Henrique Pizolatto e o fator Gushiken

Dificilmente haverá uma revisão das penas aplicadas a Henrique Pizolatto no julgamento da AP 470.

Segundo técnicos do STF (Supremo Tribunal Federal) que participaram das análises do processo – não ligados a Joaquim Barbosa – há um conjunto de provas e circunstâncias que tornam muito difícil apostar na revisão da pena, prinipalmente devido à fragilidade dos depoimentos de Pizolatto.

Eles firmaram a convicção da sua culpa baseada em um conjunto de provas e de circunstâncias.

1. O depoimento de Pizolatto na CPMI dos Correios foi altamente comprometedor. A parte mais grave foi sua declaração de que em todas as assinaturas em documentos limitava-se a cumprir ordens de Luiz Gushiken, Secretário de Comunicação do governo federal e seu amigo pessoal. Jogou Gushiken no meio da figueira. Esse episódio foi crucial para análises posteriores sobre sua atuação.

2. Não se considerou que os recursos da Visanet eram públicos. De fato, o Banco do Brasil fez um aporte inicial no fundo Visanet mas recebeu dividendos em valor maior. Para se enquadrar em peculato basta o crime ser cometido por funcionário público, independentemente da natureza dos recursos ser pública ou privada.

3. Há evidências de que ele não tinha a prerrogativa de, sozinho, autorizar despesas ou antecipar pagamentos. A alegação dos técnicos é que o erro teria sido não incriminar os demais funcionários que assinaram os documentos.

4. Ponto central  da acusação foram os R$ 320 mil recebidos por Pizollatto de Marcos Valério. No dizer de um dos advogados que analisou a questão, “em nenhum momento Pizolatto se ajudou”. Ou seja, apresentou explicações plausíveis para a história.

No depoimento prestado em juízo, Pizolatto alegou que recebeu telefonema de uma secretária de Marcos Valério avisando-o da entrega de documentos. Pediu então que um contínuo da Previ fosse buscar o envelope e deixasse em sua casa. Eram dois envelopes.

Depois, teria saído para algum compromisso qualquer, deixando os envelopes no saguão. Na volta pegou-os, levou para seu apartamento. Algum tempo depois ligaram da portaria dizendo haver um emissário do PT para retirar os envelopes. O rapaz subiu até o apartamento de Pizolatto e teria levado os dois envelopes.

Segundo o depoimento de PIzolatto, em nenhum momento ele abriu os envelopes ou soube do seu conteúdo.

Havia um relatório da Polícia Federal que atestaria a não comprovação de parte das verbas da VIsanet. Provavelmente esse laudo foi rebatido depois, por outros laudos ignorados por Joaquim Barbosa. Mas o fato que levou à sua incriminação foi a antecipação do pagamento da verba, permitindo a Valério aplicar no mercado financeiro.

Os seguintes pontos foram decisivos para firma a convicção sobre a culpa de Pizolatto:

1. O cheque foi preenchido até com centavos. Se fosse contribuição partidária não haveria necessidade de centavos. Era muito mais condizente com uma comissão do que com uma contribuição de campanha.

2. No depoimento prestado ao juiz, Pizolatto não soube informar o nome da Secretária de Valério. Informou que a ligação recebida, com prefixo 031, não constava da sua agenda, não sendo possível identificar.  O juiz insistiu com ele como seria possível receber um telefonema, sem saber quem era a pessoa, e mandar retirar docume’tos que ele nem sabia quais seriam.

3. A mesma dúvida em relação à não identificação do emissário do PT. E aí bateu o fator Gushiken. Se Pizolatto não teve dúvidas em mencionar (e incriminar) o próprio Gushiken, qual a razão para poupar o emissário do PT? Firmou-se a convicção de que Pizolato teria criado a versão.

É possível que, depois das consequências de ter mencionado o nome de Gushiken na CPMI, Pizolatto tenha ficado tão traumatizado que não quis repetir mais nenhum nome em juízo

Pode ser culpado. Pode ser o homem errado, vítima apenas de sua enorme fragilidade emocional.

Em nada desmerece a luta comovente de sua esposa para demonstrar sua inocência.

Luis Nassif

92 Comentários

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  1. Ouvir a outra parte

    Para “fechar” jornalisticamente a questão, seria interessante, o que talvez se desdobre em “furo” jornalístico, manter contato com a mulher, ou advogado de Pizolatto, para que conteste as informações levantadas na matéria.

    1. Ótima observação. Esse seria

      Ótima observação. Esse seria o procedimento jornalístico correto, que deveria ser seguido por padrão pelo Nassif.

      1. Correto

        Correto.

        Além disso, um jornalista responsável e competente iria atrás de tentar saber o que houve com a iniciativa da direção do BB que solicitou os autos e o acordão da AP 470, visando abrir um processo na Justiça para pedir o ressarcimento de todo o dinheiro supostamente desviado do contrato DNA/BB, conforme relatado por JB.  Idem, a Visanet.

        E um jornalista responsável e competente também iria atrás de saber como ficou a intimação que os escritórios de advocacia de Pizzolato e dos publicitários, donos da DNA, fizeram às empresas de mídia, fornecedores, artistas, produtoras de peças de publicidade para que elas digam se prestaram ou não serviços à DNA no escopo do contrato DNA/BB.

        1. Já fiz essa indagação ao BB,

          Já fiz essa indagação ao BB, via Portal da Transparência, e ele respondeu através de enorme arrazoado cujo escopo é o sigilo bancário(?). 

          Pode ser que o Nassif, um jornalista conceituado e respeitado, consiga uma resposta peremptória, 

          Pelo que sei do BB posso afirmar com toda convicção(sou aposentado e meus últimos quinze anos antes da aposentadoria foi como gerente de agências):

          1) Não tem nenhum, mas nenhum cabimento essa acusação de que Pizzolato autorizou, sozinho, pagamentos para a DNA. Isso simplesmente ficou impossível desde os meados dos anos 90 quando da reengenharia pela qual passou o conglomerado BB. Tudo passou a ser decidido em Comitês e com observâncias de alçadas.

          2) Os recursos, se provindos da VISANET, de maneira nenhuma eram públicos, ou seja, do BB. O ridículo de tal imputação atinge o paroxismo quando um ministro do STF, Ayres de Brito, de forma patética justificou não serem privados porque VISANET era o nome de fantasia da Companhia BRASILEIRA de Meios de Pagamentos, e que portanto(aí ele lasca uma non sequitur) esse termo BRASILEIRA implicava ser a mesma uma empresa pública. Por essa “brilhante” deduzção do “pueta”, o Jumbo Pão de Açuca(Cia. Brasileira de Alimentos) também seria estatal. 

          3) Enquanto vice-presidente representante dos funcis junto à Diretoria e já como Diretor do banco nunca se ouviu falar dele; nem como pessoa nem como executivo.

          Essa ilação de que os centavos é um indício de comissão, e não de recursos para o partido é por demais frágil. O mais coerente seria o contrário. Propina com centavos? 

  2. Pizzolato errou, cometeu ilícitos penais

    Mas isso não faz dele menos humano.

    O que irrita, a mim particularmente, são pessoas que não conhecem esses fatos e não argumentam com essa serenidade, partirem, sem qualquer razão, a não ser por vontade de atacar os outros, para desqualificar quem conhece os fatos e a lei e não têm duvidas da culpabilidade dele. Isso não ajuda em nada a defesa dele e compromete a imagem das pessoas que agem assim e das instituições que elas estão a representar, ainda que circunstancialmente.

    Essa falta de racionalidade, de honestidade para com os fatos, é o que incentiva a troca de impropérios, porque a discussão se transfere para a esfera pessoal a partir dos ataques pessoais feitos em defesa de Pizzolato, quando devia se ater aos fatos. Pizzolato cometeu crimes, não há dúvidas em relação a isso. O peculato e a corrupção passiva estão provados no processo do mensalão. A fuga para a Itália, usando documentos formal e ideologicamente falsos, só piorou tudo.

        1. Eu não sou tucano

          Nunca fui. Esse é o problema de pessoas como você. Acham que tudo se resume a ser tucano. O resultado é o que estamos assistindo no Brasil hoje em dia. Vésperas de Copa do Mundo e ninguém se empolga, só querem falar mal das coisas, etc. Muitas pessoas se sentem agredidas pessoalmente por sujeitos com a tua mentalidade, mentirosos, que distorcem as coisas, porque são incapazes de enxergar o mundo de uma forma mais ampla, salvo a briguinha medíocre entre PT x PSDB.

          Só para o teu conhecimento: votei no Lula em 1994, 1998, 2002 e 2006 e votei em Dilma em 2010. Nunca votei no PSDB.

          A única coisa que me faz pensar ainda em votar em Dilma em 2014 é que eu ainda tenho esperanças de que ela seja diferente de pessoas como você e que no governo existam pessoas diferentes de sujeitos como você.

          São pessoas como você que ajudaram a criar a antipatia que existe hoje contra o governo. Vocês são incapazes de lidar com o contraditório de forma democrática. Tudo vira ataque pessoal. Vocês mesmos justificam o ódio que muitas pessoas sentem pelo PT. O partido termina sendo confundido com pessoas toscas como você. As pessoas não param mais para analisar o que de bom pode ter sido feito. Elas só vêem esse comportamento aloprado que você e outros ostentam aqui como símbolo do que é o PT.

          Agora, pode generalizar isso para muitas e muitas situações. Pronto. Fica fácil entender por que a antipatia é grande. Criou-se uma imagem de gente intolerante, que agride os outros, que se acham donas do poder, que não querem “largar o osso”. Claro, se os próprios petistas agem assim, ninguém vai pensar diferente. Não discutem política civilizadamente. Só querem saber de arrotar certezas e desprezar a opinião dos outros. Não se governa dessa forma, filhinho. Isso aí é o mesmo que pegar a corda e se enforcar.

          1. Argolo

            Argolo: não sabia que aquela foto era tua. Brincadeirinha.

            Agora, falando sério, se te ofendi te chamando de tucano peço desculpas. Eu, também, já fui acusado de tucano e sempre votei no PT e no PCdoB.

            Em outras ocasiões já reconheci o teu poder de argumentação baseado no teu conhecimento jurídico.

            Entretanto, você quando argumenta sobre Pizzolato, você demonstra certezas que já foram seriamente contestadas por jornalistas independentes como Raimundo Pereira, da revista Retratos do Brasil, por exemplo, e outros, como o blog Megacidadania que, também, apresenta documentos que realmente colocam em dúvida a culpabilidade de Pizzolato.

            Se você continuar argumentando com base nos autos da AP 470, você continuará condenando Pizzolato, como o condenou o Ministro Lewandovsky.

            Acontece que provas constam em processo paralelo que foi escondido por JB com o tal “segredo de justiça”. Todo o mundo jurídico já sabe disso. Me espanta você não saber.

            Eu te desafiei várias vezes, nesses últimos meses, a enfrentar essas provas e as reportagens de Raimundo Pereira até para que eu, quem sabe, me convencesse da culpabilidade de Pizzolato.

            Mas você, como advogado, se agarra aos autos.

            Ora, pôrra, deixa os autos p’ra lá. Que tal ouvir o outro lado. Você, por acaso, é advogado de uma nota só. Dê uma chance para o Pizzolato. Na dúvida, pro-réu.

            Pizzolato sempre foi bem de vida. Salário de funcionário do BB, esposa arquiteta, sem filhos. Sobrava dinheiro para o casal. Sempre foi idealista da velha guarda do PT. Porque iria sujar as mãos por míseros R$ 320.000,00 ? Não é razoável. Não é crível.

            Armaram contra o PT desde a estória do “Ali Babá e os 40 ladrões”. Pizzolato era o bode expiatório ideal para os propósitos da PGR e de JB. JB é um patife mau-carater. Hoje, isto está claro até para a grande maioria do mundo úrídico.

            Se você começar por aí, você terá como tirar a prova dos noves e até convencer quem pensa o contrário. 

            Vai restar o crime de caixa 2, já confessado por Delúbio Soares.

            ..

  3. “Se Pizolatto não teve

    “Se Pizolatto não teve dúvidas em mencionar (e incriminar) o próprio Gushiken, qual a razão para poupar o emissário do PT? Firmou-se a convicção de que Pizolato teria criado a versão”:

    A razao seria que o “emissario do PT” nao era do PT.  Era tucano.

    Tenho menos duvidas disso do que se o nome dele tem um “t” ou dois “t”‘s.

    (Nao eh bom sinal pra ele em ambos os casos, mas ainda ha uma chance dele estar protegendo alguem.)

  4. Curioso é que…

    O curioso é que durante as sessões plenárias da AP470 as convicções apresentadas foram em torno sim do desvio de dinheiro PÚBLICO e não do que afirma agora este técnico do STF.

     

    1. “durante as sessões plenárias

      “durante as sessões plenárias da AP470 as convicções apresentadas foram em torno sim do desvio de dinheiro PÚBLICO e não do que afirma agora este técnico do STF”:

      Nao existem chances de TODOS eles terem mentido, Flavio.  Quem mentiu foi o SUPREMO BRASILEIRO.

      1. pois é…

        E como conviverá o STF com esta mentira tão recente e tão histórica?

        Como se expugará desta mancha?

        Creolina será pouco!

        Eu não sei quando e como sugirá o mea culpa do STF, mas se não surgir será ainda pior!

         

    2. AP 470 pura  politicagem, que

      AP 470 pura  politicagem, que produziu as seguintes pérolas do absurdo:
       

      Ayres Brito:  A VisaNet é pública porque tem a palavra “brasileira” no nome.  … um projeto de poder quadrienalmente quadruplicado. Projeto de poder de continuísmo seco, raso. Golpe, portanto. (Ayres Britto)

       

      Ban-co-do-Bra-sil, senhores. (Gilmar “Dantas” Mendes) O dinheiro da VISANET

  5. Comissão de que?

    “O cheque foi preenchido até com centavos. Se fosse contribuição partidária não haveria necessidade de centavos. Era muito mais condizente com uma comissão do que com uma contribuição de campanha”. Se fosse dinheiro de corrupção, alguem iria exigir centavos? Só cheques honestos teriam isto.

