Governo quer dinheiro da privatização da Eletrobras em políticas de Segurança

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Divulgação
 
Jornal GGN – Apesar do avanço da Medida Provisória (MP) 814 que autoriza a privatização da Eletrobrás, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), mostrou que além de interesse de parte dos governistas, haverá “condições” para a pauta ser aprovada.
 
Até agora, o plano de trabalho já foi aprovado no Congresso, com a realização de três audiências públicas, nos dias 27 de março e 3 e 4 de abril. O objetivo do relator, deputado Julio Lopes (PP-RJ), é apresentar seu texto até o dia 10 de abril.
 
A MP estava suspensa, em janeiro deste ano, por uma liminar determinada pelo juiz Cláudio Kitner, da 6ª Vara Federal de Pernambuco, que impedia a privatização da estatal. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a suspensão em fevereiro.
 
Atentendo a interesses de boa parte das bancadas conservadoras e aliadas do governo de Michel Temer, a pauta não enfrenta resistências, diante do polêmico ano eleitoral.
 
O próprio presidente do Senado e aliado do mandatário, Eunício Oliveira (MDB-CE), colocou a restrição de que a Eletrobras seria privatizada, desde que os recursos obtidos com essa transação fossem direcionados a áreas de segurança pública e recursos hídricos.
 
Falando em nome dos governistas, Eunício disse que o debate das audiências deve centrar não na privatização em si, o que já estaria carimbado pelos parlamentares, mas no destino que os recursos da privatização terão. 
 
“A gente precisa destinar recursos novos para que possam ser incorporados à questão da segurança pública e à questão dos recursos hídricos”, disse o governista. 
 
E adiantou o que deve ocorrer, como em tom de aviso aos deputados: “Se ele [o projeto] não vier da Câmara contemplando essas questões, o Senado com certeza vai emendar”, alterando o texto e prolongando a aprovação da privatização.
 
O objetivo do senador é alimentar recursos para o governo Temer adotar as medidas de Segurança e de questões hídricas, que devem pautar as bandeiras de campanha de sua possível sucessão e candidatura à reeleição.
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. SEGURANÇA

    Com mais essa rifa do patrimônio público a segurança vai aumentar. A segurança de ter mais dinheiro para comprar deputados e senadores. A segurança proporcionada pelas corretagens havidas nessa funebre negociata. Segurança dos compradores que disporão de mais um pedágio para impedir o progresso do Brasil. Segurança da China, virtual compradora que vai obter grandes lucros com a empresa comprada na bacia das almas.

    Segurança dos coxinhas que derrotarão mais uma vez “aquela gente” komunista. Seguros nós, que voltaremos para a roça

    Para maior segurança privatizem la santa madre, que los parió, conforme nos ensina a deputada Layda:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=ep03SW5bC0%5D

  2. Pura demagogia de ocasião.

    Quando os golpistas anunciaram inicialmente a intenção de privatizar a Eletrobrás, eles disseram que era para obter recursos para a recuperação do Rio São Francisco.  

  3. Graças a Deus está chegando o

    Graças a Deus está chegando o fim desta novela eletrobras ,privatização.Ja chega né! Estão esperando o quê,privatiza logo,chega de má gestão,roubalheira.

  4. APAGÃO

    O apagão que aconteceu essa semana foi oriunda de uma subestação pertencente à estatal chinesa State grid.

    E aí? Se for pra fazer caixa e ficar desse jeito, meu amigo!

     

    Repensem a opinião de vocês!

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