Funaro delatou ciúmes de Temer em relação a Cunha e briga com Rossi

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Jornal GGN – O operador do PMDB Lúcio Funaro deu detalhes do relacionamento de Michel Temer com Eduardo Cunha, Wagner Rossi e Coronel Lima. Em seu acordo de delação premiada, Funaro disse que Temer chegou a compensar um desentendimento com Rossi contratando o filho do ex-ministro para fazer a campanha de Gabriel Chalita. 
 
Já com Eduardo Cunha, o relato é de um afastamento quando o hoje preso da Lava Jato assumiu a presidência da Câmara. Temer teria ficado com inveja do poder de Cunha, diz Funaro.
 
As declarações vazaram pelo jornal O Globo desta quinta (21). O portal conta que a briga com Temer e Wagner Rossi aconteceu em 2011, quando o então vice-presidente não mexeu um dedo para impedir que o amigo fosse demitido do Ministério da Agricultura em meio a suspeitas de irregularidades. 
 
“Funaro relatou que o empresário Joesley Batista, do frigorífico JBS, ‘afirmou que Rossi reclamou de Temer, uma vez que, quando precisava se segurar no Ministério da Agricultura, Temer não se mexeu’. O delator também afirmou ter certeza de que ‘parcela da propina paga a Wagner Rossi era redistribuída a Michel’.”
 
Wagner Rossi é conhecido no passado de Temer. Ele dirigia chegou a dirigir a estatal que cuida do Porto de Santos e teria ajudado o hoje presidente da República em um esquema de fraude em licitação e pagamentos de propina por parte de empresas do setor. O caso acabou sendo arquivado pelo Supremo Tribunal Federal.
 
Segundo Funaro, Temer compensou a briga com Rossi interferindo para que a campanha de Gabriel Chalita, candidato a prefeito de São Paulo pelo PMDB, contratasse a produtora do filho do ex-ministro.
 
“Segundo o termo de depoimento, Funaro ‘entende que a contratação da empresa foi uma compensação pela perda do cargo’. De acordo com o delator, a campanha de Chalita recebeu recursos de caixa a dois a pedido de Temer. Funaro disse também que o presidente pediu doações não contabilizadas em 2014 para a campanha de Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de São Paulo.”
 
CORONEL LIMA
 
Na delação, Funaro também citou um amigo de Temer, o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, mais conhecido como Coronel Lima.
 
O delator diz que nunca soube de desavenças entre Temer e o amigo coronel. Ao contrário disso: Temer “conseguia contratos para empresa de Coronel Lima, como ele era conhecido, inclusive nas obras da usina nuclear localizada em Angra dos Reis (RJ). De acordo com Funaro, a empresa não tinha porte para assumir uma obra desse tamanho.”
 
Assine
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Eita vida bandida!

    Ciumes do Cunha… Isso é cara do Temer. Por tudo que temos visto é inseguro, invejoso, rancoroso, traidor…  Ele deve ter suas qualidade, mas como é pequeno esse Temer… Se brincar metade das delações falam desses aspectos nada republicanos.

  2. É incrível como Temer é um

    É incrível como Temer é um homem MINÚSCULO.

    Ele é movido a picuinhas, e creio que o golpe dado, antes de ser para salvar a própria pele, foi para satisfazer sua ambição pessoal, não importando não ter ele envergadura alguma para o cargo.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador