Governo se reúne com associação de shoppings para diminuir preconceito contra rolezinhos

Sugerido por Gão

Da Rede Brasil Atual

Governo pede a shoppings iniciativa para diminuir preconceito contra rolezinhos

Reorientação do trabalho de segurança está entre as condutas solicitadas. Reunião, coordenada pelo ministro Gilberto Carvalho, chamou a atenção para o caráter democrático dos encontros de jovens

 
Reunião entre representantes do governo federal e dos administradores de shopping centers do país marcou a tentativa de abrir a interlocução com empresários do setor sobre a liberdade dos jovens de promover encontros em grupo dentro dos centros de consumo. O encontro foi coordenado pelo secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que enfatizou à Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) a necessidade de rever os parâmetros de segurança de tais locais, como forma de evitar atitudes de discriminação, preconceito e violência.
 
As ministras Luiza Bairros (Igualdade Racial) e Marta Suplicy (Cultura), além da secretária nacional de Juventude, Severine Macedo também reforçaram a posição do governo de que esses eventos são reflexo da mobilidade social e do crescimento econômico observado no país nos últimos anos. E apresentaram, como um dos principais pontos a serem discutidos, o que chamaram de “reorientação dos padrões de atuação e da cultura das forças de segurança, nos diversos níveis da Federação”.
 
Outra questão colocada no encontro foi a importância de serem aprofundadas as políticas públicas voltadas para demandas da juventude, sobretudo em áreas como cultura, lazer e esporte, em todos os estados, tanto no âmbito federal como estadual e municipal.
Ficou acertado que o governo enviará representantes para aprofundar mais essa interlocução, durante nova reunião a ser realizada pela Alshop em São Paulo, no próximo dia 25 de fevereiro – com diretores operacionais de shoppings de todo o país, quando será tratada a questão da segurança interna destes estabelecimentos.
 
Por sua vez, , o presidente da Alshop, Nabil Shahyoun reafirmou sua preocupação de preservar as atividades comerciais dos shoppings e coibir a ocorrência de ilegalidades como depredações, furtos ou ameaças. Até que haja o entendimento total da situação, o empresário disse que manterá a orientação aos centros comerciais para que fechem as portas quando houver rolezinhos.
 
Por parte dos trabalhadores, marcou presença no encontro  dirigente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, que congrega grande parte dos sindicatos dos empregados do setor.
 
Rolezinhos x protestos
À tarde, durante solenidade no Ministério da Justiça, o ministro titular da pasta, José Eduardo Cardozo, afirmou que é preciso separar as coisas em relação aos rolezinhos e os protestos observados no último final de semana contra a realização da copa do mundo. Cardozo lembrou que a liberdade de manifestação dos brasileiros é garantida pela Constituição e não se pode ter discriminação ou pré julgamentos quanto à questão. Mas, por outro lado, atos ilícitos e violentos precisam ser investigados e apurados.
 
“Precisamos combinar a liberdade de se fazer manifestações com a avaliação e a apuração de situações ilícitas que tenham sido observadas. É preciso separar: quando ocorrem manifestações dentro de situações obviamente tuteladas pela Constituição, isso tem que ser respeitado e não cabe nenhum tipo de ação repressora, não é lícito. Mas quando acontecem atos ilícitos e crimes sendo cometidos, isso precisa ser apurado”, colocou o ministro, acrescentando ainda que “é preciso diferenciar as coisas sem fazer qualquer tipo de pré-julgamento ou juízo de valor”.
 
Copa do mundo
Na reunião do Palácio do Planalto também foi feita uma avaliação sobre os legados esperados pela realização da Copa do Mundo no Brasil. Os participantes destacaram que ao mesmo tempo em que é preciso divulgar mais informações sobre o que o evento esportivo deixará para o país, também é importante a conscientização do caráter democrático dos que querem se manifestar contra o evento, “contanto que sejam assegurados os direitos daqueles que pretendem acompanhar e participar, de diferentes maneiras, da competição”, colocou o Palácio do Planalto em nota encaminhada `a imprensa.
 
