Fuga de Weintraub pode ter representado mais de um delito

Ex-ministro da Educação usa passaporte diplomático – que perdeu validade horas depois – para entrar às pressas nos Estados Unidos

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Jornal GGN – O jeitinho brasileiro foi decisivo na saída de Abraham Weintraub do país: o ex-ministro da Educação usou o passaporte diplomático que tinha direito como integrante do primeiro escalão do governo Bolsonaro, e saiu às pressas do país rumo aos Estados Unidos, onde desembarcou na manhã deste sábado.

O documento perdeu validade horas depois, após a publicação de sua exoneração no Diário Oficial da União, mas ajudou ao Palácio do Planalto para retirá-lo dos holofotes. Mesmo com as ordens norte-americanas de restringir a entrada de brasileiros no país, o passaporte diplomático e o visto especial de ministro de país estrangeiro o dispensou da necessidade de cumprir quarentena em outro país antes de ingressar nos Estados Unidos.

Segundo fontes consultadas pelo jornal Correio Braziliense, a operação que levou à saída de Weintraub do país pode ter representado mais de um delito, como crime de responsabilidade – o que poderia ter implicações para o presidente Jair Bolsonaro. O enquadramento em crimes como improbidade administrativa ou estelionato também foi citado pelas fontes, além de um suposto desvio de finalidade na atitude do ex-ministro.

Segundo a assessoria do ex-ministro, Weintraub chegou aos Estados Unidos por volta das 7h em voo operado pela Azul, que saiu na noite de sexta-feira do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), na noite de sexta-feira.

Para assumir o cargo a que foi indicado no Banco Mundial, o ex-ministro vai precisar de um visto diferente daquele que usou para entrar nos Estados Unidos e daquele que irá cobrir sua permanência no período em que não é ministro e nem funcionário de entidade internacional. Ou seja: ele terá de sair dos Estados Unidos, ir a alguma embaixada americana e providenciar a documentação.

 

Leia Também
Weintraub já está nos Estados Unidos
Weintraub, o senhor dos anéis que perdeu os dedos, por Luis Nassif
Senadores querem sustar última portaria assinada por Weintraub
Senador pede apreensão de passaporte de Weintraub
Do Banestado à Lava Jato: o passado de Sergio Moro
Redação

5 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Nassif: você só esqueceu que o ditocujo é Sionista. Eu apostaria que tudo já estava previsto. As ramificações da Colônia são vastas. O próprio Bibi, que tem força junto ao dono do Quintal onde moramos, pode ter intercedido. “Ô, doTupete, quebra umazinha prum chegado meu”. Se der caca essa entrada ele pode escafeder-se para um Kibutz na TerraSanta e nem o Capeta o tira de lá. Espera o “deslize” prescrever, retorna e processa o PoderPúblico. Leva uma grana preta. Você conhece a força e penetração dos tais. Só PauloMoreninho (*) foi abandonado à beira do Rodoanel…

    (*) Os Tucanídios não admitem Pretos (em qualquer tom) de modo algum.

  2. Exatamente.
    Ele usou passaporte diplomático para uma viagem não oficial (para não dizer particular). Ele não estava em serviço, é certo.
    Não foi acidente, não foi extrema necessidade inerente ao cargo.
    E o superior imediato sabia.

  3. O PRENDO E ARREBENTO de repente teve caganeira e entrou na fila dos desesperados, eh eh A vida como ela é – a Roda Gigante, hora por cima, hora por baixo.

    E o boquirroto vai descobrir, agora, que não tem amigos pois nunca foi amigo de ninguém, apenas tinha agenda própria.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador