado, Gama era um grande defensor da abolição e sua atuação como rábula livrou inúmeras pessoas dos grilhões escravistas”, pontua o presidente da OAB.

    Na cerimônia, Luiz Gama será representado por um tataraneto, um de seus 20 e tantos descendentes vivos, o engenheiro e empresário Benemar França, 68. “Tomei contato com a biografia desse meu antepassado quando estava no 2º ano ginasial e um professor de história pediu que pesquisássemos, cada um, sobre as nossas famílias, a nossa genealogia”, conta. “O que descobri encheu-me de orgulho.” Além da condecoração póstuma, o evento Luiz Gama: Ideias e Legado do Líder Abolicionista prevê dois dias de palestras e debates no Mackenzie.

    Autor da biografia “Luiz Gama: O Advogado dos Escravos”, publicada pela editora Lettera.doc em 2010, o advogado Nelson Câmara acredita que a iniciativa da OAB é correta “embora serôdia”, ou seja, tardia. “Era um sujeito de grande luminosidade”, afirma Câmara.

    Autodidata

    Nascido em Salvador, filho de um português com uma escrava liberta, foi vendido como escravo pelo próprio pai quando tinha dez anos. Alforriado sete anos mais tarde, estudou direito como autodidata e passou a exercer a função, defendendo escravos. Também foi ativista político, poeta e jornalista.

    Ele bem que tentou cursar direito no largo São Francisco. “Mas a aristocracia cafeeira da época não permitiu, porque ele era negro”, atesta Câmara. “Mesmo assim, era assíduo frequentador da biblioteca de lá.” No prefácio do livro, o jurista Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça, afirma que Gama foi “o negro mais importante do século 19”.

    Por complicações da diabete, o abolicionista Gama, entretanto, morreria seis anos antes de a Lei Áurea ser promulgada. Dez por cento da população paulistana, de acordo com estimativas da época, compareceu ao seu enterro – São Paulo contava então com 40 mil habitantes.

    A multidão começou a chegar ao Cemitério da Consolação, onde ocorreu o sepultamento, ao meio-dia – o enterro estava marcado para as 16h. Não houve transporte oficial para o cortejo fúnebre. Do bairro do Brás, onde ele morava, o caixão veio passando de mão em mão até chegar à sepultura, num gesto coletivo. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

    Veja também

  11. VAMOS CUIDAR COM MAIS CARINHO, AMOR E RESPEITO DO NOSSO FUTURO

    8 Ilustrações mostrando como seria se todas as crianças tivessem a infância que merecem

    30/10/2015 Por: Jéssica Ragazzi    

    Você certamente já ouviu falar que algumas imagens valem mais do que mil palavras. Fotografias, por exemplo, são capazes de tocar sentimentos quando o olhar do fotógrafo consegue retratar as dificuldades vividas pessoas e outros temas profundos.

    O artista Gunduz Aghayev criou uma série de ilustrações chamada de “Imagine”, na qual fotos icônicas, onde crianças são protagonistas, foram recriadas apagando o cenário trágico.

    1 – Um garoto japonês trazendo seu irmão mais novo, falecido, para ser cremado (1945)

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    2 – Crianças no Vietnam

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    3 – Foto feita por Kevin Carter, vencedora do Prêmio Pulitzer

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    4 – Doutor Janusz Korczak

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    5 – Meninas noivas no Afeganistão

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    6 – O filho do jornalista Elmar Huseynov , que foi assassinado

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    7 – Desabrigado pelas bombas alemãs, garoto aponta para os amigos onde era seu quarto (1940)

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    8 – O menino sírio

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    Fonte: Bored Panda

     

  12. AMIGOS (AS) VAMOS FAZER O BEM

    Campanha para ajudar bebê sem braços e pernas atinge 250 mil pessoas em uma semana

    Gabriel, de 8 meses, nasceu sem os braços e as pernas Foto: DivulgaçãoPedro ZuazoTamanho do texto A A A

    Numa casa simples, na Zona Leste de São Paulo, vive Gabriel, um bebê de 8 meses que nasceu com uma malformação, sem os bracinhos e sem as perninhas, mas com um rosto angelical. É o quinto filho de Roseli Quitéria, de 39 anos, viúva, que sustenta a família e paga o aluguel da casa onde mora com a pensão deixada pelo falecido marido. O pai do filho caçula, com quem ela teve um relacionamento, jamais assumiu Gabriel, e a luta do garotinho comoveu a editora de livros e ghost writer Wanderleia Farias, que resolveu ajudar.