A princípio, o Executivo federal vem se posicionando de forma discreta sobre os protestos em geral e a violência recentemente observada na capital paulista. A presidenta Dilma Rousseff chegou a ressaltar, durante sua viagem a Cuba, que o governo de São Paulo precisa esclarecer o que realmente aconteceu nos protestos naquele estado.
 
Segundo Dilma, o Brasil já tem “maturidade democrática e poucos países do mundo tiveram atitudes com manifestações como a do governo brasileiro”, referindo-se sobretudo aos protestos populares de junho passado – discurso que foi repetido, de certa forma, pelo ministro Cardozo. “A liberdade de manifestação é decorrência natural da vida democrática”, colocou o ministro.

 

Redação

24 Comentários

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  1. Se essa notícia for

    Se essa notícia for verdadeira, outra bobagem feita pelo Governo Dilma que pisa, sem dó, em mais uma casca de banana jogada pela grande Imprensa. Em primeiro lugar é uma bobagem sem tamanho repercutir da forma como foi repercutido esse tal de rolezinho, uma bobagem midiática, típica de quem não tem assunto. Em segundo lugar, se apresenta potencial para violência, é um problema exclusivo da segurança estadual, ou seja, é um problema do Alckmin porque foi algo iniciado em SP e “exportado” para outros locais pela mídia com a única finalidade de dar conotação Federal a um fenômeno paulista. Será possível que não enxergam que isso faz parte do pacote eleitoral? Parece brincadeira…

    1. Os próprios movimentos

      Os próprios movimentos sociais caíram na “armadilha” ao promoverem rolezinhos em outros locais do país como forma de solidariedade. Em Porto Alegre só teve rolezinho (com meia dúzia de gato pingado) porque foi organizado pela UJS (União da Juventude Socialista ).

  2. Quanta hipocresía!
    Ate parece
    Quanta hipocresía!
    Ate parece que resolveu o movimento de junho, ate parece que vai resolver os rolezinhos, llevando com a barriga e os problemas aparecendo e se soñando. A sociedades tem em suas partes resolver para o bem ou para o mal doa a que doer, no Pau!
    Governo federal, policía, empresarios ate parece que o sistema eh fascista ou Sera que nao eh?

  3. realmente não dá para entender mais nada…

    socorro, Diogo Costa……………………………….qualé a desses idiotas que rodeiam Dilma?

     

    e a fortuna que está sendo aplicada no PAC? não era para suprir justamente o que estes(as) idiotas estão dizendo que está faltando e que os jovens podem encontrar nos shoppings?

     

    e o incentivo cultural, educacional, moral, etc e tal, também podem ser encontrados nos shoppings?

     

    negam o que já foi feito até agora?

     

    que porra é essa?

    1. Nao é nada disso, apenas defesa do direito de ir e vir

      O governo nao está incentivando rolezinhos, apenas dizendo que os jovens têm direito de fazê-los e nao podem ser reprimidos pelas seguranças dos shoppings. Isso é democracia básica. 

      E o próprio tópico esclarece que providências quanto às outras questoes levantadas por vc (cultura, etc) tb foram tomadas. 

       

      1. Anarquista ” lucida ” falando

        Anarquista ” lucida ” falando abobrinha novamente

        Democracia nao é so direito nao viu moça?

        Democracia é sinonimo de deveres tambem

        Sao as regras que tornam a convivencia em sociedade viavel

        Se para agradar vagabundo eu tiver que assistir vandalo correndo e gritando ou dançando no meio do caminho dos carros ou de pedestres isso nao é democracia

        Só na sua mente doente e liberticida isso pode ser sinonimo de democracia…

  4. pq federalizar?

    pq federalizar uma questão da alaçada estadual e municipal? crimes hediondos não são federalizados mas o rolezinho sim..bola fora de Dilma e do PT..na minha terra dizem que “quem muito se abaixa o rabo aparece”..

