A decisão do tribunal superior do Alabama ao definir que embriões humanos são pessoas, interrompendo o acesso aos tratamentos de fertilização in vitro em algumas clínicas, pode ser um trunfo político para os políticos democratas – e o governador de Minnesota Tim Walz é um exemplo disso.
“Isso é muito pessoal para minha esposa e eu”, disse Walz em comício realizado em Wisconsin ao compartilhar publicamente a luta dele e de sua esposa para engravidar.
“Lembro-me de todas as noites rezando para que o chamado viesse e fosse uma boa notícia. O telefone tocava, tensão no meu estômago e então a agonia quando você ouvia que os tratamentos não tinham funcionado”, pontua Walz, segundo reportagem do site Politico.
A divulgação do caso é interpretada como um indicativo da importância da assistência à saúde reprodutiva dentro da política norte-americana, e a abordagem de Walz deixa claro que a questão não se refere apenas às esposas: ele destaca o argumento democrata de que os homens precisam se importar com esses cuidados pois isso também os afeta.
A história familiar do candidato à vice-presidência pelo Partido Democrata pode ajudar a enfatizar o ponto de que o ex-presidente Donald Trump é responsável pela queda da lei Roe vs Wade (que garantia direito ao aborto legal) e seu efeito cascata, desde as proibições quase totais do aborto em vigor em mais de um terço do país até a decisão de fevereiro da Suprema Corte do Alabama sobre a fertilização in vitro.
Outro ponto envolve possíveis ataques ao senador JD Vance, companheiro de chapa de Trump, sobre seu voto contrário ao projeto de lei patrocinado pelos democratas para estabelecer um direito nacional à fertilização in vitro e outros tratamentos de fertilidade.
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