Governo usará aplicativos para cadastrar trabalhadores e pagar R$ 600 durante epidemia

Jornal GGN – O presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães e o ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni informaram nesta sexta (3) que vão lançar mão de dois aplicativos de celular para efetivar o pagamento dos R$ 600 aprovados pelo Congresso como ajuda financeira durante a quarentena. Os dirigentes, contudo, não estabeleceram uma data certa para começar a executar todos os pagamentos.

Segundo Guimarães, são dois tipos de aplicativos. Um para que os brasileiros que ainda não estão no Cadastro Único possam fornecer seus dados ao governo, para que sejam avaliados quanto à possibilidade de recebimento do benefício. O segundo aplicativo será lançado para informar apenas quando e como os pagamentos serão, de fato, executados.

Os beneficiários do Bolsa Família já estão elegíveis e constam na base de dados do Cadastro Único, logo, não precisarão usar o primeiro aplicativo. Ele deverá ser usado por micro empreendedores individuais (MEI), contribuintes individuais do INSS, trabalhadores informais e outros que não “estão em base nenhuma”. “Se a pessoa tiver o registro, o aplicativo vai informar na hora”, diz Guimarães.

O aplicativo para compartilhamento de dados deve ser lançado na próxima terça-feira. Uma vez cadastrado, o cidadão deverá aguardar cerca de 48 horas até saber novas informações sobre se receberá o benefício, em que conta ou meio, e quando.

Guimarães afirmou que o público dos R$ 600 que não for pago por aplicativo porque não tem conta em banco, poderá recorrer às caixas lotéricas.

Ele também disse que, numa medida sem precedentes, a Caixa está autorizada a abrir um novo tipo de conta bancária para facilitar as operações.

O ministro Paulo Guedes pediu ajuda dos brasileiras para “orientar” trabalhadores informais sobre o uso do aplicativo.

“Cada um de nós conhece um deles. São taxistas, ambulantes, faxineiras, engraxates… Cada um de nós conhece e pode orientar uma pessoa. Avisar do aplicativo e se a pessoa não tiver, ajudar ela (com o celular).”

Segundo Guedes, “a operação é simples, é só ajudar ele a se cadastrar que o dinheiro vai chegar. Nós podemos ajudá-los de forma que nenhum ficará para trás.”

“Numa hora como essa, mais do que nunca, nós precisamos alcançar os invisíveis, aqueles que nunca pediram nada para o governo. Eles são invisíveis para a máquina do estado. Numa hora dessas, eles perdem a capacidade de auto-sustentação”, disse.

Redação

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