Jornal GGN – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano de 2018 foi revisado de 1,3% para 1,8%. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a revisão foi decorrente da incorporação de novos dados, advindos da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e de dados do Imposto de Renda, para o conjunto das atividades de Serviços (+0,6%), em particular para Outras atividades de serviços (+2%).
A taxa de 1,8% em 2018 foi a segunda alta consecutiva do PIB, após a variação de 1,3%, em 2017. Contudo, tais resultados foram insuficientes para reverter a queda acumulada no biênio 2015-2016 (6,7%).
Em valores correntes, o PIB em 2018 foi de R$ 7,004 trilhões, o que corresponde a um PIB per capita de R$ 33.593,82. O crescimento do PIB per capita foi de 1% em relação ao ano anterior.
O crescimento do PIB em 2018 foi resultado de um aumento de 1,8% do Valor Adicionado Bruto (VAB), com destaque para o grupo Serviços, que cresceu 2,1%. Em 2018, 11 dos 12 grupos de atividades econômicas registraram crescimento ou estabilidade, sendo a única queda registrada na atividade Construção.
Os Serviços (2,1%), que respondem por dois terços da economia brasileira, foram responsáveis por 1,5 ponto percentual dos 1,8% de crescimento do VAB. A Agropecuária teve crescimento de 1,3% e contribuiu com 0,1 ponto percentual para o crescimento do Valor Adicionado. A Indústria apresentou uma variação positiva de 0,7%, contribuindo com 0,2 ponto percentual.
Em 2018, as despesas de consumo final cresceram 2%. A despesa de consumo final do governo, que engloba as despesas com bens e serviços oferecidos pelo governo à coletividade, subiu 0,8% em 2018, sendo que, em 2017, havia caído 0,7%.
O consumo das famílias, que possui o maior peso na demanda final (63,2% do PIB) teve alta de 2,3%. A variação de preço dos bens e serviços consumidos pelas famílias foi de 4%. Segundo o IBGE, a maior parte dos grupos de produtos que compõem dessas despesas apresentaram variações positivas de volume em 2018, com exceção da Educação (-0,1%) e do Vestuário (-0,6%).
Já a formação bruta de capital fixo (FBCF) somou R$ 1,1 trilhão em 2018, com alta de 5,2%, seu primeiro resultado positivo depois de quatro anos seguidos de queda. A taxa de investimento (FBCF/PIB) foi de 15,1%, elevando-se em 0,5 p.p. em relação ao ano de 2017, quando foi registrada a menor taxa da série iniciada em 1995.
A Construção continua sendo o grupo de maior relevância entre os componentes da FBCF, mas sua representatividade diminuiu de 49,6% em 2017 para 45,3%. Já as Máquinas e equipamentos aumentou sua relevância, passando de 35,6% para 40,3%.
Quanto à variação em volume dos componentes da FBCF, Construção e Outros ativos fixos apresentaram retração em 2018, com variação de -1,5% e -0,8% respectivamente. Já o investimento em Máquinas e equipamentos cresceu 15,4% e em Produtos de propriedade intelectual, 4,3%.
A necessidade de financiamento da economia brasileira, em 2018, foi de R$ 166,7 bilhões, com uma alta de 147,6% em relação a 2017, quando atingiu R$ 67,4 bilhões. De acordo com o IBGE, essa piora se deu de forma generalizada nas transações com o resto do mundo, abrangendo tanto o desempenho do comércio exterior, das rendas de propriedades líquidas enviadas ao resto do mundo (maior impacto), como as outras transferências líquidas enviadas ao exterior.
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