Haddad destaca ameça sobre a proximidade da ala militar do governo e centrão

“As ameaças que pairam sobre o país tornaram-se insuportáveis”, escreveu o político e professor

Jornal GGN – A proximidade entre o chamado Centrão e o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) expõe a fragilidade do nosso sistema político. “As ameaças que pairam sobre o país tornaram-se insuportáveis” explicitou o professor e político Fernando Haddad em sua coluna desta sexta-feira, 22 de maio, no jornal Folha de S. Paulo.  

Para Haddad as últimas decisões do governo federal como, por exemplo, indicar o uso da cloroquina no tratamento de casos leves de Covid-19 sem comprovações científicas sobre a eficácia da droga, são consequências das recentes nomeações, que serviu de moeda de troca, entre Bolsonaro, militares e o centrão. 

“O centrão, como se sabe, serviu a vários governos, sempre como coadjuvante. Sem condições de apresentar um projeto para o país, atuava como linha auxiliar de quem dispunha de uma visão de futuro, em troca de espaço na máquina pública, decorrência infeliz do nosso sistema político-partidário”, escreveu Haddad.

Mas, o político ressaltou “essa, porém, é a primeira vez que o centrão adere a um governo sem projeto, um governo que é puro movimento, expressão da desigualdade e da intolerância”. 

Em sua análise, Haddad afirma que “o comportamento dos militares bolsonaristas no governo, inclusive quanto à chegada do centrão, significa que eles tampouco têm um projeto de país em mente. Sua adesão parece marcada por ambição pessoal, em alguns casos, ou por mera simpatia pelo caráter manifestamente autoritário do governo”.

“Os democratas podemos abraçar projetos diferentes, mas há aquilo que deve nos unir acima de tudo. As ameaças que pairam sobre o país tornaram-se insuportáveis”, destacou. 

 

Redação

2 Comentários

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  1. Haddad sempre elegante e humanista fala através de parábolas!Mas eu na verdade vos digo: O Centrão na cabeça de Boçalnaro e seus asseclas militares deverá ser a volta da ”Arena”.

  2. Análise política do Haddad vale menos que um tostão furado. Esse cara é um bom administrador em condições estáveis. Bote esse sujeito em meio a uma crise e ele só fala besteira. Sem visão. As falas do Haddad nas reuniões do PT são sofríveis em termos de imaginação. Uma mediocridade política sem fim. O rei do lugar-comum.

    É incrível: tem gente que percebeu em janeiro, fevereiro de 2019 que esse governo não tinha projeto. O Haddad percebeu só agora. A análise dele é quase historiografia, nunca diz respeito ao hoje e amanhã, mas sempre ao anteontem.

    E observem, ele propõe a Frente Ampla mas NÃO PROPÕE UM PROGRAMA!!! Em política, programa é tudo, vale mais um programa sem movimento tático do que movimento tático sem programa. Ou seja, ele propõe a aderência à estratégia da DIREITA, e não uma estratégia autônoma da esquerda. Em termos políticos, o Haddad propõe uma política de direita, isto é, que só vai beneficiar a classe burguesa.

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