
No dia 24 de dezembro, em entrevista à TV Justiça, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, defendeu o pedido feito à Fiocruz, de reservar 7 mil doses da vacina contra a Covid-19 para Ministros e servidores da corte. “Nós fizemos, de forma educada e ética, um pedido dentro das possibilidades quando todas as prioridades forem cumpridas”, disse ele. Obviamente, ao utilizar o “nós” ele não estava se valendo de um plural majestático: estava dizendo claramente que o pedido partiu dele, como autoridade máxima do STF.
Ora, se o próprio Ministro sai em defesa da medida, é óbvio que a medida foi tomada com seu consentimento, ou por sua iniciativa. Ainda mais sabendo-o um defensor dos privilégios de classe. Por anos manteve na sua gaveta o julgamento de privilégios concedidos ao judiciário carioca.
Depois do alarido contra a proposta, o que faz Fux? Demite o funcionário que, cumprindo suas ordens, ou tendo sua autorização, fez o pedido, negado pela Fiocruz.