    1. Concordo.
      Os tais “técnicos”

      Concordo.

      Os tais “técnicos” não ligados ao capitão do mato entendem as coisas como eles querem entender.

      Por qual motivo ele deveria saber o nome do emissário do PT?

      E o laudo 2828/2006 que descreveu tudo em relação à visanet, esclereceu de onde vinham os recuros e para onde iam, com várias tabelas, com nome dos gestores do fundo e onde nem aparece o nome do Pizzolato.

      Não aparece o nome do Pizzolato, mas aparece o nome do genial Daniel Dantas.

      Mas, com este ninguém mexe. 

    2. Valor redondo?

      Um valor quebrado até os centavos é mais suspeito que dez mil dólares redondos, e nada mais, para  comprar um apartamento  em Miami? Com a palavra, o Sr. Joaquim Barbosa…

  6. De qualquer fomra

    Ele não teria poder de assinar sozinho os empréstimos. O mais repugnante é ver um juiz tirar os nomes de todos do PSDB da reta e só deixar o do PT. Calhordice tem nome e endereço. 

  7. Ele errou…
    Perfeito…
    Mas,

    Ele errou…

    Perfeito…

    Mas, a um SEGUNDO JULGAMENTO ELE TEM DIREITO OU NÃO TEM?

    Qual o FORO PREVILEGIADO DO PIZZOLATO?

  8. Super simplificado

    Miguel do Rosário já rebateu uma por uma dessas acusações no Blog o Cafezinho.

    Na CPMI, o Pizolato não envolveu O Gushiken. Ele apenas disse quem era o responsável pela SECOM… O relator é que embrulhou tudo…

  9. ué???  e aquela papagaida que

    ué???  e aquela papagaida que o Pizzolato tinha uma carta na manga que mostraria a farsa do julgamento, bla bla bla.

     

    no fundo ele era o mais enrolado de todos e fugiu!  como foi pego, dá para perceber quão amadores são os malandros petistas!

     

     

  10. Eu só queria saber quando as

    Eu só queria saber quando as outras pessoas que assinaram os documentos junto com Pizolatto serão julgadas. Porque todos os documentos do BB tinham outras assinaturas além da dele.

  11. Pizzolato e Daniel Dantas

    O Pizzolato incriminou o Gushiken porque trabalhava para o Daniel Dantas, que é o maior financiador do Marcos Valério.

    Fez um serviço que interessava ao Dantas. Incriminou um Gushiken inocente e colocou um bode na vida dele.

    Depois mudou o depoimento também a serviço. Foi exatamente quando ele mudou o depoimento que o Dantas entrou em uma grana preta com a negociação da BROI, que o governo apoiou com a conversa mole da SUPERTELE. Pagou Dantas algo que não precisava pagar. O Gushiken era o único que poderia ter bloqueado esse negócio nocivo ao Brasil. Aí a negociação tirando o bode da sala dele.

    Pizzolato tem que pagar muitos e muitos anos de cadeia pelo que fez a Gushiken. Quem sabe ele não se penitencia e entrega quem ele tem que entregar, o verdadeiro financiador do Mensalão e do apartamento que ele pagou com o dinheiro vindo em um envelope que ninguém sabe de onde.

    1. Isso pode acontecer

      Eu também acredito que é muito grande a chance de Pizzolato confessar, num momento de pressão e desequilíbrio. Que ele não aceita de modo algum ficar preso, isso já ficou claro quando ele fugiu para a Itália. Daí para começar a nutrir ressentimento por lideranças do PT e do Governo, como se tivesse sido abandonado, não falta muita coisa. Pizzolato tem o clássico perfil de quem confessa os crimes e faz acusações contra outras pessoas depois de um certo tempo. E ele tem o perfil de quem confessa precisamente por instabilidade emocional, como frisou Nassif.

      Não irei me admirar se, com a certeza do cumprimento da pena em regime fechado cada vez mais perto, Pizzolato terminar confessando tudo. Eu acredito que é grande a chance disso acontecer. Ele vai acusar o esquema para diminuir a sua culpa e também para não pagar sozinho. Isso é muito comum. Do que ele disser, podem até abrir novos inquéritos e passarem a processar outras pessoas, quando não as mesmas do mensalão, mas pela prática de outros crimes. Isso não é uma hipótese descartada (apesar da chance de prescrição ser muito grande).

      É certo que a esposa dele o defendeu em muitos locais e isso pode freá-lo, para não comprometer a imagem dela, até porque, ela pode não saber de nada. O problema é que quando a pressão se torna insuportável, algumas pessoas simplesmente não aguentam e confessam, até como retaliação e forma de diminuir a culpa.

  12. Se nao dá pra confiar no

    Se nao dá pra confiar no PODRE JUDICIARIO, e em especial no STF, STJ, CNJ……iremos nós pobres mortais confiar numa analise de um tecnico do STF…., onde todos comem restos de merdas jogada ao chao pelo Bar……bosta, aquele que tomar banho em banheiro folheado a ouro, no proprio serviço??? aquele que tem o filho trabalhando na Rede Globo para Luciano HJILK onde o pai tem um processo com o Marcos Vaelerio que sera julgado pela bostissimo nao senhor BAR…..BOSTA!!!!

    EXTINÇAO DO PODRE JUDICIARIO  e criaçao de uma CORTE DEJUSTIÇA, sem estes BANDIDOS DE TOGA que infestam o PODRE JUDICIARIO!!!!

     

  13. O “sucesso” e a real eficácia de uma farsa bem amplificada

    Não vou nem entrar em detalhes Pizzoláticos específicos, já que nem sobre ele nem sobre este processo 171, digo 470, a discussão pode ser muito produtiva com a falta um pedaço crítico que é o 2474. Vou para o geral:

    Não tenho dúvidas que nas movimentações partidárias recebidas e ou gastas em caixa 2 (qualquer partido, na maioria dos países do mundo) existe apropriação em forma de prêmios, comissões e propinas das mais variadas formas. Muito menos estarei concordando com estes processos (mas não sou marciano).

    Igualmente, sabe-se que, também no mundo todo, nenhum partido recebe contribuição privada (em caixa um ou dois), de forma “ideológica ou filantrópica’. Acertos são evidentemente esperados mais à frente pelo princípio da “gratidão”…

    Por último, nos países onde a Justiça tenha um mínimo de decoro jurídico, ainda que um acusado não dê boas explicações para as questões levantadas (fato do post), isto eminentemente o credencia como suspeito. Mas sempre quem terá que provar que houve o delito é a Justiça.(a famosa dúvida razoável, em favor do réu).

    Neste âmbito (administração de sobras de caixa 2 de coallizão multipartidária eleitoral), não tenho muitas dúvidas de que se praticaram (e ainda se praticam e praticarão, em qualquer partido) mal feitos.

    O que é escandaloso (na verdade arbitrariamente maquiavélico) é que:

    1) Somente um partido leve esta pecha.

    2) Que se tenha juntado um conjunto variado de delitos e pessoas diferentes em um único conjunto qualificado como “quadrilha do mensalão”, criando um monstro jurídico-criminal que é uma colagem deles.

    3) Que esta colagem seja usada, maquiavelicamente, para destruir o partido “menos pior” que dispomos hoje. O mais republicano, o mais pragmático (sem sonhos “revolucionários”) em termos de considerar o “todo”, nas várias tendências políticas, econômicas e sociais, privilegiando claramente o fortalecimento dos músculos atrofiados deste gigante deitado: a população menos favorecida e mais numerosa, o que afinal poderá levantá-lo definitivamente.

    4) Que esta colagem jurídica sirva para desmoralizar a Política (na verdade, desmoraliza a Justiça), levando o povo distraído a uma falsa “indignação” para que desprezem e aceitem pensar em regimes de mais “pulso” em vã e histórica ingenuidade. Ou a quer “mudar” e, novamente, cair no colo deles.

    5) Ouso dizer que a única manobra eficaz que esta medíocre oposição e sua miíRdia conseguiu fazer nos últimos 12 anos foi exatamente esta farsa “mensalesca” que começou numa CPI dos Correios (!) e terminou neste espetáculo circense eleitoreiro que através de uma intensa e interminável barragem de artilharia miRdiática, está conseguindo minar a confiança de boa parte da população, principalmente na classe média e até emergente em um governo que privilegia o país e não suas próprias patotas.

    6) Como são (historicamente medíocres, nem assim conseguem prevalecer, apesar de todo o poder econômico, miRdiático, político (sim, além do Congresso, estados, municípios e seus legislativos) e larga aparelhagem das instituições publicas (e privadas), como ministérios, parte do legislativo, poder Judiciário, etc.. Embora rica e poderosa, uma das elites mais medíocres do planeta.

    7) Enfim, o maior desgaste que o atual governo tem é todo derivado deste farsesco episódio que é o núcleo único e doente da estratégia oposicionista, embora causando estragos no clima politico-social da nação e mesmo do desânimo de sua economia (e corpo mole deles mesmos), com uma enorme oportunidade sendo perdida. A de, sob uma já longa crise mundial, crescer muito mais, com uma reconhecida distribuição de renda, emprego ~pleno e riquezas disponíveis, com um aumento enorme no contingente de partícipes da economia e da capacidade de produção e 2 eventos que são os de maior visibilidade mundial para qualquer país. Encadeados!

    8) Ao invés disso, o que se discute na nossa agenda principal é o Pizzolato, o celular do Dirceu, o pití do JB, o linchamento de uma mãe … ou o abafamento do helipóptero, da represa abandonada pela Sabesp, do trensalão. Pior ainda, os protestos “difusos”, com participantes “difusos”, destruições gratuitas “difusas”, que não dizem o que querem de verdade, e que a míRdia sequestra para difundir que “querem mudar” … sim, pra onde? (pro colo deles?)

    9) Há dias do início de uma Copa no país, ao invés de ganhar-se dinheiro, encher hotéis, vender quinquilharias e serviços, um aparente marasmo (fora os estapafúrdios protestos) que, ao contrário, não se compara às vesperas das Copas anteriores, lá fora, com intensas discussões e preparações sobre o evento, etc., Pouco ou nada (será isso positivo, amainando a nossa personalidade de ser o “pais do futebol”? E do Carnaval? Estaremos deixando de cultivar nossa famosa alegria despreocupada e nos tornando um povo da “mudança difusa”?

    Enfim, não estou saindo da AP470. Estou dizendo que a oposição se pendurou nela há 9 anos como o ovo da serpente que pode envenenar, paralisar e sufocar o bocejante gigante que eles não querem acordar.

    Tem sido a única arma deles.

    Mas com o efeito de um enorme monolito de Césio-137.

    1. Você tem uma certa razão em muito do que fala

      Concordo com boa parte do que você diz. Concordo que a ênfase no mensalão é uma estratégia que visa atacar o PT como um todo, que é a única arma que a oposição tem, que mina a confiança das pessoas nos políticos, que confunde o PT com corrupção, que causa caos social, etc, etc. Concordo que o movimento anti-Copa do Mundo é um dos maiores absurdos que eu já vi na história recente do país, uma distorção totalmente grotesca da identidade nacional. Enfim, o país que vai sediar a Copa do Mundo está irreconhecível. Não parece o Brasil, o país outrora do futebol. Tudo isso é verdade.

      Mas eu acho que muito disso é culpa de quem não soube lidar com as acusações como algo jurídico e afeito a algumas pessoas. Vestiram a carapuça quando passaram a enfrentar as acusações politicamente e não com a friesa que era necessária. Assumiram a acusação no lugar dos réus. Ninguém precisa fazer isso para mostrar solidariedade.

      O que eu estou dizendo é que muitos militantes do PT, ao defenderem tão arraigadamente os réus do mensalão, colocaram eles mesmos o partido e o governo no banco dos réus. Quem mais politizou o julgamento do mensalão foi precisamente o Partido dos Trabalhadores. Essa forma de se conduzir, defendendo a todo custo o que foi feito como mero caixa 2, tentando legitimar, foi que complicou tudo. Virou briga política de baixo nível. Colocou no mesmo saco pessoas  de boa-fe e pessoas de má-fé. Acusaram, precipitadamente e de forma nada inteligente, pessoas que estavam tentando entender os fatos de serem coniventes com injustiças e acusações infundadas, mentirosas, por puro interesse político. Ou seja, antes de se defenderem, preferiram atacar.

      O PT tinha que tratar o mensalão como um processo judicial, por meios técnicos, jurídicos, impessoais e não politizá-lo mais do que estava politizado. Esse foi o erro do partido. O próprio PT chamou a acusação para si e errou quando não foi capaz de entender que é perfeitamente possível diferenciar atos praticados por membros do partido e o partido como um todo.

      1. Será ?
        Acho que o Pizzolao

        Será ?

        Acho que o Pizzolao tem o perfil do sujeito que sofre um assalto após o jantar, seguido de sequestro relâmpago e é encontrado morto no dia seguinte, sem que nada lhe tenha sido substraído além da voz e sa vida.

      2. Engraçado ! O lula na

        Engraçado ! O lula na entrevista aos blogueiros  falopu trocentas vezes que o PT tratou o Mensalão como “coisa jurídica “, sem o viés político. Chamou o PT de babaca e quwe acredita na divindade justa e ética.

        Agora o Sr. Argolo diz ao contrário.  Fora LULA e Argolo para presidente – o cara que sabe o que diz…..de acordo com o momento e a marca da cerveja — nos poupe deus Argolo !

        1. Lula se manteve todo o tempo afastado do mensalão

          E não podia ser diferente: ele era o presidente da república! Como poderia ficar batendo boca com a oposição sobre o mensalão? Numa dessas, ia abrir espaço para ser acusado.

