Forças ocultas comandam a política brasileira

Analistas políticos, como o filósofo Vladimir Safatle, se referem ao momento político atual como o do fim da Nova República, aquela que teria sido inaugurada com a CF de 1988, que deu continuidade ao esquema de poder econômico hegemônico, que deu a guinada neo-liberal dos anos 90; que sustentou a experiência social-liberal petista e vem sendo desconstruída nestes tempos de crise mundial, tempos temerbrosos. Mas é aquela história a “Nova República” já morreu de velha e a “nova” mesmo ainda não nasceu ou, pelo menos, ainda não apareceu com todas as forças na cena contemporânea. O “novo” será, ainda, a boa e velha ideia da igualdade como condição da liberdade; a experiência do comum, daquilo que pode congregar o desejo de fazer juntos, de construir coletivamente a nova morada do ser.

 
É preciso ir fundo nisso. Outro dia um amigo, no Facebook, disse que o Brasil estaria passando por limpeza moral. Como assim? O país inteiro, a grande imprensa toda no bolso de gente graúda contumaz no uso de recursos públicos para negócios pessoais, de verdadeiras quadrilhas atuando no Congresso Nacional e nas demais esferas da República. É inaceitável ler a leniência de jornais como a Folha de S. Paulo com o estado de coisas hoje no Brasil. Precisamos de uma imprensa alternativa. É pouco blogs e sites, é preciso ter blogs e sites porém articulados com uma rede de jornais diários, tevê e rádios, isto é fundamental. Vamos precisar criar este canal de comunicação com a sociedade.
 
O povo brasileiro precisa ter informações confiáveis para aprender como funciona o jogo da política nacional, internacional e regional. É preciso que tenhamos capacidade de vocalizar os interesses e os desejos mais generosos do povo brasileiro em sua imensa diversidade, vocalizar a voz do povo.. Quem é o povo? Antes de tudo são os mais pobres, os mais despossuídos e desassistidos, a imensa maioria dos brasileiros; o povo são também todos os trabalhadores, de todos os setores. E todos os seus aliados, intelectuais orgânicos, aqueles que entendem ser importante haver um povo, plural.
 
Dignidade hoje seria Michel Temer e Aécio Neves fora da política. Ter dignidade hoje seria a renúncia de Aécio e de Temer, dois sujeitos que se escondem por detrás dos votos, da soberania popular, para vilipendiarem esta mesma soberania, são indignos do mandato que receberam, estão fraudando a vontade popular, assim como fraudam a vontade popular todos os congressistas que usam o mandato para cometer crimes. Como Aécio não renuncia, assim como nenhum dos políticos caçados por mal feitos, vivemos no teatro de sombras, o mundo invisível controlando os cordões do visível.

 

Redação

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