Jornal GGN – O aprofundamento dos estudos sobre política industrial ajuda a explicar quando o ciclo de desenvolvimento econômico é aproveitado de forma efetiva, uma vez que não basta que a cadeia industrial seja bem estruturada: os fundamentos econômicos são tão ou mais necessários que isso.
O site Vox Dev elaborou um artigo explicando esse contexto, ressaltando que “política industrial” está diretamente ligada a políticas que promovam mudanças estruturais, uma vez que estratégias voltadas para a agricultura ou serviços não tradicionais qualificam tanto quanto os incentivos aos fabricantes.
Em linhas gerais, o desenvolvimento econômico fala sobre mudanças estruturais, como a produção de novos bens com novas tecnologias e a transferência de recursos das atividades tradicionais para as novas. Entretanto, a mudança estrutural está cheia de falhas de mercado, o que impede uma adoção automática mesmo com os trabalhos das autoridades para fornecer um ambiente adequado.
“O investimento em novas indústrias requer financiamento, mas as empresas sem histórico parecem excessivamente arriscadas para os credores privados”, diz o artigo, ressaltando uma eventual falta de serviços e insumos complementares, passando pela formação de trabalhadores e gerentes – que ficam livres para transitarem entre imitadores e a concorrência.
Embora a política industrial seja teoricamente forte, ela é ambígua na prática por conta de duas objeções: objeção informativa (é possível identificar as empresas, setores e mercados relevantes sujeitos a imperfeições de mercado?) e captura política (os governos podem resistir ao lobby de empresas poderosas e impedir que a política industrial se torne um instrumento de transferência de renda para os donos?).
Tanto na indústria como em outros segmentos, as políticas públicas podem ser comprometidas pela falta de boas informações e captura política por grupos de interesse próprio. Porém, existe um grande consenso sobre a necessidade de um papel público.
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