          Como ele pode agora vir e dizer que o PT errou porque supostamente tratou o mensalão juridicamente?

          Ele se omitiu então de politizar, pois não me lembro dele em nenhum momento enfrentando a questão do mensalão de forma política como ele diz aí. Não que eu não ache que ele pense isso mesmo, que é certo enfrentar politicamente.

          O problema é: como você vai ganhar um julgamento jurídico de forma política, sendo acusado, réu? Como era para fazer?

          Lula, por exemplo, teve a oportunidade de indicar ministros do STF que participaram do julgamento. Dias Toffoli, por exemplo, condenou Delubio e Genoino. Lewandowski condenou Delubio. Barbosa, indicado por Lula, todos sabem. O resto dos ministros indicados por Lula e Dilma, idem. Se Lula acha que faltou dar o tratamento político adequado ao julgamento do mensalão, conclusão inevitável, ele é um dos principais responsáveis por isso.

          Quem tratou o mensalão politicamente foi a imensa maioria de militantes do PT e o apoio que isso recebeu na blogosfera.

          1. E O Barbosão, com o domínio

            E O Barbosão, com o domínio do fato, não tornou tudo político ?

            Precisor chegar mais dois juristas para acabar com a tese de quadrilha e o Barbosão os acusou de serem políticos.

            Reparem que os [políticos do SFT sempre foram os mesmos: Barbosão, M.A.Mello, Fux, Gilmar Dantas; Rosa Weber -vai-com os – outras.

            Claro que o Lula presidente não deveria se envolver –  não sei como um cara inteligente como você perde tempo em contextualizar isto.

            O que o Lula disse há um mês, foi que o PT tratou pelo lado jurídico um caso julgado pelo lado político e que deveria ter uitilizado armas políticas – não sei quais; talvez o Congresso, talvez ir para a mídia como o PIG Global foi e pressionou a condenação do PT – que saiu barato, pois o que eles queriam era derrubar o Lula. Se você  lembra, as atrizes globais, a mando dos Marinhos , exorcizaram o ministro que desempatou os infringentes –TUDO NESTE JULGAMENTO FOI POLÍTICO!

            Faça uma enquete aqui no blog e constará isto. Só não vê quem não quer !

          2. MRE, nessas horas, é preciso dar o drible, usar a dialética

            Aproveitando o clima de Copa do Mundo, é como no futebol. Um grande craque faz o que o adversário/marcador não espera que aconteça. Daí vem o drible desconcertante. Ou seja, nem sempre podemos vencer os adversários e suas pretensões batendo de frente. É preciso criar outros caminhos. O confronto direto, na política, só é aconselhável ou mais indicado quando estamos na mesma condição do adversário, jogando com as mesmas regras e de uma forma equitativa, com paridade. E mesmo assim, quando isso é mesmo preciso, necessário.

            Dito isso e admitindo que o STF estava armado politicamente para queimar o PT, derrubar Lula etc, penso que o mais indicado era desvincular o julgamento da imagem do partido, o máximo possível. Caso contrário, seria só fazer o jogo do adversário. Tentar mostrar que o mensalão foi mais uma coisa da qual o PT foi mais vítima do que algoz. Mas não exatamente negando que houve alguma coisa, mas sim que o partido foi pressionado a fazer isso, num momento de transição política onde o ambiente político já era esse, já padecia desses vícios. Retirar a marca do mensalão como algo do PT.

            Mostrar que o partido foi refém de uma prática política institucionalizada no Congresso pelos partidos políticos que davam sustentação ao governo e pelos partidos que ocupavam o governo, tudo isso muito antes do PT. Isso certamente iria enfraquecer a acusação e o impacto político seria muito menor do que foi, quando colocaram o mensalão como sendo uma obra exclusiva do PT. Às vezes, certos sacrifícios precisam ser feitos para que algo maior seja preservado, e nisso algumas coisas teriam que ser ditas com franqueza.

            Veja que se essa estratégia política de defesa tivesse sido pensada e melhor desenvolvida, o cenário mudaria completamente, em termos dialéticos. Seria o drible que o craque dá no marcador. A situação mudaria, as discussões seriam diferentes. Todos seriam colocados contra a parede e se sentiriam pressionados. Mas se você se limita a negar, você fica sendo o único encurralado na história, respondendo por tudo sozinho, sem chance de ser absolvido, porque tudo já está armado previamente para condená-lo.

            Entre a certeza da condenação, com forte desgaste político, e a tentativa de enfraquecer o efeito político, ainda que com eventual condenação, qual parece a melhor opção?

            Era essa a discussão política que poderia ser admitida, mas sempre com contornos jurídicos. Isso tinha que ser trazido à tona juridicamente.

             

    1. Ainda bem…

      Ainda bem que a Justiça deve decidir é se houve crime, não se o caráter do acusado é esse ou aquele. Ou o que seria de ce certos trolls?

      1. Loteria não faço. Mas se você

        Loteria não faço. Mas se você quiser que eu guarde uns envelopes do PT aqui em casa, eu guardo.

        Juro que não vou abrir prá saber o que tem dentro. KKKKKK

  14. Caso Pizzolato

    Esse post do Nassif não o recomenda como o jornalista responsável e competente que todos reconhecemos.

    A questão central não é se os recursos eram públicos ou não. Está claro que não são públicos. Pelo menos este êrro já pode ser assumido pelo STF.

    A questão central também não é se Pizzolato se corrompeu , sabe-se lá por qual motivo, antecipando pagamentos, por míseros R$ 320.000,00, quando em absoluto não precisava desse dinheiro. Está mais do que comprovado que ele não era o gestor do contrato, não tendo, portanto, poderes para interferir, ainda mais sozinho, no seu cronograma de pagamentos, O fato do cheque, supostamente para pagar propina a Pizzolato, ser preenchido até os centavos é apenas uma ilação à suposição de que seria uma comissão (sobre que valor, quantos porcento ?). João Paulo Cunha recebeu R$ 50.000,00 reais redondos e nem por isto acreditaram em sua alegação de que o dinheiro era para despesas de campanha.

    A questão central é se houve desvio ou não dos recursos, aportados para o contrato DNA/BB, visando alimentar o esquema de Marcos Valério. Caso não seja comprovado o desvio de recursos, o julgamento terá que ser anulado.E aí, vem a grande questão: qual a origem do dinheiro ? Empréstimos do PT ou Daniel Dantas ?

    Nassif, se queria debater o caso Pizzolato seriamente, deveria enfrentar as diversas reportagens de Raimundo Pereira, editor da revista Retratos do Brasil e os diversos documentos apresentados pelo blog Megacidadania, que pretendem comprovar que não houve desvio de recursos do contrato DNA/BB (na verdade, eles afirmam e dizem que podem comprovar que o contrato foi totalmente cumprido) e que Pizzolato estava longe da gerência desse contrato, fato este demonstrado por uma série de documentos escondidos por JB, situação esta já conhecida por todos que acompanharam o julgamento da AP 470 e seus desdobramentos.

    Mas isto ele não faz. Vai procurar técnicos do STF, os maiores interessados em defender a casa, apesar de existir a possibilidade de um grave erro de julgamento estar sendo cometido.

    Técnicos do STF, assim como os Ministros só olham para os autos. E as provas que foram escondidas em processos paralelos ? visando arranjar um bode expiatório petista que estava no lugar errado, no momento errado, mas que era de todo conveniente para JB encontrar o elo de ligação entre a origem do dinheiro, o PT (Gushiken e Pizzolato), o esquema de Marcos Valério, Delúbio Soares (incriminando por tabela José Dirceu e José Genoíno) e a compra de votos de parlamentares. 

    Como também não faz o grande jurista Argolo. Ele se agarra aos autos, desconhecendo os esquemas paralelos montados por JB para esconder provas. Com base nos autos da AP 470 até o Ministro Lewandovsky foi obrigado a condenar Pizzolato.

    Nos EUA, quase 5% dos condenados à morte e executados ou em vias de execução (corredor da morte) foram depois considerados inocentes.

    Muito estranha essa percepção do Nassif de que a revisão criminal do caso Pizzolato é quase impossível.

    A revisão criminal requer que sejam apresentadas novas provas que poderiam levantar dúvidas sobre a condenação do acusado.

    Neste caso, as provas que, imagino eu, inocentam Pizzolato não são novas, elas não foram consideradas pelos Ministros durante o julgamento, pois foram sorrateiramente escondidas.

    1. Jorge Vieira

      Perde seu tempo questionando o Nassif.

      Todos sabemos que Pizzolato e o mensalão são decorrência da falsas afirmação de que a Visanet é uma empresa pública e que Pizzolato assinava os cheques, o que não é verdade e que ele sequer era funcionário do BB naqueles dias, como ficou por inúmeras matérias de bolgs sérios. Por estas razões o tal mensalão (que risível esta palavra, né?) não existiu e a ação penal 470 foi uma farsa. Mesmo um aluno do primeiro ano de direito é capaz de verificar a armação e aprender o significado da velha explicação dos mestres de direito de que todos são iguais perante a lei, mas alguns são “mais iguais” do que outros.

      Resumindo, se é verdade que Pizzolato roubou e se enriqueceu foi em outras atividades dele a serem investigadas. Mas jamais, na AP 470, vulgo mensalão.

       

      1. Francisco

        Tendo a concordar contigo, menos no que se refere a afirmação de que eu “perderia meu tempo questionando o Nassif”

        Nassif é um jornalista responsável, competente e decente. Podes crer.

        Temos algumas diferenças: você, eu e ele.

        Mas, se concordássemos em tudo, este mundo seria uma chatice.

      2. Barbosa, da gráfica do Senado à capa da Veja.

        Jorge, é preciso dizer que o Pizzolato é funcionário concursado do Banco do Brasil. O que precisa esclarecer é que sua posse na diretoria de Marketing foi na segunda quinzena de fevereiro de 2003 e a prorrogação do contrato com as empresas de publicidade de Marcos Valério foi feita quase um mês antes, assinada pelo diretor do BB nomeado na gestão FHC. Além disso, no BB, nem o gerente de agência autoriza sozinho uma despesa de táxi de R$ 20,00. São necessárias DUAS assinaturas. Além disso, Pizzolato não autorizava pagamentos, não tinha esse poder. Apenas apunha o “de acordo”, após examinar documentos que comprovavam que a propaganda tinha sido realizada, através de empresas de auditoria.

        Por exemplo, ninguém das Casas Bahia fica com 30 TV’s ligadas para saber se a propaganda paga em diversos canais foi efetivamente veiculada. Eles recebem boletins das empresas de auditoria, conferem e só depois liberam o pagamento. Isso acontece com todas as empresas, públicas ou privadas.

        Mesmo a SABESP, responsável pelo racionamento de água em São Paulo, contratou legalmente as placas de propaganda nos estádios do Serra Dourada (a SABESP exporta água para Goiás?) e no estádio de São Luís do Maranhão (a SABESP coleta esgoto em São Luís????). Quando a SABESP contribui para o iFHC, está tudo legalizado, como o instituto é particular, não podem impedi-lo de repassar a grana para o caixa 2 do PSDB. Ponto.

  15. Caçar com gato

    Quem nãqo tem cão caça com gato e é assim que o advogado de Pizolatto deve agir. Não sei se é possível ou se tem algum fundamento, mas o que quero dizer é que se estão bem reduzidas as esperanças dele aqui no Brasil é necessário se concentrar na Itália para evitar a extradição. Creio que uma possível ajuda seria reunir documentos, matérias publicadas nas várias mídias, entrevistas e depoimentos expontâneos de várias personalidades do mundo jurídico nacional e todos os abusos, grosserias, favorecimentos, parcialidades e o escambal, para mostrar ao judiciário italiano o que é ser PT, o que é ser simpatizante do PT, o que é estar próximo do PT ou o que é ter qualquer tipo de relação pessoal, comercial, financeira ou amorosa com alguém do PT aqui no Brasil e nesse momento atual. Mostrar, principalmente, o que o judiciário juntamente com mídia fizeram e fazem com o PT e seus politicos eleitos pelo povo. Se um resumo bem detalhado e objetivo dessas informações puderem, de alguma forma, chegar as mãos do judiciário italiano certamente poderão ficar bastante preocupados com o que pode estar reservado a Pizolatto caso ele seja extraditado depois de empreender a sua fuga. 

  16. E eu estava ansioso para ver

    E eu estava ansioso para ver as provas que ele ia mostrar ao Judiciário Italiano que fariam o MENSALÃO cair por terra em todo o universo e poria o Joaquim Barbosa atrás das grades em pena perpétua…

  17. Nassif de vez em quando dá

    Nassif de vez em quando dá uma de inocente inútil, surta. O que tem de ser discutido não é isso Nassif, nem a versão dos algozes dos réus. Política não é convento de freiras. Todos sabemos como são feitos o bebês, inclusive Cristo foi feito assim, numa transa. Às vezes, criaturas lindas são geradas de uma transa imoral, assim como monstros. Moral da estória: Não pizze em Pizzolato, já tem muita gente pizzando, inclusive o galego teu conterrâneo. Por sinal, cadê o Daniel de Antas?

  18. É IMPRESSIONANTE – INDÍCIOS CONDENAM E PROVAS DIFICULTAM REVISÃO

    É IMPRESSIONANTE – INDÍCIOS CONDENAM E PROVAS DIFICULTAM REVISÃO

    Segundo “técnicos”, há “evidências de que ele (Pizollato) não tinha a prerrogativa de, sozinho, autorizar despesas ou antecipar pagamentos.”

    “Evidências”, meu caro Nassif ? Não são evidencias, SÃO PROVAS. Depois dos réus terem sido condenados pelos “universitários”, com base em indícios da acusação transformados em provas, vêm agora os “técnicos” transformarem as PROVAS DA DEFESA em indícios (aqui chamados de evidências). 