  5. Isso é simplesmente

    Isso é simplesmente RIDICULO

    Não é e NUNCA foi questao de governo intervir para negociar a favor de vandalos

    Impedir rolezinho nao é preconceito é POS CONCEITO!

    Esses imbecis do governo Estadual e Federal ainda vao se arrepender amargamente de legitimar vagabundagem 

    Atraves de sua inesgotavel capacidade de ser demagogos , e com olhos voltados à politica e nao a manutençao da ordem esses IRRESPONSAVEIs insistem em confundir pobre com vandalo e enxergar em um atos de desocupados uma manifestaçao de gente preocupada com algo ou alguem

    Eles terao oportunidade de colher os frutos de sua demagogia no decorrer do tempo , quem sabe na Copa ou nas Olimpiadas

    Esse pais nao tem como dar certo mesmo, uma questao de ordem interna que é caso de policia se transformar em uma “questao social ” com um oceano de imbecis querendo posar de moderninhos no palco da demagogia barata…

  6. foi dito, porque simplesmente estão assumindo a culpa…

    rola por aí que já virou marca registrada dos petistas paulistas………………….

     

    sem querer? duvido

    porque, não por simples coincidência, é sempre de lá que legitimam os meios de difamação do governo federal

     

    de repente, quem sabe!?

     

    ganhar um por fora, minha cara, todo mundo gosta, não é só a oposição não

  7. Lembrando que no carnaval

    Lembrando que no carnaval passado aconteceu um “rolezinho Vip coxinha

    na rua Fidalga na vila Madalena pegando moradores e frequentadores  de

    surpresa. A rua foi fechada, equipe de academias,seguranças, música(?)

    em volume ensurdecedor, havia corda para separar comuns de ungidos ,

    usaram calçadas e a agência do bradesco como privada,copos e latas  

    espalhados, brigas frequentes com moradores,invasão de quintais para

     o “xixi  básico( quando nao faziam em postes ou pneus de carros estacionados)

    foi lindo..gente sarada..ohh povo bonito sô! Se liga Haddad se rolar..vai 

    ter  que ter rolezinho  misturado..ou não pode?

  8. Mais vale tarde do que nunca

    Embora com estratégia apenas paliativa e anestesiante, o Governo tenta mostrar serviço e injetar um calmante nos protagonistas desta situação (jovens, shoppings, policias) por causa de não dispor de um diagnóstico claro e de uma política nacional sustentada e de logo prazo.

    Diagnóstico: Os jovens estão com falta do que fazer, viver a vida “ao vivo” (sair da TV, do computador e do celular). A tecnologia não é mais suficiente para assegurar o jovem em casa. O jovem gosta de tribos (turmas) e de se encontrar com os coleguinhas. Parecem querer viver ao vivo uma música de Legião Urbana.

    Solução: Dar ocupação saudável à juventude, maximizando o seu tempo de educação formal, e desenvolvimento humano e cívico, com atividades planejadas e permanentes.

    Escola: Integral (integral mesmo), com música e artes plásticas, cultura geral, esportes e recreação, saúde e alimentação. A educação brasileira utiliza a mesma sala para educar duas ou três turmas diariamente. Parece mais com uma fábrica de diplomas. Aproveitaram o mesmo investimento para triplicar a produção. Recomendo olhar países mais evoluídos em termos de educação. De 2ª a sexta-feira, de 08:00 da manhã até 18:00 da tarde, com espaço para almoço (1:30 h) e inclusive alguns sábados de manhã.Esporte: Política nacional utilizando como elemento irradiador as universidades federais e, junto com elas, penetrar em colégios e escolas. Campeonatos coordenados e planejados pelas universidades de cada área: inter escolas, inter colégios e até universitários – estes últimos em nível nacional; com torcidas, bandas e até meninas “animadoras de torcida”. Fazer ao jovem praticar e vivenciar mais o esporte. Cada final de semana devem estar acontecendo, ao longo do Brasil, pequenos carnavais esportivos, com alegria, suor e muita participação.Serviço cívico-militar: Trazer à juventude para a construção do país. Cursos técnicos profissionalizantes, atividades comunitárias, estudantes de medicina no interior, etc. Um serviço militar bem servido, qual fosse um mutirão cívico, irá fornecer ao jovem disciplina e amor ao Brasil. O jovem vai parar de pichar muros e de jogar lixo na rua e, quem sabe, até parar de cheirar, fumar bobagens e fazer rolezinhos;

