Governo pode reduzir idade mínima ou aumentar aposentadoria de mães e pais solo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Depois do vazamento da minuta da Reforma da Previdência do governo Bolsonaro – que propõe idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem, fora os 40 anos de contribuição para ter direito ao benefício integral – a notícia desta quarta (6) dá conta de uma discussão sobre reduzir a idade mínima ou aumentar o valor do benefício para mães no geral e pais que criam filhos sozinhos.

Há dois caminhos em estudo. De um lado, se a idade mínima para requerer a aposentadoria ficar em 65 anos para os 2 gêneros, a ideia é que mães e pais solo possam abater 1 ano a cada filho, no limite de até 3 filhos. Na prática, significa que uma mãe com 3 filhos ou mais poderia se aposentar com 62, não 65 anos. Se tiver 1 filho, a idade mínima cai de 65 para 64 anos.

Há no governo, contudo, quem acredite que o melhor caminho é pelo valor do benefício. Neste caso, a idade mínima de 65 anos seria mantida para todos. Mas quem tiver filhos poderá ganhar o “bônus” de 1 ano de contribuição.

Pela proposta de Bolsonaro, o tempo mínimo de contribuição seria de 20 anos. Neste caso, o requerente ganharia 60% do valor do benefício. Para chegar a 100%, é preciso contribuir por mais 20 anos, totalizando 40. Dessa forma, depois dos 20 anos de contribuição obrigatória, cada ano adiciona 2% ao valor do benefício.

Assim, pelo caminho de adicionar 1 ano de contribuição para mães e pais solo, quem tem apenas 1 filho ganharia 2% do valor do benefício de “bônus” do governo. Quem tem 2 filhos, ganharia 4% ou 2 anos de contribuição. Três filhos ou mais, 3 anos de contribuição ou 6%.

Na justificativa do governo, no caso das mulheres, o benefício não tem a ver com a dupla jornada, mas com a concepção de que as mulheres que se tornaram mães “produziram menos” no mercado para poder “se dedicar à família”, apurou O Globo.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. […]mães “produziram menos” no mercado para poder “se dedicar à família”, apurou O Globo.[..]

    Talvez alguém deveria perguntar para um rentista o que ele produz para economia.

  2. A idade mínima atualmente é de 60 anos. E o governo pode “reduzi-la” para 62?!

    Tem algo errado na matemática… ou na manchetologia.

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