    Ora, Pizollato foi condenado por este ser abjeto e repugnante, de nome Joaquim Barbosa, com o argumento criminoso de ter, SOZINHO, autorizado despesas e antecipado pagamentos. Criminoso porque este sujeito tinha na sua posse o inquérito 2474, com as PROVAS de que Pizollato NÃO TINHA A FUNÇÃO DE autorizar despesas e antecipar pagamentos. Provas que, todos sabemos hoje, escondeu criminosamente dos demais juízes para chegar a seu intento, o mesmo da Globo.

    E ainda temos que escutar que a “alegação dos técnicos é que o erro teria sido não incriminar os demais funcionários que assinaram os documentos”

    Erro de quem, cara-pálida ? Caberia dizer, não ? De Joaquim Barbosa, certo ?.

    E o nome disto é erro ? O nome disto é CRIME, Nassif. Erro é quando não se age de má-fé, e o sujeito pode dizer que não sabia nada do inquérito 2474.

    Vamos ficar discutindo “tecnicalidades” de um processo podre ?

    Independente do que fez ou não fez Pizollato, o que temos aqui é um processo NULO, porquanto conduzido criminosamente. Que se faça novo julgamento, na instância correta e sem banditismo de toga.

  19. Não acho produtivo discutir sem os elementos do 2474

    Mas se todos estão nessa, vamos lá (sem a intenção de ser defensor da pessoa, mas dos fatos e da lei):

    1) Onde declarou? na CPI?, em documento escrito? O que eu sei (sei=tomei conhecimento), escrito é que sua(s) menção(ões) a Gushiken pode(m) ter interpretação de incriminação ou não (tipo “estou por fora”). Com relação as assinaturas, documentos publicados na Internet mostram que as assinaturas, legais e de fato não eram dele que, se tanto, rubricou, de forma testemunhal ou “com conhecimento”. De qualquer forma, concordo que seus depoimentos, incriminaram Gushiken e fico curioso de saber como dois amigos não conversam sobre assuntos tão críticos em comum…

    2. Diversos ministros do Supremo declararam publicamente que “houve desvios de recursos públicos”, baseados eminentemente no Visanet. Se “não foi considerado”, estão fazendo política de futricos usando um processo do STF, o que é grave. Desconheço que tenha havido aporte de qualquer banco associado ao Fundo, já que o contrato, também disponível na Internet, reza claramente que ele é provido pela e é de propriedade da Visanet e que os bancos associados não tinham nenhum direito sobre eles caso não utilizados. Com relação às assinaturas (alguns publicados na rede) mais uma vez, ele não tinha, por contrato (publicado na rede), autoridade legal para aprová-los, portanto é estranho que tenha cometido este “crime”, já que os que assinaram legalmente sequer foram indiciados.

    3. Confirma o dito em (2) acima.

    4. Ainda que um depoimento seja “ruim” ou suspeito, quem tem que desmascará-lo conclusivamente é o acusador. Nenhum rastro deste dinheiro foi comprovado tendo como destinatário (o que eu não estou duvidando) o Pizzolato.

    5. Se considerarmos que Marcos Valério administrava, com Delúbio (tesoureiro do partido), a tecnologia do caixa 2, e Pizzolatto além de diretor do BB, membro do partido, auxiliava nos trâmites, não há nenhum absurdo nas alegações feitas, já que caixa 2 é sempre um esquema cheio de meandros, obscuro, disfarçado, inconfortável e não “protocolar”. Estranhar procedimentos é razoável, mas isso não necessariamente os tranforma em provas. Principalmente se a pessoa não se sentir confortável em estar envolvida.

    Nas verbas da Visanet, falta, novamente, o 2474. Com relação a elas ou a adiantamento das verbas, volto ao contrato publicado na rede: a autoridade para fazê-lo era de outras dietorias, inclusive o autorizado cadastrado era um gerente (de operações, acho, mas não de marketing).

    A convicção da culpa:

    1) O uso dos centavos, podem até ser “condizentes”, mas jamais conclusivos. Definir culpa para condenação por isso me parece uma acinte. Vamos por ex. supor que Valério, ao contrário, cobrasse uma “taxa de administração” sobre as movimentações? Também geraria centavos. Suspeitas são advindas de indícios que forçosamente levantam suspeitas e obrigam à comprovação deles e não o contrário.

    2. Novamente, se estou envolvido (êpa!) num esquema que me deixa inconfortável, este tipo de desinformação é comum: Vc receberá um telefonema do banco, lá pras 15:00h, informando que haverá 3 envelopes pra vc pegar e dirá onde. Aí ligo pra outra ponta e diz que vão mandar um boy pegar na portaria. Se recebo um telefonema as 15:00h dizendo que os 3 envelopes estarão disponíveis em xxx, mando buscá-los e os deixo disponíveis “conforme instruções”.  O mesmo vale para o emissário. Não estou dizendo evidentemente que foi isso, apenas que isto “é sim muito estranho, mas não é prova”. Apenas o deixa como suspeito com indícios a serem investigados. E foram, exaustivamente!.

    3. Novamente: pelo que li, não estou convicto de que Pizzolatto incriminou, ao menos intencionalmente, Gushiken. Nervosismo? Ingenuidade? Pressão não vivida? O fato é que não é prova para condenação. Há ainda a suposição de relações tucano-Dantescas, digo DDescas, digo opportunisticas, digo … enfim, são só suposições.

    Tenho sim, dúvidas sobre várias ações de Pizzolatto que podem condená-lo se provadas (ex: os 320 mil foram para o bolso dele). Mas se for, que seja condenado apenas por isso.

    Mas tenho mais certezas do que dúvidas (a maioria por documentos publicados, a menos que falsos):

    1) Ele nunca foi o responsável legal / contratual pelas movimentações da Visanet. V. contrato!

    2) Os responsáveis legais (contratuais) dos tempos tucanos, sequer foram indiciados. Fato.

    3) O dinheiro do Visanet jamais foi público, comprovadamente.

    4) Pelo contrato, o mencionado aporte do BB não existiu, pois estaria colocando dinheiro num fundo contratualmente alimentado (100%) pela Visanet, mediante sua taxa sobre os cartões. 

    Portanto, zero de dinheiro publico.

    Dúvidas:

    1) O destino dos 320 mil (que constituiria o peculato, se comprovado).

    2) O quanto um ministro, hoje presidente, pode ter prevaricado (cometido crime!) ao ocultar todo um inquérito comprovadamente ligado ao AP470 e de conhecimento de J.Barbosa, que pode conter provas não da culpa, mas de inocências de condenados. Tal atitude não será estranha, perante o público comportamento exibido pelo ministro.

    Isto me parece muito mais grave do que, se for o caso comprovado (não foi), um diretor do BB supostamente ganhar 320 mil (sim, grave) de uma agência de propaganda da qual não é (comprovadamente) o responsável por suas aprovações financeiras.

    Portanto, estou realmente mais preocupado com supostos crimes do presidente da mais alta Corte de Justiça, chefe de um dos três Poderes do país, do que dos supostos crimes do ex-diretor do BB (que se tanto, valeriam uns 320 mil).

    Mesmo que o de JB não tenha nenhum valor financeiro.

    Mais um gigantesco valor institucional.

     

    PS: Quem terá sido esta fonte do Nassif? Será que foi o Gurgel? Hehe.

    1. Não observei a fonte: técnicos do STF não ligados à JB

      Portanto, minha piada sobre o Gurgel perdeu a validade.

      Substitua-se Gurgel por: ligados ao GM (ou ao aparelho tucano?)

      Mas que há alguns trechos deles (técnicos) que não são consistentes, lá isso há.

      Se o plenário supremo é essa mixórdia (sim há quem se salve)…

      Imagine os técnicos!

  20. Pizzolato é um Cacciola  sem

    Pizzolato é um Cacciola  sem frieza. Capaz  de  se atrapalhar  na própria inocência, ainda  que parcial.

    Quando abrir o bico ,o texto não será do seu advogado mas   da sua mulher .

    Consta que amealhou informações estratégicas  para a defesa do marido,fruto  de obstinada  investigação.

    A ver…

     

  21. Nassif,
     
    O STF é confiável

    Nassif,

     

    O STF é confiável para você dizer que o Pizollato tem culpa no cartório ?

    Analisemos:

    Gilmar Dantas Mendes- assuntos relacionados: grampo sem áudio; aulas virtuais no STJ da Bahia; incriminar o LUla no escritório de um ex-ministro e ser desmentido por este;ser amigo do Merval Global e do Jabour; andar de Mercedes e de  jatinho do Bermudes ( o Vargas andou no jatinho do doleiro e foi ejetado); ter a mulher trabalhando em escritórios de direito que recorrem ao STF; estar envolvido com o Demóstenes; estar envolvido com habeas cangurus com o deus Daniel Dantas;….

    Marco Aurélio Collor – o médico que estrupou trocentas mulheres deve mandar kibes para ele sempre; adora votar a favor mais contra; foi a favor da Ditadura; adora palco e desafia até o presidente da república    é um humildão…

    o FUX – que se fux todos que confiaram nele; tocador de heavy metal; pediu ao Dirceu para ajudá-lo e cagou para ele; a mídia noticiou  que  filha seria  nomeada peklo domínio dos fatos e por srer uma filha do FUX; mata todas no peito.

    Rosa WEBER – não tem motivos, mas condena por estar o processo muito bem feito !!!!?????

    Joaquim Bat Barbosa – o afro-descendente que venceu preconceitos na vida de menino pobre e mereceu um retrato Monalisa na VEJA – será eterna àquela foto – até os bisnetos  ficarão orgulhosos.Amigão do Aécio do Pó Saideira; Mediático do Caldeirão do Hulk onde prestou homenagens ao grande Pai do Hulk;  noticiou-se que o seu filho trabalha na Globo; era brigão familiar; grande jurista que criou a tese do Domínio do Fato em que prendeu o Zé Dirceu e o Genoíno por terem cara de caixa dois; o Roberto Jefferson, bonzinho,  depois de insistentes pedido, foi mandado para prisão para não dizerem que ele era contra o PT; na boca pequena dizem que, se Jesus fosse vivo, ele mandaria prender, pelo domínio do fato, por ter ajudado o Lula a ser presidente; respeitador intransigente da Carta Mágna.

     

    Nassif, você tem razão – prenda-se o Pizollato !

    1. Hehehehe

      Tenho que reconhecer que a descrição dos perfis dos ministros ficou engraçada.

      Gostei do Fux “tocador de heavy metal” e “mata todas no peito” hahaha

      A do Barbosa ficou engraçada também. Intransigente respeitador da Carta Magna hahaha.

      Mas, pela descrição, ninguém se salva rsrs. Estamos ferrados rsrs. Não tem uma área que se salve. SE for partir para o Parlamento e para o Governo, todos os governos, estaduais e municipais, aí já viu. Falar mal dos outros é um esporte brasileiro. O cara já nasce com isso no DNA rsrs

       

      1. Não é engraçada

        É a triste realidade. Foram descrito cinicamente assim por que se escrever realistacamente não poderia ser publicado neste site. Embora se fosse para figurantes do PT muitos sites de direita não teriam escrúpulos nenhum em publicar.

    2. Quem manda no STF, a Globo ou o Daniel Dantas?

      Oi, RME, a Rosa Weber tem motivos sim. Seu filho trabalha na Globo. Está tudo dominado!

  22. resumindo o mentirão, entre provas selecionadas e circunstâncias

    muitos condendos por terem feito de forma correta o que muitos já fizeram de errado………..

    e continuarão fazendo, porque nada mudou

    partindo do princípio que para alguns dos condenados eram tarefas habituais mas que, após algumas provas terem sido selecionadas para se adaptarem às circunstâncias, passaram a ser consideradas como criminosas

     

    eu só espero que outra justiça não se preocupe apenas com o que ele fez de errado, porque já julgado e condenado, mas também com a possibilidade dele, por antecipação ou ante aprovação de outros, ter ficado impedido de fazer diferente

     

  23. O Nº 1, SÓ NÃO GANHA DO DOMÍNIO DO FATO PARA CONDENAR DIRCEU

    1. O cheque foi preenchido até com centavos. Se fosse contribuição partidária não haveria necessidade de centavos. Era muito mais condizente com uma comissão do que com uma contribuição de campanha.

    Tenha a santa paciência, é de uso comum usar-se os centavos em cheques para controle de destinação ou das parcelas do pagamento de acordos. De onde esses técnicos tiraram a regra que comissão se paga com centavos?

     

    1. Os centavos do suborno e o suborno dos centavos.

      Bem disse o Francisco. Se uma comissão ilegal resulta em 8% e o cálculo em R$ 326.204,22, está claro que corrupto e corruptor ficarão muito bem acertados com R$ 325.000,00. Nunca vi suborno com centavos. Se essas são as convicções dos “técnicos” muito bem remunerados do STF, no curto, médio e longo prazos, estivemos,estamos e estaremos f.di..d.s e mal pagos.

  24. Miguel do Rosário

    Se não me falha a memória, o Miguel do Rosário publicou no blog dele um documento daqueles apreendidos com Marcos Valério no qual aparecia uma remessa para o PT do Rio no exato valor que Pizolato foi acusado de receber em benefício próprio.

    Trata-se de uma prova fundamental e que não foi considerada no julgamento. 

    1. Achei

      No link abaixo, do Conversa Afiada reproduzindo O Cafézinho, está o documento que mencionei acima, Confere até nos centavos. è o último documento, lá no fim do post.

      Eu servi ao exército brasileiro e em determinado dia eu me atrasei meia hora por conta de um acidente que engarrafou o trânsito na região na qual eu morava

      Eu já sabia que se eu contasse a verdade ao meu Comandante ele não iria acreditar  e o resultado seria uma “alteração” na minha ficha, o que retardaria a minha “baixa”.

