Impeachment será uma violência à democracia, diz Cardozo na Câmara

 
por Jean Wyllys, via Facebook
 
“Se o impeachment acontecer, ocorrerá uma ruptura institucional e uma violência à democracia”, disse José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União, durante a sessão que discute o parecer favorável à abertura de processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, por suposto crime de responsabilidade.
 
Em defesa da Presidenta, ele explicou que o processo de impeachment está comprometido, por se tratar de vingança de Eduardo Cunha contra a presidenta e o PT. “Ameaça e retaliação” são o motor do processo de impeachment, cujo relatório não sobrevive uma avaliação criteriosa. O advogado ressaltou a sabotagem que Cunha e sua turma impuseram à presidenta, prejudicando-a em sua política fiscal e orçamentária. 

Cardozo ressaltou também o tratamento desigual que o TCU deu às contas de Dilma em relação às de Lula e de FHC para atender ao golpe. Os argumentos do ex-ministro da Justiça foram tão consistentes que fazem, da acusação de Reale Júnior, uma peça constrangedora em sua má fé. Se a democracia do Brasil estivesse firme e forte, a defesa feita por Cardozo já bastaria para pôr fim a esse golpe frio de Temer e Cunha. 
 
Contudo, sem argumentos, a canalha golpista na Câmara (as bancadas da Bíblia e da Bala são as mais ruidosas) tentaram tumultuar a defesa. Cardozo citou Ulisses Guimarães: quando se cassa o voto da maioria, atenta-se contra a liberdade e a democracia! Ele pediu que o relatório do impeachment fosse rejeitado em nome do Estado Democrático de Direito e da verdade dos fatos. A defesa foi BRILHANTE, porque HONESTA, e desmontou a narrativa dos golpistas (da mídia) pra qualquer pessoa de bom-senso. Assistam a íntegra neste vídeo.
Redação

7 Comentários

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  1. Não é, mas se assim fosse, o

    Não é, mas se assim fosse, o presidente da camara teria colocado para votação todos os pedidos de afastamento e no entanto, não o fez.

    O governo atira pra todo lado, e esquece que diferentemente do caso collor, afastamento no qual o pt nadou de braçada e depois o sujeito foi inocentado por falta de provas; ainda que o afastamento seja aprovado, ele vai para o congresso que julgará o mérito das denuncias e a robustez das defesas.

     

  2. A partir de hoje até o final

    A partir de hoje até o final da votação, muitos pensamentos passam pelas nossas cabeças. Acredito que as pessoas bem informadas sobre esse fatídico episódio nacional estão apreensivas com os acontecimentos posteriores à votação, principalmente se o golpe ser consumado. E fico me perguntando sobre como estão as cabeças dos deputados federais, que decidirão o futuro da nossa democracia. A maior parte deles não está nem um pouco preocupada.

         Dentre eles, aqueles sobre os quais pesa o crime de corrupção não veem a hora da votação terminar, contentes que estão com a possibilidade de se verem livres de ações judiciais. Vai ser uma festa, Morô!? Não irão sequer ter de devolver o dinheiro surrupiado aos cofres públicos. É isso o que promete Cunha. E Cunha, por sua vez, aguarda ansiosamente o fim de todas as denúncias de corrupção contra ele e sua família. Estão de mãos dadas, prontos para relaxarem suas mentes criminosas.      Sobre esses, não há nada a ser dito, a não ser lamentar. São por causa deles que o país se encontra nesse terrível dilema.

        Todavia, também há diversos deputados federais que não correm os riscos sobre os quais mencionei acima. Muitos indecisos estão sendo achacados por Cunha ou seus comparsas. Há uma guerra psicológica capitaneada por Cunha contra estes. Afinal, são estes que decidirão o resultado final. Se votarem NÃO ao impeachment, estarão de mão dadas com a Democracia, pois todos sabem que Dilma não cometeu crime de responsabilidade. No entanto, se votarem SIM, estarão mancomunados com os golpistas corruptos.

        Percebem o cerco armado? Para escaparem dele se faz necessário que não entrem no jogo psicológico sujo de Cunha. Até porque, se Cunha sair perdedor não haverá como cumprir a promessa de prejudicar aqueles aos quais persegue. E, mesmo que saia vencedor, ninguém garante que conseguirá prejudicar as vítimas de suas investidas, porque se trata de uma pressão psicológica em que não há nada materialmente consubstanciado em suas mãos para prejudicá-los. É como num jogo de futebol em que o batedor do pênalti recebe pressão psicológica de alguns  jogadores adversários para errar a cobrança. Portanto, os que estão indecisos NÃO devem ficar preocupados com a pressão psicológica de Cunha

        O que devem pensar os indecisos:

    – Que passarão para História como aqueles que conseguiram barrar o golpe.