     

    1. que maravilha, alexis…

      também acredito que é só por aí mesmo que podemos ter mudanças reais……………..

      e se transmitissem aos filhos, seria mais duradouro que tudo

       

      nunca acreditei em mudanças passageiras, porque mais beneficiam os que ganham com elas

       

      alguém lá de cima manda dizer que te aplaudiu bastante…o saudoso Brizola

    2. Nem vai + ser necessário ter prisoes p/ jovens, a escola bastará

      Das 08 às 18? Pobres crianças e jovens. Brincar? Para quê, né? Namorar, passear, etc? Ah, causa problemas. Cara, as escolas vao precisar ter muros muito altos, eletrificados, e com meganhas na porta. Cada um que aparece! 

      1. Talvez seja muito para você

        Eu estudei toda a minha vida escolar e sete anos na universidade assim (no Chile). Fiz esportes e muitíssima vida social. Brinquei e namorei. Fiz o serviço militar. Eu não sou como “cada um..” que você gosta de falar de forma despetiva.. e, ainda não apareci ontem neste blog.

        Este blog é bom para contar as experiencias reais da gente. Conte a sua, ou ficava à toa durante o dia?

          1. Não passo bem, pois isso me preocupa

             

            As crianças chilenas entram na escola aos 6 anos e cumprem obrigatoriamente 12 anos de estudos, até o ensino secundário. No Brasil, o ensino médio ainda não é obrigatório e a escolaridade compreende apenas a faixa etária dos 7 aos 14 anos. Já temos 32 mil escolas públicas do Brasil com escola integral. Falta muito, mas a meta é chegar até 2020 com todas as crianças na escola integral

            Parece-me inverossímil que você, pelo que acompanho neste blog, tenha sido algum dia professora.

            http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2012/08/cerca-de-32-mil-escolas-publicas-do-pais-tem-ensino-integral

             

             

          2. É pq sou e fui professora a vida inteira q sei o absurdo q vc di

            Escola integral nao significa de 8 às 18, isso é um absurdo. 

            E se tentarem obrigar jovens a cumprir esse horário, ele porao fogo na escola. PASSE BEM. 

          3. Atitude estranha

            Está atitude de dizer “Eu que sei e vc cala a boca” não tá com nada… Ou melhor, está com nada totalmente…

          4. Me desculpe, mas insisto

            Normalmente são 8 horas por dia. Não leve as coisas apenas pelo relógio, mas pelo bom senso. Os países desenvolvidos, em geral, acreditam muito no seu sucesso por causa, justamente, da educação integral, que é uma conquista da sociedade e não uma tortura para os alunos. Nas escolas que estudei tinha aulas de diversas artes, música (aprendi na escola a tocar violão), ginástica, esportes competitivos contra outras escolas e/ou colégios, etc. O nosso rolezinho era na biblioteca da Universidade, onde alguns como eu achamos que se encontram as mulheres mais interessantes do mundo (nunca numa boite nem em foto da Globo). Viver em comunidade, no entorno que dá a escola, colégio e universidade não é uma prisão, mas o caminho para a verdadeira liberdade. Respondo novamente a você por respeito, pois tenho visto comentários seus muito inteligentes, em diversos temas. Não quero impor o meu ponto de vista, mas quero dizer que não vou “passar bem” se cortamos esta comunicação de forma tão simplória.

  9. Hoje aqui em BH escutei a

    Hoje aqui em BH escutei a propaganda de um shopping popular do centro da cidade. era algo mais ou menos assim:

    “Rolezinho é aqui! venha para o shopping XXX…”

     

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