      Então eu resolvi mentir. Disse ao Comandante que havia dormido demais, perdido a hora e que por mais que tenha me apressado não tinha conseguido chegar no horário. Ele ouviu calado e, em seguida, mandou-me para o meu posto junto à tropa.

      Todos os dias, na apresentação, a gente formava em “ordem unida” e lá estava eu, desta vez no horário, mas sem saber o que aconteceria por conta do atraso no dia anterior.

      Pois bem, tive o meu nome mencionado em alto e bom som para toda a tropa como exemplo de quem assume seus próprios erros e não fica inventando desculpas por atrasos.

      Do contrário de uma “alteração”, ganhei foi um elogio na ficha.

      Como disse acima, eu menti. Pelo jeito, Pizolatto falou a verdade. 

       

    2. O documento exibido por Marcos Valério não inocenta ninguém

      O documento exibido por Marcos Valério não inocenta ninguém, nem ele, nem Pizzolato.

      Trata-se da mera afirmação de que o dinheiro seria dirigido a um dirigente do PT no Rio de Janeiro, afirmação feita por Marcos Valério, que, conforme restou comprovado, pagou propina a Pizzolato. Natural que ele quisesse dizer que o dinheiro não era propina, mas sim destinado ao PT no Rio de Janeiro.

      Uma simples pergunta demonstra a fragilidade da “prova”, que nem prova é, mas mera declaração de um dos réus registrada numa planilha que ele mesmo confeccionou:

      Se o dinheiro se destinava a um dirigente do PT do Rio de Janeiro, por que Marcos Valério, por meio de seus emissários, ao invés de entrar em contato diretamente com o dirigente do PT do Rio de Janeiro, precisou entrar em contato, via telefone, com Pizzolato para que apanhasse o dinheiro, o que ele fez, mandando um certo Luiz Eduardo Ferreira da Silva, cuja assinatura foi colhida na agência do Banco Rural no Rio de Janeiro, num dos famigerados “recibos” informais de uso interno dos réus (fls. 736, Apenso 87, volume 3)?

      Quando perguntado sobre isso no processo, Pizzolato disse apenas que não sabia porque Marcos Valério tinha pedido isso a ele. E outra, Pizzolato falta tanto com a verdade em sua defesa, que a pessoa que ele mandou, o tal Luiz Eduardo Ferreira da Silva, esteve pessoalmente na agência do Banco Rural e sabia que o que foi apanhar era sim dinheiro. Pizzolato diz que não sabia o que tinha dentro. É mentira. Ele sabia todo o tempo que nos envelopes tinha dinheiro.

      O cheque era nominal à agência do Banco Rural, assinado por Cristiano Paz. O cheque foi autenticado na “boca do caixa” e o dinheiro foi entregue ao Luiz Eduardo Ferreira da Silva, por meio de recibo assinado por ele. Isso são provas. Ouvido, o Sr. Luiz Eduardo Ferreira da Silva declarou que prestava serviços à PREVI, de que o Sr. HENRIQUE PIZZOLATO era Presidente, e que havia recebido o dinheiro a pedido do réu, a quem finalmente entregou os recursos (fls. 992/994, vol. 4).

      1. Prezado

        Em primeiro lugar eu não disse que inocenta e, isoladamente, não inocenta mesmo. A questão aqui é outra. Na matéria, relatando o pensar dos técnicos do STF, diz: 

        1. O cheque foi preenchido até com centavos. Se fosse contribuição partidária não haveria necessidade de centavos. Era muito mais condizente com uma comissão do que com uma contribuição de campanha.

        Existia uma dúvida e esse documento esclarecedor não foi considerado, nem mesmo para ser desqualificado.

        Mas vamos em frente:

        Se era propina, como vc diz, era propina em troco de que? Quais são as provas?

        Outro detalhe. Não te parece algo sem nenhuma lógica que o todo poderoso Dirceu, aquele que foi condenado pelo domínio do fato, não tivesse o poder de colocar alguém que Marcos Valério não precisasse corromper lá no BB? 

        Qual é a lógica disso. Os caras montam todo um esquema mirabolante para se “perpetuarem no poder” e se esquecem da peça chave, aquela responsável pela fonte da grana?

        Mais ainda, documentos como esse que vc desqualificou foram usados contra outros réus, o que aponta para uso seletivo das provas.

  25. Se a defesa teve acesso a

    Se a defesa teve acesso a provas advindas do ipl q estava em segredo apos o termino da ap 470, como e o caso, se trata de noticia nova de prova velha, e se enquadra no conceito de prova nova exigido para a revisional. A defesa tem q ajuizar uma acao cautelar.penal de justificao, juntar aquela documentacao do ipl e requer eventuais diligencias e pericias, alem de ouvir as testemunhas q interessar. Dai, homologada a cautelar se ajuiza a revisao. A questao q esta pendente no peculato decorre de q ao q aquela documentacao indica, a disponibilidade juridica dos recursos do visanet nao era exclusiva do pizzolato, sendo pelo q ja li as autorizacoes de saida das verbas dependiam de outros executivos. Logo, se n havia disponibilidade juridica propria do pizzolato, ante a teoria monista do codigo penal, ha um concurso necessario de agentes para um unico crime de peculato, ou seja, se um e culpado, todos q detinham disponibilidade juridica das verbas e condicionavam a conduta de pizzolato tb sao, se um e inocente, tb todos sao, sob pena de responsabilidade penal objetiva. Caindo o peculato, entendo q tb cai a corrupcao.passiva, ja q o ato de oficio desaparece.

    Politicamente talvez valha apenas ir a CIDH antes por causa do n atendimento ao duplo grau, tese muito forte na corte.

  26. Nassif, lendo esse post tive

    Nassif, lendo esse post tive a impressão de que Pizzolato subiu no telhado. Fala com a Andrea. Pizzolato é Previ; Previ é DD e DD pode ser qq coisa… Vc é o especilaista em DD… Miguel do Rosário, Paulo Moreira Leite e Jânio de Freitas, fizeram um estrago com as entrevistas com a Andrea e o Henrique. O megacidadania e o Xeque Mate tem toda a dcumentação. Só nos falta um link político e vc é que pode fazer. Fala com a Andrea, Nassif. A Única dúvida que restou do julgamento da AP foi o voto de Lewandowski com relação a Pizzolato; não estou criticando, só não entendi. Foi o único réu do núcleo político que não teve, nem a chance do Revisor. Fala com a Andrea, Nassif!

    1. O “mensalão” foi caixa 2 e não aquilo que o STF disse que foi

      O “mensalão” foi caixa 2 eleitoral(crime prescrito) e não aquilo que o STF disse que foi: “Mensalão”. O “mensalão” não existiu, é isso o que nos interessa, quem sabe o fim dos segredos de JB mantidos nos famosos inquéritos paralelos e sigilosos joguem luz sobre essa penumbra. Há uns nomes bem guardados, DD é um deles, este perfi do DD traçado por Isto É, em 199:

      Esperteza privada

      Com pouco dinheiro e muita artimanha jurídica, o Banco Opportunity lucra com a compra de estatais, mas está na mira da Justiça

      ANDRÉ VIEIRA E LIANA MELO

      A privatização mostrou ser boa para o Brasil. Mas melhor ainda para uns poucos brasileiros. Aos 44 anos, o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, é a grande estrela deste grupo. Com a formação de engenheiro e a especialidade em economia, Dantas construiu sua fama como um astuto arquiteto das finanças, capaz de projetar intrincados consórcios que arrematam estatais com enormes somas de dinheiro alheio. Feito o negócio, vende a operação e sai com um polpudo lucro. É tido como um daqueles gênios das finanças que montam suas engenhocas nas brechas fornecidas pela lei. Coincidência ou não, conta com a colaboração de alguns dos formuladores das regras de privatização, que passaram para o outro lado do balcão e emprestam seu talento ao próprio Opportunity, caso da economista Elena Landau. A contragosto, o banqueiro está novamente em evidência por suas relações com a cúpula do poder graças às novas gravações do grampo do BNDES, nas quais até o presidente Fernando Henrique Cardoso admite usar sua autoridade em favor da entrada da Previ – o poderoso fundo de pensão do Banco do Brasil – no consórcio liderado por Dantas na venda dos filhotes da Telebrás. A desenvoltura de Dantas no círculo de poder é tão surpreendente como a maneira com que empilha estatais no Opportunity, uma companhia de investimentos criada no final de 1993, que tem sob seu guarda-chuva uma dezena de empresas privatizadas.

      Amigo do senador Antônio Carlos Magalhães, o cacique do PFL, Daniel Dantas já era rico quando fundou o Opportunity. Administrava cerca de US$ 70 milhões, mas rapidamente tornou-se um bilionário gestor de investimentos. Hoje tem poder sobre mais de US$ 3 bilhões, dos quais US$ 1,4 bilhão provêm das empresas privatizadas. Seu apetite, no entanto, não foi saciado. Mesmo com o empenho presidencial no megaleilão de julho do ano passado, o banqueiro não levou o que queria. Acabou com o controle da Tele Centro-Sul, enquanto o consórcio Telemar arrematava a Tele Norte-Leste, porção de telefonia que engloba 16 operadoras do Rio ao Amazonas. Dantas não desistiu de concretizar sua empreitada. Numa prova cabal do pragmatismo do mundo dos negócios, ele planeja se associar aos antigos rivais, qualificados nas conversas grampeadas de “corporativistas e aventureiros”. Sua estratégia agora é atacar os sócios mais fracos e tirar o controle da Telemar das mãos do empresário Carlos Jereissati. O problema é que Jereissati não quer ver o Opportunity de Daniel Dantas por perto. E tem força para isso: é presidente do Conselho de Administração e maior acionista individual da empresa, depois do BNDESPar.

      Ainda que temporariamente fora da Tele Norte-Leste, Dantas se contentou em colocar em prática na Tele Centro-Sul uma de suas clássicas obras de arquitetura financeira, onde o banqueiro entra com muito tutano e pouco dinheiro. De acordo com reportagem publicada por ISTOÉ, em agosto, o Opportunity pagou um valor irrisório para deter o controle da companhia, enquanto os fundos de pensão, novamente liderados pela Previ, injetaram a maior parte do R$ 1,950 bilhão oferecido no leilão. A artimanha consiste em comprar a preço baixo as ações ordinárias (com direito a voto e que garantem o controle da empresa), enquanto os sócios capitalistas pagam alto por ações preferenciais, as primeiras a receber dividendos. Segundo cálculos de um especialista em direito societário que prefere se manter no anonimato, a megaoperação deverá render a Dantas até R$ 400 milhões dentro de cinco anos, quando ele estará liberado por lei para revender o controle da empresa. Não por acaso, o banqueiro ainda luta para entrar de alguma maneira na Telemar. Afinal, ao arrematar a Tele Centro-Sul, o consórcio liderado pelo próprio Opportunity ficou impedido de oferecer R$ 5,1 bilhões pela Tele Norte-Leste, uma fatia mais valiosa da telefonia e, portanto, mais lucrativa. Se a mesma artimanha jurídico-financeira fosse aplicada, o ganho futuro de Dantas poderia atingir a casa do R$ 1 bilhão.

       

      Atrás da Inepar Passados dez meses do leilão, quem está agora em dificuldades é Jereissati – e Dantas tenta tirar vantagem disso. Ele sabe que os sócios privados da Telemar começaram uma romaria em busca de ajuda oficial para quitar, no início de agosto, a segunda parcela do pagamento do leilão: R$ 1,029 bilhão. “Os controladores vão ter recursos suficientes”, garante o presidente da empresa, Manoel Horácio da Silva. Mas, pelas beiradas, Dantas ataca os flancos mais fracos. Um deles é o empresário Atilano de Oms Sobrinho, da Inepar, que possui 12% do capital votante. Oms está endividado até o pescoço e luta para reunir os R$ 120 milhões de sua parte no pagamento. Depois de se aventurar investindo mais do que podia em uma rede mundial de telefonia por satélite, a Inepar tem de saldar neste ano dívidas que totalizam R$ 500 milhões.

      A voracidade de Dantas, no entanto, poderá esbarrar na Justiça. O Ministério Público Federal deve enviar à Justiça do Rio um pedido de abertura de ação civil contra os principais envolvidos na tentativa de favorecimento do Opportunity: o ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros, o atual presidente do BNDES, José Pio Borges, e seu antecessor, André Lara Resende. Eles serão acusados de improbidade administrativa. A ação também poderá atingir Daniel Dantas. “Mesmo que não exerça cargo público, qualquer pessoa jurídica ou física que tenha participado ou se beneficiado das ilegalidades está sujeita à punição”, afirmou o procurador Rogério Nascimento. “Temos certeza de que houve improbidade administrativa, mas vou deixar o advogado Sérgio Bermudes na dúvida se entraremos com ação contra o Banco Opportunity.” Caso o banco seja condenado, não poderá mais fechar contratos com o setor público – e estaria alijado da privatização. “Vamos esperar a ação”, diz Bermudes, um dos advogados de Dantas. Advogado, aliás, é o que não falta ao banqueiro. Segundo estimativas, ele gasta cerca de R$ 500 mil mensais para manter-se como cliente dos mais renomados escritórios do País. “É a tripla blindagem”, costuma resumir o banqueiro.