    Wanderleia transportou a história de Gabriel para as páginas de um livro — intitulado “Gabriel: Quando o coração transborda de amor, a alma suspira de esperança” — e iniciou um movimento nas redes sociais para viabilizar a impressão de 15 mil exemplares. As vendas vão render um total de R$ 223.500, que serão revertidos para a compra de uma casa para Roseli e sua família. A campanha foi criada através do Facebook, na última sexta-feira, e atingiu 250 mil pessoas em uma semana.

      

     

    Roseli, mãe de Gabriel, é viúva e tem outros quatro filhosRoseli, mãe de Gabriel, é viúva e tem outros quatro filhos Foto: Divulgação

     

    — Conheci a mãe de Gabriel através de uma amiga dela, que trabalha como babá e perguntou se eu poderia ajudá-la. Decidi visitá-los e, ao chegar em sua casa, fiquei apaixonada. Você não imagina o carisma do Gabriel, foi amor à primeira vista. Quando voltei para casa, ele não saía da minha cabeça, então comecei a escrever. Quando vi, tinha um texto pronto. Submeti o material ao crivo de profissionais que trabalham com acessibilidade e inclusão em escolas. Um deles me disse que não parou de chorar enquanto lia. Então achei que seria interessante lançar o livro — conta Wanderleia.

    A ideia começou há três semanas. Com o texto pronto, Wanderleia precisava de outros colaboradores para dar prosseguimento ao projeto. Resolveu então criar uma campanha na rede social, na última sexta-feira. Naquela noite, já havia milhares de pessoas querendo ajudar, inclusive um jovem casal, proprietário de uma gráfica do Sul do país, que se dispôs a doar a impressão dos 15 mil exemplares.

    — Eu já acompanhei movimentos como esse, mas estar dentro de um deles é algo impressionante. Na sexta-feira, milhares de pessoas já estavam comentando e compartilhando. No domingo, tinha gente querendo ajudar e enviar doações de qualquer jeito. Eram tantas pessas e tantas ideias que eu criei um grupo com alguns dos que estavam ali para administrar tudo isso. No início, minha preocupação era que as pessoas corressem para o assistencialismo por pura comoção. Não queria que fosse assim. Queria algo mais pensado, que não criasse uma dependência da família com o assistencialismo — explica Wanderleia.

     

    Capa do livro Capa do livro “Gabriel: Quando o coração transborda de amor, a alma suspira de esperança”

     

    Em pouco tempo as arestas do projeto foram aparadas. Os livros já estão em produção e, embora ainda não estejam prontos, é possível reservar exemplares através de um sistema de pré-venda. O objetivo inicial é que o dinheiro arrecadado ajude Roseli a comprar uma casa, para que não precise mais pagar aluguel.

    — As pessoas começaram a querer fazer doações ou até mesmo depositar dinheiro diretamente na conta de Roseli. Para evitar o assistencialismo por comoção, criamos a pré-venda dos livros, de forma que as pessoas possam colaborar através da aquisição de um produto — diz Wanderleia, que já pensa na segunda fase do projeto: — Depois disso, os direitos autorais do livro vão ser doados para Roseli. Também vamos incentivá-la a fazer um curso de empreendedorismo, para poder gerir o site e conseguir se organizar financeiramente para fazer outras reimpressões do livro.

    A campanha começou há uma semana, mas a vida de Roseli já mudou drasticamente. Ela passou a receber doações, visitas e ligações das mais diversas pessoas. Chegou até a recusar a doação de uma cesta básica porque já havia recebido doações para alimentar a família por dois meses. Focada nos cuidados com Gabriel, a dona de casa tem poucas palavras para agradecer tamanha ajuda.

    — Deus colocou muitas pessoas para nos ajudar na hora em que mais precisamos. Foi muito difícil cuidar do Gabriel nos primeiros meses. Às vezes, pedia ajuda ao vizinho para ir ao médico. Nunca perdi minha fé. Agora, só consigo pensar no dia em que teremos uma casinha para viver melhor. É uma bênção — diz.

    A campanha pode ser acessada pela internet, através do site (www.livrodogabriel.com.br) ou do Facebook (www.facebook.com/livroGabrieloficial).

     

     

     

     

    Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/campanha-para-ajudar-bebe-sem-bracos-pernas-atinge-250-mil-pessoas-em-uma-semana-17925856.html#ixzz3q5NiCnHU

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