Jornal GGN – O resultado de 1,1% para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2019 ficou dentro do esperado pelo governo, nas palavras do ministro da Economia Paulo Guedes.
Contudo, a variação divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) foi de menos da metade do inicialmente projetado pelos economistas – em dezembro de 2018, analistas projetaram crescimento de 2,55% para o ano passado.
“Até agora, eu não diria que houve surpresa nenhuma. Estou surpreso com a surpresa que vocês estão tendo”, disse à imprensa ao fim de cerimônia no Palácio do Planalto. Ao sair do prédio do ministério em Brasília para ir ao evento, Guedes já havia afirmado não ter entendido a “comoção” com o resultado, segundo o jornal O Estado de São Paulo.
O secretário-especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, também afirmou que o resultado do PIB no ano passado veio em linha com o esperado.
A “comoção” talvez se dê por ter sido o terceiro ano consecutivo de fraco crescimento econômico: em 2017 e em 2018, a primeira divulgação do PIB avançou 1,1%. Posteriormente, os dados foram revisados para 1,3%. Em 2015 e 2016, houve queda no PIB.
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Acho é pouco para a cara da midia.
Também acho. Estamos recebendo essa injeção de otimismo explícito e injustificado desde 2016. Sem dó nem piedade e muito menos vergonha na cara passamos do “esse ano o PIB dobra”, de início de 2019, para o “agora vai”, discursado desde dezembro que foi embalado pelos 9% de “aumento” das vendas dos shoppings.
Tudo mentira deslavada. Agora, Guedes afirma, com a desfaçatez dos loucos ou dos safados – opção a sua escolha e não mutuamente excludente – que feita a reforma administrativa e a reforma tributária o PIB “estoura” nos 2% de crescimento.
2%, tá bom. Primeiro é um crescimento chinfrim, aqui e em qualquer canto do mundo. Segundo, é exatamente a mesma enganação do “tira a Dilma que decola”, faz a reforma trabalhista que vai faltar vaga aberta, aprova a PEC do fim do mundo que entramos nos eixos e a fada da confiança vai fazer a mágica do crescimento, oferta gerando demanda, Lei de Say na veia – só se for a Lei do Sai de Baixo – e, por último a reforma da previdência, aquela feita para o Brasil não quebrar.
Mas, bem feito. Hoje, um ex-professor, guindado a microempreendedor uberista, que levou-me ao aeroporto reclamava da vida e da situação do país “esse governo está uma m…! culpa do Congresso que não deixa o presidente mudar o país”. Eu nem me dei ao trabalho de argumentar. Afinal, ex-professor e presidente de entidade empresarial pensam igual. Quem sou eu para retrucar?
Para uma mídia que adotou a banca das fake news, o espanto é mero formalismo de mentirosos…
Farsantes!
Ta “serto”. Não é como se ele tivesse dado uma entrevista no final de 2018 dizendo que o PIB poderia crescer até 3,5% caso a reforma da previdência fosse aprovada… Não, pera…