      A estratégia de Daniel Dantas para comprar estatais inclui ainda boa informação e agilidade. Ao adquirir cerca de 40% da participação da Sanepar, a companhia de saneamento básico do Paraná, o Opportunity entrou sozinho num processo que se desenrolou numa velocidade incompatível para os padrões brasileiros. Em menos de dez dias, a lei que permitia a venda de ações passou pela Assembléia Legislativa e o leilão ocorreu cinco meses depois. “Não houve nenhuma fase preliminar, foi rápido demais”, espanta-se Christopher Akli, ex-executivo do grupo vencedor. “Acredito que o governo tinha alguma conta para pagar e precisava do dinheiro rapidamente.” Mas alguns contratos posteriores são hoje questionados. Assim como já ocorrera na Cemig, a energética de Minas Gerais que também está entre as jóias do Opportunity, criou-se na Sanepar um acordo de acionistas no qual o governo, o maior acionista, abre mão do direito de controlar os principais cargos da diretoria. “Isso é lesivo aos direitos da população”, diz César Vieira, presidente do sindicato dos urbanitários. Pelo acordo, os novos acionistas podem eleger por 15 anos os diretores superintendente, de operações e financeiro – os cargos mais importantes da companhia. “Isso reduz a atratividade da empresa, uma vez que ninguém injetaria dinheiro lá para virar uma espécie de rainha da Inglaterra”, diz uma fonte que avaliou o acordo de acionistas semelhante, firmado pela Cemig.

       

      Apoio do Citi Dantas tem um gordo colchão financeiro a alavancar suas investidas na privatização. Graças à habilidade em montar uma extensa teia de ligações internacionais, ele está ligado a uma fonte quase inesgotável de dinheiro: o Citigroup, a maior instituição financeira do mundo. Os dois grupos constituíram em 1997 um fundo de investimento internacional criado para comprar estatais no Brasil, o CVC/Opportunity, um instrumento conhecido no mundo das finanças como private equity. Ficou estabelecido ainda que qualquer investimento acima de US$ 25 milhões da instituição americana neste segmento passaria obrigatoriamente pelo crivo do Opportunity. Inicialmente, o fundo tinha aproximadamente US$ 1 bilhão, dos quais apenas o Citibank colocava US$ 250 milhões e obrigava-se a levantar outros US$ 350 milhões de investidores internacionais. Por sua vez, o Opportunity de Dantas tinha de passar o chapéu nos velhos conhecidos fundos de pensão, coletando US$ 347 milhões. Sua fatia consistia em injetar no mínimo US$ 30 milhões, podendo chegar até US$ 100 milhões. Tal foi o sucesso do fundo adquirindo várias participações de estatais que o Citibank decidiu renovar o aporte, com mais US$ 1 bilhão. Calçado com a maior instituição financeira de um lado e os maiores investidores domésticos do outro, Dantas se transformou no papão das privatizações brasileiras. Ao banqueiro, só interessa o comando, sempre obtido com pouco dinheiro próprio. Ele sabe que, no futuro, este poder em empresas estratégicas de infra-estrutura valerá ouro. Aí, então, Dantas detonará a segunda fase do leilão, uma espécie de privatização particular. Mas desta vez os lucros não irão para os cofres do Estado.

       

      Colaboraram: László Varga (RJ) e Maria Fernanda Delmas (SP)

       

       

       

      Todos os negócios de Daniel Dantas nos leilões

      Escelsa
      Companhia de Energia Elétrica do Espírito Santo.
      Investimento total de R$ 322,9 milhões (julho de 1995).
      Opportunity e Citibank: R$ 36,6 milhões (52,2% do controle acionário).

      Vale do Rio Doce
      Maior produtora de minério de ferro do mundo.
      Investimento total de R$ 3,351 bilhões (maio de 1997).
      Opportunity e Citibank: R$ 100 milhões (5,6% do controle acionário).

      Cemig
      Companhia Energética de Minas Gerais.
      Investimento total de R$ 1,122 bilhão (maio de 1997).
      Opportunity: R$ 48 milhões (1,4% do controle).

      Americel
      Operadora da banda B celular da região Centro-Oeste
      Investimento total de R$ 294,5 milhões (junho de 1997).
      Opportunity e Citibank: R$ 33 milhões (11,6% do controle).
      Sócios: Banco do Brasil, BNDESPar, Bell Canadá, Telesystem e fundos de pensão.

      Porto de Santos
      Maior terminal de contêineres da América Latina.
      Investimento total de R$ 274 milhões (setembro de 1997).
      CVC/Opportunity: R$ 32,8 milhões (55% do controle).
      Sócios: Fundos de Pensão Previ e Sistel e Multiterminais: R$ 241,2 milhões (45% do controle).

      Metrô do Rio
      Mais de 350 mil pessoas circulam diariamente.
      Investimento total de R$ 291,7 milhões (janeiro de 1998).
      CVC/Opportunity: tem 51% do controle. Pagou 30% à vista com moedas podres e o resto pago sem juros pelos 20 anos de concessão.

      Telet
      Operadora da banda B celular no Rio Grande do Sul.
      Investimento total de R$ 354 milhões (abril de 1998).
      Opportunity e Citibank:R$ 43 milhões (12,3% do controle)
      Sócios: Banco do Brasil, BNDESPar, Bell Canadá, Telesystem e fundos de pensão.

      Sanepar 
      Empresa de águas e esgoto do Paraná.
      Investimento total de R$ 249,8 milhões (junho de 1998).
      CVC/Opportunity: R$ 56 milhões. 
      Sócios: Grupo Vivendi, Andrade Gutierrez e Copel: R$ 193,8 milhões.

      Tele Centro-Sul
      Holding controladora das operadoras de telefonia fixa nas regiões Sul e Centro-Oeste.
      Investimento total de R$ 2,070 bilhões (agosto de 1998).
      CVC/Opportunity: R$ 401,1 milhões (51% do controle).
      Sócios: Fundos de Pensão Previ, Sistel, Funcef, Petros e Telos e Stet: R$ 1,669 bilhão.

      Telemig Celular
      Operadora de telefonia móvel de Minas Gerais.
      Investimento total de R$ 756 milhões (agosto de 1998).
      CVC/Opportunity: R$ 99,8 milhões (51% do controle).
      Sócios: Telesystem e fundos de Pensão Previ, Sistel, Funcef, Petros e Telos: R$ 656,2 milhões.

      Tele Norte Celular 
      Cinco operadoras de telefonia móvel do Nordeste.
      Investimento total de R$ 188 milhões (agosto de 1998).
      CVC/Opportunity: R$ 21,4 milhões (51% do controle)
      Sócios: Telesystem e fundos de Pensão Previ, Sistel, Funcef, Petros e Telos: R$ 166,6 milhões.

       

       

       

      Um prodígio das finanças

       

      Baiano de nascimento e carioca de coração, Daniel Valente Dantas chegou ao Rio logo após se formar em Engenharia pela Universidade Federal da Bahia. Especializou-se em Economia na Fundação Getúlio Vargas e, nessa época, acabou apontado como um dos pupilos de Mário Henrique Simonsen, que mais tarde o aproximaria de Antônio Carlos Magalhães. Dos bancos de escola saiu direto para o grupo Bradesco, onde chegou até a vice-presidência de investimentos em 1985. Quando seu mestre no mundo das finanças, Antônio Carlos Almeida Braga, o Braguinha, saiu do Bradesco para montar o próprio negócio, Daniel Dantas o acompanhou. De 1986 a 1993, transformou-se no principal executivo do Banco Icatu. A parceria com os irmãos Kati e Luis Antônio Almeida Braga acabou quando Daniel Dantas partiu para carreira solo. Estava formado o Opportunity Asset Managment.

      Os laços com ACM foram estreitados por conta da empatia imediata surgida entre o jovem economista e o filho do senador, Luís Eduardo Magalhães. Bem articulado e já com a fama de gênio das finanças, Dantas acabou sendo escolhido como consultor financeiro número 1 de ACM. A tal ponto que, na época da crise do Banco Econômico, foi encarregado pelo cacique político baiano de negociar uma solução com o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o então presidente do Banco Central, Gustavo Loyola. De ACM para o PFL foi um pulo. Não há seminário do partido no qual ele não compareça. “A diferença que o Daniel Dantas tem é ser muito inteligente. Há gente com inveja disso”, define o presidente do Banco Safra, Carlos Alberto Vieira. Se coleciona uma legião de admiradores, Dantas é apontado por alguns como um banqueiro traiçoeiro e perigoso. Engrossando o rol daqueles que já começam a duvidar do brilhantismo do banqueiro estaria o próprio ACM, segundo um importante executivo do mercado financeiro. É que Daniel Dantas teria dado uma dica errada ao senador, causando-lhe um recente prejuízo. Se não bastassem as brigas que comprou no mundo dos negócios, Dantas poderia estar perdendo o padrinho político, que já estaria pensando em abandonar o afilhado às feras.

      http://www.istoe.com.br/reportagens/31433_ESPERTEZA+PRIVADA

       

      1. Avatar, a gente sabe que não

        Avatar, a gente sabe que não existiu mensalão mas como o post é específico ( Pizzolato ) e não sei a qtas anda o pedido de extradição, fiquei sem saber como vamos fazer para ajudar, sobretudo pq é ele quem ” escuda” o DD. Parece que os demais réus do núcleo político, estão ali para que o PT fosse alvejado e o Pizzolato entra no lugar no DD como o ” abastecedor” já que o próprio não poderia figurar. Veja o núcleo político: O grande estrategista ( JD ); o Presidente do Partido ( JG ); o presidente da câmara ( JPC ); o tesoureiro do partido ( Delúbio ) e… Pizzolato… fazendo o que aí? Alguém tem que abastecer o esquema e, até o mundo mineral sabe quem abastecia o o valerioduto, desde a CPMI. O mesmo esquema abastecia todas as campanhas o que, em última análise, levava o resultado para as urnas. O mensalão é a possibiliade de manter o esquema de financiamento, excluindo o PT e base aliada, dele.  Nem a militância sabia quem era o Pizzolato e, por isso o fator Gushiken, pesou tanto. Foi fácil aceitá-lo como o que colocou a grana e mais fácil ainda aceitar a tese do $$$ público por conta do Banco do Brasil que uma associação quase que automática, para a maioria dos brasileiros. Pizzolato ficou, até para grande parte dos militantes como o “desconhecido” que desviou $$$ do BB, queimando o PT e ainda por cima, xisnoveou o Gushiken; ou seja, ficou sem defesa política durante muito tempo o que, de uma certa forma ” confirmava” sua responsabilidade; além disso, a unânimidade no STF, acabou fortalecndo mais ainda a tese do MPF. Ora nem o Revisor e nem os petistas estão tentando “aliviar” p/ esse cara. O próprio plenário, evitou todos os debates com o nome dele e Mídia, idem. Ninguém sabia quem era Pizzolato, até a fuga para a Itália. O foco, não podia ser ele pq ele era DD, na AP. Qto menos se mexesse nessa ” fatia”, melhor. Não por outra razão, toda a documentação desviada para o 2474, era relativa a ele, ou melhor, livrava a cara dele e jogaria o PSDB e DD, no fogo. O foco em José Dirceu, tem como objetivo, desviar o foco do que, realmente, deveria importar nesse AP, que é o abastecimento do esquema. Ora, estamos aqui, já debatendo a execução , as ” maluquices” de JB e o silêncio do plenário mas o principal foi deixado de lado; O STF já sabia disso tudo, muito antes do recebimento da denúncia. Eu mesma perguntei ao Pizzolato se ele não sabia que faria esse papel na AP 470; ninguém me contou, eu perguntei… mas nunca ninguém te disse, olha vc vai segurar essa, assim como Delúbio, segurou o caixa 2? Não, não mesmo. Não achei que ele fosse me dizer mas queria ouvir dele e, não pareceu estar mentindo, sobretudo, no que diz respeito ao PT. Na verdade, a situação dele na AP, é muito parecida com a de JPC mas a Corte julgou de forma diversa as duas situações, houve uma inversão da pauta, não sei se vc se lembra disso. Havia uma necessidade em “sumir” com o Pizzolato da AP 470; tudo o que é nublado nessa AP, está relcaionado a ele pq não é ele, é DD. Temos eleições esse ano, e o financiamento e os finaciadores, seguem a tranquilos; a única diferença é que o PT e a estrutura de arrecadação do PT foi desmontada pelo STF para que os outros partidos tenham alguma chance. O “mensalão” é só isso; o STF garantindo o caixa 2 do PSDB e travando o do PT, como a última chance do PT deixar o governo; aquele papo de projeto de poder; quadriênio quadriplicado, quadrilha, bandidos da política, etc… nada mais era que campanha; até aqui, todo mundo concorda; o problema é que manter Pizzolato afastado ou calado ( ele não é de falar muito, tem que ser a Andrea, mesmo ) é garantir financiamento, apenas, para o PSDB. Toda a estrutura de financiamento de campanhas e desvio de $$$ para as empresas de comunicação, através das agências de publicidade, está intacto e essa era a tarefa do STF; inviabilizar o PT e garantir o esquema que só favorece as empresas de comunicação. É por isso que estamos aqui, seguindo a trilha de milho que o STF joga e discutindo se JD tem que trabalhar num escritório ou varrer o pátio da Papuda. Percebe que a gente fez o que eles, ministros, queriam? O tempo todo, eles estão pautando a gente. JB comete as maiores atrocidades, o plenário silencia, a gente se descabela na rede e eles vão tocando… Todo mundo sabe que não houve mensalão; que era caixa 2, que o dinheiro não era público… mas, estamos discutindo onde JD tem que cumprir pena!!!!! A discussão sobre financiamento está suspensa, no STF, ou seja, sob controle deles. Não valerá para essas eleições, a campanha está aí, o financiamento do PSDB, “salvo”, malocado em instâncias inferiores e a gente discutindo as penas de presos que foram condenados, sem provas, num armadilha que o STF insiste em chamar de julgamento técnico.

  27. Torcendo Fatos

    Tirando a história do “mensalão”, onde todos são inocentes – pois, a rigor, foi simplesmente uma prática da caixa 2 para fundos de campanha, assim como os tucanas o fizeram anos atrás (com o mesmo esquema Valério), sobra aqui apenas uma história de mais de 10 anos de um casal com assuntos pessoais a resolver na justiça e, como diz Nassif, com frágeis depoimentos no seu favor.

