Imagem poética de um ambiente jornalístico

 

                                                                 

                                                       Poetical image of a journalistic environment               

 

Fonte:wikimedia

                                    Poetical Image of a journalistic environment                                      

                                                   Rudyard Kipling

                                                                             

“The wheel of the world swings through the same phases again and again. Summer passed and winter thereafter, and came and passed again. The daily paper continued and I with it, and upon the third summer there fell a hot night, a night-issue, and a strained waiting for something to be telegraphed from the other side of the world, exactly as had happened before. A few great men had died in the past two years, the machines worked with more clatter, and some of the trees in the Office garden were a few feet taller. But that was all the difference.”

Rudyard Kipling, The Man who would be king, 1888, A.H.Wheeler & Co. Allahabad 

____________

                                         Imagem poética de um ambiente jornalístico

                                                                             tradução de Sergio da Motta e Albuquerque

“O aro do mundo meneia através das mesmas fases de novo e de novo. O verão passou e o inverno a seguir, e veio e passou novamente. O jornal diário continuou e eu com ele, e sobre o terceiro verão veio a noite quente, a edição noturna, e uma espera ansiosa por algo a ser telegrafado de outro lado do mundo, exatamente como tem acontecido antes. Uns poucos grandes homens morreram nos últimos dois anos, as máquinas trabalharam com mais balbúrdia, e algumas das arvores no jardim do escritório estavam uns poucos pés mais altas. Mas esta era toda a diferença”.

 

 

________________

 

Rudyard Kipling, um dos maiores escritores da língua inglesa, nasceu na Índia (1865), foi jornalista, editor e autor consagrado.Sua versão mais popularesca entre nós é “Mogli, o menino lobo”, uma adaptação água com açucar do “Livro da Selva” (Jungle Book). Conseguia enxergar poesia em ambientes de redação no Oriente dominado pelos britânicos no final violento do reinado da Rainha Vitória. Anti-monarquista em suas novelas e contos, morou nos Estados Unidos e de lá saiu embaraçado por um escândalo de família publicado pela mídia norte-americana. Foi-se embora da terra dos ianques para nunca mais voltar.

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Inspiração
    Há ainda para quem deixar estas palavras? Como inspirar, como educar, como preparar para um futuro que se avizinha e anuncia dantesco frente a um presente já bestial?

    Se

    Se és capaz de manter a tua calma quando
    Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
    De crer em ti quando estão todos duvidando,
    E para esses no entanto achar uma desculpa;
    Se és capaz de esperar sem te desesperares,
    Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
    Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
    E não parecer bom demais, nem pretensioso;

    Se és capaz de pensar –sem que a isso só te atires,
    De sonhar –sem fazer dos sonhos teus senhores.
    Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
    Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
    Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
    Em armadilhas as verdades que disseste,
    E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
    E refazê-las com o bem pouco que te reste;

    Se és capaz de arriscar numa única parada
    Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
    E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
    Resignado, tornar ao ponto de partida;
    De forçar coração, nervos, músculos, tudo
    A dar seja o que for que neles ainda existe,
    E a persistir assim quando, exaustos, contudo
    Resta a vontade em ti que ainda ordena: “Persiste!”;

    Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
    E, entre reis, não perder a naturalidade,
    E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
    Se a todos podes ser de alguma utilidade,
    E se és capaz de dar, segundo por segundo,
    Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
    Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
    E o que mais –tu serás um homem, ó meu filho!

    If

    If you can keep your head when all about you
    Are losing theirs and blaming it on you,
    If you can trust yourself when all men doubt you
    But make allowance for their doubting too,
    If you can wait and not be tired by waiting,
    Or being lied about, don’t deal in lies,
    Or being hated, don’t give way to hating,
    And yet don’t look too good, nor talk too wise;

    If you can dream–and not make dreams your master,
    If you can think–and not make thoughts your aim;
    If you can meet with Triumph and Disaster
    And treat those two impostors just the same;
    If you can bear to hear the truth you’ve spoken
    Twisted by knaves to make a trap for fools,
    Or watch the things you gave your life to, broken,
    And stoop and build ‘em up with worn-out tools;

    If you can make one heap of all your winnings
    And risk it all on one turn of pitch-and-toss,
    And lose, and start again at your beginnings
    And never breath a word about your loss;
    If you can force your heart and nerve and sinew
    To serve your turn long after they are gone,
    And so hold on when there is nothing in you
    Except the Will which says to them: “Hold on!”

    If you can talk with crowds and keep your virtue,
    Or walk with kings –nor lose the common touch,
    If neither foes nor loving friends can hurt you;
    If all men count with you, but none too much,
    If you can fill the unforgiving minute
    With sixty seconds’ worth of distance run,
    Yours is the Earth and everything that’s in it,
    And –which is more– you’ll be a Man, my son!

    De Kipling
    Tradução de Guilherme de Almeida

    1. Excelente, Guilherme.

      Muito boinito, Guilherme.Eu estava lendo “O Homem que queria ser rei”, quando descobri esta linda descrição de uma redação na Índia Colonial Britânica. Esse homem é grandioso.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador