Governo discute junto ao PMDB substituição de Marcelo Castro

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Depois das polêmicas falas de Marcelo Castro, o deputado federal licenciado e ministro da Saúde, até a própria cúpula do PMDB se prepara para discutir uma possível troca do representante do partido no Executivo.
 
As declarações que incomodaram a presidente Dilma Rousseff motivaram um processo de escolha do próximo ministro, que já passou a ser sondado por Jaques Wagner, chefe da Casa Civil, que colocará na ponta do lápis junto ao futuro líder do PMDB na Câmara: Leonardo Picciani (RJ) ou Hugo Motta (PB). 
 
Em sua última exposição, Castro disse que o Brasil “está perdendo feio” a batalha contra o mosquito Aedes aegypti e que o país enfrenta “uma das maiores crises de saúde pública da história”, com o avanço da zika.
 
Em dezembro do último ano, o ministro ainda afirmou que o vírus ataca mais as mulheres do que os homens, porque eles “se protegem melhor do que as mulheres. As mulheres normalmente ficam com pernas de fora e quando usam calça comprida, não usam meia, usam sandália e os pés ficam descobertos. E o mosquito da dengue, segundo os estudiosos, é um tanto tímido, não é tao agressivo quanto pernilongo, que faz aquela zoada e pica a pessoa. Ele chega devagar e gosta das extremidades”.
 
A presidente Dilma Rousseff avalia substituí-lo logo após a escolha do novo líder do PMDB na Câmara, marcada para o dia 17 de fevereiro. A disputa por quem deve assumir o posto, no entanto, pode interferir no nome para o Ministério da Saúde.
 
Isso porque dos 67 deputados da legenda, 10 são médicos de formação e, assim, podem ser considerados para o cargo. Três deles são os que tem maior influência na bancada: Saraiva Felipe (MG), que já teve o nome rejeitado pela presidente, Manuel Júnior (PB), que é forte aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e Osmar Terra (RS), que é da ala pró-impeachment, mas acumula apoio de entidades médicas.
 
A decisão final, ainda, deverá depender da aliança do governo Dilma com o PMDB, para registrar no Ministério alguém apoiado pelo novo líder que assumirá em fevereiro. 
 
Com informações de Marcelo Freitas (Metro Brasília) e de Ilimar Franco (OGlobo)
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

21 Comentários

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  1. OSMAR GASPARINI TERRA

    Eu sei quem é Osmar Terra. Um médico recém chegado em minha cidade, Santa Rosa-RS, no início da decada de 90, que se mete na política local pelo PMDB, sendo que tínhamos prefeitos da Arena e suas ramificações desde sempre. Briga muito, com coragem e determinação, peita os velhos coronéis políticos da região e assume o PMDB regional, se candidata á prefeito e vence, para fazer história. Admirava-o nesse tempo. Depois elege-se deputado estadual, e como sabem no RS PMDB=PSDB contra o PT/PDTde Brizola, então passa a achincalhar as esquerdas, como nunca mais se reelegeu, vive de cargos na secretaria de saúde estadual ou no MInistério da Saúde, quando o PMDB apital por lá.  Sinceramente…não serve!  Um político assim deve muitos favores e o ministério será uma forma de paga-los.

  2. Genial disse o incorreptível

    Genial disse o incorreptível Jarbas :

      ”Um é preposto e o outro é teleguiado” —se refirindo a votação de líder do  P M D B.

                Na mosca !

       Mas Eduardo Cunha o guia do teleguiado disse :

       ”Não perco essa eleição nem fodendo ”—literalmente.

        Vamos aguardar.

  3. E o que esse moço faz no cargo?

    Se se está “perdendo a guerra”, ele devia sair de fininho e não alardear como se fosse culpa do governo Dilma, e não dele que não fez a tarefa que era sua. Se não tem competência nem devia ter aceito montar no cargo de ministro da saúde.

    1. Ponto otimo, mas o mais grave

      Ponto otimo, mas o mais grave eh que o MJ tambem devia fazer o mesmo e nao faz.

      Muito prefiro o nao-hipocrita burro ao hipocrita burro.

    2. A culpa é do governo Dilma,

      A culpa é do governo Dilma, do qual ele é ministro. Lembrando que a Dilma é “governo” há 14 anos e o cidadão em questão é ministro há menos de um.

