Sugerido por Webster Franklin
Do Jornal do Brasil
Fortuna dos 65 brasileiros mais ricos é mais da metade das reservas brasileiras
Nesta semana a revista Forbes divulgou a relação dos 65 brasileiros que entraram no seleto grupo dos bilionários. Somando todas as fortunas destes relacionados, chega-se à impressionante marca de US$ 191,5 bilhões, o que equivale a mais da metade das reservas brasileiras, que em janeiro estavam em US$ 375,4 bilhões. O total também praticamente se equivale ao PIB do Rio de Janeiro, que de acordo com dados divulgados pelo IBGE era de R$ 462 bilhões em 2011 (US$ 200,8 bilhões).
O brasileiro mais rico é Jorge Paulo Lemann, da Anheuser-Busch InBev, com US$ 19,7 bilhões. Ele é o único brasileiro a figurar entre os 50 mais ricos do mundo, na 34ª posição.
O segundo da lista é o banqueiro Joseph Safra, com US$ 16 bilhões. Em terceiro está Marcel Hermann Telles (sócio de Lemann), com US$ 10,2 bilhões. As quarta, quinta e sexta colocações são ocupadas pela família Marinho, das Organizações Globo: João Roberto (4º), José Roberto (5º) e Roberto Irineu (6º) têm, cada um, US$ 9,1 bilhões.
O número de brasileiros bilionários bateu recorde, de acordo com a Forbes. Na lista anterior, haviam 46. O Brasil quase dobrou sua participação no ranking anual em apenas dois anos – em 2012 eram 37 bilionários locais. Há uma década, o país tinha apenas seis.
No últimos meses, a publicação americana já apontava alguns novos bilionários brasileiros, como os fundadores da fabricante de motores e componentes eletrônicos WEG, Eggon João da Silva, Werner Ricardo Voigt e Lilian Werminghaus, viúva de Geraldo Werminghaus. Outro empresário do sul do País que aparece pela primeira vez é Alexandre Grendene Bartelle. Miguel Krigsner, fundador e atual dono de 80% do Grupo Boticário, também é um dos novatos.
Confira a lista dos 65 brasileiros bilionários (com a respectiva colocação no ranking mundial e com os valores em dólares):
34 – Jorge Paulo Lemann -19,7 bi – AB/Inbev
55 – Joseph Safra – 16 bi – Banco Safra
119 – Marcelo Hermann Telles – 10,2 bi – AB/Inbev
137 – João Roberto Marinho – 9,1 bi – Globo
137 – José Roberto Marinho – 9,1 bi – Globo
137 – Roberto Irineu Marinho – 9,1 bi – Globo
146 – Carlos Alberto Sicupira – 8,9 bi – AB/Inbev
367 – Francisco Ivens de Sa Dias Branco – 4,1 bi – M Dias Branco
367 – Eduardo Saverin – 4,1 bi – Facebook
396 – Walter Faria – 3,8 bi – Grupo Petrópolis
483 – Aloysio de Andrade Faria – 3,3 bi – Banco Alfa
520 – Andre Esteves – 3,1 bi – Banco BTG
520 – Antonio Ermírio de Moraes – 3,1 bi – Votorantim
520 – Ermírio Pereira de Moraes – 3,1 bi – Votorantim
520 – Maria Helena Moraes Scripilliti – 3,1 bi – Votorantim
580 – Fernando Roberto Moreira Salles – 2,9 bi – Itaú Unibanco, CBBM
580 – Joao Moreira Salles – 2,9 bi – Itaú Unibanco, CBBM
580 – Walther Moreira Salles Junior – 2,9 bi – Itaú Unibanco, CBBM
580 – Pedro Moreira Salles – 2,9 bi – Itaú Unibanco, CBBM
609 – Abilio dos Santos Diniz – 2,8 bi – Pão de Açúcar