    – Que salvarão a Democracia e o voto vencedor de 54 milhões de brasileiros.

    – Passarão, sem dúvida, a serem considerados verdadeiros heróis, homens honrados diante de suas famílias e de seus eleitores, pois não resta a menor dúvida de que logo o povo irá compreender a jogada suja por trás dos golpistas.

    – Conseguirão barrar o fascismo no Brasil. Um regime autoritário e que persegue a todos que não aceitam seus planos.

    – Serão lembrados para sempre e entrarão para os anais da História. Sua prole terá orgulho deles.

    – Vencerão facilmente as eleições a que se candidatarem daqui em diante.

    1. espero que esse seu excelente

      espero que esse seu excelente comentário se concretrize e

      os indecisos acabem decidindo contra o golpe, cafezá..

  3. Não Vai Ter Golpe x panelaço

    Desculpem-me pela repetição

    A Presidenta Dilma deve falar hoje à nação.

    Fascistas tentarão sufocar o nosso grito contra o golpe.

    Sugiro que cada um que estiver perto de um vizinho golpista e paneleiro, coloque no som um #naovaitergolpe.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=kbtFK879lgs align:center]

    Se alguém puder/conseguir preparar um audio melhor, faça-nos o favor de divulgá-lo aqui.

    Precisamos fazer nossa voz contra o golpe falar acima do ruído fascista das panelas.

    Não Vai Ter Golpe!

     

  4. Esse chato já encheu

    Porque não fez o que devia quando era Ministro da Justiça, agora fica se esguelando para quem não quer ouvir, vai caçar coquinho na descida.

    E essa Dilma também, todos avisando, muda essa merda de politica economica, muda essa anta do MJ, Muda esse m…. do Ministério das Comunicações, esquece listra tripla, mas não se achava a poderosa, tá ai. Cresci ouvindo dos meus pais e avós, “Quem planta colhe”, agora esta colhendo.

    Encheu meu saco, um povinho que vota em Eduardo Cunha e seus aceclas, merece tudo de pior mesmo. Povo sem caráter.

  5. O mundo ideal e o mundo real

    O Cardozo pode até (eventualmente) carregar consigo a força das ideias. Mas, como se vê, isso é o que menos importa agora.

    O grande problema do Cardozo é que ele não tem estatura política e moral.

    Se algum Pedro Simon usasse as mesmas palavras que ele, o Congresso estremeceria.

    O Cardozo é o retrato acabado do PT no poder: por já não ter mais estatura moral, não tem como avalizar a força das ideias, senão como engodo ou como cinismo. Tudo passa a ser retórica vazia e decorativa. Essa é a essência do governo Dilma: vazio e decorativo.

  6. HERÓIS DA RESISTÊNCIA

    Os parlamentares que subscrevem a Frente Ampla Contra a Farsa do Impixe inscrevem sues nomes no Panteão da História como Heróis da Resistência Democrática.

    E aqueles que cometem o gravíssimo erro de apoiar a tentativa de golpe parlamentar travestida no processo de exceção rumo ao improvável impixe da Presidente Dilma arrastam seus nomes para a lama fétida dos traidores da Pátria.

    A clareza meridiana das assertivas supra referenciadas resulta na probabilidade maior de insucesso do torpe golpe do impixe, pois a maioria dos parlamentares sabe que o povo brasileiro não é tão bobo quanto a direita golpista gostaria. E sabe que todos sabem ser o processo de impixe uma farsa grosseira, indigna e vergonhosa.

    A lógica leciona que ninguém é burro o bastante para jogar o próprio nome na lama, mesmo em troca de vantagens materiais de significativa monta, pois tais vantagens aparentes são, na verdade, incapazes de compensar os danos à imagem causados pela gritante traição dos valores maiores da ética democrática.

    Sem falar que mesmo o mais inexperiente parlamentar sabe muito bem que as contas do loteamento de cargos do governo prometido pelos golpistas são meros artifícios do mais primário ilusionismo. E todos sabem que, na improvável hipótese de concretização do impixe, o dia seguinte ao golpe traria o início de uma guerra entre os golpistas para a interminável disputa pelos despojos do governo derrubado.

    Ademais, aqueles a quem a maioria dos parlamentares representa, ou seja, os donos do poder econômico que financia os políticos profissionais, sabem que a guerra fratricida que teria lugar num improvável e indesejável pós impixe seria danosa para os negócios de todos aqueles que não sejam rentistas ou sócios dos abutres que pretendem lucrar com a espoliação do patrimônio público e com as sabotagens destinadas a inviabilizar o desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural da nação brasileira. Por tudo isso, os golpistas deverão fazer menos sucesso do que pretendem, e os heróicos defensores da democracia brasileira serão lembrados sempre por sua coerência e bravura

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