    Seis mil de comissão na conta de Andréia, em 2003 (que devolveu quando foi pega), por conta do BB ter patrocinado o COI; um injustificado patrimônio de 11 imóveis; a provável apropriação pessoal de comissão de quase 320 mil reais (o tal do “envelope”); o fingimento de um divórcio para esconder patrimônio (desde 2005); a fuga planejada e vergonhosa com documentos falsos; a adulteração de documentos de irmão morto e etc. ilustram aqui uma quadrilha familiar que, neste episódio do “mensalão” tem envergonhado o PT e sufocado o grito dos militantes na defesa do restante dos acusados em relação ao “mensalão”.

     

  28. Duas perguntas que são as vigas-mestras do “mensalão”

    1- Houve uso de recursos do orçamento público? Não.  O Visanet é fundo privado. Houve uso de recursos publicos sim, nas no mensalão do PSDB mas…

    2- Houve compra de parlamentares eleitos para aprovar as reformas de Lula? Não. Não foram comprados nem deputados nem senadores. Houve sim, prática de caixa 2 eleitoral. Se houve quem tenha se apropriado indevidamente de recursos destinados às campanhas e quitação de débitos de campanha, é provável que sim.  Pelo menos ficou provado que o Roberto Jefferson embolsou pelo 4 milhões de reais, grana que eram destinados à campanha do seu partido, o PTB.

    Lamentável que as pessoas não tenham sido condenadas, em seu tempo, pelos crimes que cometeram e sim pelo que jamais praticaram, ou seja, o tal mentirão(sic, “mensalão”)

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=R_aoUPiXIxU%5D

  29. Pizzolato e o mal entendido sobre Dantas e Gushiken

    Que Pizzolato responda atos que porventura tenha praticado, jamais por aquilo que não praticou, o erro foi ele ter sido condenado por “compra de deputados eleitos”(mas não de senadores) para a aprovação das reformas de Lula, isso é uma grande mentira, não houve “mensalão”, pode ter sido outra coisa, menos isso. Vamos ao outro lado da moeda—————————-

    Pizzolato e o mal entendido sobre Dantas e Gushiken, por Miguel do Rosário, em O Cafezinho————–

     

    Com todo o respeito ao amigo Paulo Henrique Amorim, sempre a meu lado em tantas batalhas, e ao competente Sérgio Lirio, da Carta Capital, mas a matéria sobre Henrique Pizzolato é totalmente sem pé nem cabeça. Além de irresponsável, por lançar uma acusação contra uma pessoa sem base em nenhuma prova ou mesmo indício.

    O artigo está neste post do Conversa Afiada, com alguns comentários do Paulo.

    O subtítulo é, data venia, uma calúnia digna de Joaquim Barbosa:

    O ex-diretor do Banco do Brasil recebeu do valerioduto para incriminar Luiz Gushiken.

    É lamentável que toda a luta que estamos fazendo para que acusações sejam baseadas em provas, e não em ilações, seja de repente esquecida.

    Segundo Pizzolato, o dinheiro que ele recebeu, exatamente R$ 327 mil reais e alguns centavos, era para a campanha do PT do Rio de Janeiro. Ele sempre sustentou essa versão.

    Mais tarde, quando a investigação sobre o Banco Rural e Marcos Valério foi concluída, chegou-se a uma tabela com todos os valores enviados pelo Banco Rural aos diretórios do PT e de outras legendas, conforme o acordo entre Delúbio e Marcos Valério.

    O próprio Marcos Valério, já com seus sigilos todos quebrados, apresentou uma tabela com os empréstimos que fez junto aos bancos Rural e BMG, para o PT, e a relação das pessoas que receberam os recursos destinados a pagar dívidas da campanha de 2002 e preparativos para a campanha de 2004. No total, foram R$ 55 milhões.

    A DNA estava fazendo a campanha do PT em Petrópolis de 2004, para o grupo de Delúbio, e queria pegar a conta da campanha de Bittar no município do Rio – que acabou ficando com Nizan Guanaes.  Pizzolato alega que era muito comum receber sacolas com fitas de vídeo, amostras de santinhos, para entregar a alguém do partido. Naquele dia, recebeu mensagem para entregar urgente duas sacolas para o PT.

    Este é o mensalão real, este é o caixa 2 que aconteceu entre 2002 e 2004, e que foi sempre admitido por Delúbio Soares e mais uma centena de depoentes.

     

    Na tabela, consta o valor exato que foi enviado ao Rio de Janeiro.

    Pode-se ver que está discriminado o valor exato que foi direcionado ao PT do Rio, via Henrique Pizzolato, o qual afirma que sequer abriu as sacolas.

    Não vou afirmar peremptoriamente que Pizzolato está falando a verdade. Apenas estou apresentando o que existe nos autos, e apontando as circunstâncias; todos ajudam a consolidar a versão dele. Será que, neste mundo podre, é tão impossível acreditar no que uma pessoa vem afirmando há oito anos, sem que tenha havido nenhuma contradição, e com apoio de tantos documentos?

    *

    Confiram a data da entrega das sacolas para Pizzolato: 15 de janeiro de 2004. Pizzolato seria convocado para depor na CPI dos Correios mais de um ano depois, em agosto de 2005. Qual o sentido em dizer que Pizzolato recebeu propina do valerioduto em janeiro de 2004 para incriminar Gushiken em agosto de 2005? O mensalão sequer havia estourado em janeiro de 2004! Não tem sentido.

    *

    A informação de que Pizzolato “incriminou” Gushiken também é falsa. Na CPI dos Correios, sob o bombardeio torturante de deputados e senadores da oposição, arrancou-se de Pizzolato um comentário óbvio: ele prestava contas a Luiz Gushiken, então presidente da Secom. Era uma verdade. A Secom tinha comando sobre toda e qualquer publicidade dos órgãos federais.  Acontece que assim que Pizzolato afirmou isso, os parlamentares nem o deixaram complementar, passaram a bombardear ilações sobre a participação de Gushiken no suposto desvio dos recursos da Visanet, porque interessava a oposição pegar um peixe mais graúdo do que Pizzolato. Queriam chegar na Secom, e daí em Lula. Pizzolato foi encurralado num interrogatório de inquisição de CPI.

    A entrevista de Pizzolato para Istoé não existiu: Pizzolato não a concedeu. A revista usou depoimentos de Pizzolato na CPI, descontextualizados, e jamais apresentou os áudios. Não podemos esquecer que era um momento de total loucura midiática, repleto de entrevistas que não eram dadas, acusações infundadas, traições e suspeitas de traições.

    No dia seguinte, jornais e revistas (e o blog de Noblat) vinham com manchetes escandalosas, e mais ilações, sobre Gushiken. Mas Pizzolato não tinha, efetivamente, falado nada de desabonador sobre Gushiken. Gushiken, naquele momento de tensão máxima, em que o PT se fragmentava, perplexo, apavorado e confuso, entrou com um processo contra Pizzolato, para se blindar, e baseado numa entrevista que Pizzolato nunca deu.  Pizzolato consegue provar ao juiz que não deu a entrevista. A íntegra do processo pode ser vista aqui.

    Outra frase sem sentido da reportagem de Sérgio Lírio:

    “PS: Quando o governo costurou a patranha da BrOi, a fusão da BrT com a OI, operação que rendeu mais de 1 bilhão de reais a Dantas, Pizzolato mudou seu depoimento e retirou as acusações contra Gushiken.”

    Relacionar as duas coisas é uma ilação absurda. O processo judicial entre Gushiken e Pizzolato termina com um acordo entre as partes em outubro de 2010. Pizzolato já era então um homem destruído pela mídia. Não havia nenhuma “acusação” ou “acusações” de Pizzolato contra Gushiken a serem “retiradas”, e sim um processo movido por Gushiken contra Pizzolato, que foi vencido por Pizzolato, e terminou em acordo.

    *

    Pizzolato e Gushiken sempre foram irmãos. Tinham uma relação fraternal, tanto que Gushiken morou dois anos no apartamento de Pizzolato em Brasília. Pizzolato jamais “incriminaria” Gushiken.

    *

    Sobre a relação entre Daniel Dantas e Pizzolato, a melhor pessoa para contar a história é Alexandre Teixeira, melhor amigo de Pizzolato. Assim que eu conversei com Paulo Henrique Amorim, e ele me falou sobre sua desconfiança de que Pizzolato tinha alguma relação com Dantas, eu decidi tirar isso a limpo com Teixeira. Vamos ouvir a sua versão.

    Cafezinho: “Qual a relação entre Pizzolato e Daniel Dantas?”

    Teixeira: “Completamente de conflito, total conflito. Nunca estiveram no mesmo campo de interesses. Muito pelo contrário. Pizzolato era diretor da Previ, eleito pelos funcionários, e era normal diretores da Previ assumirem cargos de representação de interesse do fundo, onde a Previ tinha participação… Pizzolato, num determinado momento, foi do Conselho da Brasil Telecom. No Conselho da Brasil Telecom, na primeira ou segunda reunião, ele recebeu previamente o material para analisar sobre o que seria decidido na reunião, e era referente aos fundos de pensão dos funcionários. E ele preparou um voto contrário ao que estava sendo encaminhado na votação, que era de interesse de Daniel Dantas. Portanto Pizzolato votou contra Daniel Dantas.

    O pessoal que comandava o conselho eram todos ligados ao Daniel Dantas, e protestaram: ‘Não pode! A Previ não pode votar contra!’. E ele [Pizzolato] disse, ‘vou votar contra’. A reunião foi suspensa. No dia seguinte, Pizzolato foi destituído como representante da Previ na Brasil Telecom. E ele foi procurar saber porque e descobriu que havia um contrato de gaveta, sigiloso, da diretoria da Previ de então, que era toda do Fernando Henrique [isso aconteceu ainda no governo FHC], pelo qual Daniel Dantas, mesmo minoritário, tinha controle. Os fundos de pensão se submetiam a isso.

    Não contente em destituir Pizzolato da Brasil Telecom, o Daniel Dantas processou Pizzolato. Abriu um processo judicial contra Pizzolato, processo este que durou por um bom tempo e que Pizzolato venceu há coisa de um ano.”

    *

    Por fim, respondo também a esta afirmação, meio bizarra, do meu amigo Paulo Henrique Amorim:

    Sergio Lírio não se amedronta diante deles: Daniel, Dantas e os jornalistas do Pizzolato.

    Acho louvável que Lírio seja tão corajoso a ponto de não se amedrontar por Daniel, Dantas, embora eu não saiba quem seja o Daniel antes da vírgula. Quanto aos “jornalistas do Pizzolato”, bem, acho que este epíteto poderia ser referir a mim, já que sou eu quem mais escrevo sobre o ex-diretor de marketing do BB. Pode-se dizer que eu sou também o “jornalista do Genoíno”, o “jornalista do Dirceu”. Pode-se até dizer que sou também o “jornalista de Merval Pereira”, já que o colunista da Globo tem sido um dos meus temas preferidos ao longo dos últimos anos.

    Mas a verdade é que eu não sou jornalista, porque não trabalho em jornal. Sou blogueiro e responsável pelo blog O Cafezinho. Defendo ou combato quem me der na telha, segundo a minha consciência. Hoje defendo o governo do PT porque entendo que é o melhor que poderíamos ter. Se eu entender que o governo do PT é nocivo ao país, passarei a combatê-lo, democraticamente. Tenho orgulho da minha independência, que me deixa livre para bater no papa, no bispo, no governo e na globo.

    Conheço Pizzolato há menos de um ano e, francamente, passei a escrever sobre ele por compaixão. Nunca havia conhecido um cara tão ferrado na vida. Linchado pela mídia, rechaçado pelo próprio partido, inclusive por causa de uma série de intrigas, dentro do sindicato, dentro do partido, algumas das quais eu prefiro nem falar, e por fofocas nonsense como essas propagadas pelo Sérgio Lírio. Pizzolato vendeu tudo que tinha para pagar os advogados nos primeiros anos do processo. Quando eu o conheci, não tinha mais dinheiro, mais carreira, mais esperança, mais nada. A única coisa que ele tinha era a sua esposa e os documentos que provam a sua inocência.

    Não posso afirmar que Pizzolato é inocente, por exemplo, na questão do dinheiro que recebeu do Banco Rural. Ele afirma que o dinheiro era para o PT do Rio. E os documentos de Marcos Valério comprovam o fato. Eu conversei com ele várias vezes, e acredito em sua versão. Se não acreditasse, não o defenderia. Mas posso estar errado. Entretanto, para condená-lo, era preciso que houvesse um motivo para justificar o pagamento da suposta propina. Um ato de ofício. O caso Visanet é furada. Os recursos do Visanet foram devidamente usados em campanhas de publicidade. Todo mundo já sabe disso, há documentos. Só mesmo o STF não sabe, porque se curvou à mídia linchatória. E o caso aventado por Sérgio Lírio não tem pé nem cabeça, porque implicaria em pagar uma propina a Pizzolato por uma coisa que ele faria quase dois anos depois. E uma coisa que não se sabia que iria acontecer. A Receita Federal pesquisou 20 anos da vida fiscal e bancária de Pizzolato. Nunca achou nada. Então, os fatos todos convergem para a versão do próprio: que os recursos que recebeu do Banco Rural eram mesmo para o PT, e que ele é totalmente inocente das acusações de desvio dos recursos do Visanet, até porque os recursos não foram desviados.