642 – Miguel Krigsner – 2,7 bi – Grupo Boticário
663 – Edson de Godoy Bueno – 2,6 bi – Amil
796 – Rossana Camargo de Arruda Botelho – 2,2 bi – Camargo Corrêa
796 – Renata de Camargo Nascimento – 2,2 bi – Camargo Corrêa
796 – Regina de Camargo Pires Oliveira Dias – 2,2 bi – Camargo Corrêa
796 – Moise Safra – 2,2 bi – Banco Safra
828 – Antonio Luiz Seabra – 2,1 bi – Natura
925 – Nevaldo Rocha e família – 1,95 bi – Riachuelo
931 – Dulce Pugliese de Godoy Bueno – 1,9 bi – Amil
931 – Michael Klein – 1,9 bi – Via Varejo
931 – Rubens Ometto Silveira Mello – 1,9 bi – Cosan
931 – Lirio Parisotto – 1,9 bi – Videolar
1036 – Jayme Garfinkel e família – 1,75 bi – Porto Seguro
1092 – Julio Bozano – 1,6 bi – Grupo Bozano
1143 – Ana Maria Marcondes Penido Sant’Anna – 1,55 bi – CCR
1143 – Cesar Mata Pires – 1,55 bi – OAS
1154 – Sergio Lins Andrade e família – 1,5 bi – Andrade Gutierrez
1154 – Victor Gradin e família – 1,5 bi – Odebrecht
1154 – Alexandre Grendene Bartelle – 1,5 bi – Grendene
1210 – Lina Maria Aguiar – 1,4 bi – Bradesco
1210 – João Alves de Queiroz Filho – 1,4 bi – Hypermarcas
1284 – Eggon da Silva – 1,3 bi – WEG
1284 – Elie Horn – 1,3 bi – Cyrela
1284 – Carlos Francisco Ribeiro Jereissati e família -1,3 bi – Shopping Iguatemi
1284 – Jorge Moll Filho – 1,3 bi – Rede D’Or
1284 – Jose Isaac Peres e família – 1,3 bi – Shopping Multiplan
1284 – Werner Voigt – 1,3 bi – WEG
1284 – Lilian Werninghaus – 1,3 bi – WEG
1372 – Lia Maria Aguiar – 1,2 bi – Bradesco
1372 – Guilherme Leal – 1,2 bi – Natura
1372 – Rubens Menin Teixeira de Souza – 1,2 bi – MRV
1372 – Dorothea Steinbruch – 1,2 bi – CSN
1442 – Alfredo Egydio Arruda Villela Filho – 1,15 bi – Itaú
1442 – Daisy Igel – 1,15 bi – Grupo Ultra
1465 – Ana Lucia de Mattos Barretto Villela – 1,1 bi – Itaú
1465 – Edir Macedo e família – 1,1 bi – Igreja/ Mídia Record
1465 – José Mendes Nogueira e família – 1,1 bi – J Mendes
1540 – Giancarlo Franceso Civita – 1,05 bi – Abril
1540 – Victor Civita Neto – 1,05 bi – Abril
1540 – Roberta Anamaria Civita – 1,05 bi – Abril
1540 – Jose Roberto Ermírio de Moraes – 1,05 bi – Votorantim
1540 – José Ermírio de Moraes Neto – 1,05 bi – Votorantim
1540 – Liu Ming Chung – 1,05 bi – Nine Dragons
1540 – Neide Helena de Moraes – 1,05 bi – Votorantim
1565 – Carlos Martins – 1 bi – Grupo Multi
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Corrijam pf se minha matemática estiver falha
A fortuna de 65 brasileiros equivale a mais de US$ 190 bilhões, por volta de R$ 440 bilhões na cotação do dólar atual.
Já o PIB brasileiro equivale a quase R$ 4,8 trilhões.
Isso significa que a fortuna de 0,0000325% da população é o equivalente a quase 10% de toda a riqueza movimentada em um ano por uma população de 200 milhões de habitantes.
Precisamos ou não de uma reforma tributária, Arnaldo? Sem um sistema tributário progressivo, não há política compensatória nem aumento de salário mínimo que resolve este problema de abissal concentração de renda.
