Grupo da Lava Jato na PGR pede demissão após investida contra núcleo de Curitiba

Conflito tem como estopim a tentativa do procurador-geral da República, Augusto Aras, de acessar informações sigilosas da força-tarefa

Edifício da Procuradoria Geral da República em Brasília | Foto: Divulgação (PGR)

Jornal GGN – Após a visita da subprocuradora-geral da República, Lindora Araújo, à força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, o grupo de trabalho da operação na Procuradoria-Geral da República (PGR), sob a gestão do procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu demissão nesta sexta-feira, 26 de Junho. 

O grupo de procuradores alegou discordâncias com a gestão de Aras e ação da coordenadora, pessoa de confiança do procurador-geral. De acordo com ofício enviado pela força-tarefa à Corregedoria do Ministério Público Federal, a visita de Lindora tinha como objetivo o acesso a informações sigilosas da operação. 

A medida é ilegal, “já que tal trabalho cabe apenas à Corregedoria, quando instruída por desconfianças em relação ao procurador investigado”, destacou Luis Nassif, no “Xadrez das investigações contra a Lava Jato”. 

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De acordo com informações da colunista Bela Megale, no O Globo, “os procuradores de Curitiba suspeitam que Aras busca acessar dados da Lava-Jato para atacar o ex-ministro Sergio Moro”.  

O primeiro coordenador da equipe, José Adônis Callou de Araújo Sá, pediu demissão em janeiro. Em seguida, Aras nomeou Lindora para o cargo.

Nesta sexta-feira, pediram demissão os procuradores Hebert Reis Mesquita, Luana Vargas de Macedo e Victor Riccely. A integrante mais antiga na Lava-Jato da PGR, Maria Clara Barros Noleto, deixou o grupo no início do mês. 

Em nota, os  procuradores que integram as forças-tarefas Lava-Jato no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro e força-tarefa Greenfield afirmaram ter confiança nos trabalhos desenvolvidos pelos colegas nos casos da Lava-Jato na PGR.

“São procuradores da República competentes, dedicados, experientes e amplamente comprometidos com a integridade, a causa pública e o combate à corrupção e enfrentamento da macrocriminalidade”, diz trecho da nota.

Redação

5 Comentários

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  1. Será preciso privatizar as águas para cobrar as contas que a lava-jato deixaram para o país?
    Essa “força tarefa” já devia ter se desfeito a partir do power point do ” delanhol ” o gogoboy avivado “, como diz o nosso colega J.Cordeiro(?).

  2. No site Conjur, um texto afirma que a à quadrilha de curitiba comprou 3 guardiões, cada um custa 1 milhão

    A quadrilha deu sumiço, ou melhor ROUBOU, 2 equipamentos.

    Bandido bom é bandido morto

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