STF diz não ao HC de Lula. E o ex-presidente já pode ser preso.
Placar apertado, 6 X 5.
Um dia antes da sessão do supremo várias forças procuraram influenciar no julgamento. Algumas a favor e outras contra o Habeas Corpus.
Mas uma dessas forças recebeu destaque especial, foi a do comandante do exército, general Eduardo Villas Bôas, o senhor das armas.
Escreveu no twitter: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais.”
Pois bem, a nação, a que ele se dirigiu, deseja saber agora se suas expectativas em relação ao supremo foram satisfeitas.
Por que é importante que ele responda? Porque suas palavras soaram como uma ameaça aos juízes e ao país, além de deixarem margens para inúmeras interpretações, certo?
Agora, cabe ao Villas Bôas responder as seguintes questões, para dirimir quaisquer dúvidas sobre suas declarações
Aí vão. Na sua opinião, general, o STF agiu conforme os anseios das pessoas de bem? Os valores democráticos foram assegurados? A paz social está garantida? Houve respeito à constituição?
Comandante, seria de bom tom respondê-las porque a população ficou com a pulga atrás da orelha.
Preocupados, o que mais se escutou nas ruas é se teríamos intervenção militar geral, dependendo do veredicto, claro.
E não é pra menos a preocupação, afinal, o senhor tem a autoridade, o poder, homens e armas à disposição.
E se, de repente, na sua avaliação o STF agiu contrário ao que está escrito na constituição ou ao que senhor pensa e então resolva botar o bloco na rua, quer dizer, os soldados nas ruas. As pessoas ficariam assustados, concorda?
O povo brasileiro, geralmente tão ordeiro e pacífico, precisa saber o que o futuro reserva, porque ficou no ar um certo mal estar. Suas palavras, repito, soaram como uma intimidação ao STF. E aparentemente esta sombra ainda se faz presente.
Será que os juízes se sentiram constrangidos e votaram sentindo no cangote o aço frio das baionetas?
Observe o comportamento de alguns deles.
Rosa Webber, por exemplo, mudou de voto, por quê? Medo?
Perceba um trecho de sua fala: “a decisão judicial deve se apoiar não nas preferências pessoais do magistrado, mas na melhor interpretação possível do direito objetivo”. “Compreendido o tribunal como instituição, …”. Não parece que ela está indiretamente dando satisfação ao exército?
E o Barroso. Foi patético justificando o seu voto contra o Lula. Citou aeroporto, indústria automobilística, estatísticas… De certa maneira, lembrou os congressistas votando pelo impeachment da Dilma. Esqueceu, também, que quem faz a lei é o congresso e não eles, os supremíssimos. Por isso mesmo são considerados os guardiões da Constituição.
Então general responda? Apazigue a população brasileira. Nós merecemos uma satisfação. O senhor achou ou não correta a decisão do STF? Vai ter ou não intervenção? Ou vai depender do comportamento do cidadão a partir de agora?
Queremos saber…
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