Esses valores correspondem
Esses valores correspondem aos seus patrimônios: fábricas de bebidas, imóveis onde se localizam, o parque gráfico e parque cenográfico da tv, dinheiro em caixa, em investimentos e aplicações diversas e …São valores que se tiverem que se transformar em dinheiro não concretizam os números declarados.
Mas vc compara patrimonio com
Mas vc compara patrimonio com criacao de riqueza em um ano, nao tem a ver. Teria que comparar um PIB anual com o que esses 65 ganharam em um ano ai sim. Seria bem menos, com certeza.
Mas, sem duvida, concordo que deve haver alteracoes na carga tributaria. Principalmente facilitacao de pagamentos e tambem mais progressividade da carga.
121 BILHÕES !!!
Duvido, dou a
121 BILHÕES !!!
Duvido, dou a cara a tapa, me enforco em praça pública, peço perdão à FIESP e a FEBRABAN…
Se 27,5% DESSE “MONTANTE”, for reconhido à RECEITA FEDERAL…como eu recolho sobre a minha “titica”. Eu não brigo, nem sonego para pagar menos. Eu só quero que pagem …o que de mim ( como cidadã) é cobrado.
Este é o valor DECLARADO…O SONEGADO, NINGUÉM SABE!
é só negar que dá certo…
ou é sonegando que chegam lá
Um verdadeiro terrorismo foi instalado para que eu não acessasse
E eles são bem poderosos, a página o post foi bloqueado, tentei acessar pelo Google Chrome e Mozila e os alertas foram os mesmos: Perigo! Não siga em frente! Volte! Seu computador será destruido! Seus dados serão roubados! Me tire daqui! Prossiga por sua conta e risco! Pode ter sido coincidência mas tão logo o post foi publicado começou o terrorismo. Tive que ignorar todos estes alertas para ver do que se tratava e de fato é estarrecedor, e os coxinhas não reclamam, kd os black bostas ou essa tropa de bandidos anônimos só serve para atacar páginas que contenam notícias indesejadas para o 1%, pelos estes deveriam pagar CPMF e já ajudaria e muito, a título de distruição de renda(como defendeu Claudio Lembo) o custeio da saúde.
Isso é que é sugar a economia!
Vamos reagrupar este quase meio TRILHÃO de reais:
Podemos reduzir a lista para 12 familias ou grupos e 30 individuais:
Inbev (3), Marinhos (3), Civitas (3), Safras(2), Aguiares(2), Camargos(3), Moraes (6), M.Salles(4) e Villelas(2), WEG (3), Bueno (2) e Natura (2)
Por familia/grupo temos Inbev (38,8), Marinhos (27,3), Moraes (12,5) e Moreira Salles (11,2)
Por setro, considernado que os dnos da Inbev na verdade são investidores, temo que a área financeira (com os bancos) domina com 81,5 bilhões. Depois a mídia, com 30,5, indústria com 22 e construção com 13bricam os maiores bi.
Ou seja, bancos, bebidas e mídias fabricaram as maiores fortunas, à frente de construção e industria.
Fortunas bêbadas e virtuais enriquecendo mais que a economia real…
Estavas sóbrio
Quando redigiu este texto.
O trio da ambev nao é mero
O trio da ambev nao é mero investidor. Eles controlam as empresas e opinam na direcao das mesmas, implementam seu modelo, sempre. Nao sao como Warren Buffett por ex.
Marromenu
Não sei vc, mas eu trabalhei com o Garantia ainda no Rio e depois em SP, antes de ser vendido ao Suisse. Era banco de investimentos (negócios e não “mercado”), que já controlava dezenas de empresas tão diferentes como as Lojas Americanas, Artex e Brahma, esta depois incorporando a Antarctica, formando a Ambev ,e em seguida a Anheuser Busch para a Inbev. Ainda mantém o espirito advindo do banco (insinuado à época como um Goldman Sachs tupininquim).
Eles controlam o macro, estratégico financeiro, mas não entram na operação, já que Inbev, Heinz, Burger King, Lojas Americanas, B2W são coisas um tanto diferentes, né? Mais do que criar ou impor modelos, eles mantém modelos vencedores ou colocam executivos de ponta para tocar os negócios.