  4. “Castro disse que o Brasil

    “Castro disse que o Brasil “está perdendo feio” a batalha contra o mosquito Aedes aegypti e que o país enfrenta “uma das maiores crises de saúde pública da história”, com o avanço da zika”:

    Mentira.  O Zika apareceu do nada em 23 paises ao mesmo tempo.  O Brasil nao ta pior nem melhor que qualquer um deles.

    1. E o que tem a ver o que
      E o que tem a ver o que acontece lá fora com aqui? Ele é ministro do Brasil, não secretário da ONU. E só constatou uma obviedade, estamos sim perdendo a guerra. Não se trata de apontar culpados e sim de constatar o óbvio. Não se traça uma estratégia de intervenção antes de mapear a realidade com clareza, mesmo que ela não seja aquela que gostaríamos. Mas pelo visto falar a verdade ao povo é motivo de demissão imediata neste governo, vide o que aconteceu com Levy.

      1. mas, percebam como acontece a complicação forçada…

        sempre com ajuda da mídia

        se os americanos já tivessem desenvolvido a vacina, estaria repleto de razão

        perceberam?

        primeiro vem o propósito, em seguida a razão como única saída

        próximo bilionário da praça contaminosa será um americano

        querem apostar quanto?

    2. Mentira sua. Não apareceu “do

      Mentira sua. Não apareceu “do nada”, apareceu do mosquito que não é combatido eficazmente nesse país desde a década de 80, por isso a quantidade de cidades investadas com aedes só cresce.

      Foi isso que o tal ministro disse. Não conseguimos combater o mosquito. Se outros 22 países também não conseguem, não é motivo pra alívio.

  5. ONDE ESTÁ A INVERDADE NAS DECLARAÇÕES

    O ministro Castro não falou nada de mais, a não ser a realidade, nua e crua. Estamos perdendo a batalha para o mosquito, que carrega todos aqueles virus que infernizam nossa saúde. Quanto ao dito de que as muheres são as mais atacadas pelo mosquito, porque se protegem menos, é verdadeira a afirmativa. Gostam de andar sempre muito à vontade, com poucos panos cobrindo seus corpos. por issi, torna-se alvos mais fácil. A verdade, às vezes ofende. Mas, não deixa de sê-la.

     

     

     

     

  6. a saída desse cara…

    vai se juntar ao que já temos como melhores formas de combate e vacinas

    e como já foi divulgado que a criação de uma vacina pro zika vai demorar aproximadamente 10 anos,

    fico imaginando qual seria a sua declaração ao ser informado da demora

    …até lá estaremos todos mortos…

  7. A questão é mais complexa.

    A questão é mais complexa. São Paulo é um dos maiores centros medicos do mundo, aqui 11.000 americanos vem por ano fazer cirurgias enviados por planos de saude dos EUA porque nossos custos são muito menores para certos tipos de cirurgia , há especialistas de ponta em todos os ramos da medicina, no entanto se entrega um Ministerio crucial como esse a um senhor dos grotões da especialidade de psiquiatria que ele entende à moda antiga e querem o que? Se o PMDB quer o Ministerio, o NOME tem que ser aprovado por quem assina a nomeação, é o modelo classico de governos de coalização,

    “” O cargo é de voces mas eu me reservo o direito de aprovar o nome”. porque a RESPONSABILIDADE final é da Presidenta e não do partido.

    1. Aqui é diferente André

      A única exigência é que o Ministro não entre como sócio oculto em laboratório de doleiro.

      Com a saúde pública mesmo, ninguém está preocupado.

      1. Ministros da Saude precisam

        Ministros da Saude precisam ter reconhecimento e admiração da comunidade médica como foi o dr.Adib Jatene.

        Não é a unica qualificação mas é uma das mais importantantes, o Ministro precisa ser uma liderança dessa comunidade.

        Pergunte a qualquer medico se laguma vez ouviu falar desse Ministro da Saude como médico.

  8. SEGUINDO POLITICAS ANTERIORES

    O SUS é o modelo de saude, desvios privatistas, nem pensar. Sepultar avanços na psiquiatria, referencia mundial é atropelar o governo. O Ministro pode ser de qualquer partido, mas a gestão tem deve ser de continuidade.

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