    Espero que os malentendidos tenham sido esclarecidos. Sérgio Lírio não tinha obrigação de conhecer as datas, mas acho que ele tem o dever de, ciente dos fatos, corrigi-los e dar-lhes a mesma publicidade que deu às falsas ilações, sob o risco de apresentar não um texto do competente Sérgio Lírio, mas apenas um lamentável de-Lírio.

    luiz-gushiken

    http://www.ocafezinho.com/2013/11/22/pizzolato-e-o-mal-entendido-sobre-dantas-e-gushiken

     

    1. Gushiken processou Pizzolato

      LUIZ GUSHIKEN moveu ação indenizatória, sob o rito ordinário, contra HENRIQUE PIZZOLATO, LEONARDO ATTUCH e TRÊS EDITORIAL LTDA. Na inicial (fls. 02/15), alegou, em síntese, que enquanto exerceu o cargo de Ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, entre os anos de 2003 a 2005, foi vítima de acusações públicas manifestadas pelo réu Henrique Pizzolato em entrevista jornalística promovida e levada à público pelos corréus Leonardo Attuch e Três Editorial Ltda., em matéria publicada na edição n.° 427 da Revista Isto é Dinheiro.

      Leia:  Integra da sentença

      1. A que o senhor atribui a

        A que o senhor atribui a atitude de Pizzolato?

        GUSHIKEN: Os ataques de Pizzolato podem estar relacionados ao conflito entre o Opportunity e os fundos de pensão, uma disputa pelo controle da BrasilTelecom que envolve R$16 bilhões. Nessa disputa, na qual fui vítima até de espionagem, ele se destacou como defensor de Daniel Dantas. Num determinado momento, ele começou a ter um comportamento estranho, a bater em mim. Sabíamos que ele tinha se bandeado para o lado do Dantas. Pizzolato era ligado ao Marcos Valério desde 1998. (…)

        http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/395506/noticia.htm?sequence=1

  30. Já se falou anteriormente

    Já se falou anteriormente sobre comentários ridículos sobre as matérias. LN, te cuida, pois determinados comentaristas vão acabar fazendo com que muita gente séria deixe de comentar ou mesmo abandone seu blog.

    Ser democrata não significa aceitar baboseiras como comentários.

    1. posso responder?

      chega-se a ele pelos centavos…………

      nessas operações os cheques passam a ser nominais com o uso dos centavos

      motivo, acredito, de terem selecionados provas (do que vinha de Dantas, nada, tudo separado)

  31. Há uns nomes bem guardados

    “Três CPI’s e o Ministério Público investigaram exaustivamente os envolvidos do PT no “mensalão” de Roberto Jefferson. Na hora em que as investigações começavam a se direcionar para os demo-tucanos, eram abafadas”. Como a lei da delação premiada foi usada com fins outros:

    Comentário ao post “Críticas à lei da delação premiada”

    Sobre o “delator”  Lucio Bolonha Funaro, saiba quem é a figura e pq ele foi excluido do processo do “mensalão”:

    Doleiro da Veja abre a “caixa de pandora” de José Serra, por José Augusto, no blog Os Amigo s do Presidente Lula Em primeira mão no blog Os Amigos do Presidente Lula em 15/03/2010 às 12:40——-
    A revista Veja, ao recorrer ao “doleiro” Lucio Bolonha Funaro, abre a caixa de pandora que ronda perigosamente José Serra (PSDB/SP), através das relações com o banqueiro tucano Luiz Carlos Mendonça de Barros.

    Lucio Funaro aparece na CPI dos Correios em uma operação que deu prejuízo de R$ 32 milhões ao Banco do Brasil, mas quem aparece ganhando na outra ponta foi a corretora Link, dos filhos de Luiz Carlos Mendonça de Barros.

    José Serra e Mendonça de Barros eram tão próximos que, quando Serra era Ministro do Planejamento de FHC, em 1995, nomeou-o presidente do BNDES, declarando “Luiz Carlos … é uma figura em quem confio sem nenhuma restrição”:

    Na presidência do BNDES, Mendonça de Barros foi um verdadeiro “sócio” e escudeiro de José Serra na empreitada das privatizações, onde articulava ativamente a montagem dos consórcios privados junto aos fundos de pensão que disputavam os leilões de privatização.

    Mendonça foi para o BNDES, saindo da sociedade com André Lara Rezende no Banco Matrix. Segundo o Terra Magazine, o jornalista Luís Nassif viu, em seu livro “Os cabeça de planilha”, uma ação deliberada dos formuladores e implementadores do plano Real, na valorização frente ao dolar, com o objetivo de beneficiar a si próprios e a aliados:”Eles tomaram um conjunto de medidas técnicas cuja única lógica foi permitir enormes ganhos para quem sabia para onde o câmbio ia caminhar. E o grande vitorioso desse período é o André Lara Resende, que é um dos formuladores dessa política cambial… O banco Matrix ganhou centenas de milhões de dólares naquele período. O Matrix é do André Lara Resende.”, disse Nassif ao Terra Magazine.  

    Nassif não citou Luiz Carlos Mendonça de Barros, mas ele era sócio fundador do Matrix, desde 1993, saindo da sociedade apenas ao final de 1995, para assumir o BNDES, nomeado por Serra.

    Em meio a essa teia de relacionamento da política demo-tucana com o mercado financeiro, eis que surge o depoimento de Lucio Bolonha Funaro na CPI dos Correios, em 08 de março de 2006:

    SR. LÚCIO BOLONHA FUNARO: … a imprensa, ela não tem o intuito de ir a fundo nas investigações, prova disso é o que aconteceu com essa REVISTA ÉPOCA. Numa operação que eu fiz de swap, eu ganho 700 mil reais e sai estampada a minha cara em três páginas da revista; a LINK ganha 31 milhões e 300 mil reais e ele não fala nada, ele fala só de mim.

    …Por que o cliente da LINK, e quem é o cliente da LINK, aceitou pagar essa diferença tão grande, nós só vamos poder saber de uma maneira: Quebrando o sigilo da LINK e vendo quem é a ponta final.

    … Com operação desse tipo, que dá 32 milhões de prejuízo para a BANCO DO BRASIL… Desses 32 milhões, eu fiquei com 0,25%, um spread perfeitamente aceitável para o tamanho da operação. A LINK ganhou o grosso.

    … eu ganhei 0,30, que foi 750 mil reais que o Senhor apurou; 750 mil reais para 33 milhões de reais. Isso aí foi tudo transacionado dentro da LINK, eu não sei quais foram as taxas que foram praticadas no mercado daquele dia. O que tem que se apurar é isso e apurar quem é a ponta final da Link, porque sem a gente saber quem é a ponta final, não dá para saber o que aconteceu.

    Lembrando que, a LINK é a corretora dos filhos de Luiz Carlos Mendonça de Barros.

    O relatório final da CPMI “dos Correios”, Volume III – Pág. 1504, cita a LINK:

    “Em um dos seus mais notórios envolvimentos com empresas estatais, o Sr. Lúcio Bolonha Funaro figurou como contraparte em operações de SWAP frente ao Banco do Brasil, cujo resultado foi um prejuízo de R$ 32 milhões para o Banco e ganho de R$ 656 mil para o Sr. Lúcio Bolonha Funaro, sendo que mais de R$ 30 milhões foram transferidos para a Link Derivativos.”

    O objetivo da revista Veja é requentar episódios do “mensalão” de Roberto Jefferson. Na falta de escândalo novo, requenta-se os velhos para ajudar a candidatura de Serra. Mas a revista está, sem querer, abrindo a caixa de pandora de José Serra.

    Três CPI’s e o Ministério Público investigaram exaustivamente os envolvidos do PT no “mensalão” de Roberto Jefferson. Na hora em que as investigações começavam a se direcionar para os demo-tucanos, eram abafadas. Por isso, onde haverá novidades quando se requenta o assunto é justamente nas partes que não foram exaustivamente investigadas ainda, e que atingem em cheio os demo-tucanos ligados a José Serra e FHC.

    O rombo de R$ 32 milhões no Banco do Brasil, que foi parar na corretora Link é um bom começo para retomar de onde parou. O sub-relator da CPMI dos Correios, ACM Neto, foi com sede ao pote acreditando que esse dinheiro faria parte do “mensalão” de Roberto Jefferson. Receberam uma ducha de água fria ao descobrirem que foi parar na corretora dos filhos do banqueiro tucano Mendonça de Barros. 

    Para que mãos finais foi esse dinheiro? Até hoje não está esclarecido.

    Mais coincidências:

    Lucio Bolonha Funaro é sobrinho do ex-ministro da fazenda Dilson Funaro (governo Sarney), que fez o plano cruzado. Era ligado aos tucanos paulistas (na época todos ainda estavam no PMDB).

    Luiz Carlos Mendonça de Barros foi levado para a diretoria do Banco Central por Dilson Funaro, na época do Plano Cruzado.

  32. Fraude nos autos e mistérios a serem desvendados

    “Se os autos tivessem sido julgados como deveriam, como Caixa 2, chegaríamos a saber, exatamente, a culpa dos réus, e o que fizeram. Ninguém nunca, ao defendê-los, proclamou sua inocência total. Sempre dissemos serem inocentes pelos crimes que lhes foram imputados, ou, que certos crimes nem sequer haviam ocorrido. Mas, se tivessem sido julgados simplesmente pelo que cometeram, e admitiram, Caixa 2, ficaria esvaziada a acusação de uso do dinheiro público, estratégica na manipulação política do evento. De fato, não houve uso do dinheiro público, e não ficamos sabendo de onde veio o dinheiro com o qual o PT saldou os débitos dos empréstimos, que, parecem ter sido normais. Fez-se uma tempestade num copo d’água. O julgamento correto nos atenderia a nós, petistas, que também queríamos saber o que eles fizeram.

    Para mim, resultou que as fraudes nos autos e toda irregularidade flagrantes em todo seu encaminhamento, seriam ou são crimes bem mais graves do que o que os réus podem ter, cometido,mesmo incluindo essa personagem que ficou de fora. Porque, quanto à acusação de comprar partidos pequenos para s perpetuar no poder, só pode vingar em meios de pessoas absolutamente fora da realidade do contexto político e/ou interessadas nessa versão: é um absurdo, pois qual é o partido que não almeja o poder ? Se tem um projeto que demandaria 20 anos para instituição, normal é que quisessem esse tempo, e dai, qual o crime ? E a acusação de compra de votos corolário desta, também não se sustenta, não há prova alguma, eu não acho sequer plausível.

    Depurando toda fantasia politiqueira, ficamos sem saber o motivo da aproximação do financiador e a(s) negociação(ões) com este, se é que houveram mesmo, porque muitos desses tipos financiam com vistas a aproximações futuras, sem compromissos prévios.” (Nilcemar,  colabordora do GGN)

  33. Inversão do ônus da prova

    Nassif, 

    É muito dificil fazer ilações sem ter acesso à íntegra dos autos e baseando-se apenas em versões desencontradas. Mas alguns argumentos jurídicos por si sós são extremamente absurdos. 

    Por exemplo: “3. Há evidências de que ele não tinha a prerrogativa de, sozinho, autorizar despesas ou antecipar pagamentos. A alegação dos técnicos é que o erro teria sido não incriminar os demais funcionários que assinaram os documentos”.

    Esse argumento dos “técnicos” do STF é um absurdo jurídico sem tambanho, por uma das regras mais elementares do processo penal: a regra do ônus da prova. Ora, cabe ao acusador – o Estado, representado pelo Ministério Público e todo o aparato policial – provar as suas acusações. O acusado não é obrigado a se autoincriminar e muito menos incriminar terceiros, salvo quando o método seja a tortura em algum porão do DOPS. 

    Se realmente havia evidências de que o réu não poderia ter agido sozinho, cabia ao Ministério P’úblico aditar a denúncia para incluir os demais responsáveis. Se o Ministério Público não o fez, e a omissão do Ministério Público nesse caso era um silêncio ostensivo, o efeito é o de renúncia da acusação penal em relação aos corréus.  A consequência não seria necessariamente a absolvição do único réu denunciado, mas essa bondade do Ministério Público deveria ser investigada para se apurar a responsabilidade dos procuradores envolvidos.

    Essa regra tem o objetivo de evitar que a acusação “escolha” os réus, com base em critérios arbitrários. Se alguém tem dúvidas sobre o que houve na lista dos 40 ladrões do PGR Antonio Fernando, hoje advogado da BrOi, que excluiu dezenas de figurões ao seu bel-prazer, esse alguém deve acreditar em Papai Noel e em mula sem cabeça.

    Concluindo, mesmo quando são apontados elementos que apontem para a culpa do Pizolatto, como consta do texto, alguns fundamentos puramente jurídicos são mandados às favas, com erros grosseiros de interpretação. Justamente em uma Corte que, julgando como única instância, não deveria errar. Faz lembrar o Luiz Fux falando que o ônus da prova pode ser invertido no processo penal, como na situação em que o filho comete um erro e precisa se explicar para o pai. 

  34. Tem algo estranho aí, Nassif,

    Tem algo estranho aí, Nassif, tem até vídeo do Carlos Ayres Brito dizendo que toda empresa que tem o termo “brasileira” no nome é empresa pública, e só procurar na internet.

    Essa históra de “técnicos do STF” parece vazamento dirigido para encobrir os equívocos do julgamento apontados por vários blogueiros que analisaram detidamente o assunto.

  35. não entendi

    Mas o Pizolato não foi condenado pelo crime de desvio de DINHEIRO PÚBLICO (desculpem não foi eu que escrevi DINHEIRO PÚBLICO com letras garrafais porque quiz, foi o volume que ouvi juizes da mais alta corte se referirem a ele, repetidamente)?

    Que conversa é esta que diz que o joão não matou a maria mas a condenação vale porque possivelmente teria matado a laura? Meus parcos conhecimentos de justiça, cada dia mais parcos e confusos, dizem que isto não é possível, como se pretende dizer ai em cima.

    Foi dinheiro público, conforme dito pelas grandes autoridades e estou esperando as providencias para reaver o dinheiro, que diabo ninguem fala nisso, senão…, não houve crime.

     

  36. Antecipacao no pagamento da

    Antecipacao no pagamento da verba? Pode ser que tenha crime aí.  Mas não foi isso que o supremo disse, nem você especifica nada a esse respeito. Fala mais  Nassif, Antecipacao de quto tempo?

     

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