Conforme vc disse, Warren, mesmo controlando, não entrava muito no operacional (assim foi com suas 2 amigas do WP e dos tapetes), a menos da sua Berkshire Hathaway, quando ainda produzia, por ter sido sua “pioneira”. E raramente é investidor “dono”, mas apenas “importante, como seus 8 a 12% em Gillettes (hoje P&G) e Coca-Colas.
Embora a AB Inbev seja o maior negócio, não se pode dizer que os 38 bilhões do trio venham só de cerveja, já que há outros negócios diferentes e antigos.
Mesmo assim coloquei na ordem: bancos, bebidas (só a Petrópolis é “pura”) e midia (bem “rentável”aos donos).
Este último é o que (me) espanta.
Excelente Análise
Devemos agregar que Lemann, a viúva Safra e, provavelmente, a maior parte dessas pessoas, tem o seu dinheiro depositado na Suíça ou em outros lugares, que não o Brasil.
Ainda, 20 mil brasileiros possuem 520 bilhões de dólares depositados no exterior.
Esse é um dos maiores problemas brasileiros: o rico brasileiro não é tão brasileiro assim.
A origem das fortunas
As fortunas brasileiras tem basicamente três origens: Herança, bancos ou financeiras e empreiteiras. Ou a combinação de duas destas origens.
Não observamos mais a expansão de grupos do setor produtivo nacional, que ocorram da forma como ocorreu a do grupo Votorantim, por exemplo. Ou seja, um crescimento gerado, à princípio, pelo reinvestimento e expansão das atividades produtivas. À partir de um certo momento, o grupo acabou criando o seu braço financeiro. Necessário mesmo, para assegurar a sobrevivência do grupo.
Jorge Paulo Lemann, começou pelo Banco Garantia. Não fundou nenhuma empresa, e sim optou por adquirir controles acionários de empresas existentes. Todas as novas fortunas brasileiras, quase sem exceção, surgiram de operações semelhantes. Com forte manipulação do valor das ações do grupo adquirido no mercado, que possibilitaram ganhos extraordinários em um curto espaço de tempo. Tudo sob a ótica e proteção da “gestão eficiente” dos grupos que estas pessoas passaram a controlar.
O setor dos bancos e os rentistas, embolsa a maior parte dos juros da dívida pública. Ou seja, em torno de 5% da renda nacional (em média). Alíquota digna de um estado dentro do estado.
As empreiteiras, já conhecemos suas práticas há um bom tempo…
De resto, sobram mais uns poucos nomes que não se enquadram nas categorias anteriores.
Nao é bem assim nao. Lemann
Nao é bem assim nao. Lemann nao fundou empresas mas comprou a Brhama mal das pernas em 1988 e fez dela a maior cervejaria do mundo. Lemann nao é especulador, o que ele fez nao tem nada a ver com manipulacao de acoes. O preco das acoes, no longo prazo, segue o lucro da empresa, se este cresce, aquele tambem. Foi o que aconteceu com a ambev. O que eles fazem é comprar empresas aonde existe potencial de melhoria administrativa e implementam essa melhoria com foco no resultado financeiro. E geralmente nem compram empresas baratas. Nao sao especuladores, definitivamente.
Acompanhe de perto o comportamento da CVM
E veja se eu exagero. O caso de Eike, por exemplo, pode se repetir diversas vezes. Nada mudou.
Ou o caso da Heinz: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1052/noticias/um-xerife-desarmado
Correção:
Vou reescrever o primeiro parágrafo, já que (sempre) esquecem de incluir a família Moreira Salles:
Nesta semana a revista Forbes divulgou a relação dos 69 brasileiros que entraram no seleto grupo dos bilionários. Somando todas as fortunas destes relacionados, chega-se à impressionante marca de US$ 218,5 bilhões, o que equivale a mais da metade das reservas brasileiras, que em janeiro estavam em US$ 428,33 bilhões. O total também praticamente se equivale ao PIB do Rio de Janeiro, que de acordo com dados divulgados pelo IBGE era de R$ 462 bilhões em 2011 (US$ 200,8 bilhões).